Castlecalibur ou Soulvania (reeditado) escrita por TriceSorel


Capítulo 8
PARTE 8: o baile




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         O baile fora marcado para o dia seguinte e Rafael se arrumava para a festa. Colocou uma jaqueta roxa aberta no peito, uma calça branca, uma bota marrom e uma máscara com pontas vermelhas, que nem ele usa no jogo Soul Calibur III para PlayStation 2, parecendo um palhaço sem senso estético pela primeira vez na vida. Amy vestiu-se com um vestido rodado curto preto, uma meia-calça rendada, uma bota com plataforma, fez duas chuquinhas no cabelo.

         - Amy, por que você vai ficar sete horas se maquiando se o baile é de máscaras? – quis saber Rafael.

         - Ih, qualé, é só uma maquiagenzinha básica, aí...

         Alguém bateu na porta. Era Jean-Eugène.

         - Monsieur Rafael? Mademoiselle Amy? O baile já está pra começar. – anunciou ele.

         - Já estamos descendo!

         Rafael e Amy desceram pelas escadarias do castelo até o salão de festas, que já estava todo decorado. A música sinistra tema do Halls os Sacred Remains [uma das “fases” de Lament of Innocence] estava sendo tocada em um órgão da forma mais sombria e obscura possível. Mathias estava parado em frente a seu trono vestindo-se belamente todo de preto e com uma máscara brilhosa. Leon vestia-se em branco e Walter, tocando o órgão, estava todo de vermelho. Jean-Eugène estava vestido em amarelo-ovo e, com a chegada dos franceses, agora só faltava a germânica presença de Siegfried.

         - Podemos começar o baile sem a Frida... – comentou Leon. – Me concede essa dança, bela dama? – perguntou, aproximando-se de Amy.

         - Ih, qualé, que coisa mais antiquada... – respondeu ela, indo dançar com Leon.

         - Ó, assim eu também fico com vontade de dançar! – exclamou Rafael, conduzindo o velho Jean-Eugène pelo salão.

         A máscara escondia a expressão triste de Mathias, que sabia que depois do baile seria caçado por seu melhor amigo, que não sabia sua verdadeira identidade. E a única pessoa que compartilhava de sua realidade e de seu segredo ele não sabia dizer se estava do seu lado ou contra. Suspirou e sentou-se.

         - Toca algo mais alegre! – pediu Rafael, que não agüentava mais aquela marcha fúnebre que Walter entoava.

         - Toca Lady Gaga!! – pediu Jean-Eugène.

         - Tá, tá... – e Walter começou a tocar Bad Romance no órgão.

         Foi quando passos muito pesados foram ouvidos nas escadarias que davam para o grande salão. Uma pessoa completamente vestida por uma armadura muito pesada e azul-celeste descia, totalmente incógnita, com nenhuma parte de seu ser à mostra.

         - Sieg, era pra você vir com uma máscara, e não com esse capacete horrível! – revelou Rafael, dançando com Jean-Eugène.

         - Eu não sou Siegfried! Eu sou Nightmare, o Cavaleiro Anil! – exclamou o homem, conhecido como Azure Knight.

         - Deixa disso, Sieg! Todos aqui sabem que é você e... AH! Você está com a Soul Edge!!! – Rafael apontou para a espada maligna nas mãos do azulado cavaleiro.

         - Sim. Com ela destruirei a Soul Calibur que está sob posse de meu arqui-inimigo Siegfried Schtauffen! Agora mesmo vou partir em busca dele e espalhar o terror pelo mundo afora! MWAHAHAHAHAHA! – riu perversamente o perturbado alemão e saiu porta afora.

         - Ai, meu pai... Walter, faça alguma coisa! – pediu Mathias.

         - Se o Sigmund saiu com a Soul Edge... então provavelmente ele deixou a Soul Calibur no quarto! Vou pegá-la e fundi-la com a pedra filosofal e assim, ter todo o poder do universo e controlar todos os indivíduos do mundo! Até mesmo você, Mat! – maquinou Walter maquiavelicamente e voou até o andar superior e pegou o elevador até o seu quarto.

         - Ei! Walter! Espere, você não pode fazer isso!! – e Mathias foi atrás do psicótico vampiro.

         - Sobrou pra gente, Leon... vamos atrás do Sieg antes que ele faça alguma besteira! – e Rafael precipitou-se para fora do salão atrás de seu colega de jogo.

         - Frida, nada tema!!! – berrou Leon, empunhando seu chicote e indo atrás do francês.

         - Sobramos. – comentou Jean-Eugène, vendo-se sozinho com Amy no salão.

         - Aí, vamos naquela rave que eu falei? – convidou Amy.

         - Demorô. – respondeu o velho, indo com a menina para a rave.

         Siegfried, ou melhor, Nightmare saiu espalhando terror pela floresta Noite Eterna afora, cortando árvores, matando esquilos e pisando em florzinhas até chegar em um lugar em que estivera antes com sua personalidade menos perturbada. Um velho parou em frente à porta.

         - Pesadelo, o Cavaleiro Anil! – comentou Rinaldo, referindo-se a “Nightmare, the Azure Knight”.

         - Você! Dê-me todos os seus artefatos mágicos para que, com eles, eu conquiste o mundo! – pediu Nightmare.

         - Até pode ser, mas antes... você terá que me enfrentar! Eu, Rinaldo Gandolfi, o pai da Alquimia!

         - Que nome estranho você escolheu pra sua filha...

         - É queria Josefa, mas minha mulher disse que Alquimia era um nome bonito. Mas você não pode falar nada, você se chama Nightmare. Isso lá é nome de gente?

         - Eu não sou um humano, eu sou o seu pior pesadelo!!! Prepare-se para morrer, velhote! – e Nightmare levantou sua grande espada maligna em direção ao velho.

         - Prefiro morrer a perder a vida! – bradou o velho, pegando uma poção mágica de seu estoque.

         - Pois eu prefiro matá-lo a vê-lo morrer! – e Nightmare preparou-se para deferir o golpe, mas uma voz o impediu.

         - Azure Knight, espere!!! – berrou Rafael.

         - Quem vem lá?

         - Sou eu!

         - Eu quem?

         - O cara que te roubou a Soul Edge daquela vez! – comentou Rafael, tirando a máscara.

         - Foi você!! – e Nightmare vira-se para acertar o golpe em Rafael.

         - Espere! Não vou deixá-lo matar o meu amigo! Eu vou derrotá-lo com meu Chicote Mata-Vampiros!! – e Leon começou a chicotear a armadura de Nightmare. – Ué, não tá funcionando...

         - Claro, eu não sou um vampiro, seu burrico! – revelou Nightmare.

         - Mas eu sou! – e um vampiro mascarado vestido de vermelho adentrou a loja com a Soul Calibur.

         - Ó! A Soul Calibur, a espada de meu arqui-inimigo! – exclamou Nightmare.

         - Sim, mas agora ela está sob a minha posse! – disse o incógnito vampiro. – E eu vou matar você!

         - Não, a Soul Calibur só pode fazer o bem, ela não pode ser usada para vinganças ou intuitos perversos! – explicou Rafael. – Diz no manual do fabricante.

         - Eu nunca leio o manual do fabricante! – revelou o vampiro, deferindo o golpe certeiro contra Nightmare.

         - Ooooh... – gemeu o cavaleiro anil enquanto caía no chão.

         O elmo que se partiu voou da cabeça do cavaleiro, mostrando seu belo e rosado rosto germânico.

         - Brunhilde!! – exclamou Leon, reconhecendo o rapaz.

         - Então... Nightmare é realmente a personalidade má de Siegfried! – deduziu Rinaldo.

         - Dããã, isso qualquer um sabe, né! – comentou Rafael.

         - Eu não, eu não jogo Soul Calibur. – explicou o vampiro incógnito.

         - Nem eu, prefiro jogar Castlevania, Lament of Innocence! – revelou Leon. – O protagonista arrasa!

         - Já eu gosto daquele senhor simpático que ajuda ele e fica dando as dicas para ele vencer os vampiros. Se não fosse ele, o protagonista não teria ido longe... – lembrou Rinaldo.

         - Bem... eu ouvi minha mãe chamar, tchau! – e o misterioso vampiro transformou-se em morcego e foi embora.

         - Acho que devemos voltar para o castelo, também... – lembrou Rafael.


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