Sick? Who? escrita por Jojo Almeida, Mandy-Jam


Capítulo 8
Not Cancer


Notas iniciais do capítulo

- Jo aqui -
HEY!
FELIZ DIA DAS CRIANÇAS, HONEYS!!!
Sim, nós somos todos crianças. Não importa a idade, serio mesmo. Todo mundo tem aquela criança dentro de si.
Quanto ao titulo... Uhhh, macabro.
Vocês vão entender logo, logo.
Tipo, agora.



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“Annabeth?” Taub chamou abrindo a porta do quarto de Percy “Será que podemos falar com você em particular por um instante?”

A garota olhou para ele de uma forma estranha. Ela estava sentada na cama, junto com o namorado, lendo um enorme livro que Taub nem Masters se deram o trabalho de identificar. Já Thalia havia simplesmente se jogado no pequeno sofá. Taub poderia jurar ter visto a imagem de um arco oscilar no chão ao seu lado, mas esta sumiu tão rápido quanto apareceu e ele preferiu não comentar.

“Claro.” Annabeth disse dando de ombros, colocando o livro de lado e se levantando para segui-los. Masters a conduziu até o balcão, onde Taub pegou uma prancheta. “Sobre o que se trata?”

“Apenas algumas perguntas padrão.” Masters justificou. Em seguida, seu bipe tocou. “Droga.” Ela murmurou olhando para a pequena tela do objeto. “Você pode cuidar disso? Tenho uma emergência.”

Taub deu de ombros, em uma concordância silenciosa.

“Thanks” Masters disse com um suspiro de alivio, já andando em passos rápidos em direção ao elevador.

“All right” Taub murmurou olhando para a prancheta. “Primeiro nome?”

“Annabeth” ela respondeu revirando os olhos para a pergunta. “Dois n’s”

“Sobrenome?” Taub perguntou anotando o que ela havia dito em uma letra tipicamente rebuscada de médico.

“Chase” respondeu. Taub tirou levantou os olhos para encara-la de uma forma estranha que a garota não entendeu, antes de se voltar para a prancheta.

“Nacionalidade?” o médico perguntou.

“Americana” Annabeth disse revirando os olhos de novo.

“Tem certeza?” Taub disse com uma expressão estranha.

“Yeah” ela respondeu franzindo o cenho para ele, que já anotava o que ela dissera.

“Cidade natal?” voltou a perguntar quando parou de anotar.

“San Francisco” Annie respondeu distraída, olhando para uma enfermeira que a encarava de forma estranha no outro lado do balcão.

“Cidade atual?” Taub perguntou, sem parecer notar a estranha enfermeira.

“New York” respondeu ainda olhando para a enfermeira, dessa vez fazendo uma prece silenciosa para todos os Deuses.

“Idade?” ele voltou a perguntar depois de virar a folha da prancheta.

“17” Annabeth disse finalmente tirando os olhos da enfermeira e se voltando para o médico.

“Mora...?” ele disse para que ela completasse a frase.

“Sozinha” a garota disse franzindo o cenho para ele. “Isso é mesmo necessário?”

“É” Taub respondeu dando de ombros e fazendo com que ela tivesse a estranha impressão de que essa era a sua resposta padrão. “Pai?”

“Frederick Chase.” Annabeth respondeu impaciente.

“Mãe?” ele perguntou colocando a prancheta no balcão de forma que pudesse usar a superfície de apoio.

“Indeterminada” ela respondeu com um meio sorriso, como se achasse sua resposta particularmente divertida. “Coloque Martha Chase. Minha madrasta.”

“Certo” Taub murmurou anotando algo aparentemente muito maior do que ‘madrasta: Martha Chase’. “Parentesco com o paciente?”

“Nenhum” Annabeth respondeu revirando os olhos e lançando um olhar para o quarto dele. “Namorados... Lembra?”

Taub deu de ombros, ainda anotando.

“Annabeth, eu sei que não parece, mas essas perguntas podem ser importantes o tratamento dele. Nós buscamos compreender os relacionamentos que o paciente mantém para compreender melhor o paciente.” Ele justificou largando a caneta para poder encara-la e sorrindo como quem pede desculpas. “Entende?”

“Certo. Entendo...” ela murmurou distraída novamente.

“Preciso fazer algumas perguntas sobre ele, certo?” Taub perguntou e ela assentiu silenciosamente. “Vocês moram juntos?”

“Não. Percy mora com a mãe.” Annabeth respondeu calmamente, como se escolhesse as palavras.

“Onde ele estava antes do acidente?” o médico perguntou, dessa vez sem anotar nada. Sem nem olhar para a prancheta na verdade.

“Almoçando comigo.” Ela respondeu afastando uma mecha loira que caiu nos olhos.

“Você o viu depois disso?” Taub disse balançando a caneta entre os dedos.

“Não.” Annabeth respondeu em voz baixa. “Só hoje.”

“Percy foi diagnosticado com TDAH?” Dr. Taub perguntou parecendo um pouco mais cauteloso.

“Sim.” A garota respondeu simplesmente.

“Onde vocês se conheceram?” ele perguntou novamente.

“Na escola” Annabeth respondeu, mas o médico a olhou de uma forma reprovadora e duvidosa, fazendo com que mudasse de ideia. “Certo. Em um acampamento de verão.”

“Quando?” Taub perguntou cauteloso novamente.

“Seis anos atrás” a garota respondeu.

“E Thalia?” o médico disse calmamente.

“Não me lembro.” Ela respondeu mordendo os lábios e deixando obvio que estava escondendo alguma coisa. “Era muito nova.”

Annabeth desviou os olhos para o quarto dele de novo. Dr. Chase e Dr. Foreman estavam parados na porta, provavelmente para leva-lo para mais testes. Eles saíram andando, acompanhados de Percy e Thalia, indo na direção contrária de onde ela estava. Voltou a olhar para Taub, desejando que aquilo acabasse mais rápido.


“O que isso faz?” Thalia perguntou em um tom de voz estranho, dando a volta no aparelho de tomografia. Chase e Foreman haviam feito com que Percy se deitasse na esteira. Haviam dito algo sobre ela dever sair dali antes de passarem para o repartimento de vidro também, mas a filha de Zeus meio que não estava prestando atenção.

“É uma câmera de tomografia. Tira fotos de raios-X tridimensionais e envia para esse computador.” Foreman respondeu impaciente, apertando o microfone para poder falar. “Thalia, você não poderia, por favor, sair daí? Precisamos começar logo com isso.”

“Interessante” ela murmurou indiferente ao que ele havia dito, dando a volta da maquina. Percy abafou o riso, mas não disse nada. “O que aconteceria se alguém eletrocutasse isso sem querer?”

“Problemas” Chase disse pegando o microfone de Foreman. “Muitos problemas.”

“Você não está pensando em...” Percy sussurrou para ela, de forma que os médicos não pudessem ouvir.

“Deuses. É só curiosidade.” Ela sussurrou para ele em resposta, apesar de estar com um sorriso travesso no rosto.

“Thalia.” Dr. Chase chamou de novo, em um tom de aviso que não combinava em nada com ele. “Please.”

A punk revirou os olhos, andando até a porta de vidro e fechando-a atrás de si ao passar. Sentou com tudo na cadeira de rodinhas, que girou muitas vezes antes de finalmente para entre os dois médicos. Eles olharam para ela confusos, parecendo não saber o que falar.

“Você não pode ficar aqui.” Foreman se pronunciou depois de um tempo. Ela deu de ombros colocando os pés em cima da mesa de uma forma desleixada e se reencostando na cadeira.

“Onde mais vou ficar?” disse cruzando os braços. “No teto?”

“Certo.” Chase se deu por vencido. “Vamos logo com isso.”

Os dois médicos começaram a mexer nos botões dos computadores de uma forma que pareceu suficientemente aleatória para Thalia. Em algum ponto, a esteira começou a se mover empurrando Pers para dentro da câmera. A garota olhou para os dois, aparentemente entediada.

“Estamos tirando fotos do que mesmo?” perguntou para irrita-los.

“Tudo.” Foreman respondeu desanimado, sem tirar os olhos da tela. “Mas, se é o que quis dizer, começamos pelas costas.”

“Por quê?” ela disse brincando com um cartão que estava em cima da mesa.

“Uma das teorias de House.” Chase falou também parecendo desanimado.

“Nossa” Thalia murmurou irônica. “O trabalho de você é realmente emocionante.”

“Ninguém falou nada sobre um médico ranzinza e irônico que gosta de casos médicos difíceis quando entrei na faculdade.” Foreman se lamentou.

“Em que você se formou... Dr. Robert Chase?” ela perguntou constando que o cartão com que brincava era, na verdade, de Chase.

“Medicina Intensiva.” O médico respondeu como se fosse algo que já havia falado um milhão de vezes para um milhão de pessoas diferentes.

“Isso consegue soar ainda menos emocionante.” A garota disse com uma careta. Ele deu de ombros, voltando sua atenção para a tela de novo.

“Percy, você tem que ficar parado” Foreman disse ao microfone. “Não vamos conseguir as imagens desse jeito.”

“É isso aí, Pers.” Thalia pegou o microfone na mão do médico sem ligar para os protestos dele. “Nada de ficar dançando macarena dentro dessa sua boate particular.”

“Posso tentar.” O garoto respondeu rindo. Ela devolveu o aparelho para mesa, sorrindo para os dois médicos impaciente. “Quanto tempo isso vai demorar?”

“Se depender de vocês, muito.” Chase disse sem sequer olhar para ela.

Alguns minutos se passaram. Thalia já estava completamente entediada. Hiperatividade e uma salinha pequena de vidro não pareciam uma boa combinação, agora que parava para pensar para isso. Começou a girar a cadeira, deixando os médicos ainda mais impacientes. Acabou por, sem querer, empurrar a mesa com o esquerdo e bater as costas da cadeira na parede.

Ela riu sozinha, mais da expressão irritadiça de Chase do que dela mesma.

“Dr. Robert.” Catarrolou a musica dos Beatles. “Ring my friend, I said you call Doctor Robert/ Day or night he'll be there any time at all, Doctor Robert/ Doctor Robert, you're a new and better man/ He helps you to understand/ He does everything he can, Doctor Robert”

“Doctor Robert não era o médico drogado da musica?” Foreman perguntou rindo baixo.

“Dr. Foreman não era o médico que foi assassinado da musica?” Chase rebateu irritadiço. Estava cansado desses testes inúteis. Cansado da garota punk, cansado de não saber o que está acontecendo. Estava realmente cansado.

“Wowa. Que stress” Thalia se intrometeu. Ela levantou da cadeira e foi até Chase, colocando as duas mãos em seus ombros. “Você realmente precisa de algumas drogas.”

“Thalia” Foreman repreendeu em tom de aviso, mas parecendo precisar de todas as suas forças para não rir.

“Tá, tá” ela revirou os olhos impaciente. “Eu já estou de saída já que é assim.”

A garota começou a andar em passos largos até porta. Tinha até posto a mão na maçaneta e aberto parte dela quando pareceu ser atingida por uma grande ideia. Com um movimento ágil, voltou até a mesa e pegou o microfone.

“Diz um números de 1 ao 12, Pers.” Ela pediu segurando o botão do aparelho ao falar.

“Todos.” Percy respondeu rindo. Thalia revirou os olhos.

“Até o 11?” perguntou.

“Principalmente o onze.” Ele respondeu rindo mais um pouco.

“Pode deixar.” A punk falou soltando o microfone e saindo rapidamente da sala, deixando dois médicos meio confusos para trás.

Foreman suspirou pesadamente, voltando sua atenção para a tela de novo. Tinha a estranha sensação que era melhor nem tentar entender aqueles dois. Aquela sensaação de que quanto menos soubesse, melhor.

Dr. Wilson entrou em seu escritório, segurando um copo de isopor de café entre os dentes e tentando equilibrar um grande número de pastas nas mãos. Ele parou, surpreso. Não era todo dia que Chase estaria em pé no centro de sua sala, segurando uma pasta de um paciente e parecendo pensativo.

“O que House fez dessa vez?” Wilson perguntou, em voz cansada, depois de ir até a mesa e deixar as pastas e o café lá.

“Nada. Ainda.” Chase respondeu com riso baixo. “Eu queria pedir um favor.”

“É só falar.” O outro médico respondeu dobrando as mangas da camisa social até o cotovelo e se apoiando um sua mesa.

“Sobre uma teoria que tive. Não posso ter certeza ainda...” Chase disse, parecendo preocupado. Ele abriu a pasta que carregava, puxando um exame de lá e estendendo-o na direção de Wilson. “Você não poderia dar uma olhada para mim?”

Sure.” O oncologista respondeu dando de ombros. Ele foi até Chase e pegou o exame. “Sobre quem nos estamos falando?”

“Não dá para saber exatamente. O paciente se recusa a contar seu nome.” Dr. Chase se lamentou. “Mas, se é o que quer saber, os sintomas foram anomalia de pele, machucados somente na extensão dos braços após um acidente de carro e, se isso for considerado como sintoma, um forte cheiro de maresia.”

“Estranho.” Wilson murmurou indo até a parede de luz e colocando o exame lá para poder analisá-lo melhor. “Nossa, o que...”

“Não sabemos. Parece que sua pele repele qualquer tipo de exame. Refizemos três vezes, mas todos ficaram assim. Isso, era para ser a coluna vertebral dele.” Ele parecia estranhamente impaciente pela parte do não sabemos, Wilson notou.

O oncologista virou a cabeça em um ângulo estranho. O exame devia mostrar, no mínimo, os ossos e órgãos do paciente. Ali, ele só via uma grande massa unicolor que devia ser a coluna vertebral. Franziu o cenho. Era uma grande massa unicolor, tirando por um ponto escuro na base da coluna que tinha linhas estranhamente claras o envolvendo.

“Eu não sei o que estou olhando.” Dr. Wilson afirmou em um tom de voz estranho. “But it’s not cancer.”


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Notas finais do capítulo

WILSON!
Gods, você por aqui tembém?
'Hahaha.
Acho que essa foi em homenagem a quem gosta dele.
Até o próximo capitulo gente!
Deixem um review, recomendem - se acharem que a fic merece, claro.
Mas não se esqueção de deixar um review. É rapidinho.
Quem sabe não chegamos a 200?
Vamos, é um número legal.
Beijos,
Jojo.