Férias Frustradas escrita por Nunah


Capítulo 35
34 - um sonho bem real


Notas iniciais do capítulo

E aí gente, tudo de boa na lagoa? -qn Eu não consegui escrever antes, fiquei travada totalmente, mas aí está, um capítulo pequeno e meio sem graça. Eu realmente não tinha ideias pra esse, mas precisava fazer algo senão ficaria sem noção.



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A deusa suspirou, recuperando o fôlego. Ela sentia suas bochechas arderem por causa da quantidade de lágrimas que ainda escorriam.

Quando sua crise de choro parou, apenas quarenta e cinco minutos depois de Poseidon ter saído, Athena ficou encolhida no sofá, com frio, olhando tudo se escurecer pela janela.

Agora, depois de um bom tempo, ela acreditava ser quase meia-noite, suas pálpebras estavam pesadas apesar de ela der dormido um pouco durante o dia e a deusa não tinha idéia se Poseidon já havia voltado.

Quando ela despertou – não sabendo se havia ou não caído no sono – percebeu que os barulhos e os clarões haviam cessado. A batalha havia terminado, por ora. Por tempo suficiente para os soldados se recuperarem dos ferimentos mais leves, descansarem ou se alimentarem.

Athena respirou fundo, prendendo os cabelos num coque frouxo e tentando desamassar um pouco sua camisa. A deusa caminhou com passadas grandes até a porta, ouvindo o barulho de seu salto ecoando. Aquilo era assustador, toda aquela calmaria, escuridão... Credo, isso é sinistro.

Ela andou pelo corredor, vendo as sombras horrendas que a as plantas maltratadas lá fora faziam. Como Athena dissera antes, Poseidon e Atlântida são quase a mesma coisa, o que queria dizer que o deus deveria estar acabado, e se Anfitrite fosse inteligente o suficiente, ao invés de lutar contra ele e perder seu precioso tempo, ela destruiria o reino, pedra por pedra, indiretamente destruindo Poseidon também.

Mas ela não faria isso... É muito impulsiva. Anfitrite não perderia a chance de lutar contra Poseidon, ainda mais se tiver alguma esperança de vencê-lo.

É tudo muito confuso.

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A deusa abriu a porta de seu quarto – sem deixar de perceber o quão silencioso aquilo estava – e se sentou na cama, começando a abrir o zíper das botas lentamente, sem saco para fazer qualquer coisa.

- Eu tenho que encontrar algum jeito de destruí-la – Athena sussurrou para o nada, frustrada com sua falta de concentração. Mas a culpa não era só dela, Poseidon a havia distraído mais cedo e não estava muito fácil de esquecer o acontecido.

Isso é tão ridículo. Por que justo eu? Não poderia ser qualquer outra pessoa? Isso é tudo culpa de Afrodite e daquele plano maluco! Se ela não nos tivesse enfiado naquela casa nada disso aconteceria. Zeus deveria descontar sua raiva nela, não em mim.

Depois de conseguir desabotoar a camisa e ganhar coragem para tirar a jeans, a deusa foi para seu banheiro. Um banho quente a faria bem, talvez a fizesse despertar.

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O deus sentia seus braços doendo como nunca. A batalha havia sido terrível. Talvez se eu não tivesse chegado... Bom, ele não queria nem pensar. Se ela não o tivesse alertado tudo poderia estar acabado nesse exato momento. Mas a deusa também tinha uma parcela de culpa em ficar na sua mente, distraindo-o da batalha.

Oh, sim, aquilo lhe rendeu vários arranhões.

O que eu faço? Na maioria das vezes as pessoas rezam a Zeus, ou a qualquer outro deus em que elas acreditem, mas eu não posso pedir ajuda para ele! Seria quase que suicídio. Além de que ele poderia tentar me mandar para o Tártaro quando soubesse o que eu fiz com Athena... E do jeito que é psicopata, poderia até pensar em se juntar à Anfitrite contra mim. Não, eu não preciso disso.

Estava decidido, ele tentaria resolver as coisas amanhã, de um jeito só. Poseidon esqueceria tudo, porque era isso que ele pensava que Athena gostaria que ele fizesse. Seria difícil, mas era por ela.

Por que tem de ser assim? Por que eu não poderia me apaixonar por qualquer outra?

- Você sabe que não se apaixonou assim, do nada, Poseidon. Você já gostava dela há muito tempo, lembra-se?

- Afrodite... O que...

- Só estou aqui para lhe dizer uma coisa. Não se sinta mal, está bem? Athena também me culpa pelo que aconteceu. Mas a verdade é que, sim, você é apaixonado por ela desde que eram amigos. Nós saíamos, não era? Eu, você e ela. Antes de Ártemis enfiar na cabeça de Athena aquilo tudo sobre castidade, af. Mas, bem, não adiantou. Eu sei o que você fez. Quando percebeu que estava a amando... Quando ela fez o juramento, apesar de não valer nada... Você quis esquecê-la. E estava tão obcecado com isso que acabou se iludindo. Não, Poseidon, você nunca a esqueceu realmente. Por isso foi tão fácil, e rápido, para você perceber que a amava. De novo.

O deus ouviu barulhos e-

- Lorde Poseidon! Acorde! – era Sebastian. Como assim? Aquilo tudo foi um sonho? Por mim, onde eu estou com a cabeça?... Mas se foi um sonho... Bem real por sinal... Ah, deixa pra lá.

- Deuses, o que foi? – ele resmungou, sentando-se na cama. Pelo pouco de claridade que entrava pela janela o deus poderia deduzir que estava amanhecendo naquele instante. – O que há?

O homem – sim, porque ele não era de Atlântida, dã – respirou fundo antes de falar as palavras que Poseidon menos poderia querer ouvir.

- Duque Valentino e Duquesa Ariana.

Oh-oh. Isso não é bom.

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Athena se levantou, toda dolorida. Como imaginava, não tinha dormido bem. Mas pelo menos havia dormido. Não sabia como tinha conseguido acordar tão cedo depois de tanto sono.

Que droga... Eu não quero ir... Mas e se algo acontecer?... Eu tenho de estar presente. Mas eu não quero falar com Poseidon. Não sei se consigo encará-lo. Mas droga! Eu preciso saber da guerra.

E lá se foi ela em direção ao banho, com a vontade de fazer algo falando mais alto.


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