Stuck In The Moment. escrita por Kaah_1


Capítulo 27
Capítulo 26


Notas iniciais do capítulo

Acho que já faz bastante tempo que não posto aqui né? Tive um bloqueio criativo, sabe..... Espero que gostem! E, ah...... Eu mudei a sinopse, vejam depois e me digam oq acharam, ta bom? >< KK acho q fico melhor..



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Horas, dias, semanas... Meses já haviam se passado. Uns três meses haviam se passado depois de tudo aquilo, pra ser exata. Eu não tinha visto Justin nesse tempo, nem sua mãe ou alguém da sua família. Não procurei vê-lo e ele também não havia me procurado. Nem ao menos ligado. Falei com ele uma vez, quando ele ligou no telefone de casa e eu atendi, ele queria falar com Ryan. Justin estava sempre frio e eu às vezes o via na TV. Com musicas novas, mudado, diferente... Apareceram fotos dele até bebendo em uma boate. Mas, eu não me importava mais com o que ele fazia ou deixava de fazer. Eu estava disposta a esquecê-lo.

Mesmo dizendo que eu já havia se esquecido de nós dois às vezes eu me pegava pensando nele e em nossas lembranças e como foi bom passarmos um tempo junto. Mas, lembro-me que tenho que crescer, amadurecer e esquecer algo que fez parte do meu passado. Infelizmente, de noite, quando ninguém está por perto, eu choro. De saudade, de dor, simplesmente pelo meu coração não conseguir esquecer. Eu choro. Eu tento mostrar as pessoas o quanto sou forte, batalhadora e o quanto eu agüento tudo isso. E que não seria um garoto que iria me derrubar, mesmo que fosse Justin Bieber. Mas, no final do dia, mesmo sorrindo e me mostrando forte, eu chorava. Chorava, pedindo pro meu coração esquecer. Minha mente sempre esquecia e meu coração teimava em lembrá-la.

Qual é, sou Sara Butler e pelo que eu me lembre, eu não choro, eu sou forte, corajosa e fria. Muito fria. Porque é preciso ser.

Eu continuava indo a escola com meu irmão, como alguém normal. E sempre me irritava com algumas pessoas que insistiam em falar mal de mim e me irritar. Elas me davam total nojo. Ódio. Algumas, eu me vingava, outras, eu nem dava bola.

Eu não fui mais a tantas boates ou festas e não fiquei mais embriagada, bêbada, sem mal me lembrar do dia anterior... Naquela vez que fiz isso, na boate em que derrubei Justin e depois saí dançar com desconhecidos... Acordei no outro dia em um lugar desconhecido e não conseguia me lembrar de quase nada da noite passada. Então, por mais que Lizzie insistisse em me levar em algumas festas, eu recusava. Ryan dizia que eu estava virando uma anti-social maluca e emo. Ele é um idiota.

– Sara, é a sua vez! – ouvi a voz de Ryan me tirar de meus devaneios.

– Mas... Já? – perguntei duvidosa.

– HELLOU! Terra chamando Sara... Ta ficando tanto trancada naquele quarto que quando saí fica assim... Viajando. – Lizzie estalou os dedos em frente ao meu rosto e deu uma risadinha. – Quando ta no seu quarto você por acaso atravessa seu closet e vai pra Narnia? É isso? – ela riu.

– Af, desculpa... Seus chatos. – dei língua, enquanto jogava os dados.

Eu, Ryan e Lizzie estávamos jogando um jogo de tabuleiro que eu mal lembrava o nome, enquanto nós comia pizza e assistíamos algum filme na TV. Já que estava chovendo bastante lá fora. Andei com meu peão no numero de casas indicados no dado, sete.

Revirei os olhos ao ver Lizzie e Ryan se agarrando a minha frente. Não era uma cena tão... Bonita.

Pois é... Eles estavam namorando agora. Ryan havia tomado coragem, parou de ser um pegador, ou melhor, um “galinha”, tanto faz... E pediu Lizz em namoro. Ela aceitou toda feliz, mas, duvido que Ryan às vezes não a ‘traí’ quando tem uma chance. Ele é tão... Tão... Eca.

– Ainda não acredito que vocês... Namoram. – fiz cara de nojo, enquanto entregava os dados para Lizzie.

– Cala boca, pirralha. – Ryan bagunçou meu cabelo, como sempre fazia.

– Odeio vocês. – bufei.

– Sara... Você ta precisando sair... Conhecer gente nova... – Lizz começou. Af!

– Ficar com outros garotos pra esquecer o Bieber. – Ryan completou a frase da Lizzie o que me deixou irritada e empurrei-o.

Eles sempre estavam me falando coisas desse tipo, tentando me convencer a sair e a esquecer. E eu? Insistia em dizer que já o havia esquecido. Que nem ao menos lembrava mais desse... Desse menino. Mas, Ry e Lizz sempre estavam querendo marcar “encontros” pra mim, que nem naquele episodio de Hannah Montana que a Lili e o Oliver fica querendo arrumar um namorado pra Miley, sabe? Meu deus... To tão... Tão estranha. Agora assisto seriados da Disney e de tudo quanto é canal e fico assim, comparando eles ou a historia deles com a minha. Eu to virando uma louca retardada e isolada.

– Estou vendo meu futuro... Morando em uma casa cheia de gatinhos e cachorrinhos. – fiz uma careta, enquanto puxava um pedaço de pizza da caixa e comia.

– Ta louca, Sara? – essa era Lizzie falando, que parecia me fitar.

Eu fitava algo longe, talvez o casaco de couro da mamãe jogado por cima do sofá.

– Às vezes ela tem uns ataques assim de loucura sabe... – Ryan parecia fazer gestos tentando explicar. – Ela acha que é a Raven... Tendo visões. – Ele riu, enquanto fazia Lizzie rir junto.

– Ei! Eu to aqui sabia? – gritei, os fitando e eles pararam de rir, me encarando.

– Tudo bem... Voltando ao jogo... É a minha vez? – Ryan pegou os dados e os jogou.

Garoto idiota.

Bufei, enquanto via Ryan andar com seu pião pelo tabuleiro. Que joguinho mais chato, sério. E logo era minha vez de novo. Joguei normalmente e depois, quando olhei a minha frente tive que presenciar mais um beijo nojento do casalzinho. Eca.

– E eu tenho que agüentar isso. – suspirei batendo a mão na testa.

Ouvi algumas risadinhas.

– Viu o que dá ser forever alone, Sara? – Lizzie disse, com um sorriso debochado.

– Vão se fuder, vocês dois. – bufei, cruzando os braços.

Ouvi um trovão do lado de fora, me fazendo pular de medo, igualmente a Lizzie ao meu lado, que deu um grito. Ryan riu de nós e logo demos um tapa no seu braço.

– Ei garotas! – ele disse rindo e se ajeitando no tapete, pegando uma almofada tentando se proteger. – Ah, Sara... Esqueci de te dizer uma coisa... –

– O que foi? – perguntei, já que ele fazia cara de sério.

– Alguém te convidou pra uma festa de aniversario. – ele riu

– Hm... Quem? – perguntei desanimada, fazendo pouco caso.

– Adivinha... Começa com Justin e termina com Bieber. – ele disse com um sorriso debochado, me fazendo revirar os olhos de raiva. – Convidou o melhor amigo aqui e disse que posso levar você e a Lizz, já que ela é minha namorada. – ele sorriu, abraçando Lizzie de lado.

– Bom pra vocês. –dei de ombros. – Eu não vou.

– Vai sim, Sá. – Lizzie disse com um meio sorriso. – Você precisa sair, encarar o mundo, a realidade... Você diz que está bem, mas, nós sabemos que não está. – ela suspirou.

– MERDA! Melhores amigos... Parecem videntes que sabem até o que você ta sentindo. – bufei, me levantando. – Vou ir buscar um copo de coca, alguém quer? – perguntei.

– Olha lá ela já mudando de assunto. – Ryan balançou a cabeça negativamente, rindo.

– Cala boca, to sendo educada, aproveita o momento. – ri.

– Trás coca pra gente, Sá... Por favor. – Lizz pediu, fazendo manha e eu apenas assenti.

Revirei os olhos e fui até a cozinha. Espiei dali, vendo o casalzinho idiota quase se engolindo, sentados no chão. Queria que o titio Martin visse isso, acho que ficaria bem bravo com o filho queridinho e inocente. Martin não gosta que eu o chame de tio. É engraçado, mas, ele não gosta. Mamãe e ele estavam viajando essa semana pros Estados Unidos, dizem que é a negocio, mas, eu acho que eles só querem ficar sozinhos por um tempo.

Peguei três copos e a garrafa de coca na geladeira, enchi os copos, suspirando, pensando na vida e logo voltei a guardar a coca na geladeira.

Peguei um dos copos e tomei um gole. Pulei de susto e deixei o copo cair quando a luz apagou, ficando tudo totalmente escuro. Ótimo, a energia havia acabado. Porra, se havia uma coisa que eu tinha medo, era de escuro. E eu estava descalça, podia pisar nos cacos de vidro a qualquer minuto. Que merda! Respirei fundo.

Ouvi um barulho na cozinha.

– Ry? Lizz? Parem... Parem de brincar comigo, porra! – quase gritei, com a voz meio fraca, mas, gritei.

Pude até ouvir algumas risadinhas e fui atingida minutos depois com uma luz pouco forte no meu rosto. Pude ver pouco, quase irreconhecível, dois meninos a minha frente.

– Chaz? Chaz e... Nolan? – coloquei a mão na frente do rosto, enquanto podia ver e ouvir os garotos darem risada.

– Calma, Sá! Não vamos te morder. – Chaz riu. Agora deu pra todo mundo ficar me chamando de Sá, hein?

– Só se você pedir. – Nolan completou com um sorriso malicioso e eu bufei.

– Idiotas. O que tão fazendo aqui? E cadê a energia? – coloquei as mãos na cintura.

– Hm... Ryan chamou a gente e a luz deve ter acabado por causa da chuva. – deu de ombros.

– Ah, ótimo. - disse já pronta para sair dali.

– Cuidado com os cacos de vidro, gatinha. –Nolan disse, enquanto iluminava o local pra eu poder passar.

E assim, passei sem cortar o pé, ao menos, eu acho... Mamãe me daria uma bronca se tivesse aqui! Os meninos me “guiaram” até a sala, iluminando o local com suas lanternas. Voltei a me sentar no chão, com Lizzie e Ryan, que permaneciam do mesmo jeito que antes.

– Poderíamos jogar verdade ou desafio. – Chaz sugeriu. Sempre com suas brincadeiras bobas.

– Ou contar historias de terror já que estamos no escuro mesmo. – Ryan deu de ombros.

– Sabe o que é bom fazer no escuro também? – Nolan parecia sorrir, esse menino era besta.

– Ah, nem quero saber... Você é nojento! – gritei, praticamente, o fitando. Ou ao menos tentando né, já que estávamos sem luz.

Os outros riram da minha expressão e do meu jeito de falar.

– E a Cait, Chaz? – perguntei, já que eles pareciam estar juntos a um tempinho.

– Brigamos. E eu acho que terminamos. – ele parecia fazer uma carinha triste.

– Awwn, tadinho! – eu e Lizz falamos ao mesmo tempo e apertamos suas bochechas rosadas e fofas e demos um beijo nelas.

Chaz riu sem graça.

– Eu também briguei com a minha namorada sabia? – Nolan riu.

– Você nem tem uma namorada. – o empurrei de leve.

– Se quiser... Inscrições tão abertas.

– Idiota.

Ficamos conversando sobre mais algumas coisas bobas e insignificantes. Fazendo piadinhas e rindo. Falaram um pouco sobre Justin e suas musicas, famas e fãs... E nessa parte da conversa, eu resolvi ficar de fora. Contaram uma ou duas historias de terror, que confesso uma delas até me deu medo. Contamos historias, fizemos brincadeiras e coisas idiotas de adolescentes até a luz voltar e um pouco depois disso também.

É...

Parece que os meus anjos, são aqueles que não têm asas. No final do dia, eram sempre eles que me faziam sorrir. Que me faziam esquecer.



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Notas finais do capítulo

"A cada review que você não deixa, um autor morre. Comentem nas historias, isso incentiva os autores a continuarem escrevendo."
já sabem né, babys? Obrigado.