Friends By Fate escrita por Mandy-Jam


Capítulo 36
Três senhoras super simpáticas arrebentam um carro


Notas iniciais do capítulo

Esse título ficou engraçado, né?

Eu achei, pelo menos...

Aqui vai.



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- Então... – Disse Marcos tentando entender – Vocês estão indo para New York, para encontrarem seus outros amigos. Esse capacete aí é o Elmo de Hades, o objeto que estavam tanto procurando na missão. É isso?

- Isso. – Concordou Amanda. Ela estava sentada no banco da frente da picape. No banco de trás Rhamon e Mateus olhavam para trás ainda com medo dos irmãos McJoe aparecerem. – Nós só não sabemos onde temos que encontra-los, mas isso é só um detalhe. Primeiro temos que chegar lá.

- E manter uma boa distância do Celeiro da Pechincha. – Disse Rhamon tenso. Ele achava que aqueles dois eram malucos. Imaginava se todos os filhos de Ares eram daquele jeito.

- Ei... – Disse Mateus tentando não rir. – Será que o Rodrigo está bem?

Eles não agüentaram e riram. O primeiro foi Marcos, é claro. Ele tinha dado o troco em Rodrigo por ele tê-lo batido ao sair do vagão de trem. Rodrigo estava sentado na parte de trás da picape, ou seja... Na caçamba.

Ele estava á mercê de qualquer monstro que viesse á aparecer, mas Marcos não estava nem aí. Ele teve o que merecia.

- Para que os seus amigos estão indo para New York? – Perguntou Marcos com um sorriso no rosto ao imaginar Rodrigo sendo atingido por alguns tiros de espingarda.

- Nem isso nós sabemos. – Disse Rhamon – Você é meio-sangue há mais tempo que a gente. Não tem nenhuma idéia do que os Deuses tem em mente?

- Bem... Vocês terminaram a missão e acharam o objeto perdido. E como todos estão indo para New York, provavelmente devem querer parar no Olimpo. – Contou Marcos.

- O Olimpo fica... Em New York agora? – Perguntou Rhamon surpreso – Putz... Nada é normal nesse mundo?

- Nada mesmo. – Concordou Marcos – O Olimpo fica no 600º andar do Empire States. Se estão indo para New York, acho melhor vocês pararem lá.

Mateus olhou pela janela do carro. Estava escuro (provavelmente 11 horas da noite) e eles tinham acabado de passar por uma placa dizendo “Você está em Dallas”. Ele não era o melhor em Geografia, mas tinha certeza de que Dallas era bem longe de New York. Uma distância enorme.

- Nós nunca vamos chegar lá antes de escurecer. Nunca mesmo. – Comentou Mateus achando que aquilo não era nada bom – E se eles não nos esperarem? Nós não vamos nem mesmo saber o que fazer depois.

- Bem... Nós teríamos que voltar para o Acampamento Meio-Sangue, ou para a escola interna. Eu pessoalmente acho que New York é mais agradável. – Disse Amanda.

- Vocês realmente não vão chegar lá á tempo. Pelo menos não hoje. Ainda tem um caminho enorme até New York. – Disse Marcos olhando a estrada.

Não nesse carro de caipira! – Exclamou Rodrigo do lado de fora.

- Vai se ferrar, babaca! Ou eu ponho você para ir á pé até lá! – Respondeu Marcos sorrindo divertido com a idéia.

- Ué. – Fez Amanda olhando em volta – Cadê o Teisk?

- É verdade! Caramba! Eu acho deixamos ele no Celeiro da Pechincha junto com os irmãos McJoe! – Exclamou Rhamon tenso.

Quem liga?! Esse cachorro é inútil! – Exclamou Rodrigo.

- Inútil é você, seu maluco psicótico! – Respondeu Marcos nem mesmo sabendo quem era Teisk. Fosse quem fosse... Devia ser melhor que o Rodrigo. – Quem vocês deixaram para trás?

- Era um cão infernal que gostava do Rodrigo. – Contou Amanda – Ele nos seguia e ajudava algumas vezes.

- Gostava do Rodrigo, é? Que mal gosto. – Comentou Marcos.

Eu ouvi! – Exclamou Rodrigo do lado de fora. Sua voz saia abafada por causa do vidro do carro, mas eles ainda sim podiam ouvi-la.

- Era mesmo para ouvir, sua anta! – Respondeu Marcos – Ah... Não se preocupem. Se ele é um cão infernal, ele pode ser chamado. Tentem chama-lo e ele vai aparecer.

- Tesik? – Chamou Rhamon olhando em volta. – Ahm... Aparece.

- Teisk! – Berrou Mateus em um tom bem alto – Vem cá!

Nesse momento algo pulou para dentro da picape. Como o teto do veiculo era aberto, Teisk caiu sentado no banco de trás bem ao lado de Mateus e Rhamon.

- Que demais! – Disse Amanda sorrindo – Isso é muito legal!

Ele senta no banco, mas eu tenho que ficar na caçamba, né?! - Berrou Rodrigo – Seus idiotas!

- Ele é mais legal que você. – Respondeu Marcos.

Amanda pensou que ela tinha sorte de estar segurando o elmo de Hades. O que Rodrigo poderia fazer com ele devia assustar até mesmo os mortos.

- Se vocês tem ele, não vão precisar da minha carona. – Disse Marcos – Ele é um cão infernal. Viaja pelas sombras.

- Sério? Quer dizer que... – Disse Rhamon tentando entender – Ele pode nos levar direto para New York?

- Sim. – Confirmou Marcos – Segurem nele e podem ir. Fácil assim.

- Perfeito! É a primeira vez que eu tenho sorte em alguma coisa! – Comemorou Rhamon feliz – Vamos nessa cambada!

Marcos parou o carro, e eles desceram. Rodrigo, Amanda, Mateus, e Rhamon seguraram no pescoço de Teisk e Rodrigo pediu para que ele fosse logo para New York, antes que sentisse vontade de bater em Marcos novamente.

- Ninguém merece... – Murmurou Rhamon revirando os olhos.

- Vamos logo dar o fora daqui. – Disse Rodrigo, e em um minuto eles já não estavam mais lá.

Bruna, Bia e Nina desceram do carro de Apolo e pararam na frente do Empire States. Eles olharam em volta e viram que não tinha mais ninguém lá. Apolo se espreguiçou e travou o carro.

- Pois é... Foi uma festa bem legal. – Disse ele – Isso serviu para vocês relaxarem um pouco.

- Duvido que os outros Deuses sejam tão legais quanto você, Apolo. – Sorriu Bia.

- Não são não. – Sorriu ele com o elogio – Mas... Eles tentam.

- Ártemis é legal! – Protestou Bruna – Ela... É muito mais legal que ele.

Nina olhou para Apolo, e depois para Bruna.

- Ah! Eu duvido muito. – Comentou ela.

- Minha irmã mais nova é bem legal sim, mas não sabe curtir festas. – Disse ele.

- É porque ela sabe o que é importante, e não fica por aí simplesmente se divertindo no meio de missões! – Comentou Bruna.

- Tsc. Viu só? – Apolo olhou para Bia e Nina – As caçadoras não podem se divertir, porque Ártemis não deixa.

Bruna ouviu aquilo e fuzilou Apolo com o olhar. O Deus do Sol abriu os braços para dar um abraço nela.

- Ah, Bruninha! Você tem sorte de me ter por perto! – Sorriu ele gentil, mas Bruna se esquivou do abraço dele e Apolo acabou abraçando o poste de luz.

- Vamos logo, certo? – Resmungou ela – Os outros ainda não chegaram, por isso é melhor nós esperarmos lá dentro por eles.

Não foi nem mesmo preciso. Um caminhão monstro chegou fazendo um barulho assustador pela rua e eles reconheceram o motorista.

- Oi Ares! – Sorriu Apolo – E aí? Como vai a vida?

Ares revirou os olhos e desceu do carro. Mariana pulou junto com Flávia do banco de trás e pararam na calçada. A filha de Apolo saiu correndo para abraçar seu pai.

- Papai! – Comemorou ela com um sorriso.

- Flávia! – Sorriu Apolo. Ele largou o poste de luz e abraçou sua filha. Flávia ficou extremamente feliz de ganhar um abraço de seu pai, e Apolo também por poder ver a sua filha viva depois daquela missão louca.

- Ainda bem que você está bem, Flivis! – Disse Nina feliz – E você também Mariana.

- Tsc. Eu ia ficar bem. É claro. – Gabou-se ela – Eu sou filha de Ares esqueceu? Se se meterem comigo eu arrebento o cara.

- Ah, claro... – Bia revirou os olhos. Nesse minuto uma limusine parou na frente deles. Todas as garotas ficaram de queixo caído ao verem Vinícius e Rita descerem do veiculo. Afrodite foi logo atrás.

- Nossa! – Exclamou Mariana – Oh, paaaai! Eu quero uma limusine! Por que nós não temos uma?!

- Porque eu não te mato agora já que a missão acabou? Por que eu não quero, dããã! – Respondeu Ares irritado com aquela voz infernal.

Vinícius fez algumas piadas que ninguém achou graça como sempre, e Rita abraçou suas amigas mostrando o presente que tinha ganho da mãe. Logo depois Natália chegou junto de Hermes em outro carro roubado.

Estavam todos os sobreviventes da missão ali juntos, comemorando felizes. Mas... Ainda assim o grupo estava incompleto. Ninguém quis comentar sobre os quatro que morreram, pois não queriam ver seus amigos chorando novamente.

Enquanto os semideuses conversavam, os quatro Deuses conversavam um pouco. Ares e Afrodite trocavam olhares com possíveis mensagens subliminares, enquanto Hermes e Apolo discutiam para ver quem tinha um carro melhor.

- Acho que aquele modelo é um dos melhores. – Comentou Hermes – Eu peguei ele em Chicago.

- Ah, ta. Mas o meu carro ainda é melhor. – Disse Apolo – Ele é quente, sacou?

- Quer apostar uma corrida? – Os olhos de Hermes brilharam e em seu rosto surgiu um enorme sorriso.

Mesmo sabendo que seu carro era melhor, Apolo sabia que Hermes ia ganhar. Ele sempre dava um jeito de ganhar todas as corridas.

- Depois. Agora é melhor nós subirmos antes que algum outro monstro apareça. – Disse Apolo se esquivando.

- Ah! Seu frouxo. – Hermes fez uma careta para ele como se fosse uma criança pequena, mas por fim acabou concordando.

Eles entraram no elevador e partiram para o 600º andar. Bruna olhou antes para o relógio e viu que já eram 11:45. Dali á quinze minutos ela faria 70 anos de idade, mas achava que ninguém fosse lembrar. Todos pensariam primeiro no “Dia da Independência”.

- Ah! – Berraram os quatro juntos ao serem jogados na calçada. Eles olharam em volta e viram que estavam em um centro urbano.

- Ainda bem! Já era hora de deixar aquela terra de caipiras para trás! – Disse Rodrigo.

- É o Empire States ali na frente? – Perguntou Amanda apontando para o outro lado da rua, e todos assentiram.

- Isso! Nós conseguimos graças ao Teisk. Parabéns cãozinho. – Sorriu Mateus para ele, mas o cão infernal estava dormindo no chão.

- Imprestável como sempre. Viu? É um cachorro vagabundo! – Comentou Rodrigo – Mas agora vamos logo antes que...

O carro que estava estacionando na frente deles fora completamente amassado por três senhoras que pareciam extremamente irritadas. Eles olharam para elas sem entender.

- Seus ladrões. – Cuspiu uma – Devolvam!

- O que? – Perguntou Amanda sem entender.

- Nós pegamos á força então. – Disse a do meio. Elas se transformaram em monstros muito estranhos, com garras, asas e olhos cheios de ódios.

- Corre! – Exclamou Rodrigo.

Os quatro saíram correndo pelo meio da rua driblando os carros que apareciam no caminho. Eles quase foram atropelados umas vinte vezes, mas por sorte conseguiram chegar á frente do Empire States.

- No que posso ajudar? – Perguntou o recepcionista distraído e com um ar cansado. Ele olhou para Amanda, que tinha parado na frente do balcão, e para os três garotos que seguravam com toda a força as portas. – Excursões escolares, só com a presença de um responsável ou professor. Sinto muito.

- Temos que ir ao 600º andar! – Disse Amanda apressada – E rápido!

- Não existe esse andar. – Disse ele.

Amanda por um segundo pensou que o cara fosse completamente normal, e que ela estivesse fazendo papel de maluca, mas lembrou-se do que Marcos havia dito: “Ninguém nesse mundo é normal” ou coisa parecida.

- Será que isso não serve como um passe livre? – Perguntou Amanda mostrando o elmo de Hades para o recepcionista que arregalou os olhos de medo.

- Subam. Agora. – Ordenou ele apontando para o elevador.

Rodrigo e os outros soltaram as portas bem no momento em que as mulheres monstro avançaram, de modo que as três deram de cara contra a parede do fundo. Os quatro correram para o elevador, que fechou as portas antes que elas os alcançassem.

- Atenção! – Disse Zeus em seu tom de voz forte – Quero ordem!

Todos se calaram.

Os Deuses sentaram-se em seus lugares e tomaram os seus tamanhos normais. Cada um deles tinha no mínimo 5 metros de altura, o que fez com que seus filhos arregalassem os olhos um pouco tensos.

- Primeiro, quero dar os parabéns aos semideuses que completaram a missão. – Disse Zeus continuando – Vocês conseguiram prestar um ótimo favor ao Olimpo, e nós estamos muito orgulhosos disso.

Natália olhou para os Deuses sentados em seus tronos, e tentou adivinhar quem era quem. Principalmente... Quem era o seu pai. Tinha um homem de bermudas havaianas, e sandálias que parecia com um pescador. Ele tinha um sorriso leve no rosto, e umas rugas de expressão, como se passasse o tempo todo rindo. Aquele devia ser Poseidon, pensou ela sorrindo para o senhor. Sem que ela esperasse por aquilo, o homem sorriu de volta para ela.

- Segundo... Nós estamos muito sentidos pela morte dos quatro indeterminados. – Continuou Zeus – Rhamon, Amanda, Rodrigo e Mateus serão lembrados por suas bravuras. Graças á eles nós conseguimos reaver o objeto...

- Para tudo! – Berrou Rodrigo chutando a porta da sala dos tronos – Vocês não esperam ninguém, né?! Seus nojentos!

Todos arregalaram os olhos para ele, até mesmo os Deuses. Cada um deles parecia mais surpreso que o outro. Ao lado de Rodrigo apareceram Amanda, Mateus e Rhamon. Seus amigos se puseram de pé e exclamaram coisa como “Vocês estão vivos?! Caramba!”.

- Fuck yeah! Estamos vivos! – Disse Amanda fazendo a pose – Ah, e... Desculpe o Rodrigo por essa entrada idiota.

Zeus analisava os quatro como se estivesse imaginando se devia levar aquilo como um insulto e fuzila-los, ou se simplesmente os perdoaria.

- Como vocês estão vivos? – Perguntou Mariana em um tom extremamente alto – Cara! Amandinha! Você está bem!

- Rhamon! Rodrigo! Vocês...! – Exclamou Natália sem voz para completar a frase.

- Mateus! – Disse Rita simplesmente com um olhar de alívio no rosto – Você está bem! Que bom!

- Eu sei! – Assentiu ele sorrindo – É bom não estar morto.

- Mas... Como vocês chegaram aqui? – Quis saber Nina, mas então Zeus os interrompeu.

- Basta! Vamos ser organizados. – Disse ele em um tom sério – Que os quatro dêem um passo á frente.

Os quatro fizeram isso um pouco tensos por estarem na frente de Deuses de 5 metros de altura, mas preferiram não contrariar Zeus. Assim que eles pararam, sentiram o chão inteiro tremer. As portas se abriram novamente, só que dessa vez muito mais violentamente. Os quatro olharam para trás e... Pensaram que morreriam daquela vez.


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Notas finais do capítulo

Então...

Quem será que abriu as portas da sala?

Tam tam tam taaaaam!

Reviews.