Friends By Fate escrita por Mandy-Jam


Capítulo 39
Atena explica, Ártemis sugre


Notas iniciais do capítulo

Mais um gente!

Sinto ter de informar, mas... A fic está chegando ao fim.

Mais comentários nas notas finais.



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- Eu nem acredito que vocês estão vivos... – Comentou Bruna no ouvido de Amanda – Estou tão feliz!

- Eu sei. Também estou feliz por não estar morta. – Riu Amanda, baixinho. Ela olhou furtivamente para Hades, e viu que tinha realmente muita sorte de não ter morrido e ido parar no Mudo Inferior encontrar aquele cara.

- Mãe... – Chamou Bia curiosa – Você sabe como eles não morreram?

- Sei. – Sorriu Atena para a filha – Bia... Você também poderia entender, se passasse mais tempo estudando sobre mitologia, mas vejo que na escola onde vocês estão isso é impossível.

- É... Aquele lugar é um inferno. – Comentou Nina – Dá para acreditar que nós não temos nem mesmo férias? Maldita prisão interna.

- Ah tá! Enfim... Continua logo! – Queixou-se Mariana – Como eles não morreram? Nós vimos eles morrerem.

- Filhos de Ares... Sempre impacientes... – Pensou. Atena revirou os olhos e resolveu contar – Na verdade, vocês acharam que viram eles morrendo. Na verdade eis o que aconteceu...

Ela apontou para Rodrigo e Rhamon, e os dois pararam de conversar para prestar extrema atenção.

- Filhos de Hades quando irritados e descontrolados, como é o caso do amigo de vocês, podem abrir buracos no chão, ou até mesmo provocar terremotos. – Explicou Atena e Rodrigo fechou a cara ao ouvir que ele era “irritado” e “descontrolado” – Por isso a construção desabou encima deles.

- É, mas as pessoas não sobrevivem á isso. – Disse Natália sem entender – Como é que eles escaparam?

- Estavam os dois com um cão infernal. Eles têm a habilidade de viajar pelas sombras, assim como os filhos de Hades. – Explicou Atena.

- Quer dizer que eu consigo me transportar para os lugares?! – Perguntou Rodrigo com os olhos brilhando de felicidade.

- Sim, mas foi o cão que te salvou. Você ainda não consegue controlar tal habilidade. Só com um pouco de treino e tempo é que conseguira. – Disse Atena, e Rodrigo desanimou novamente – Quanto ao filho de Hefesto...

- Como? – Perguntou Afrodite se levantando e indo para perto de Atena – Os espelhos caíram encima dele. Não deveria estar vivo.

- Tem certeza que não sabe? – Perguntou Atena. A Deusa do amor parou para pensar, mas por fim deu de ombros e disse que não. Atena revirou os olhos se questionando como alguém pode gostar mais da beleza do que de uma explicação lógica – Eram espelhos mágicos. O que caiu encima dele muito provavelmente devia ser um de transporte.

- Ei... – Falou Mateus – Quando eu acordei no vagão tinha um espelho perto de mim.

- Foi para ele que você foi transportado. – Contou Atena – Aqueles dois espelhos serviam como portal. Uma passagem para lugares distintos.

- Demais! – Comemorou Mateus, e depois olhou para Rita – Viu, Rita? Estou vivo graças aos espelhos de sua mãe.

Rita riu. Não acreditava que ele poderia ser tão bobo.

- Mas e a Amanda? – Perguntou Mariana sem entender – Nós vimos o trem passar por ela! E também... Ficou o sangue no chão.

- Ela estava com o tornozelo machucado, não é mesmo? – Perguntou Atena com um sorriso triunfante por resolver o mistério – O machucado manchou o chão, só isso.

- Como eu fui parar no vagão então? – Perguntou Amanda sem entender.

- Simples. Alguns filhos de Hermes... Em casos extremamente raros tem o poder de se transportar de um lugar para o outro. – Explicou Atena olhando para o Deus das corridas – Foi por isso que conseguiu parar lá.

- Uhm... Ah! Foi o último vagão que passou! O da linha 2. – Disse Amanda finalmente entendendo – Ei... Eu tenho sapatos que voam, posso me transportar para os lugares... Eu sou demais.

- Tsc. Mané. – Resmungou Mariana – Você só faz isso. Eu invoco javalis.

- Javalis mutantes que nem mesmo você consegue controlar! – Retrucou Amanda – E ainda por cima tem medo deles!

- E daí?! Eu posso fazer isso! Você pode? Eu acho que não! – Exclamou ela.

- Bem... Ela pode falar com cobras. – Disse Hermes pensando nas habilidades que sua filha poderia ter.

- É, isso aí! Eu falo com cobras. Você fala com cobras? Eu acho que... O que?! – Exclamou Amanda só então se tocando do que ele tinha acabado de falar – Como assim eu falo com cobras?!

- E descobre o número das pessoas. CEP, celular, telefone fixo, fax... – Citou Hermes, e Amanda ficou de queixo caído.

- Há há! – Riu Amanda de uma idéia que passou por sua mente – Eu tenho pedágio de graça também?

Eles riram, mas então Mariana interrompeu.

- Espera! E o que eu faço? Eu tenho que ter uma habilidade legal também! – Falou ela fazendo beiço para Ares – Oh paaaaaaaai! Eu quero uma habilidade especial!

O Deus da guerra tampou os ouvidos bem na hora para não ouvir aquele grito estridente. Quando ele destampou, respondeu á dela.

- Você pode provocar guerras. Não é divertido? – Sorriu ele forçadamente. Tudo para ela calar a boca – Invocar javalis, ganhar a maioria das brigas, provocar as pessoas até elas não agüentarem mais de tanta raiva, ver pontos fracos... Essas coisas básicas.

Nina começou a rir do nada. A idéia que passou pela sua cabeça é que os filhos de Ares deveriam ser uns monstrinhos.

- Tá rindo do que?! Eu arraso, Nina! Não ouviu o meu pai falar agora?!

- Seu pai acabou de descrever as características de um marginal. – Riu Nina. Ela olhou para Ares, e viu que era melhor não comentar muitas coisas sobre seus filhos em sua presença assustadora, por isso virou-se para Zeus – E o que eu faço?

- Você controla os ventos. – Disse Zeus – A eletricidade, e...

- Eu posso voar?! – Perguntou ela animada com a idéia – Diz, papai, eu posso?!

- A principio... Sim. – Zeus teve vontade de rir, mas preferiu não fazer isso na presença dos outros Deuses para perder a sua postura séria e respeitada.

- E eu? – Perguntou Natália olhando para Poseidon – Eu controlo a água...?

- Fala com cavalos também. – Sorriu Poseidon – Entre uma lista enorme.

- E eu? – Perguntou Rodrigo – O que eu faço de útil? Mato as pessoas?

- Espero que não. – Respondeu Rhamon.

- Sh! Deixa ele responder. – Reclamou Rodrigo.

Antes de Hades abrir a boca, todos ouviram barulhos de fogos. Era 4 de julho. Amanda saltou do chão e abraçou a Bruna com força.

- Feliz aniversário! – Exclamou ela feliz, e todos os outros meio-sangues arregalaram os olhos por terem esquecido do aniversário dela – 70 anos e ainda parece ter só 16! Que legal, hein?

Bruna riu. Flávia entregou para ela o presente que Amanda tinha pego para ela.

- Ela roubou do hotel e achou que você ia gostar. – Contou Flávia com um sorriso doce – Desculpa eu não ter comprado nada.

- Tudo bem. Eu entendo. – Falou Bruna – Vocês não tiveram tempo...

- Ah! Claro! – Todos concordaram. Bruna ficou irritada ao vê-los desviando o olhar dela para o chão.

- Espera! Vocês todos esqueceram?! Ninguém lembrou que 4 de julho é o meu aniversário?! – Perguntou ela indignada – Passo seis anos protegendo vocês e é assim que me agradecem?! Argh.

- Gente... Que vergonha. – Disse Amanda – Eu morri e ainda peguei um presente para ela. Vocês ficaram vivos e nem mesmo lembraram.

- Ah, cala essa boca! – Reclamou Rodrigo – Não ferra mais ainda!

- Rua Willow... Número 70. Hotel JB. – Leu Bruna – JB de Jonas Brothers. E 70 é o meu aniversário! Que legal, Amandinha!

- De nada, Bruna! – Sorriu Amanda – Ignore o fato de ser um quarto de hotel roubado. Tirando isso... Eu peguei de todo o coração.

- 666 é o número do demônio. – Comentou Rodrigo. Flávia se jogou encima dele de repente e começou a chorar de medo. Ele levou um susto – Ah! Que isso, cacete?!

- Não fala isso que eu tenho medo! – Berrou Flávia. Apolo que estava perto foi e abraçou ela. Flávia parou de chorar instantaneamente – Ah...

- Pronto. Passou. Passou. – Disse ele dando tapinhas nas costas dela. Amanda riu lembrando de como Flávia fizera a mesma coisa com Ares no celeiro antes da estação de trem.

- Bruna. – Chamou uma Deusa. Todos olharam para o canto onde a garota de 10 anos começou a andar na direção deles – Feliz aniversário.

- Olha! Ela é mais baixa que a Amanda! – Falou Flávia apontando para a Deusa.

- Apontar é feio. – Comentou Apolo – Mas é verdade. A minha irmã é muito baixinha, hein?

- Ártemis? – Perguntou Rodrigo de olhos arregalados – A Deusa da caça e da Lua tem o tamanho de uma criança?

- Sim. – Respondeu Ártemis irritada – Algum problema com isso?

- E se eu tiver? – Perguntou Rodrigo – Vai ver eu não gosto de gente baixa!

- Não se meta com as pessoas verticalmente prejudicadas! – Exclamou Amanda dando uma cotovelada nele, o que fez a Deusa sorriu.

- Obrigada. – Disse Ártemis. Ela lançou uma careta para Apolo e continuou a falar com Bruna – Bruna... Você sabe que a sua missão acabou, não é?

- Eu... Sei. – Respondeu Bruna triste. Todos os seus amigos olharam para ela sem entender o porquê da tristeza – O que... Eu vou fazer agora?

- Retornar á equipe das caçadoras. – Sorriu Ártemis – Deve estar sentindo falta de caçar monstros conosco, não é verdade?

- Sim. – Respondeu Bruna, mas então ela olhou para seus amigos.

- Espera... – Disse Bia se levantando – Quer dizer que você vai embora?!

- O que?! – Berrou Mariana – Não! Você não pode ir! Não deixe a gente! Pai! Ela vai deixar a gente! Eu não quero que ela faça isso!

- Então agarra ela pelos ombros e balance com toda a sua força. – Pensou Ares lembrando-se de como ela agira de forma descontrolada no celeiro – Ela é que escolhe. Não se mete nisso.

- Bruninha! Não! Você... Quer mesmo ir embora? – Perguntou Amanda.

- Vocês podem vir conosco. – Convidou Ártemis – Podem se unir á nossa equipe e caçar monstros. Não precisariam voltar para a escola interna.

- Sério? – Perguntou Rodrigo sem acreditar – Você quer dizer que podemos caçar monstros e mandar eles arderem no inferno?

- Não. Estava falando só com as garotas. – Respondeu Ártemis em um tom curto e grosso. Rodrigo sentiu como se alguém tivesse acabado de dar um tapa em seu rosto.

- Mas... Nós estamos juntos. Todos nós. – Disse Flávia olhando os garotos – Não podemos deixar eles para trás. Seria injusto.

- Por favor, venham! – Pediu Bruna – Isso seria uma ótima solução! Todas nós ficaríamos juntas caçando, enquanto eles... Eles poderiam ficar no Acampamento ou na escola. Nós poderíamos nos ver! Só... Não poderíamos sair com eles, mas acho que nós não iríamos querer isso de qualquer jeito.

- Ah, valeu! Joga na cara que eu sou feio! – Exclamou Rodrigo fingindo estar triste – Sua má!

Rita olhou para Mateus. Ela não queria ser uma caçadora. Queria ficar com o grupo todo junto, e não só com as garotas ou os garotos. Ou sem Bruna. Como se soubesse o que ela estava pensando, Mateus segurou a mão de Rita.

- Mateus... – Murmurou Rita.

- Rita... – Murmurou Mateus, mas logo ele adotou um tom de voz alto – Eu sou feio?! Eu sou feio mesmo? Fala a verdade!

- Que isso garoto?! – Rita deu um tapa no braço dele – Estamos todos discutindo o que vamos fazer e você vem com essa de “Eu sou feio”?!

Eles riram. Nina olhou para aquele grupo sem noção e tentou imaginar como seria a vida sem eles. Não teria nenhuma graça! Ela não teria de quem rir, ou quem sacanear. Eles eram especiais, e ela não podia deixar o grupo para trás.

- Tem que ter outro jeito... – Disse ela.

- Vocês podem voltar para a escola sem a Bruna. – Disse Ártemis.

- Voltar para a escola?! Nem ferrando! – Riu Nina – Até parece que eu vou querer voltar para aquele inferno interno e estudar! Há há! Sou filha de Zeus. Eu estou acima disso.

Ela notou que tinha uma Deusa que estava fuzilando ela com um olhar de ódio profundo, como se Nina fosse repugnante e inconveniente. Ela puxou Rodrigo delicadamente.

- Ahm... Quem é ela? – Perguntou Nina com medo.

Rodrigo olhou para a Deusa discretamente, e pelo modo que ela olhava para a Nina, ele notou quem era.

- Você está ferrada. Aquela é a Hera, Deusa do casamento. – Disse ele – Ela persegue os filhos bastardos de Zeus. Odeia meio-sangues, mas principalmente os que resultaram dos casos do marido dela. Fuja, Nina, fuja.

Ferrou, pensou Nina. Cacete... Tudo de ruim que aconteceu na minha vida deve ter sido provocado por aquela mulher.

- Bruna... Você quer mesmo deixar a gente? – Perguntou Natália triste.

- Eu... – Antes de Bruna dizer “não”, Mariana a interrompeu.

- Escuta aqui, sua traidora! Você nem pensa em nos deixar para trás, entendeu? Você simplesmente não pode! – Gritou Mariana apontando para ela – Se você nos deixar eu vou mandar os javalis do meu pai atrás de você.

- Talvez nós pudéssemos nos juntar ás caçadoras... – Flávia pensou alto, mas então a Mariana começou a balançá-la pelos ombros.

- Não cai nessa, entendeu?! Vamos ficar todos juntos, e bem longe dela! – Exclamou Mariana. Flávia começou a chorar, e estendeu os braços para Apolo.

- Papai! Agora eu vou precisar de outro abraço! – Pediu Flávia em uma voz manhosa e doce.

- Tudo bem. – Sorriu Apolo abraçando-a novamente. Naquele momento todas as garotas quiseram ser filhas de Apolo, só para ganhar um abraço dele.

Enquanto todos babavam o Deus do Sol, Bruna cochichou algo no ouvido da Deusa da Lua. Sua decisão.

- Ouçam. – Disse Ártemis – Bruna tomou sua decisão. Eu espero que todos vocês compreendam e aceitem.


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Notas finais do capítulo

O que vocês acham que a Bruna escolheu?

Cuidado gente... Ela está se revoltando por chamarem ela de traidora na vida real! Hahahaha!

Anyway...

Como eu disse lá no começo... A fic está chegando ao fim. Provavelmente vai acabar no capítulo 42. Eu acho.
Mas não fiquem tristinhos, pois vai ter uma segunda temporada! AEEE!

Mandem reviews falando o que acham sobre isso, e o que acharam do capítulo também.