Stuck In The Moment. escrita por Kaah_1


Capítulo 26
Capítulo 25




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Resolvi subir para o meu quarto. Eu não ia ficar no mesmo lugar que ele, claro que não. Justin apenas ficou me fitando, esbarrei em Ryan que me olhou desentendido. Dei de ombros e logo subi as escadas em direção ao meu quarto.

Fechei a porta atrás de mim e logo me joguei na cama. Fiquei fitando o teto, pensando na minha vida idiota. O que havia acontecido hein? Porque tudo voltou assim... Pra estaca zero? Era tão estranho... Achei que a nossa historia, que todo o nosso “amor” e blábláblá, fossem real pra ele. Mas, pelo jeito não era. E ainda vem aqui, na cara de pau, me pedir pra voltar a ser como antes. Dizendo que vai me fazer mudar de idéia novamente. Haha, até parece. Eu não vou mudar de idéia. Não mesmo. Dessa vez não.

Já to cansada. Cansada de confiar tanto nos outros. Não vai ser mais assim.

Ouvi meu celular tocar e tateei o criado mudo a procura dele. O peguei e era um numero desconhecido. Não dei importância e atendi.

– Alô? – bocejei.

– Sara Butler... Ainda lembra-se de mim? – me sentei à cama no mesmo momento em que ouvi aquela voz. E logo após aquela sua gargalhada sem graça.

– Jasmine. – murmurei. Ela riu do outro lado. – Espera... Como conseguiu meu numero? – juntei as sobrancelhas.

– Tenho meus contatos querida. – ela parecia sorrir, do outro lado. Tive vontade de socar sua cara até ficá-la deformada. Aliás, o que ela queria comigo? – tive que ligar... E confesso que fiquei muito feliz ao saber que você e o Justin terminaram. – disse, com aquele tom sarcástico em sua voz.

– E por acaso isso é da sua conta, porra? Quem te contou? – praticamente gritei ao telefone.

– Hm... Adivinhei. E é a noticia do mês, querida. – riu. Gargalhou alto. Parecia que ela se divertia com isso. – Você acha mesmo que ele gostava de você? Aposto que te usava mais como um alivio para os hormônios. – pude vê-la sorriu sarcasticamente do outro lado.

Alivio para os hormônios? Que porra é essa? Eu? Never.

– Não sou brinquedo de ninguém. – rosnei.

– Parece que foi usada como um. – ela riu debochado. – Acha mesmo que Justin é um garoto de... Hm, uma garota só? – gargalhou. Era só o que a vadia sabia fazer.

– Se você me ligou só pra me dizer essas porcarias... –

– Claro que ele ficou contigo por causa de uma aposta. Quem mais ficaria com a irmã do melhor amigo? Ainda mais uma problemática como você.

– Como sabe da aposta? – soquei meu travesseiro que estava ao lado. Damn!

– Todos sabem. E sabe qual a pior? Justin saiu o garanhão da historia... Enquanto você... É só mais uma idiota que está na lista de peguetes dele. – riu mais uma vez.

– Igual a você, não é? Também é só mais uma na lista. – sorri sarcástica.

– Então... Acho que não somos tão diferentes assim.

– Não me compare a você, Villegas. Não sou uma vadia. – arqueei as sobrancelhas. Ela riu. Já devia estar acostumada de ser chamada assim.

– Ah, claro. – riu. – Você é mesmo imbecil, não é? Justin te traía. Sempre. Ele nunca vai ser de uma. Ele e aqueles amigos dele... São idiota. Gatinhos... Mas, uns imbecis. – suspirou.

– Não se preocupe... Pode ficar com ele. Aliás, vocês combinam. – disse por ultimo e desliguei a merda do telefone.

Que ótimo. Agora tenho que agüentar isso. Agüentar pessoas me ligando e falando essas merdas pra mim. E eu por acaso quero saber? Quero saber sobre Justin ou se ele é o cara que fica com milhões? Foda-se a vida desse imbecil. Foda-se a vida dele e dessa Jasmine. Ela pensa o que? Pra que quer me falar essas coisas? Pra tentar me deixar pra baixo? Eu nunca, nunca vou ficar pra baixo. Vou ser sempre forte. E não vou chorar... Não mais.

Resolvi ligar pra Lizzie. Quem sabe ela me ajudasse. Minha amiga era estranha... Mas, mesmo assim, me ajudava.

– Oi... Lizz? – eu disse, quando ela atendeu ao telefone.

– O que foi, Sara? – ela riu. – Ta com voz de choro...

– Amiga, já ouviu dizer que amor é igual gasolina? Custa caro, dura pouco e pode ser substituído por álcool? – dei uma risadinha sarcástica.

– Sim... O que tem? – riu do outro lado.

– Então... Preciso da “substituição.” – fiz aspas com os dedos e ri.


(...)

– Não acredito que você me obrigou a vestir essa roupa! – eu disse olhando a mim mesma.

– Cala boca! Você está divina! E se quer esquecer ou provocar o Justin, tem que usar isso. – ela disse rindo e logo após me puxou pra dentro daquela boate cheia. Meu deus, eu sou mesmo louca. Por qual razão eu pedi pra Lizzie me levar ali? Eu não era acostumada a vim pra esses lugares. Me dava nojo.

Entrei naquele lugar iluminado por luzes de neon. Eu queria mesmo era correr dali. Sempre soube que ali não era o meu lugar. Eu podia me fingir de forte, decidida e tudo mais só que... Eu odiava lugares como esse e por impulso acabei implorando a Lizzie para me trazer aqui. E agora estou com essa roupa de vadia tipo Villegas. Arrrrrrgh.

Segui Lizzie enquanto passávamos no meio das pessoas e íamos até o bar. Muitos ficavam me encarando dos pés a cabeça. Os garotos me comiam pelos olhos enquanto as meninas me olhavam com nojo. Qual é, o que Justin Bieber fez comigo? Eu não sou assim. Mas, que droga. Estou enlouquecendo. Calma, Sara... Calma... Você só ta tentando esquecer. Respira. Não é nada demais, você está linda e não precisa chorar. Vamos lá!

– Enche dois copos pra mim e pra minha amiga, por favor! – Lizzie piscou ao homem do bar que servia as bebidas. [avá]

Ele entregou um copo a cada uma de nós. Eu não devia fazer aquilo... Mas, precisava. Tinha que esquecer. Que apagar os meus pensamentos.

– Ok, vamos fazer um joguinho. Quem tomar tudo primeiro em um gole, paga mais cinco rodadas. Que tal? – Lizzie brincou, erguendo seu copo.

– Tudo bem. – arqueei as sobrancelhas e ergui o meu também. – Vamos lá. – sorri sarcástica.

Levei o copo até a boca e tentei beber tudo em um gole. Fez minha garganta arder e minha espinha gelar, mas, em segundos eu já havia acabado com tudo. Bati meu copo no balcão e observei Lizzie terminando com o seu.

– Não vale! Trapaceou! – ela riu.

– Trapaceei uma ova! Você vai pagar pra mim, agora. – gargalhei e ela riu junto a mim.

– Enche de novo, Phillip. – ela riu, enquanto gritava ao homem.

Ele encheu de novo.

E assim foi. Um. Dois. Três. Quatro. Cinco copos. E a cada vez ia ficando mais divertido. Meu deus, eu não sabia beber, nunca bebi muito... Ia acabar indo pra um hospital.

– Mais? – Lizzie me fitou.

– Mais. – tomei o ultimo gole que sobrava e bati no balcão.

– Eu só ia pagar mais cinco, e já foram Sara. – sorriu de canto.

– Ótimo. Vamos apostar mais uma, que tal? – sorri.

– Ta animadinha demais pro meu gosto, mas, tudo bem.

Enchemos mais um copo. E mais uma vez, virei tudo em segundos. Mas, quando acabei, bom, Lizzie já tinha terminado a dela.

– Você paga. – ela riu, enquanto erguia as sobrancelhas.

– Ok. Só três.

– Não, não! Cinco! Tem que ser cinco, sua trapaceira! – riu.

– Tudo bem, chata. – lhe dei língua.

E lá se foram. Mais cinco copos. Mais cinco copos cheios de bebida alcoólica. Ual.

Eu não me lembrava mais dos problemas ou do que me trouxe aqui. E nem do que poderia acontecer quando eu saísse daqui nesse estado, mas, eu estava nem aí. Eu e Lizzie riamos como duas doidas, apontávamos pros caras e dávamos notas pela sua “beleza”. Era engraçado, e parecíamos estar nem aí pro que os outros achavam. Eu não estava mais me sentindo desconfortável com aquela roupa. Estava bem. Como se tivesse nascido pra usá-la.

– E então... Já esqueceu o tal de Justin Bieber? – Lizzie me fitou, rindo.

– Quem é esse cara? Nunca ouvi falar nele antes! – gritei, praticamente. E caímos na gargalhada.

Poderia ser temporariamente. Poderia me esquecer dele por tempo temporário. Mas, era o suficiente pra mim.

– Ai, ai... Vou ao toilet. – ela riu, e piscou a mim.

– Tudo bem, amiga. – sorri a ela, enquanto pedia mais um copo de bebida.

Fiquei ali sozinha, brincando com a bebida que estava no copo e rindo sozinha. Era tão idiota esse jeito de esquecer. Mas, até que era bom.

– Desde quando você bebe? – ouvi uma voz rouca e irritante ao meu lado.

Me virei para fitá-lo. Ah, claro... Justin. Justin Bieber. Só podia ser ele. Me seguindo. Me perturbando, como sempre.

– Desde quando eu percebi que o amor é só uma mentirinha. – sorri de canto a ele. Que bufou ao meu lado.

– Viu... Você não é nada diferente de mim e fica reclamando. – ele riu.

– Sempre fui diferente de você, Bieber. – arqueei as sobrancelhas.

– É? Como? – deu um sorriso desafiador, e eu quase dei um tapa na sua cara.

– Eu te amava e você só fingia. – direcionei meu olhar para o copo a minha frente. O peguei e bebi um gole.

– Quantas vezes vou ter que dizer... – ele suspirou ao meu lado. – Era tudo brincadeira. Até o momento em que eu comecei a gostar de você. –ele deu uma risadinha sem graça. Não o fitei.

– Esse é o problema. Tudo começou a partir de uma brincadeira. – ataquei o copo que estava nas minhas mãos em algum lugar. Vi algumas pessoas me fitarem assustadas.

Fechei os olhos por um segundo. O que eu fiz pra merecer tudo isso? Droga.

– O que ta fazendo aqui? – o fitei.

– Ryan me disse que estaria aqui. Vim atrás de você, pra ver se está bem. – ele sorriu de lado. Um sorriso meio assustado, mas, ok.

– Estou ótima. Agora, vai embora. – me levantei da onde estava, dando um soco no seu peito e lhe virando as costas.

Tentava sair do seu lado. Pra um lugar onde ele não estivesse. Mas, senti Justin segurar meu braço, com um pouco de força e me virei rapidamente.

– Que roupa é essa? – ele me fitou por inteiro.

– O que foi? Gostou? – coloquei as mãos na cintura e ergui as sobrancelhas.

– Você... Você... Ta... Gostosa. – o vi balançar a cabeça rapidamente e tentar corrigir o que acabará de dizer. – Q-Quer dizer, você não se veste assim, Sara. Nem coloca salto alto, pra começar. – ele riu, apontando pros meus sapatos.

– Jasmine disse que não somos tão diferentes... Então... Comecei a me vestir como ela. – ergui os ombros.

– Engraçadinha. Não vou te deixar aqui, quase bêbada, vestida assim e com um monte de caras tarados ao seu redor... Vem, vamos embora. – segurou meu braço, tentando me puxar dali. Eu continuei parada no mesmo lugar.

– NÃO! EU NÃO VOU COM VOCÊ! –gritei. Parecia que algumas pessoas me olhavam assustadas. Aliás, eu já tinha atirado um copo eu sei lá onde. Poderia fazer coisa pior. – Eu vim aqui pra tentar me esquecer de você e o que me fez passar... –

– Sara, por favor... Não discuta. Vamos embora, pequena. – disse calmo. Dei um tapa na sua cara, que estralou. Ele colocou a mão no lugar onde eu havia batido e me olhou assustado.

– Você não é meu pai. ME DEIXA EM PAZ, CARALHO! –disse quase aos berros. – Eu sou uma problemática lembra? Uma chata. Não me use mais, eu não quero nunca mais ver você na minha frente, Justin Drew Bieber... TA ENTENDENDO? – lhe dei um empurrão. Mas, ele só foi pra trás.

– Sara... Calma... Não vamos brigar aqui. – ele mordeu os lábios.

– Ah, vamos sim... Eu quero que você morra! Entendeu? MORRA! – lhe empurrei um pouco mais forte, fazendo ele bater no balcão atrás de si e cair no chão.

Apenas o fitei por um momento, enquanto alguém o ajudava a levantar e corri dali até o banheiro. Não encontrei Lizzie. Mas, tudo bem. Eu só ia sair daqui, quando a poeira abaixasse um pouquinho.

Fiquei lá no banheiro. Fitando meu reflexo no espelho. Senti uma lagrima escorrer de meus olhos, tentei a limpar. E logo após essa, caíram outras e mais outras. Cara, eu não podia chorar. Não podia. Peguei um papel que estava ali, e fui limpando minhas lagrimas. Mas, parecia que quanto mais eu limpava, mais elas caíam.

– Sara, está tudo bem? – Lizzie apareceu ao meu lado. A abracei, e ela retribuiu o meu abraço. – Calma... Ele... Ele já foi embora. Eu vi tirarem ele daqui. – ela disse um pouco baixo.

– Tudo bem... – me separei dela. Me olhei no espelho... Abri a torneira e limpei meu rosto. Logo o sequei.

– Bem mesmo?

– Com certeza. E pronta pra dar a volta por cima. – tirei os borrões de maquiagem com o dedo e tirei minha jaquetinha de oncinha, entregando-a a Lizzie que me olhou desentendida.

Saí daquele banheiro e fiquei olhando aquelas pessoas dançarem por ali. Eu não ia me abalar. Eu sou forte. Eu consigo. Sempre consigo.

Andei até o meio da pista, e fiquei dançando junto com as pessoas que estavam animadas com a música eletrônica. Ou sei lá o que. Sorri um pouco maliciosa quando senti alguém segurar em minha cintura. Me virei, lentamente. E não... Não era o Justin.

– Aquele tal de Justin Bieber saiu perdendo... Dar um fora em uma garota como você? – o garoto a minha frente disse, perto do meu ouvido.

Dei uma risadinha boba, enquanto colocava as mãos em seu ombro. Encostei meus lábios nos seus lhe dando um selinho longo e logo depois ele pediu pra aprofundar o beijo.

Me senti culpada. E suja. Talvez eu e Jasmine não fossemos mesmo tão diferentes. Aliás, o que eu estava fazendo? O que eu estava fazendo com a minha vida?


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Notas finais do capítulo

pra avisar, nao tenho nada contra a Jasmine hein? u-u até que gosto dela.
kkkkk , e gostaram do capitulo? ou odiaram ele? excluo a fic? comentem amores, e apareçam fantasminhas >< haha