You Are The Only Exception escrita por QueenJane


Capítulo 11
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

eu simplesmente amei escrever esse capítulo ^^ espero que gostem e boa leitura! =D



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Renesmee estava totalmente frustrada, teria as piores férias da sua vida. Seu pai a queria longe das lentes das câmaras e bocas maldosas. Proibiu-a de receber visitas, conseguiu apenas conversar com Lah e Kate pelo telefone. Elas acreditaram na sua inocência, para o alívio da jovem, e estavam a mil por hora preparando-se para as férias na Europa. Robert desapareceu, o relacionamento perfeito desabou e ele fugiu, não que Renesmee achasse isso ruim, ele não passava de uma mala sem alça em sua vida, porém isso mostrava o quão ele poderia ser vulnerável.

Jacob estava bem em sua vidinha pacata, longe de confusões, andando na linha. Soube da confusão da qual a jovem Cullen havia se metido, Jacob na verdade não sabia o que pensar, ou achar. Mas as provas apontavam para ela, era difícil inocentá-la. E ele não era juiz para julgar alguém. E como veio essa loucura de ir à Juneau levando a garota? Foi uma “brilhante” idéia do senhor Cullen. Ele ofereceu uma quantia generosa para que ele apenas a deixasse em segurança à Juneau, ou seja, impedir qualquer fuga da garota caso ela tentasse. O trato foi claro: desembarcar em Juneau e no dia seguinte voltar à LA. E assim que botasse os pés lá iria pegar seu carro, passar uns dias em La Push quem sabe. Essa idéia o animava bastante.

A fúria desenfreada de Renesmee era visível, ela proibiu a Jacob e Dorotha que pronunciassem qualquer palavra. Jacob achou aquilo estúpido, mas não queria confusão logo nos primeiros minutos de vôo ou então o pior poderia acontecer, como por exemplo, ela jogá-lo para fora do avião.

Jacob não conhecia Juneau, mas pelo pouco que via pela janelinha do avião era totalmente ao inverso de LA. Fria e sem vida, a definiria como sem graça. Renesmee ali era só mais uma pessoa, talvez esse seria o desgosto dela. Quando desembarcaram já era fim da tarde, o clima estava para poucos amigos. O céu estava escuro a neblina era densa, impedindo Jacob de ver em grande parte a estrada que levava até a propriedade dos Cullen, uma tempestade daquelas estava por vir. Com muita dificuldade chegarão ao local, não era uma casa tão desnecessariamente enorme quanto à mansão deles em LA, eram alguns metros quadrados menores, mas não perdia nos quesitos de sofisticação e bom gosto dos Cullen. Era belíssima.

A casa já estava esperando mesmo por ela, estava limpa e a dispensa repleta de alimento. Jacob carregou todas as malas para dentro da casa. Ele trouxe apenas uma mochila com duas mudas de roupa, amanhã na primeira hora iria embora.

- Onde quer que eu deixe essas coisas? – perguntou Jacob à Renesmee.

Ela estava sentada no sofá com a cara mais azeda do mundo, podia ser idiota dizer, mas Jacob achava engraçada sua expressão. Ela parecia se sentir um leão furioso e selvagem, mas estava mais para um gatinho malcriado. Renesmee o olhou e depois virou a cara, ignorando-o. Jacob revirou os olhos.

- Olha eu estou tentando ser útil, guardando as coisas no lugar certo, e não precisa ficar de papo, se não quer falar não fale. – Jacob respondeu e foi até Dorotha, que estava na cozinha.

- Grosso. – Renesmee resmungou baixinho.

Ele voltou sem nada dizer e pegou as malas e foi levando, ao que parecia aos locais que Dorotha sugeriu. Quando ouviu um trovão daqueles ruidosos e sombrios típicos de filme de terror, julgou ter ouvido um grito talvez fosse impressão.

Tempestade e ela sempre trazia esses raios e trovões, poderia parecer estúpido para Renesmee, mas ela tinha pânico. Por sorte havia um almofada por perto para abafar seu grito apavorado depois daquele trovão.

Assim que Jacob voltou à sala percebeu algo diferente na garota, antes ela estava mal humorada agora parecia preocupada, ela estava enroscada com uma almofada no sofá. Qual era o problema afinal? Ele ficou observando a menina, até que por fim percebeu.

- Qual é o problema Black? Perdeu alguma coisa? – perguntou Renesmee arisca.

Jacob sacudiu os ombros e deixou-a sozinha decidindo que seria mais útil dar uma força para Dorotha na cozinha.

- Arrogante. – resmungou Jacob inaudível aos ouvidos de Renesmee.

O clima na cozinha era outro, mais leve, Jacob se sentia mais a vontade, Dorotha era uma pessoa muito divertida, lembrava a sua mãe na alegria e no modo como preparava as refeições. Preparam o jantar e logo que ficou pronto Dorotha serviu para a monstrinha que estava na sala. “Pobre Dorotha”... – pensou Jacob ao refletir sobre os dois meses que a senhora teria de passar ali engolindo os desaforos da Cullen.

A tempestade que estava sendo prometida finalmente desabara sobre Juneau. Depois de jantar, Jacob resolveu que seria melhor ir dormir. Amanhã acordaria bem cedo para pegar o primeiro vôo. Indo até a sala deparou-se com Dorotha fazendo um cafuné na cabeça da Cullen e ela parecia assustada. Veio um trovão e ela deu um grito. Ela tem medo de trovões? Essa era boa. Jacob caiu na gargalhada.

- O que é tão engraçado? – resmungou Renesmee.

- Você tem medo de... Trovões? – perguntou Jacob rindo.

Renesmee fechou a cara. Idiota ainda bem que vai embora amanhã. – pensou ela satisfeita. Outro trovão e ela não resistiu gritou novamente, fazendo com que Jacob risse mais.

- ESTÚPIDO! – ela disse atirando uma almofada em Jacob.

- Por que você sempre vive atirando coisas em mim? – resmungou Jacob.

- Porque você me irrita! Se manda daqui! – gritou Renesmee.

- Se eu pudesse, me mandaria agora mesmo para Los Angeles se quer saber. – disse Jacob.

- E eu lhe diria já vai tarde! Dorotha pelo amor de Deus arrume um quarto para essa criatura dormir, eu não aguento mais olhar a cara dele. – disse Renesmee impaciente.

- Sua antipática!

- Seu idiota!

- Sua arrogante!

- Seu atrevido!

- Sua metida e fútil!

- Eu odeio você! – gritavam agora um para o outro, olhando-se zangados.

Dorotha olhava de um para o outro como quem assistia a uma partida de tênis. Teria de interromper essa discussão antes que piorasse.

- Calma pessoal, venha Jake vou lhe mostrar seu quarto, já venho querida. – Dorotha disse enquanto dirigia ao garoto seu quarto.

- Não demore Dorotha... – disse Renesmee em um tom choroso.

O quarto ficava no final do corredor, para Jacob tanto fazia, poderia dormir em qualquer lugar, só queria distância daquela maluca.

Dorotha voltou até sala e buscou a sua garotinha recuada, pela chuva, sempre foi assim era só ouvir o sinal de uma tempestade que Renesmee ficava desesperada. Ela podia ser uma garota mimada e difícil, mas era doce e gentil. Apenas geniosa. Dorotha estava imensamente agradecida por Jacob ir embora, não pelo fato dele ser ruim era um garoto bom, o problema era o encontro explosivo entre ele e Renesmee, se Jacob passasse mais um dia ali a casa iria abaixo.

Renesmee exigiu que Dorotha ficasse ali até que conseguisse dormir. E assim sua babá o fez.

Renesmee acordou sobressaltada pelo clarão que se deu em seu quarto, olhou para os lados e se viu sozinha, onde estava Dorotha? Decidiu que iria ao quarto dela e trazê-la para o seu quarto. A jovem tentou acender o abajur, porém, ele não acendia, provavelmente a luz se fora com essa tempestade. Ela foi caminhando pelo corredor e desceu as escadas às cegas, os degraus pareciam ter acabado Renesmee andava com mais segurança, porém ela tropeçou em algo e caiu. O choque contra o chão deveria ter sido doloroso, mas não foi caiu em algo macio. Ouviu alguém resmungar.

Jacob não estava conseguindo dormir e decidiu ficar ali na sala aguardando o tempo passar, como não seria incomodado deitou-se no chão e ficou fitando o teto. Tudo estava muito bem até sentir algo caindo em cima dele. Sentiu a respiração quente vindo em seu rosto e um perfume o envolvendo por completo, ele já imaginava o que era, melhor quem era. Poderia ralhar com ela, do porquê dela ficar perambulando de madrugada pela casa, mas as palavras e idéias se perderam, estava ficando difícil pensar com aquela proximidade.

E sem pensar também seus lábios se encontraram sem precisar de nenhuma luz, era natural, espontâneo, atração inegável. O beijo tinha a mesma urgência do primeiro há semanas atrás, mas dessa vez não havia a fúria, apenas o silêncio, cada um aproveitava o outro deliciando a textura e temperatura de suas línguas, a respiração pesada e acelerada de ambos, não só as bocas, mas as mãos começavam a se desencontrar no corpo um do outro. Jacob acariciava os seios da garota, ela gemeu baixinho excitando-o a continuar. Renesmee sentia sua intimidade latejar e ficar molhada, seu corpo o desejava de tal maneira que a impedia de raciocinar com coerência. As mãos da garota percorriam seu peitoral, sua barriga. Ele se sentou deixando-a ainda sobre ele, Jacob beijava seu pescoço, e ela gemia de prazer, ela o queria e agora.

Um estrondo vindo da cozinha os assustou, afastando-os, as luzes voltaram. Eles estavam ofegantes e tão constrangidos ao ponto de nem conseguirem olhar um para o outro. Renesmee decidiu ir até a cozinha para ver de onde vinha o barulho, via que Dorotha limpava o chão repleto de cacos e molhado.

- Lamento a acordei senhorita? Fui beber um copo de água e deixei cair, que desastrada eu sou... – Dorotha queixava-se consigo mesma.

- Dorotha... Pode deixar eu limpo isso. – apareceu Jacob na cozinha, sua presença a recuara, sentiu seu rosto ficar mais quente.

Dorotha olhava de um para o outro, sem entender o que se passava ali.

- Algum problema? Não me digam que acabaram se engalfinhando por ai? – questionou Dorotha em um tom crítico.

“Se engalfinhando pelo chão na verdade” – pensou Renesmee constrangida. O que estava acontecendo com ela afinal o frio estava congelando seus neurônios? Esteve prestes a se deixar levar com o ser mais abominável e imbecil. O olhar dela se encontrou ao de Jacob, e ela virou o rosto.

- Nenhum problema, apenas feliz, pois a cada hora que passa mais perto dessa coisa ir embora. – Renesmee comentou brincando com uma mecha do seu cabelo.

Jacob revirou os olhos, estava aborrecido por alguma coisa, talvez pela sua falta de capacidade mental, esteve perto de cometer um grande erro, foi apenas hormônios e calor no momento. Ele tentou se focar em limpar o chão e nada mais. Não queria lembrar-se do prazer que sentiu quando a beijou, a tocou e do perfume inebriante.

Dorotha levou Renesmee de volta para seu quarto, a garota se deitou, mas demorou a pegar no sono, ela tentava não pensar, era impossível. Se ele não fosse tão... Talvez tudo seria diferente... Poderia se deixar apaixonar...

Se apaixonar?

NÃO! De forma alguma!

Afinal era Renesmee Carlie Cullen, uma das adolescentes mais ricas de LA. Seu futuro era óbvio: estudar em Yale Direito, casar-se com uma pessoa de família tão influente quanto à dela, ter um filho e manter suas atividades de viajar, fazer compras, frequentar festas, acrescentando nessa lista as plásticas, pois sua pele de seda não duraria para sempre. Estava tudo traçado e determinado. E ela nunca se queixara de seu futuro... Até agora. 


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Notas finais do capítulo

E comentem amores ^^