Friends By Fate escrita por Mandy-Jam


Capítulo 9
Tempos de guerra


Notas iniciais do capítulo

Aqui vai outro capítulo. Só para lembrar...

Ares: Mariana, Amanda e Flávia.

Hermes: Rodrigo, Rhamon e Natália.

Afrodite: Rita, Mateus e Vinícius.

Apolo: Nina, Bia e Bruna.



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- E aí? – Sorriu Ares fazendo uma pose de “sou super forte e estou falando com você”.

Afrodite piscou para ele, e as garotas puderam ver o Deus da guerra praticamente se desmanchar. Mateus e Vinícius se levantaram do chão e arrumaram as roupas. Parecia que Afrodite gostava das coisas bem ajeitadas.

- Como vai a viajem de vocês? – Perguntou Afrodite pegando um espelho e se olhando nele.

- Ahm... Bem. – Respondeu Mariana.

- Você é bonita... – Falou Flávia distraída e Afrodite sorriu.

- Você acha? Obrigada. – Disse enquanto passava as mãos pelos cabelos cor de mel.

- Onde está a minha escova? – Perguntou ela franzindo o cenho.

Os garotos acharam-na no chão. Vinícius foi mais rápido e pegou primeiro.

- Aqui está, Afrodite! – Sorriu ele com um olhar apaixonado.

- Eu que vou entregar para ela! – Protestou Mateus.

- Vai nada! – Falou Vinícius, mas Mateus roubou a escova das mãos dele.

Os dois começaram a rolar pelo chão novamente. Um tentava matar o outro para ver quem entregava a escova para Afrodite. A Deusa olhou a cena e sorriu.

- Ah, rapazes. Não briguem por mim. – Falou voltando a se olhar no espelho. Ela parecia estar se divertindo muito com aquilo.

- Eu gosto dela! Me dá essa escova! – Protestou Vinícius.

- Você é um idiota! Eu é que gosto mais dela! – Reclamou Mateus.

- Anteção! – Berrou Ares, e no mesmo instante os dois pararam de brigar. Eles se levantaram, Rita pegou a escova e entregou-a a sua mãe. – É melhor vocês ficarem espertos. Pensam que podem se dar bem? Então pensem de novo, porque Afrodite já é minha.

Mateus e Vinícius arregalaram os olhos e engoliram em seco. Seus rostos estavam brancos.

- Não me façam ter de ficar de olhar em vocês. – Ares tirou os óculos de Sol e revelou que, no lugar onde deviam ter olhos, tinham bolas de fogo. – Por que vocês não vão gostar nem um pouco que eu fique de olho em vocês! Entenderam?

- Si-Sim senhor! – Assentiu Mateus.

- É! Nós... Nós entendemos. – Concordou Vinícius.

- Acho bom. – Resmungou Ares colocando seus óculos de volta.

- Ele não é um doce? – Perguntou Afrodite sorrindo. Ela piscou para Ares. – Meu herói.

Flávia e Amanda se encolheram. Aquilo tinha sido extremamente assustador. Mas... Mariana tinha outro tipo de reação.

Ela começou a rir.

- Nossa! Você é demais! Há há! Viram?! – Ela olhou para suas duas amigas – O meu pai arrasa!

Amanda e Flávia se entreolharam. Elas decidiram contar sobre o que aconteceu naquele meio tempo. Flávia disse que era filha de Apolo e Rita sorriu imaginando como esse Deus seria bonito. Rita falou que ganhou um presente. Era um colar em forma de coração que servia para hipnotizar as pessoas. Por fim... Afrodite soprou um beijo para Ares e desejou sorte para as garotas. Elas desejaram o mesmo e a ligação de Íris terminou.

- O meu pai também arrasa. – Comentou Flávia se lembrando do que Mariana havia dito – Ele é muito divo.

- Ah ta... O que ele pode fazer? Música, poesia... Sem graça. – Falou Mariana – O meu pai ainda é o melhor de todos.

- Mentira! Você ainda não sabe quem é o meu pai. – Falou Amanda fazendo uma pose triunfante.

- Tsc! O seu pai pode não ser nenhum Deus muito importante. – Falou Mariana, mas então parou para pensar – Pois é! Você ainda não foi determinada!  

Amanda suspirou, mas logo se animou novamente. Tinha pensado em uma piada. Ela correu e ficou em pé no sofá.

- Admirem Amanda Freitas! A poderosa filha de Poseidon e seus super poderes! – Ela juntou uma mão na outra formando uma linha horizontal e começou a mexer, formando uma espécie de onda.

Flávia e Mariana riram do truque.

- Agora para o outro lado! – Falou ela movimentando a “onda” para a direita.

- Demais! – Riu Flávia – Você realmente deve ser filha de Poseidon. Agora... Admirem a Flávia Visconti! A incrível filha de Apolo!

Amanda desceu do sofá para observar o que ela faria. Flávia começou a fazer uns passos de dança muito fofinhos e as duas franziram o cenho.

- O que você está fazendo Flávia? – Perguntou Mariana sem entender.

- É o passo do esquilo fofinho! – Falou ela, mas suas amigas ainda não entenderam – Que foi? Apolo é o Deus da dança, não é?

- Ahm... Não. – Falou Amanda – É o Deus da música.

- Ah! Opa... – Ela sorriu sem graça – Mas... Foi fofinho, não foi?

- Ah! – Exclamou Ares – Agora já chega!

Ele deu um soco na parede que fez o hotel todo tremer. As três pararam e olharam para ele assustadas.

- Está na hora de esclarecer umas coisas aqui. – Falou ele – Em fila!

As três foram empurradas por forças invisíveis e pararam em uma fileira estilo “paredinha” uma do lado da outra.

- Nós estamos em uma missão importante. – Começou ele – Isso não é uma brincadeirinha de playground. Isso é sério! Um objeto muito importante está perdido, e se cair nas mãos erradas a coisa vai ficar feia.

- Nas mãos erradas, seria de quem? – Perguntou Amanda.

- Calada! – Berrou ele – Só fale quando eu mandar!

Ela assentiu em silêncio com medo.

- Vocês têm que aprender uma coisa... Eu sou o guia de vocês, por isso eu mando aqui! Devem prestar atenção no que eu digo, e me obedecerem. A não ser... – Ele olhou para Mariana – Que queiram enfrentar as conseqüências.

- Mas você é o meu pai. Não faria nada contra mim. – Falou Mariana.

- Você seria a primeira. – Prometeu Ares. Ele andava na frente delas como se fosse um tenente militar e elas só três soldados. Ele continuou – Na guerra nós não temos tempo para chiliques, sobre “Papai vai me dar javalis! Eu sou importante! Prestem atenção em mim!”. Não!

Mariana ficou irritada com aquilo, mas não falou nada. Ele andou e parou na frente de Flávia.

- Na guerra nós não temos tempo para esquilinhos fofinhos! – Falou ele como se “esquilinhos fofinhos” fosse o pior palavrão do mundo.

- Mas...! – Flávia gemeu.

- Sem “mas”! – Exclamou ele – Na guerra, ou você mata ou morre. Se o seu pai quer que você se preocupe com coisinhas fofinhas, então ele quer que você morra!

Flávia se encolheu e tentou não chorar.

- Ele quer que eu morra? – Choramingou ela.

- Sim... – Resmungou Ares revirando os olhos. Ele andou até a Amanda. – E na guerra... Nós definitivamente não temos tempo para piadinhas e risos! Entendeu?! Não... Ria!

Amanda sentiu cada célula de seu corpo tremer ao ouvir aquilo. Ela prendeu a respiração.

- Tá... Tá bom. – Gaguejou ela – Sinto muito...

- Sinto muito...? – Ares queria que ela completasse a frase.

- Senhor! Sinto muito senhor! – Completou ela depressa.

Ele ajeitou a postura, e assentiu.

- Assim está melhor... – Murmurou ele – Agora é hora de dormir.

- Mas...! Mas são só 8 da noite! – Protestou Mariana.

- Hora de criança ir dormir. – Completou Ares.

- Eu não sou criança! – Falou Flávia em uma voz manhosa.

- Nossa! Como eu não notei isso antes? – Falou ele em sarcasmo – Seguinte. Por terem me tirado do sério eu vou dividir os espaços. Como vocês são três... Estão vendo aquelas três camas ali?

Elas assentiram felizes por finalmente poderem dormir em uma cama decente.

- São minhas. Eu fico com as três. – Falou ele.

- O que?! Você vai dormir com três camas?! – Reclamou Mariana.

- Algum problema? – Perguntou ele e Mariana se encolheu um pouco. – Ótimo. Estão vendo esse sofá?

Elas assentiram. Ao menos o sofá, pensou Mariana.

- Vou usar para apoiar o meu pé de noite. – Falou Ares – Mas como eu sou um cara bonzinho... Vocês podem ficar com o chão.

- Podem ficar com o chão? – Repetiu Mariana – Onde ia por a gente para dormir? No corredor do hotel?!

- E você não é nem tão grande para dormir com três camas e um sofá! – Complementou Amanda – Isso é injusto!

- E daí?! – Indagou Ares se aproximando dela para mostrar o quanto ele era mais alto – Vai fazer o que quanto á isso?

Amanda estava prestes a responder alguma coisa, mas acabou desistindo.

- Vou achar um lugar bem confortável no chão.

- Excelente. – Concordou Ares – Agora vocês duas façam o mesmo. E não me acordem, sacaram? Eu fico muito irritado quando não durmo direito. Muito mesmo.

Elas assentiram e deitaram no chão fazendo suas mochilas de travesseiro. Ares juntou as três camas mais o sofá e caiu no sono.

- Psiu! – Fez Amanda. As luzes já estavam apagadas, mas ela podia ver Flávia e Mariana ao seu lado.

- Que? – Perguntou Mariana em um sussurro.

- Quais Deuses... Ainda estão faltando? – Perguntou Amanda um pouco desanimada.

- Você está preocupada por causa do seu pai ou mãe? – Perguntou Mariana. Ela franziu o cenho tentando lembrar – Sinceramente... Eu não sei.

- Gente... Vocês acham que o meu pai quer que eu morra mesmo? – Perguntou Flávia em um tom choroso.

- Claro que não. – Respondeu Mariana – Meu pai só quer que você pare de ser tão criança. Mas quanto aos seus pais Amanda...

- Ei! Ei! – Exclamou ela baixinho – Eu acho que você pode ser filha de Hades!

- O que?! – Perguntou ela – Hades não é o Deus do inferno?!

- Mundo inferior, mané! Não é inferno. – Corrigiu Mariana.

- Dane-se! É onde as pessoas mortas ficam! Eu não quero que ele seja o meu pai. – Falou Amanda.

- Não fique desanimada com isso Amanda. Se você quiser, Apolo pode te adotar como filha também! – Sugeriu Flávia.

- Adotada?! Eu não quero ser... Adotada. – Falou ela franzindo o cenho.

- Bem... O meu pai é demais. Eu tenho certeza que ele poderia te adotar. – Falou Mariana.

- O seu pai tentou me matar porque eu fiz uma brincadeira. – Lembrou Amanda.

- Ah, é verdade... Então deixa pra lá. Boa noite. – Mariana se virou e dormiu, fazendo o assunto morrer ali.

- Demais! – Exclamou a Bia.

- Perfeito! Quero bis! – Pediu Nina.

- É... Tanto faz... – Falou Bruna.

- Não foi nada demais, mas... Se gostaram tanto... Obrigado. – Sorriu Apolo modesto.

- Adoramos! Canta outra música! – Pediu Bia.

- É! Uma dedicada para mim. – Sorriu Nina.

- Sinto muito gente, mas vamos ter que acordar cedo amanhã. – Lembrou Bruna – Apolo, você sabe disso.

Apolo concordou um pouco desanimado. Ele segurava um violão, mas o fez desaparecer quando se levantou da cadeira.

- É verdade. Vamos ter que ir dormir. – Falou ele.

Bia e Nina olharam para o quarto. Só tinham 3 camas, o que significava que...

- Ah... Puxa... A gente só tem três camas. – Falou Bia fingindo estar desanimada.

- É! Mas que droga... – Suspirou Nina – E agora?

Apolo parou para pensar, e então teve uma idéia. Ele estalou os dedos e uma outra cama apareceu no meio do quarto. Tinha um lençol roxo com um Sol dourado desenhado.

- Pronto! – Sorriu ele triunfante – Eu resolvi o problema.

- Viva... – Comemoraram Bia e Nina desapontadas.

Bruna revirou os olhos. Como caçadora ela não podia ficar com nenhum garoto, mas em particular ela achava Apolo um chato. Ela foi até uma das camas (a mais longe dele) e deitou para dormir.

- Aonde nós vamos começar a procurar amanhã? – Perguntou Bia

- Uhm... Eu não sei. – Falou Apolo.

- Você não sabe? – Perguntou Nina – E ainda assim está guiando a gente?!

- Pois é! – Riu Apolo – Não é engraçado? Boa noite!

As luzes se apagaram e elas foram dormir. Mas não antes de Nina falar para Bia em um sussurro:

- Estamos perdidas com esse cara. – Falou Nina.

- Precisamos de ajuda. – Concordou Bia.

- Mas ele é tão bonito! – Falou Nina.

- Aham! – Concordou Bia.


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Notas finais do capítulo

O que estão achando da fic até agora?

Espero reviews!