Stuck In The Moment. escrita por Kaah_1


Capítulo 29
Capítulo 28


Notas iniciais do capítulo

Eu sei que disse que postaria rapidinho..mas, é, nao deu.Demorou :C
USHUAHSUA
sorry, espero que gostem do capitulo, assim como gostei de escrever awn *-*
boa leitura e ignorem os erros s2



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(...)

Lá estava eu, andando de um lado pro outro, totalmente apreensiva.

Já fazia um bom tempo que ele estava desacordado. Muito tempo. Talvez umas 48 horas. Os médicos corriam as pressas fazendo milhões de exames, como tomografias, entre outros.

Lizzie e Ryan tentavam me acalmar, falando que tudo ia dar certo. Mas, eu não conseguia realmente acreditar naquilo. Eu estava tão preocupada que não conseguia ficar quieta. Pattie já havia chorado rios de lagrimas e Kenny teve que tirá-la daqui para que ela não acabasse inundando o hospital ou algo do tipo.

Chaz, Nolan, Chris e Caitlin haviam vindo também, mas, estavam na lanchonete do hospital, comprando alguma coisa.

Apenas eu, Lizz e Ryan estávamos naquela sala de espera. Com as paredes brancas desbotadas e as cadeiras de cor cinza que estavam meio velhas. Lizzie era abraçada por Ryan, e ela me olhava com um meio sorriso e lagrimas nos olhos.

- Fica calma, Sara. – ouvi a voz de Ryan e me virei pra ele, cruzando os braços.

- Ficar calma? Como eu vou ficar calma, porra? – tentei controlar minha voz para não acabar gritando. – O garoto praticamente ta nessa por minha culpa e você quer que eu fique calma? – fechei os olhos por um segundo. Sentia meu rosto fulminar de raiva.

Suspirei, enquanto tentava controlar minhas lagrimas. Eu não queria desabar na frente deles. De jeito algum.

Eu estava tentando ser forte há tanto tempo, que se eu começasse a chorar agora, não pararia mais. E eu já havia chorado muito nessas 48 horas.

- Sara, sente-se. Toma um suco de maracujá, amiga. – Lizzie se levantou, indo até mim e segurando meus ombros.

- DÁ PRA PARAR DE VOCÊS FICAREM ME DIZENDO PRA FICAR CALMA? CARALHO! – praticamente berrei e a recepcionista do hospital me olhou de cara feia, querendo me matar com o olhar.

Eu respirei fundo algumas vezes, enquanto Lizzie ainda me olhava um pouco assustada.

Eu apenas me joguei em uma das cadeiras cinza e sem vida que tinha ali e afundei meu rosto em minhas mãos. Deixei algumas lágrimas rolarem, enquanto eu pensava em tudo que acontecera até agora e o quanto minha vida estava bagunçada.

Percebi que eu soluçava e rapidamente levantei o rosto e limpei as lagrimas que caiam com a manga da minha blusa.

- Sá, para com isso. Para de se culpar. – Lizz me abraçou de lado e eu suspirei alto, a fitando.

Ela me deu um meio sorriso e eu tentei sorrir de volta.

- Se acontecer algo a ele, eu me mato. – fechei os olhos, pensando que aquela seria a coisa mais idiota que eu já havia dito na vida.

Lizzie pareceu rir, enquanto passava o dedo pela minha bochecha limpando minhas lágrimas.

Abri os olhos, vendo uma enfermeira entrar na sala de espera com uma prancheta na mão. Estremeci.

- Parentes do senhor Bieber? – ela pediu, olhando pra prancheta e puxando uma caneta.

- Somos nós. – me levantei em um pulo, puxando Lizzie e Ryan veio atrás. A moça me olhou um pouco indiferente. – Bom, somos amigos dele. A mãe dele teve que dar uma saidinha. Então, somos nós. O que tem? Ele ta melhor? – tentei alargar um sorriso.

Mas, a mulher a minha frente fez uma cara triste de reprovação, balançando a cabeça negativamente. Meu sorriso se desmanchou totalmente.

- Desculpa, eu queria muito te dar uma boa noticia, mas... – ela fitou a prancheta.

Eu comecei a soluçar e não sabia o que falar.

- Tudo bem. Diga-nos. O que há? – Ryan falou. Parece que percebeu o quão assustada eu havia ficado.

- Eu... É tão difícil dizer isso. – a moça suspirou e nos fitou melhor. Ela passou seu olhar por mim, Lizz e depois Ryan. Tentou dar um meio sorriso, mas, ele desfez. – O garoto não sobreviveu. Ele... Bateu a cabeça muito forte e teve um traumatismo craniano. Tentamos tudo, mas, ele realmente não resistiu. – a moça disse, enquanto passava a mão pelo meu cabelo.

Eu ainda estava pasma.

- Ele... Justin... Morreu? – eu perguntei e depois comecei a gargalhar alto. – NÃO BRINQUE COM UMA COISA DESSAS! DIGA QUE É PIADA PORRA, DIGA! POR FAVOR... - eu já ia partir pra cima da mulher, mas, Ryan segurou meus braços, enquanto Lizzie foi a minha frente, fazendo gestos, tentando me acalmar de alguma forma.

Eu nunca me acalmaria.

A enfermeira se afastou, me olhando com medo, enquanto eu dava berros, tentando por aquilo na minha mente.

Ele não podia ter morrido. O único garoto que eu amei, não podia ter simplesmente ido embora. Não de novo!

Eu não entendia nada do que Lizzie dizia a minha frente, eu apenas caí de joelhos no chão, enquanto dava berros e chorava ainda mais alto que uma criancinha de quatro anos que havia se perdido dos pais. Eu socava o chão e me descabelava por inteira, eu não conseguia parar de chorar e berrar por um segundo sequer. Pude ouvir a voz de Chaz, Chris e até Caitlin tentando me acalmar, dizendo que não era o fim do mundo e que Justin não iria querer me ver daquele jeito.

Mas, aquele era o fim do mundo pra mim.

Comecei a pensar nas ultimas palavras que ele havia me dito antes de fechar os olhos – “eu te amo” – era pra ser eu ali. Era pra ser eu no seu lugar.

Me levantei com total dificuldade possível e saí esbarrando em qualquer porcaria que aparecesse na minha frente. A verdade era que eu não enxergava mais merda nenhuma. Meus olhos estavam embaçados e eu só chorava e berrava, enquanto as pessoas me olhavam como seu eu fosse uma louca.

Talvez eu fosse louca. Por ele.

Acabei saindo em uma espécie de varanda que tinha ali no hospital. Aliás, era um prédio bem alto.

Me encostei nas ‘barras de proteção’, me curvando bem e olhando pra baixo. Eu devia estar em qual andar? Quarto? Quinto? Sétimo? Quem sabe. Eu não me importava. Eu me jogaria. Talvez fosse a coisa mais egoísta e idiota que eu fizera, mas, era melhor do que sofrer.

- O que você pensa que esta fazendo?! – ouvi uma voz conhecida e me virei, vendo Ryan vir em minha direção. – Para com isso, Sara! Perdi o Justin e não vou perder você! – ele andava até mim, mas, estava bem longe.

Seus olhos eram vermelhos.

- Me desculpe, Ryan. – eu disse fraco, com a voz embargada, enquanto ‘pulava’ as barras e ficava pendurada do lado de fora do local.

Vi lá embaixo, que tinha algumas plantas e pessoas passando.

Respirei fundo.

- Eu te amo. – fechei os olhos e sussurrei antes de me soltar.

Com isso, a escuridão veio. E eu não me lembro de mais nada.

--#--

Acordei em um sobressalto. Respirando pesadamente, e fitando aos lados tentando assimilar em qual local eu estava.

Passei a mão pelo rosto e enquanto minha visão ia se afirmando, me vi na sala de espera do hospital novamente. Com as paredes brancas desbotadas. Eu estava sentada em uma cadeira, e quando olhei ao lado, Ryan dormia ao meu lado, enquanto eu tinha minha cabeça em seu ombro.

Me levantei da cadeira, tentando pensar.

Aquilo havia sido apenas um sonho?

O desespero, os sentimentos, tudo que eu passei... Ouvir as palavras... Ele realmente não resistiu, - me deixara tão absurdamente louca.

O modo como eu havia surtado, dizendo que a moça estava fazendo uma piada e a vendo olhar-me assustada.

E o pior ainda... O modo como eu me joguei dali, como se sem Justin minha vida não tivesse sentido. Que Sara era, aquela? Eu não era a menina daquele sonho. Eu choraria litros se ouvisse algo sobre aquilo, mas, eu não me jogaria. Eu acho que não.

E se não houvesse sido um sonho? E se Justin houvesse mesmo morrido? Oh, meu Deus!

Coloquei a mão na testa, sentindo que eu suava frio.

Meu deus... O que eu me tornei? Eu era agora uma garota fraca, que estava praticamente chorando depois de um terrível sonho sobre a morte do cara que eu amo. Sem realmente saber se aquilo havia sido mesmo somente um sonho.

Minha cabeça doía tanto e eu pensava no quanto a minha vida havia mudado desde o dia em que o conheci.

A aposta, ele ter mentido pra mim, ter me enganado e me usado todo o tempo, ter ficado comigo apenas em troca de dinheiro... Eu me senti um lixo assim. Mas, talvez me sentisse pior ainda se soubesse que ele havia morrido.

- Sara? Tudo bem? – ouvi me chamarem e me virei rápido, encarando Ryan sonolento, enquanto se espreguiçava e coçava os olhos.

- Ryan! – falei com um tom de desespero. – Justin... Ele... Ele ta bem? – tentei acalmar minha respiração, que ainda continuava pesada e desesperada.

Coloquei as mãos na cintura e balancei a cabeça diversas vezes.

- Ah, sim. Ele continua desacordado, mas, a enfermeira... –

- A enfermeira! Oh, caramba! – passei a mão pelo meu cabelo, tentando respirar normalmente. – Cadê ela? Eu preciso saber de tudo! – disse, olhando pra Ryan, que se levantava vindo em minha direção.

- Calma! Sara, que isso! O que você tem? – ele deu uma risadinha fraca.

- Eu tive um péssimo sonho. Justin tinha morrido nele e eu... Não posso pensar nisso. – falei sentindo algumas lágrimas já começarem a descer.

- Hey... – Ryan resmungou risonho e me abraçou forte em seguida, beijando o topo de minha cabeça.

Nunca pensei em Ryan como um irmão protetor, mas, nesse momento, ele estava parecendo um.

- Esta tudo bem. Foi só um sonho. – disse enquanto se afastava. – Você deve estar cansada. Aliás, estamos aqui há quase dois dias. – ele bocejou fraco.

- Dois dias? – perguntei, o vendo assentir. Minha mente estava tão confusa. – Precisamos falar com a enfermeira. – insisti.

- Tudo bem, Sara Teimosa Butler. – ele riu, enquanto me abraçava pela cintura, me conduzindo até o balcão onde estava uma enfermeira perto dele falando com a recepcionista.

Esperamos que ela estivesse menos ocupada e nos aproximamos logo para perguntar.

Nunca me senti preocupada. Isso é um porre.

- Justin Bieber. Como ele esta? – Ryan perguntou, fitando a mim e depois a moça a frente.

- Ah, ele está bem. Se recuperando rápido... Não foi tão grave, mas, estamos o deixando em observação. – a moça sorriu dócil, enquanto fitava sua prancheta.

- Ele esta acordado? – perguntei.

- Sim. A mãe dele e mais dois garotos estão lá no quarto o vendo. – ela apontou para o corredor extenso. – Podem ir vê-lo depois. – ela sorriu.

Eu assenti, agradecendo, antes que ela desaparecesse no corredor.

- É. Parece que dormimos demais. – Ryan resmungou, enquanto se espreguiçava pela décima vez.

- Parece que sim. – suspirei. – Vamos, eu quero vê-lo pra ter certeza de que esta bem, o sonho me assustou demais. – mordi os lábios, enquanto Ryan dava um sorriso debochado.

- A raiva que tinha dele sumiu de repente? – ele riu

- Não exatamente. – soltei os ombros, enquanto voltava a pensar em tudo e em como estávamos antes. – Ei, onde esta Lizzie? – perguntei, quando dei falta da minha amiga.

- Vindo aí. – Ryan apontou pro corredor e em seguida pude ver a figura vestida toda de verde, vir quase correndo até nós.

- Vocês acordaram! Ual! – Lizzie disse surpresa, enquanto me dava um abraço e logo enlaçava seus braços ao redor do pescoço de Ry e lhe dava um beijo.

- Eca! No hospital não... – resmunguei, revirando os olhos.

- Sara carente. – Lizz me mostrou a língua. – Justin quer te ver. Acabei de sair de lá. – ela piscou

- Quer é? – perguntei, fazendo careta.

- Quer sim. – sorriu em resposta.

Fiquei mais um tempo com eles, tentando entender o que havia acontecido enquanto eu dormia e tinha meu sonho assustadoramente horroroso e depois comecei a andar pelo corredor extenso do hospital a procura do quarto de Justin.

Encontrei Pattie no caminho e ela chorava um pouco. Tinha os olhos inchados e úmidos. Ela não me deu explicações, apenas disse o numero do quarto a mim. E eu fiquei sem entender se Justin estaria realmente bem.

Suspirei, quando fiquei em frente à porta do quarto onde ele estaria.

Abri bem devagar, colocando a cabeça primeiramente.

Dei um sorriso ao vê-lo trocando os canais da TV que ficava no teto, ele pareceu nem me notar ali. Mas, ele não estava com uma boa aparência.

Eu... Senti um arrepio e o meu coração apertar. Meu menino estava tão machucado... Oh, céus.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Ta muuuito ruim? Mereço reviews? Recomendações? ushaushua Obrigado amores *-*
-
o proximo eu posto rapido, vai ser o penultimo, :c é
kk
NHAC
Até o proximo gent, loguinho awnnn
beijos.



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