Stuck In The Moment. escrita por Kaah_1


Capítulo 24
Capítulo 23


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem (:



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/131731/chapter/24

- Sara? O que você... – minha mãe me olhou desentendida, assim que abriu a porta.

Deixei minhas malas no chão, e como reflexo, corri a abraçando. Ela apenas retribuiu o abraço. Sentia saudades da minha mãe.

- Estava com saudades. – sorri forçado.

- Oh, querida... O que aconteceu? Você estava tão bem... – ela disse se separando do abraço e colocando minha franja atrás da orelha.

- Ah, mãe... Eu, não quero falar sobre isso agora. – senti meus olhos marejados. Respirei fundo e sorri. De novo.

- Martin, venha ajudar Sara com as malas! – ela gritou. – Agora, venha querida. – acompanhei minha mãe, enquanto Martin passava por mim.

- E Ryan? – ele perguntou.

- Ryan não veio, desculpe. – ergui os ombros.

Agradeci a ele por pegar minhas malas. Logo me dirigi até a sala e me joguei no sofá. Estava cansada, a viagem tinham sido longa. Apertei meus olhos e tentei fitar a televisão.

- Me conte, filha. – minha mãe se sentou ao meu lado.

- Contar o que? – ri.

- Você não iria vir embora sem razão nenhuma, disse que estava feliz. – ela apertou meus ombros.

- Ah, coisa boba. Fui vitima de uma aposta. – dei de ombros. Fingi não me importar, mas, na verdade, eu me importava muito com isso. Me machucava, mas, eu não ia demonstrar.

- Foi o cantorzinho, Justin Bieber? – ela riu.

- Exatamente. – pisquei e ri fraco.

O que eu ia fazer da minha vida agora? Me lamentar? Dizer o quanto fui idiota? Culpar os outros pelo ocorrido? Me matar? Até parece. É melhor eu ficar com a cabeça erguida e fingir que nunca aconteceu nada. Voltar a minha vida normal e fingir que sou alguém normal fazendo coisas normais. Isso.

Qual é, Sara Butler nunca foi normal.

- Sara, suas coisas estão no seu quarto. – Martin disse se sentando no sofá ao nosso lado. – Seja bem vinda de volta, pequena. – ele passou a mão no meu cabelo, o bagunçando.

- Poxa, você e o Ryan sempre fazem isso né. – assoprei uma mecha de cabelo que estava em meus olhos.

- Coisa de família. – ele riu.

Ri também. Suspirei. O que eu tinha que fazer era ficar longe do... Não, espera, esse é o meu celular tocando?

- Ahn... Acho que seu celular ta tocando, Sara. – Martin apontou.

- Acho que sim. – ri forçada. – Já volto. – me levantei, subindo as escadas e indo até meu quarto. Peguei meu celular, olhei no visor e bom... Era o numero de Lizzie.

Eu atenderia? Ou não? Ela ia me interrogar!

- Alô? – atendi.

- SUA LOUCA, QUEM MANDOU VOCÊ IR EMBORA E NÃO ME DIZER NADA? – Lizzie berrava do outro lado. Até afastei o celular da minha orelha antes que eu ficasse surda.

- Calma, vadia! – ri ao telefone. – Foi algo de ultima hora, sabe? Não teve como avisar. – girei os olhos e me sentei na cama.

- Sabe como eu fiquei preocupada? E o Justin ainda querendo que eu ajude ele a ter você de volta ou algo assim, eu to ficando maluca aqui, maluquinha! Você tinha que ter me avisado, eu sou sua melhor amiga! – Lizzie disse tudo rapidamente, mas, consegui entender tudo. Ou quase tudo.

- Espera, espera! PAROU TUDO! – gritei. – Como é que é? Ajude ele a me ter de volta? – gargalhei. – Ele vai ter que se esforçar MUITO pra me ter de volta. Ele tem que me merecer. – ri enquanto dizia isso. Mas, era a verdade. Se ele me quisesse mesmo, se ele me amasse mesmo, ia ter que demonstrar. Não adiantaria ele vir se arrastando de seja lá onde ele ta até aqui, ele tem que fazer muito mais.

- Eu não vou ajudar ele. Eu disse que ia ser difícil! – ela riu do outro lado e suspirou. – Você não parece triste.

- É. Só não pareço. Mas, no fundo, eu estou. – disse meio baixo. – não conta pra ninguém, se não eu te bato! – ela riu do outro lado.

- Pode deixar.

- Se alguém perguntar, diga que a Sara aqui disse que nunca se sentiu melhor! – suspirei. Eu não estava me sentindo nada bem.

- Pode deixar, ah... E se vemos daqui a algumas horas, gatinha! – ela riu.

- Como assim? – dei um pulo da cama.

- Eu to indo aí! Ou acha que vou deixar minha amiga sozinha enquanto ela ta no meio de uma crise no seu relacionamento?

- Nããão! Você não pode vir! E a turnê? E o resto? Você tava adorando! – mordi o lábio inferior.

- E daí? A turnê já ta acabando mesmo! – riu.

- TA ACABANDO? – gritei. Pois é.

- Sim, ultimo show é daqui 3 dias! – ela disse entusiasmada. – Enfim vou desligar, até mais tarde. E tem gente indo comigo. – riu.

- Quem? Quem, Lizzie? Quem é que ta vindo com você? – agora me preocupei. E se fosse ele? TO MORTA.

- Surpresa. – a vadia desligou o celular. Que droga!

Joguei o celular em qualquer canto e me joguei na cama. Que merda de vida a minha!

Pensei em sair pra algum lugar, ou até voltar pra escola, mas... Eu não quero voltar pra lá. E se me “xingassem” ainda mais? Suspirei e fui até a escrivaninha onde estava meu notebook. O liguei, chequei minhas redes sociais. Entrei em meu twitter, mal me lembrava que tinha um, fazia tempo que eu não entrava lá. E olha, eu já tinha muitos seguidores, vai ver é porque eu era meia conhecida como a “namorada do Justin Bieber”, e eu não queria ser reconhecida apenas por isso.

“É que algumas brincadeiras machucam, sabe?” – postei isso. Tudo bem, era uma indireta. E fazia tanto tempo que eu não postava alguma coisa. Chequei minhas replys, tinha umas fofas, alguns xingamentos idiotas, enfim... Tinha pessoas perguntando se eu e Justin já tínhamos terminado.

Vi no seu twitter que ele tinha tuitado algo como: “Por favor, volte pra mim. L– revirei os olhos. Ele teria que fazer muito, muito mesmo pra me ter de volta. Se é que um dia ia ter.

Ouvi meu celular fazer um barulhinho, acho que eu tinha recebido uma mensagem, fui até ele, que estava jogado no chão e o peguei. Checando a mensagem. Era de Justin.

“Eu não consigo parar de pensar em você. Eu te amo. Acredite em mim.” – apenas gargalhei. Mesmo. Minha mãe até veio perguntar por que eu ria tanto. Porque devo acreditar nele?

Tudo bem, admito. Só estou tentando ser forte e ignorar tudo e todos, é difícil. Mas, qual é, já fiz isso tantas vezes, eu vou conseguir, mesmo doendo. É só ignorar.

Abri os olhos vagarosamente, quando ouvi alguém bater na porta. Ou melhor, espancar a porta, porque né...

- Já to indo, porra! – gritei, mal humorada.

Revirei os olhos ainda com sono e me levantei, me dirigindo até a porta. Me espreguicei brevemente e logo abri a porta, dando de cara com a minha maravilhosa amiga Lizzie.

- Ah, é só você. – bocejei.

- Só eu? SÓ EU? Como assim? – ela me empurrou de leve e logo foi entrando no meu quarto. – Que bom humor amiga, venho te ajuda e me recebe assim? – dramática como sempre.

- Chega de drama. – eu logo ia fechando a porta, mas, uma mão me impediu. Meu coração foi a mil, mas, logo me acalmei, quando vi Ryan entrando no quarto. – Você? ESPERA, é você mesmo Ry? – ri, enquanto fazia cara de espanto.

- Bom te ver também, “Sara que finge estar bem com tudo isso, mas, na verdade está sofrendo por dentro”. – ele disse gesticulando aspas com os dedos.

- Cala boca. – esmurrei seu braço. – Porque ele ta aqui? – fitei Lizzie, que apenas deu de ombros.

- Ué, você é minha irmãzinha. – ele me abraçou de lado desconfortavelmente, enquanto bagunçava meu cabelo. – Tenho que cuidar de você, pequena. – riu.

- Qual é, conta outra! – o empurrei, fazendo o mesmo bater na parede.

- Ele também veio pedir desculpas! – Lizz colocou as mãos na cintura e fez um gesto com a cabeça, como se estivesse mandando Ryan dizer alguma coisa.

- É, foi culpa minha esse negocio seu com o... – tapei sua boca antes que continuasse.

- Não ouse dizer esse nome aqui no meu quarto! – praticamente sussurrei, enquanto fazia uma cara intimidadora.

- Tudo bem... – se afastou um pouco e depois de uns minutos continuou. – Como eu dizia, eu obriguei o J... O cara que não pode ser mencionado, a fazer essa aposta, então, estou aqui pra você se precisar. – piscou.

- Ok, já disse! AGORA RAPÁ FORA RY, QUE EU E A SARA VAMOS TER UMA CONVERSA DE GAROTAS! – ela empurrava Ryan pra fora do quarto, enquanto eu ria da cena.

- Hey, sentimento não é só coisa de menina! – ele resmungou.

- Não vamos falar de sentimentos! – protestei.

- Não mesmo! – Lizzie concordou com a cabeça. – Vamos falar sobre... Sobre coisas que você não pode ouvir, tchau até depois! – ela disse quando finalmente colocou Ryan pra fora do quarto.

- Depois a gente conversa, guarda esse seu lado protetor pra depois! – ri e acenei, enquanto Lizzie fechava a porta.

- Então, como você ta? – ela se sentou na cama.

- Ahn... Bem, decidida e sem lamentações. – cruzei os braços a sua frente e sorri.

- Sério? Não brinca... Qual é! – franziu a testa. – Não precisa fingir comigo. – deu de ombros. – Vai me dizer que a garotinha sem sentimentos voltou? – riu. Gargalhou.

- Talvez. – me sentei ao seu lado.

- Não gosto do seu lado frio. – ela agarrou o travesseiro que estava logo atrás. – Lembra quando você enfiou a cabeça da Julie na privada? Você quase matou a menina! Ela gritava sem parar e você nem ligava! – ela disse meio perplexa, se lembrando dos velhos tempos. Eu apenas ri.

- Bons tempos. – dei um sorriso travesso, enquanto me lembrava. – Eu estava com sérios problemas pessoais naquela época. Mas, qual é, ela mereceu! – ergui meus ombros, a fitando.

- É, mas, você foi malvada.

- Peguei alguns dias de detenção, mas, até que valeu a pena ver a cara da vadia morrendo de medo depois. – continuava com meu sorriso sarcástico nos lábios.

- Coitada!

- Ela tava me irritando! Xingou minha mãe de prostituta! Ninguém faz isso, Lizzie, NINGUEM! – apontei meu dedo pro seu rosto, e ela riu junto a mim.

- Ainda bem que Justin não conheceu sua parte durona. – ela riu. Ah, acho que ele conheceu boa parte dela. – Vai sofrer, porque quem magoa a Sara uma vez... – a interrompi.

- LEVA MUITA PORRADA! – ri enquanto dava um soquinho leve no seu braço.

- Nunca quero te magoar! – ela gargalhou.

Gargalhamos. Rimos. Ficamos conversando sobre coisas sem sentido, e relembrando nossos momentos no colégio. Até me abri a ela, e disse que realmente acreditei nele e ele só mentiu pra mim, que eu estava bem, mas, não feliz... Pois é, eu odiava falar sobre coisas do tipo. Mas, Lizzie só me abraçou. Eu logo mudei pra outro assunto e ela me compreendeu e voltamos a falar de baboseiras.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Ficou muito ruim, meus amores? KKKKK , eu tava até pensando em fazer tipo, uma segunda temporada pra continuar depois disso que aconteceu, mas, acho que vou continuar aqui mesmo!O QUE ACHAM? CONTINUO AQUI MESMO?
--
OBRIGADO, AMORES! BEIJOS E COMENTEM! tenho 50 leitores e só uns 13 ou 15 deixa review :((
OBRIGADO!! s2 nhac