Friends By Fate escrita por Mandy-Jam
Notas iniciais do capítulo
Mais um capítulo!
Aeee!
Natália e Rhamon estavam sentados com um sorriso no rosto, enqeuanto observavam Rodrigo no chão.
- Mais rápido! – Pressionou Rhamon – Vamos, seu frouxo!
- 1, 2, 3, 4! – Cantava Natália.
- Calem a boca! – Bufou Rodrigo cansado.
Hermes assoprou seu apito bem perto do ouvido dele. Rodrigo fechou os olhos com força. Ele tamparia os ouvidos se suas mãos não estivessem ocupadas sustentando o peso de seu corpo.
- Essas flexões não vão se fazer sozinha, garoto. – Falou Hermes divertido.
- Precisamos lembrar que você se deu mal? – Perguntou Natália sorridente.
- Ah, eu não sei! – Exclamou ele – Parece que e não percebi isso ainda?!
- Devia ter pensado duas vezes antes de ofender um Deus. Principalmente o Deus das corridas. – Comentou Rhamon.
Hermes sorriu. Ele tinha cabelos e olhos castanhos. Estava usando uma calça de corrida azul larga, e uma camisa cinza escrita “treinador” em preto.
- É bom saber que você tem respeito, diferente do seu amigo. – Disse ele.
- Somos pessoas educadas e gentis. – Sorriu Natália – Depois você pode forçá-lo á fazer polichinelos?
Hermes riu com a idéia.
- Claro, por que não? – Encolheu os ombros. Ele olhou para Rodrigo e sua expressão se tornou severa. – Depois de mais uma série de 50, você vai fazer 130 polichinelos.
Ele apitou novamente.
- Já chega! Desculpa! – Exclamou ele.
- O que você disse? Eu não ouvi. – Falou Hermes repentinamente ingênuo.
- Sinto muito! – Repetiu ele – Eu não devia ter chamado o seu chalé de ferrado!
- É, não devia mesmo. – Concordou ele.
- Grande erro. Grande! – Disse Natália.
- Bom... Você pode parar agora. – Decidiu Hermes.
Rodrigo desabou no chão. Seus braços latejavam de dor, e sua testa estava suada. Ele tinha feito mas de 500 flexões.
- Ufa... – Suspirou ele.
- Aaah! – Exclamaram Rhamon e Natália desapontados.
- Vocês são um bando de traidores! – Exclamou ele, mas seu rosto estava afundado no carpete do chão, tornando impossível que alguém o ouvisse.
Rhamon estava pronto para perguntar sobre seus outros amigos, quando uma imagem ( como um holograma ) apareceu na frente deles.
- Gente? – Perguntou Flávia – Estamos vendo vocês! Que legal!
- Wow! – Exclamou Natália se levantando – Que legal mesmo!
Ela estava olhando para Flávia, Mariana e um motoqueiro tenso que nunca tinha encontrado antes.
- Ahm... Quem é ele? – Perguntou Rhamon.
- Ares, Deus da guerra. – Respondeu Mariana.
- O pai da Mariana! – Contou Flávia.
- O que?! – Berrou Rodrigo e todos pararam para olhar para ele – Eu tive que ficar com Hermes, fazer mais de 500 flexões, ter só um punhal como arma, e vocês ficam com Ares e você é a filha dele?!
- É... – Falou Ares – Hoje não é o seu dia de sorte.
Mariana riu alto.
- Mané! – Zombou ela apontando para ele.
Rodrigo triou um de seus tênis e o lançou na imagem de Mariana, mas a mensagem de Íris apenas tremeu um pouco e voltou ao normal, enquanto o sapato atravessou-a e caiu no chão.
- Você nem queria ser filha dele! – Falou Rodrigo.
- É, mas você queria e se deu mal. – Rebateu Mariana com um sorriso triunfante.
- Então você também se deu mal! Não vai ser filha de Poseidon. – Falou Rodrigo com uma pose vitoriosa – Isso serve de consolo.
Flávia e Ares reviraram os olhos. Mariana ia começar a falar de novo...
- Escuta aqui! Pelo menos eu tenho um javali! Você tem um javali?! Eu acho que não, seu...! Seu...! Seu...! – Ela não conseguia achar a palavra.
- Seu o que? – Perguntou Rodrigo.
- Indeterminado! – Lançou ela ao se lembrar.
- Você não tem javali coisa nenhuma! – Falou ele.
- É, você não tem mesmo, Mariana. – Falou Flávia.
- É, mas eu posso ter! Posso ter quantos javalis eu quiser! O meu pai pode conseguir para mim! Engoli essa, otário! – Falou Mariana.
Ares pôs a mão sobre a testa. Ia começar a ter dores de cabeça se ela não calasse a boca. Seus gritos eram estridentes e irritantes para ele.
Rodrigo estava pronto para falar alguma coisa e recomeçar a briga, quando Natália entrou no meio.
- Mas e a Amanda? – Perguntou ela – Não era do grupo de vocês? Onde ela está?
- Ela foi pegar alguma coisa para comer. Estamos com fome. – Falou Flávia.
- Certo... Nós vamos comer alguma coisa também. Então... Acho que é só. – Falou ela.
- Boa sorte para vocês. – Falou Rhamon.
- Orbigada, Momom! – Sorriu Flávia – Para vocês também!
Mariana passou a mão pela mensagem de Íris e ela desapareceu.
No quarto delas, Amanda chegou correndo com um carrinho. Ela bateu na porta rápido, e eles a abriram.
- Olha o que eu trousse! – Falou ela.
- Você roubou um carrinho de comida?! – Exclamou Mariana.
- Nós invadimos um quarto de hotel. Roubar isso não vai piorar a nossa situação. – Ela abriu uma bandeja com quatro pratos de macarrão com molho de tomate – Delícia!
- Bom trabalho. – Disse Ares puxando o carrinho para si.
- Ei! Mas nós também estamos com fome! – Protestou Amanda – Principalmente eu!
- Deuses têm preferências, baixinha. – Falou ele.
- Eu não sou baixinha! Você que é alto demais. – Falou ela.
- Na verdade, você é baixinha sim. – Falou Mariana.
Ela e Flávia ficaram do lado de Amanda só para mostrar que ela era no mínimo, 5 centímetros mais baixa.
- Mas não precisa jogar na cara também... – Resmungou ela – E o que foi que eu perdi?
- Hermes está com Natália, Rhamon e Rodrigo. – Contou Flávia – E... Ei! Isso é amendoim? Eu quero!
Todos pararam para olhar para ela.
- Que foi? Amendoins me lembram esquilos! – Disse sem graça – Eu gosto de esquilos.
- Esquilos comem nozes. – Ares franziu o cenho.
Todos olharam para Flávia. Ela ficou em silêncio por uns segundos, mas enfim falou.
- É... Mas me lembra esquilos! Me dêem um pouco. – Ela pegou os cinco sacos de amendoim e começou a comer.
Eles 4 começaram a comer, coisa difícil pois Ares monopolizava quase toda a comida do carrinho. Mariana reclamava ás vezes, e ele (para não matá-la) cedia um mísero espaço.
- Olhem elas ali! – Falou uma voz.
Todos no quarto se viraram e notaram que era uma mensagem de Íris. Estava mostrando um quarto lindo e bem arrumado. Parecia ser de um hotel em Miame, ou Las Vegas.
- É... A Bruna, Bia, e Nina. – Falou Mariana.
- Mas... Quem é ele? – Perguntou a Flávia olhando para um cara de no máximo 25 anos. Ele tinha cabelo loiro como ouro, e lindos olhos azuis. Ele sorriu e acenou para elas, e todas as garotas soltaram um suspiro.
- Ah... Por que ele não veio para cá? – Perguntou Flávia.
- É mesmo... Um cara bonito assim a gente só encontra na TV. – Comentou Amanda.
- Que pedaço de mau caminho... – Comentou Flávia de novo.
- Obrigado. – Sorriu ele e piscou.
Os rostos de Flávia e de Amanda ficaram extremamente vermelhos. Elas olharam para Mariana devagar.
- Ele pode... Nos ouvir? – Perguntou Amanda.
- É claro que pode, suas manes! – Riu Mariana.
- E você só falar agora?! – Exclamaram as duas juntas.
- Opa... Eu já sabia. – Lembrou Flávia.
Amanda ficou em silêncio. Todos começaram a rir das duas.
- Tá bom... Eu vou para um cantinho e fingir que eu não existo. – Murmurou Amanda.
- Eu vou com você... – Falou Flávia.
- Esse é Apolo. Deus do Sol, da música, da medicina e de mais umas coisas. – Falou Bia controlando a gargalhada.
- Apolo?! – Exclamaram Flávia e Amanda juntas.
- Ah! Você é o Apolo! – Comemorou Amanda.
- Sim! Você é muito divo! – Disse Flávia.
- Ei! Obrigado! Viu Ares? Eu sou divo! – Sorriu Apolo.
- Ninguém merece... – Resmungou Ares.
Nina e Bia estavam com o olhar fixado no Deus. As caras dela diziam: “Nós nos demos bem! He He!”, enquanto Bruna só olhava para o outro lado da mensagem. Mariana contou que ela era filha de Ares e que poderia ter muitos javalis. Depois de todos assentirem para que ela não começasse a gritar...
- Ah! E você... É a Flávia, certo? – Falou Apolo.
- Sim! Você sabe o meu nome! – Sorriu Flávia virando-se para Amanda – Ele sabe o meu nome!
- É claro que sei o seu nome! – Disse Apolo – Você é a minha filha.
Nesse momento um Sol brilhou encima da Flávia. Literalmente. Uma miniatura em neon estava brilhando, e Flávia encantou-se com aquilo.
- Aaaw! Eu sou filha de Apolo! – Comemorou ela.
- E você também é muito diva. – Riu Apolo.
- Obrigada! – Agradeceu a Flávia – Seus olhos azuis são lindos!
- Obrigado! Os seus olhos azuis também! – Sorriu ele.
- Ah... Só pode estar de brincadeira! – Resmungou Mariana.
- Eu pensei que o Apolo seria um pouco menos... – Amanda pensou em “retardado” ou “lento”, mas preferiu não falar isso – Ahm... Assim.
- Você ainda não viu nada. – Resmungou Ares – Quando ele começa com...
Antes que Ares terminasse de falar, Apolo o interrompeu.
- Ei! Sabe, filha? Esse momento merece um haicai! – Sorriu ele.
- O que é um haicai? – Perguntou Flávia.
Foi a vez de Ares interromper Apolo. Ele pulou da cadeira e se pôs de pé.
- Nós estamos ocupados com táticas de guerra, Apolo. Temos coisas mais importantes á fazer do que essa poesia chata. – Ares estendeu a mão pronto para finalizar a conversa.
- Ah... Tá! Então fica para uma outra vez, mas...! – Apolo começou a falar mais rápido – Flávia! A sua mochila agora é especial. Ela recarrega as flechas quando você precisar, e você também pode...!
- Tá, tá! Ela entendeu! – Ares bagunçou a imagem e a ligação sumiu – Essa foi por pouco.
- Por que você fez isso?! – Perguntou Flávia choramingando – Eu queria ouvir o que o meu pai tinha a dizer!
- Nada que preste, acredite. – Ares revirou os olhos, que por algum motivo pareciam brilhar – Agora só falta uma ligação, certo?
Nesse exato momento uma luz brilhou e uma nova mensagem de Íris apareceu.
- Vamos acabar logo com isso... – Murmurou ele.
A imagem era de Vinícius e Mateus brigando. Eles rolavam no chão querendo dar socos um no outro por algum motivo estranho e desconhecido. Rita apareceu na frente deles e sorriu.
- Ei gente! Adivinhem quem é a minha mãe! – Sorriu ela. – Afrodite!
Ares ficou repentinamente mais interessado na conversa.
- Quer dizer que ela está aí? A Deusa da beleza e do amor? – Perguntou Flávia.
- Sim! É por isso que aqueles dois estão brigando... – Murmurou ela revirando os olhos.
- Bem... Eu sou filha de Apolo! – Contou Flávia – A Mariana é filha de Ares, esse Deus aqui.
Afrodite apareceu todos pararam até mesmo de respirar. Ela era extremamente deslumbrante. Tão linda que daria inveja até em uma modelo. Ela sorriu, o que fez com que todos quase desmaiassem, e acenou para elas.
- Olá garotas! – Disse – E... Olá Ares!
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