Me sentei no sofá ligando a TV. Chaz, Ryan, Chris e Caitlin se sentaram logo após no outro sofá e Justin sentou ao meu lado. Todos estavam pensativos e até agora ninguém tinha dito nenhuma palavra. Sei lá por que.
- E aí, onde vocês estavam? – perguntou Chaz fintando-nos.
- Eu... Eu tava indo embora. – mordi o lábio inferior.
- Por quê? – Chris ergueu a sobrancelha.
- Por causa de certas pessoas. – revirei os olhos.
- Por que não foi? – Ryan fez cara de tédio.
- Por que eu não deixei. – Justin me abraçou de lado de uma maneira desconfortavelmente, mas mesmo assim eu sorri.
Caitlin riu baixinho e os outros ficaram nos olhando que nem idiotas. Eu me afastei de Justin revirando os olhos e fitando todos eles que pareciam confusos.
- Ué, o que foi gente? – perguntei. – Um gato comeu a língua de vocês?
- Foi mal, é que... O que aconteceu com você Sara? – Ryan riu.
- Como assim?
- Disse que odiava o Bieber.
- Mas que coisa gente! Eu não posso mudar de idéia? – ri
- Tudo bem então... Mas, é estranho minha irmã estar com meu melhor amigo. – Ryan franziu a testa. – Fala sério! Que horror Justin, como você foi gostar dessa pirralha?
- PIRRALHA? – gritei
- Como é que é, Ryan? – Justin riu. – Não fala assim da minha Sara ok? Se não tu apanha.
Eu ri. Ryan fez cara de tédio novamente e se levantou indo até a cozinha.
- Hum... Justin tem moral...  – eu disse rindo.
Justin riu e aproximou pressionando seus lábios nos meus lhe dando leves mordidinhas e depois me beijou.
- Ok já estamos saindo! – gritou Chaz se levantando.
- Hey! JUSTIN! – empurrei seu peito.
- O que foi? – disse ele rindo
Revirei os olhos e segui os garotos até a cozinha. Caitlin me puxou pelo braço.
- Por que não me contou antes? – Caitlin riu
- Contei o que?
- Que era apaixonada por ele.
- O QUE? EU NÃO ERA!
- Sério?
- Aff Caitlin! – mostrei a língua.
Me sentei na banqueta perto do balcão. Os meninos também estavam sentados ali, cada um comendo uma fatia de pizza.
- Oba! Tem pizza! – gritei e peguei uma fatia.
- Alguém disse pizza? – Caitlin riu.
- Hey, e se a gente aproveitasse a nossa ultima noite na cidade? – Chaz.
- Ultima noite? – perguntei.
- Vamos embora amanhã, maninha. – Ryan me fitou. – Seu namorado não te contou?
- RYAN! – gritei.
- Ok, ok. – ele riu

[...]
- Aqui? Nessa boate? De novo? – franzi a testa.
- Sim, o que tem? – Chris ergueu os ombros.
- Não gostei nada da ultima vez que eu vim aqui. Tive que cuidar desse idiota. – empurrei Justin.
- Hey, sossega! Dessa vez você não vai precisar cuidar de ninguém. – piscou.
- A ta bom...
Revirei os olhos e os segui até lá dentro. Olhei em volta e continuava a mesma porcaria. Pessoas dançando, bêbadas, se agarrando... O de sempre. Eu já disse que eu odiava aquilo?
Senti meu celular vibrar no bolso. Oxi, tinham que me ligar agora? Caminhei até o banheiro, onde estava menos barulho para poder atender.
- Alô? – meio que gritei.
- Filha! Como ta a viagem? – ouvi minha mãe do outro lado da linha.
- Legal... E você, como ta mãe?
- Ah, a tudo ótimo! Muito bom...
- Ligou pra que?
- Sabe se você já não havia matado o cantorzinho. – ela riu
- Na verdade, nos ficamos até que muito íntimos. – ri
- Intimos? O Martin me falou de algo que havia passado na TV sobre vocês, mas eu meio que não acreditei.
- Ok mãe. Mas, agora não posso falar. Se cuida e vê se cuida das coisas ai. Beijos e eu te amo.
- Te amo mais, querida.
Desliguei o celular. Andei novamente até lá fora, ficando parada em frente ao banheiro para ver se eu avistava o Justin. Vi Caitlin se aproximando de mim.
- Sara! – ela gritou. Após alguns minutos ela já estava na minha frente. – Viu a garota ali “dando em cima” do Bieber?
- Que garota?
- Ali. – ela apontou.
Ela uma garota de cabelos loiros e longos. Ela estava com basicamente um top e um short curto, bem curto. Justin estava com cara de tédio mais não tirava os olhos de cima da loira aguada, safado, idiota, cachorro...  
- Oxi, você não conhece esse tipo Caitlin? – ergui a sobrancelha e a fitei.
- que tipo?
- Lei das vadias número um: se a vida não te dá um namorado, você vai atrás do das outras... Mas, eu vou dar um jeitinho nisso agora mesmo. – disse andando em direção a eles.
- Hey! Sara o que você vai fazer? Cuidado! – ela gritou.
Fui indo até lá lentamente, Justin acho que não havia nem me visto. Ok, tudo bem.
- E aí, Justin. – gritei no seu ouvido por causa da musica. – Se divertindo ai com a loirinha?
- O que? – ele meio que se assustou e deu um pulo.
- Você é um idiota mesmo né?
- Sara, só tava conversando. – ele disse rindo.
- Ok! Agora você queridinha. – fitei a garota. – Por que não vai exibir esse seu corpinho pra outro idiota hein?
Ela ficou me fitando por um tempo com cara de desentendida. Fiquei com vontade de dar um soco na cara dela, mas achei melhor não, ali não, quem sabe se eu a visse na saída, haha. Se eu tivesse bebido, aquela carinha linda dela já estava toda roxa.
- Ta esperando o que pra cair fora daqui? – gritei. – Olha, se você quiser, eu te apresento o Ryan. É um perfeito idiota pra você.
- Querida, eu não quero causar confusão, eu só tava... – pela primeira vez a vadia falou e eu interrompi.
- Ok, fofa. Agora, será que dá pra cair fora daqui? Qual parte disso você não entendeu?
- Eu só queria...
- To pouco me fudendo pro que você queria, eu sei muito bem ok? Agora rala peito daqui antes que sua cara fique roxa.
Ela me olhou um tanto assustada e logo saiu dali meio que bufando de raiva. Sorri vitoriosa como sempre e me virei pro Justin. Eu queria dar um tapa na cara dele, mas achei melhor não.
- Ótimo você já, pois ela pra correr. – ele riu. – Agora, ta tudo certo né?
- Tudo certo? Você acha que ta tudo certo?
- Acho que sim.
- Você ainda não me conhece? Você é um idiota mesmo né Justin?
- Por quê? O que eu fiz desta vez?
- Ainda pergunta? – suspirei irritada. – Esquece tudo o que eu te falei ok? Eu te odeio! Odeio muito! Você é um idiota, safado, canalha e um f... -
Justin me interrompeu mais uma vez com um beijo. Era inevitável não retribuir. Ele era um idiota mesmo. Ele não se cansa de fazer isso? Ficamos nos beijando por uns minutos, logo após empurrei seu peito e o fitei um pouco irritada.
- Idiota, idiota, idiota! – gritei distribuindo tapas nele.
- Para... Eu já disse que tava só conversando!
- Eu não posso te perdoar tão rápido desta vez. – cruzei os braços e continuei fitando ele.
- Por quê? Ah, Sara... Você sabe que eu te amo eu não faria isso com você. – ele fez biquinho e ficou piscando os olhos repentinamente.
- aaaaaaargh, eu odeio quando você faz essa carinha! – revirei os olhos e ri. – Você sempre vence, aff.
- Ninguém resiste a mim. – ele me deu um selinho.
- tudo bem desta vez. Mas da próxima, é melhor você nem aparecer na minha frente se não quiser morrer.
- Fica sossegada, não vai ter próxima... Tenho muito que viver ainda. – disse ele rindo.
Suspirei e o fitei um tanto “desconfiada”. Eu meio que sempre tive medo de me apaixonar, minha mãe sempre disse que o amor machuca e ela sempre vivia chorando por causa dos homens. Principalmente por causa de meu pai, ela sempre chorava por ele. Diz ela, que ele mentiu pra ela e bom, a traiu. Ele foi embora com outra e deixou a gente.
- E aí, pessoal. – disse Chaz colocando seu braço sobre o meu ombro.
- Que nojo Chaz! – me afastei dele. – Você ta fedendo.
Ele soltou uma gargalhada. Ele estava com uma garrafa na mão, de uma bebida de nome estranho.
Vi algumas meninas o puxarem e observei a cara da Caitlin que estava um pouco longe. Haha. Ela não tava gostando.
- Não vai beber Justin? – eu ri
- Não... Só se você beber junto.
- Ótimo, não vou precisar cuidar de um bêbado de novo.
Caitlin estava sentada sozinha no bar. Resolvi ir até lá.
- Vem cá, Justin. – o puxei.
- Vamos aonde? – ele riu malicioso.
- Aff, vamos ali com a Caitlin.
- Eu tenho que ir?
- Lógico! Não quero que outra loira aguada dê em cima de você.
- Que fofa você com ciúmes. – ele riu novamente.
- Que ciúmes o que! – dei um tapa no teu braço. – Cala boca!
Ele foi rindo. Cheguei até o bar e sentei ao lado de Caitlin. Justin sentou do meu lado.
- E ai Caitlin, o que foi?
- Ah, nada.
- Não quer me contar? Ok...
Revirei os olhos. Justin foi até a Caitlin e a abraçou por trás. Deu uma ponta de ciúmes, admito, mas eles são amigos, então, a Caitlin tudo bem.
- O que foi Cait? – Justin deu um beijo em sua bochecha.
- Nada... Eu vou embora, ta bom gente?
- Quer que a gente vá com você? – perguntei.
- Não. – ela deu um meio sorriso.
Caitlin logo foi embora. Eu fiquei sentada ali. Sem fazer nada.
- Pois é, a gente podia ir pra outro lugar. – ele colocou a mão na minha coxa.
- Que outro lugar.
- Você vai ficar brava.
- Justin! Seu safado! – dei um tapa no seu ombro. – Que feio!
- Ta bom... Tudo bem...
Ele segurou minha cintura e me beijou lentamente. Depois de uns minutos me afastei e fiquei fitando-o.
- Eu te odeio. – ri
- Ódio é uma palavra muito forte, sabia?
- Amor também. E as pessoas ficam dizendo isso sem sentir nada. – eu ri – Entende?
- Ok... E o que a Caitlin tinha?
- Chaz. – suspirei.
- Entendi. – ele me deu um selinho.
- Os meninos sumiram.
- E daí?
- Tenho que ficar de olho no meu irmão.
Justin riu, e juntou nossos lábios novamente para um beijo ‘quente’.
- Qual seu maior desejo? – sussurrei no seu ouvido, arfando.
- No momento?
- Sim. – ri
- Ser seu.
- Você já é meu. – eu ri novamente.
- E você, já é minha?
- Não sei.
- Minha vez de perguntar. – ele deu um beijo no meu pescoço que me fez arrepiar.
- O-ok.
- Me fala sobre você.
- Isso não foi uma pergunta.
- Considere como uma.
- Ok... Digamos que eu sou a odiada da escola toda, a que sofreu bullying e a garota que já teve que ficar em casa cuidando da mãe.
- Odiada? Bullying? – riu ele novamente.
- É triste. Já me cortei algumas vezes, mas não faço mais isso.
- Você se importando com a opinião dos outros?
- eu me importava. Agora... Vamos falar de outra coisa.
- O que, por exemplo? – disse ele beijando meu ombro e subindo até o meu pescoço, saboreando-o de forma lenta.
- Você é nojento. – ri
- E você é maravilhosa.
- Justin! Quando eu ‘’te xingo’’ você tem que me xingar também. – eu disse rindo. – Não me elogiar.
- Não tem o por que de eu te xingar.
- Você é sempre bobo assim?
- Depende... Acho que fico mais bobo com você aqui.
- O que eu faço com você?
- Eu tenho uma proposta, pode ser? – ele deu uma mordidinha na minha orelha.
Me arrepiei e ri.