Stuck In The Moment. escrita por Kaah_1


Capítulo 30
Capítulo 29


Notas iniciais do capítulo

Penultimo capitulo!
Awn, :')
Espero que gostem gente! Não ta tao bom, mas... eu gosti de escrevê-lo pra vocês. awn



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Suspirei, quando fiquei em frente à porta do quarto onde ele estaria.

Abri bem devagar, colocando a cabeça primeiramente.

Dei um sorriso ao vê-lo trocando os canais da TV que ficava no teto, ele pareceu nem me notar ali. Mas, ele não estava com uma boa aparência.

Eu... Senti um arrepio e o meu coração apertar. Meu menino estava tão machucado... Oh, céus.

~

Dei alguns passos devagar. Eu ainda não queria que ele me notasse ali. Eu estava com aquele frio na barriga, sabe?

Suspirei, e acho que bastou isso pra ele olhar ao lado e dar aquele sorriso de canto que só ele sabia. Meu corpo inteiro gelou. Justin deixou o controle por cima da cama imediatamente, e nem prestou mais atenção na televisão ou qualquer coisa do tipo.

Tentei dar um sorriso a ele, mas, acho que não deu muito certo.

Cheguei ao lado da cama onde ele estava sentado. Justin ergueu seu braço que não estava engessado e aproximou-o para tocar meu rosto. Eu me afastei bruscamente, dando um passo pra trás. Ele pareceu não entender e desviou o olhar de mim. Apesar de tudo, eu ainda estava um pouco chateada com ele. Mesmo depois de ele ter pulado na frente do carro, ter sofrido um acidente, quebrado sei lá eu quantos ossos... Mesmo depois daquele sonho horrível... Eu ainda me sentia chateada.

Como diz Lizzie... Eu sou cabeça dura mesmo. Quando ponho algo na cabeça, é difícil ter alguém que tire. Eu não perdôo fácil e muito menos esqueço qualquer coisa. Eu sou coração de pedra mesmo. Droga.

– Hey... – foi o que eu consegui dizer, pela primeira vez. Engolia em seco. – Como está? – perguntei, um pouco baixo, enquanto fitava uma de suas pernas e um de seus braços envolto de gesso.

– Como acha que estou? – ele disse, grosso demais.

Abaixei o olhar.

Eu estava sendo imbecil. Ok.

– Desculpa... – voltei a fitar seu rosto. Por um minuto nossos olhos se encontraram. E tinha um vazio neles. Suspirei. – Eu... Você está assim por minha culpa. Não deveria ter feito aquilo. De modo algum! – mordi o lábio inferior.

– Ah, sim. Mas, eu fiz. – ele deu de ombros. – Não tem nada a dizer? – riu sem humor.

Vamos lá, Sara... Deixe o orgulho de lado ao menos uma vez!

Bom, eu poderia lhe dar um abraço, um beijo e dizer aquele grande obrigada onde tudo se concerta, assim como nos filmes.

Mas, qual é, se fosse assim, não seria a minha historia. Se tudo se acertasse tão fácil... Não seria a nossa historia. Essa não seria eu.

– Obrigado, Bieber. – dei um pequeno sorriso. – Porque fez aquilo? Acha que provaria alguma coisa? – acabei soltando.

Bati na minha própria testa. Eu não devia ter falado aquilo.

Ainda não.

– Eu sou queria... – interrompi.

– Acha que concertaria alguma coisa com isso? Acha o que? Que seria um super herói e que eu viria correndo pra você? Pois estava enganado... – disparei, disposta a continuar falando milhões de coisas se ele não me interrompesse.

– Você é muito orgulhosa, Sara! Para de ser infantil! Não pode ao menos uma vez na vida se contentar com uma caridade que alguém faz a você? Deixe o orgulho de lado, caralho. – ele disse sério, em uma voz fraca, mas, que eu juraria que ele gritaria se não estivesse fraco.

– Você poderia ter morrido! – gritei.

Coloquei as mãos sobre a boca, percebendo que não devia ter falado tão alto.

Suspirei.

É. Talvez ele estivesse certo.

Eu era mesmo uma garotinha infantil totalmente orgulhosa. Mas, eu não conseguia evitar. Ele não devia ter feito aquilo! Eu tinha um jeito totalmente estranho de me preocupar com os outros, mas, eu me preocupava com ele. Daquele jeito estranho, mas... Sim, preocupava-se.

– Ok, está certo. – dei alguns passos me aproximando dele. –Esse só é o meu jeito de dizer que me preocupo com você. – dei um pequeno sorriso, colocando a minha mão sobre seu rosto e fazendo carinho pela sua bochecha.

– Um jeito estranho e orgulhoso... Somente seu. Eu sei, princesa. – ele puxou minha mão, beijando as costas da mesma.

– E que foi egoísta em fazer aquilo. Acha que poderia me deixar daquele jeito? – acabei rindo fraco.

Ele riu junto comigo. Aquela risada boba e deliciosa que só ele sabia dar.

Ficamos nos fitando por alguns minutos.

Era estranho aquilo.

Não tínhamos conversas calmas a um bom tempo. E muito menos essa conversa entre olhares. Me deixava sem graça, boba... Mas, era bom. Era um jeito de compreender um ao outro apenas pelo olhar. Era engraçado, divertido... E eu poderia ser a garota mais orgulhosa do mundo... Mas, tinha que admitir que ainda o amava. Mesmo depois de tudo.

Mesmo sendo enganada.

Mesmo depois de tantos jogos.

Mas, meu orgulho podia ser maior.

– Acho que vou indo. – consegui dizer e me aproximei, beijando sua bochecha. – Fique bem. – murmurei

Sorri de leve e já ia saindo, mas, ele puxou meu braço.

– E como ficamos? Pelo menos amigos? Hm? – ele perguntou, alargando um sorriso.

– Conhecidos, Justin. Apenas... Conhecidos. – falei, séria e arqueando uma das sobrancelhas.

Seu sorriso se desmanchou.

Em seguida, deixei aquele quarto sem mais nenhuma palavra dita.


(...)

Já tinha se passado praticamente um mês. Ou até mais que isso.

As coisas não haviam mudado muito. Lizzie me trazia algumas noticias de Justin e fiquei sabendo que semana passada ele havia tirado todo o gesso. Mas, eu meio que me mostrava despreocupada com tudo.

Ryan estava sempre me pegando no meu pé, com suas brincadeirinhas idiotas de sempre. Ele e Lizz deram uma de me arrastar até uma boate e eu acabei me tornando uma Sara bêbada completamente maluca, a ponto de estrangular qualquer pessoa que passasse na minha frente ou algo do tipo.

Eu continuava sendo a Sara orgulhosa, fria e louca de sempre. A meio que sem sentimentos.

Meus sentimentos haviam desaparecido ainda mais. Talvez.

No momento, onde eu estava? Bom, sabe aquelas estações de metro? Pois é... Lizzie me ligara dizendo pra ir encontrar com ela ali agora. E deu, que o local estava tão cheio que eu não conseguia ver Lizzie em lugar nenhum. Argh!

Resolvi pegar o celular e ligar pra ela.

Vagabunda.

Só faltava ela ter trazido Ryan junto e estar se agarrando com ele! Ela sempre faz isso... Diz que teremos um dia só ‘’de garotas’’ e acaba trazendo o seu namorado e meu meio-irmão patético junto! Que nojo... Eu demoraria muito pra acostumar com a idéia de que o namoro deles estava indo tão a sério.

– Oi? – a vadia atendeu ao telefone depois de um bom tempo.

– Lizzie? Onde é que você ta, porra? – praticamente gritei no telefone.

Ela riu do outro lado.

– Estou do lado do cara que esta de calças jeans. – ela disse com aquela voz sarcástica e nojenta.

– Vadia, tem pelo menos uns 20 caras de calças jeans por aqui. – eu disse, enquanto olhava aos lados para confirmar.

Lizzie gargalhou do outro lado.

Eu estava mesmo levando a idéia de socar Lizzie bem a sério! Essa menina é uma trouxa.

– Procure o cara que está ao meu lado, oras! – ela disse como se fosse algo bem obvio.

– Como...? Está zoando com a minha cara? Qual a tua, Lizzie? É melhor dizer logo qual é a brincadeirinha, porque isso já esta me irritando profundamente, caralho. – bati os pés no chão e disse totalmente raivosa.

Lizzie era uma vadia.

Odiava que ficasse brincando com a minha cara! Ugh!

Qual era a pegadinha dessa vez? Eu estaria ao vivo em algum programa sendo enganada?

– Desculpe-me por isso amiga... Mas, aposto que vai me agradecer depois. – ela deu uma risadinha fraca. Eu bufei, sem entender nada. – A propósito, esqueça o orgulho uma vez na vida, Sara. Agarre a chance de ser feliz. – ela disse, como se se sentisse uma filosofa.

Revirei os olhos.

Eu ia dizer algo, mas, o telefone ficou mudo. A puta da minha amiga havia desligado o mesmo na minha cara.

Respirei fundo antes que começasse a berrar milhões de palavrões no meio daquela estação. Era perigoso que os outros chamassem um hospício por isso.

Guardei o celular e dei milhões de socos no ar.

O que diabos Lizzie estava querendo? Agradecer pelo que? Essa vadia se veria comigo. Ah, sim!

Já ia começando a andar quando um cara me pegou pela mão e me girou. Fiquei sem entender, até olhar aos lados e perceber que a maioria das pessoas que estavam ali dançavam, enquanto eu estava ali no meio sem entender nada.

Tocava alguma musica no fundo, da qual eu nem ao menos podia entender a letra.

– O amor é como as rosas. Cada pétala uma ilusão, cada espinho uma realidade. – um homem entregou uma rosa a mim sorrindo.

Eu sorri forçadamente, enquanto era obrigada a pegar a rosa.

Eu continuava parada ali no meio, sem entender merda nenhuma.

– O meu amor eu guardo para os mais especiais. Não sigo todas as regras da sociedade e às vezes ajo por impulso. Erro, admito, aprendo, ensino. Todos erram um dia: por descuido, inocência ou maldade. Conservar algo que faça recordar de ti seria o mesmo que admitir que eu pudesse esquecer-te. – outro cara me disse, pegando minha mão e a beijando.

Espera... Ele estava citando Shakespeare ou era impressão minha?

Quase abri a boca para falar alguma coisa, mas, acabei desistindo.

– Duvides que as estrelas sejam fogo, duvides que o sol se mova, duvides que a verdade seja mentira, mas não duvides jamais de que te amo. – ouvi alguma voz sussurrar, de algum canto, mas, sussurrar alto, como num alto falante.

Engoli em seco. Aquilo não poderia ser bom.

Via as pessoas dançarem com alguns passos que eu nunca vira e então... Abriram caminho pra mim, como um corredor. Eu olhei na duvida se deveria mesmo seguir adiante, mas, acabei andando.

Parei em frente a uma das escadas que tinha ali naquela estação. Em pé, em um dos degraus da escada estava uma das ultimas pessoas que eu imaginava ver no momento. É. Justin. Lá estava ele, novo em folha depois do acidente. Com um sorriso no rosto.

– Ah, meu deus. – resmunguei, bufando.

Ele foi até mim, segurando uma de minhas mãos.

– O que faz aqui? – quase gritei.

E ele colocou o dedo indicador sobre meus lábios.

– Nem Romeu e Julieta, jamais sentiram o que nós sentimos. – ele deu uma cantarolada e imaginei que aquele verso seria de uma das suas musicas. – Tudo o que temos está preso no momento. – ele sussurrou, ainda cantarolando alguns versos.

– Pare de cantarolar, caramba! – bati no seu ombro. – O que pensa que esta fazendo? – me afastei dele, dando dois passos pra trás.

– Tentando te... Reconquistar? – ele abriu um sorriso esperançoso.

– Acha que é assim? Me dá uma rosinha, manda algumas pessoas dançarem, outras caras ficarem recitando algumas frases de Shakespeare e acha que já conseguiu me reconquistar? – falei um pouco furiosa, jogando aquela rosa que havia recebido, no chão.

– Eu... Eu... Achei que pudesse ajudar... – o vi ficar meio sem graça e coçar a nuca.

Ta, eu poderia estar sendo orgulhosa, idiota, grossa e tudo quanto é tipo de coisa... Mas, foda-se! Ele acha que sou fácil? É isso?

– Porque não fala por si mesmo, hein? – esmurrei seu peito.

– Calma, Sara! – ele me segurou pelos pulsos e me puxou, fazendo com que ficássemos perto um do outro. Bem perto. – Eu... Eu sinto sua falta, ok? Eu sei... O que eu fiz foi totalmente errado! As apostas, as mentiras... Tudo. Mas, você tem que entender que eu não minto quando digo que te amo. Poxa! – ele passou uma das suas mãos pela minha bochecha.

– Eu sei que sou uma idiota. Cheia de problemas, birras e sou difícil de lidar. E você... Eu confiava em você. Agora, não sei se o que diz é verdade. Eu... Eu sou difícil de confiar novamente, Justin. Quando algo me decepciona, eu não sei se consigo esquecer. – desviei meu olhar do seu.

– Não precisa esquecer. Apenas... Me perdoe. Por favor. – ouvi ele murmurar.

Passou pela minha cabeça cada momento vivido com ele. E como as palavras pareciam reais... E do quanto me fazia sorrir. Ah, nenhum orgulho me faria impedir de admitir isso. Ele me fazia bem. Me fazia sorrir... Então... O que fazer? Era como se meu coração implorasse para que eu o perdoasse, mas, meu cérebro ficava lutando ainda, dizendo que eu me machucaria mais.

Minha mãe sempre me dizia que as três maiores dificuldades do homem eram essas: Reconhecer, Desculpar e perdoar. Eu assino em baixo. Dizia também que a pessoa que tem capacidade de perdoar, tem capacidade ainda maior de amar. Então, qual seria minha escolha?

Talvez estivesse na hora de parar de ser orgulhosa. Você pode perder muito com isso, Sara.


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Notas finais do capítulo

Então? Gostaram um poquuinho?
E entao? como vai ser o futuro deles? Hm?
Sugestões? Reviews? Recomendações?
Mereço algo?
Me digam gente. O ultimo capitulo será postado logo, viu? Eu acho. kkkkkkkkk
Obrigada por tudo, meus amores. De verdade. Sentirei falta.
NHAAAAAAC :3