Friends By Fate escrita por Mandy-Jam


Capítulo 35
A decisão


Notas iniciais do capítulo

O próximo.

Atenção!

Esse capítulo é muuuito tenso. Tem um suspense que pode levar a sua cabeça a explodir, seus olhos á saltarem, e seu coração á bater um pouco rápido demais. (Brinks)

Mas se você realmente quer ler essa parte, então continue.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/130250/chapter/35

Quatro cadeiras extremamente confortáveis tinham surgido para que os quatros sentassem. Prometeu os fez sentarem-se, e pegou uma mala que se materializou diante de seus olhos.

- Legal, né? – Disse ele sem abri-la.

- Vai direto ao ponto. – Disse Rodrigo com os olhos estreitados – O que um titã quer com a gente?

- Eu quero negociar os termos da rendição de vocês. – Sorriu ele como se dissesse aquela frase todo dia.

- Ahm... Não era para falar sobre o nosso futuro, ou coisa parecida? – Lembrou Rhamon duvidoso de que Prometeu seria um cara legal.

- Ah! Claro. Isso também pode ser. – Concordou ele – Vamos começar com você mesmo, Rhamon.

- Você sabe o meu nome? – Perguntou Rhamon surpreso.

- Não, ele chutou um aleatoriamente. – Rodrigo usou sarcasmo.

- Rhamon Mello. – Continuou ele – Você e Rodrigo Jabarra lutaram contra a Medusa. Se eu me lembro bem... Você teve que enfrentar alguns cães infernais quando saiu do hotel onde encontraram Hermes também, certo?

- Sim. – Concordou Rhamon franzindo o cenho, enquanto se perguntava como ele sabia de tudo aquilo.

- E quem é o seu pai ou mãe? – Perguntou ele – Olimpiano, quero dizer.

- Ahm... Eu ainda não sei. – Respondeu ele.

- Então... Você quase morreu e nem mesmo conhece seu parente? – Prometeu parecia um advogado do Law and Order – Agora vamos para você... Mateus Carvalho. Você teve que acabar com uma Empousai, e salvar a sua namorada de uma hidra, sozinho. Quando foi que o seu parente Olimpiano te ajudou?

- Acho que não ajudou. – Disse Mateus sem entender onde ele queria chegar.

- Agora... Amanda Freitas. – Sorriu ele – A garota curiosa. Você teve mais problemas, não é? Tentou roubar a moto de Ares, quase foi morta por um ciclope, destroçada por zumbis, e atropelada por um trem. E não vamos comentar aquele incidente com o javali no celeiro. E nem mesmo servir de tiro ao alvo agora, não é?

Amanda não se deu conta de quantas coisas estranhas e perigosas tinham acontecido com ela durante aquele curto período de tempo. Ela se deixou afundar mais um pouco na cadeira, pois sabia o que ele iria perguntar á seguir.

- Mas tudo bem, não é? Afinal o seu parente Olimpiano te ajudou. – Sorriu ele.

- Eu não tenho como ter certeza. – Disse ela desanimada, mas não querendo falar mal de seu pai ou mãe. Mesmo tendo passado por aquilo tudo, ela não queria jogar na cara dele ou dela o quanto aquilo tudo era culpa dele ou dela.

- Claro. Nenhum de vocês tem. – Concordou Prometeu – Mas... E quanto a você, Rodrigo Jabarra? Posso ver que você também não passou por momentos bons com os Deuses. Aposto que a sua amizade com Hermes não é lá das melhores.

- Nem um pouco. – Respondeu Rodrigo se lembrando das flexões – Aquele maldito...

- Para com isso. – Falou Amanda – Ofender os Deuses não vai nos ajudar em nada. E além do mais... Nós não temos tempo para conversar. Quando Tim e Tom acordarem, nós estaremos perdidos.

- Eles não vão acordar, eu garanto. Ou pelo menos não agora. – Confirmou Prometeu piscando para eles – Mas... Continuando... Vocês acharam.

- O que? O elmo? – Perguntou Rhamon.

- Sim. – Sorriu ele – Mas é muito mais do que um elmo. O que está segurando em suas mãos agora, Rodrigo, é nada mais nada menos que o objeto perdido da profecia.

- Não é não. – Disse Amanda depois de minutos de silêncio cotrantes – O objeto perdido são as pérolas que o meu grupo achou no vagão.

- Não. Esse é realmente o objeto perdido. – Afirmou Prometeu – As pérolas não estavam perdidas. Elas foram postas... Quero dizer, deixadas ali por um propósito. Isso não importa para vocês. O importante é que vocês acharam.

Amanda olhou para o elmo e depois para Rodrigo que o segurava. Ele observava o objeto com extrema atenção.

- O que você quer? – Perguntou ele sem erguer os olhos para Prometeu – Quer que eu entregue para os seus amigos titãs?

Amanda congelou. Ele não podia fazer aquilo! Os titãs não deveriam pegar o objeto de jeito nenhum! Mas... Rodrigo estava muito estranho. Ele não estava irritado, nem mesmo feliz. Era como se estivesse completamente neutro. Como se... Avaliasse a situação com calma.

- Sim. – Respondeu Prometeu devagar – Pensem bem... Os titãs têm mais poderes que os Deuses. Nós não somos maus, embora sejamos conhecidos desse jeito. Nós só queremos espaço. Queremos poder ter o mesmo que os Deuses têm. Nós... Só precisamos disso.

- Uhm... E o que eu ganho com isso? – Perguntou Rodrigo ainda olhando o ojeto perdido. Amanda olhou para ele.

- Não! Não pode fazer isso...! – Protestou ela – Rodrigo... Eles são maus!

- Não somos desse jeito, senhorita Freitas. – Sorriu Prometeu – Nós só somos injustiçados pelos Deuses.

Mateus e Rhamon observavam a cena sem entender nada. Até onde sabiam, os Deuses tinham o controle de tudo. Os titãs deviam ser os caras maus. E aquele objeto devia ser o que os dois lados queriam.

Amanda tentou se concentrar. Ela sabia que demorava mais tempo para se tocar dos detalhes, mas tentou notar alguma falha no que Prometeu havia dito. Alguma coisa que pudesse denunciar que ele estava mentindo sobre ser bom. Ares tinha dito que ele não prestava. Ela se lembrava que Prometeu tinha feito coisas boas para os homens, o que só piorava a situação. Mas ela tentou se lembrar do que tinha acontecido antes. Talvez... Alguma peça se encaixasse.

- Espera. Para que serviam as pérolas? – Perguntou Amanda por fim – Elas... Por que elas estavam no vagão de trem?

Prometeu se sentiu incomodado pela pergunta por um mísero segundo e foi aquilo que Amanda precisou para ligar os pontos.

- Os titãs nos querem mortos. – Disse Amanda olhando para Rodrigo e tentando convencê-lo – Foi você quem pôs as pérolas no vagão de trem! Nós pensaríamos que era o objeto perdido e partiríamos para New York. Você quis nos enganar!

- Não fui eu. – Disse cauteloso – Mas... Sim. Eu só cuido dos acordos, e das conversas. Outras pessoas é que executam os planos.

- Ares tinha toda a razão. – Disse Amanda – Você foi preso naquela pedra por um bom motivo!

- Fica quieta. – Falou Rodrigo em um tom calmo. Amanda se virou para ele, mas ele continuou a falar – O que eu ganho com isso?

- Não! Rodrigo! – Amanda tentou, mas foi em vão. Ele a olhou com um olhar determinado, e negou com a cabeça.

- Se você consegue ajudar os Deuses depois de tudo que eles fizeram com a gente, então você é um ser supremo. – Disse ele – Eles nos esqueceram, abandonaram, ignoraram, e deixaram que nós quase morrêssemos. Sem falar que mentiram por vários anos. Nós ficamos naquele maldito colégio interno, porque ninguém queria ficar perto de nós! Você se esqeceu?

- Isso não é razão para ser um traidor. – Insistiu ela – São a sua família, quer você queira ou não.

- Eu não quero que sejam, e vou mudar isso. – Falou ele se pondo de pé, e Amanda fez o mesmo. Rhamon e Mateus tentavam aconselhá-lo a ficar calmo, mas ele não quis ouvir – Eu cansei! Não me venha chamar de traidor! Seja lá quem for o meu parente, ele é que é o verdadeiro traidor.

- Vai se rebaixar ao nível dele?! – Perguntou Amanda impedindo que ele entregasse o objeto para Prometeu – Por favor... Não faça com que... Ele tenha algum motivo para dizer que os dois são parecidos. Você não precisa ajudar os titãs para mostrar aos Deuses que é melhor que eles.

Rodrigo olhou para ela, depois para seus amigos, e depois para Prometeu. Ele estava morrendo de raiva. Queria acabar com o seu parente, e com todo o resto do mundo. Mas acabou respirando fundo.

- Pouparemos vocês. – Disse Prometeu – Vocês poderão ter tudo o que quiserem. Poderão até... Ficar juntos.

Os quatro olharam para ele surpresos. Como assim ficar juntos?

- Vocês não entenderam não é? – Sorriu ele de um jeito a despertar a curiosidade de todos. – É o elmo de Hades. O objeto perdido fará com que vocês se dividam. Esse será o futuro, se vocês resolverem entregá-los aos Deuses.

- Você não sabe nada sobre o nosso futuro. – Disse Amanda.

- Eu sei sim. Eu sei de tudo sobre o futuro. Mais até que Apolo, e o Oráculo de Delfos. Não se pode mudar o resultado, mas se pode escolher qual ele será. – Disse ele.

- Quer dizer... Que ou entregamos esse elmo para você, ou nos separamos. – Perguntou Rhamon confuso – Nenhuma das duas parece ser boa opção.

- Eu garanto que se entregar o elmo para mim, estarão escolhendo a melhor opção. Nunca mais precisarão ir para o colégio interno. Nunca mais terão que se preocupar com seus pais os ignorando. Nada disso. – Garantiu ele.

Rodrigo estava dividido. Não queria se separar de seus amigos, mas também estava morrendo de vontade de ferrar com seu parente Olimpiano.

- Não quer se separar deles?! Mas eles nem ligam para você! Te chamam de anormal o tempo todo, e ainda por cima nem mesmo reconhecem quando você os salva. – Pensou ele consigo mesmo – Eles nem mesmo se desculpariam por isso. Ah! Eu quero mais que eles se ferrem mesmo!

- Rodrigo... – Falou Amanda em um tom baixo. Ele olhou-a ainda com raiva, mas ela o surpreendeu – Eu... Sinto muito por ter chamado você de anormal. Não... Não quero que você tome nenhuma decisão só por causa daquilo, certo? Nós gostamos muito de você. Você é nosso amigo.

Aquilo realmente o pegou de surpresa. Rodrigo olhou para o capacete e depois para Rhamon e Mateus. Eles assentiram concordando com a Amanda. Se importavam com ele de verdade, e isso fazia uma grande diferença. Se seu parente não lhe dava a mínima, ao menos seus amigos davam! E traí-los seria um golpe muito baixo e mesquinho.

- Arrume outro idiota para cair no seu truque. Se os Deuses são ruins, os titãs são miseráveis! – Respondeu Rodrigo colocando o capacete na cabeça.

- Bem... Se vocês já se decidiram... – Suspirou Prometeu fazendo a mala desaparecer e se levantando – Eu acho que não tenho outra escolha. Mas... Se em algum momento vocês quatro ou qualquer um do grupo de vocês quiser mudar de idéia. Nós estaremos sempre ouvindo.

Prometeu sumiu ao terminar a frase, deixando todos um pouco tensos.

- Ele está sempre ouvindo? – Repetiu Rhamon – Que medo desse cara.

- Pois é... Imagina... Você preso em uma ilha deserta aí você fala: “Puxa... Queria me juntar aos titãs” aí ele aparece do nada! – Riu Mateus – Que louco, cara.

- Mas o que é mais louco é... Rodrigo largou todo o poder mundial para ficar com a gente! – Disse Rhamon – Nós somos demais, né? Você não consegue ficar longe do povão do nosso grupo.

Rodrigo olhou para ele.

- Que merda de decisão eu tomei. Vou ter que ficar com vocês. – Choramingou ele um pouco arrependido, mas então Amanda deu uns três socos de leve no braço dele. – O que está fazendo?

- Treinando para enfrentar os monstros que vão aparecer no caminho. – Sorriu ela – Vamos, gente. Acho que os irmãos McJoe não vão querer nos ver de novo no celeiro da pechincha.

- Você sabe que aqui não é o celeiro da pechincha, e que nós não compramos nada, não é? Nós roubamos. – Disse Rodrigo.

- Eu sei. Mas depois deles terem tentado nos matar, eu não me sinto culpada por isso. – Amanda encolheu os ombros.

Eles riram e saíram do celeiro, mas ao chegar do lado de fora se depararam com alguns problemas extras. Ou seis para ser mais exata.

- Ahm?! – Fez Rhamon ao olhar seis homens cinzas parados em paredinha na frente da porta do celeiro. Eles estavam um pouco afastados da entrada, mas mesmo assim... Essa distância não deixava nenhum dos quatro seguros.

- São os zumbis. – Disse Amanda.

- Fala sério. O que são eles. – Pediu Rodrigo.

- São os zumbis. – Repetiu Amanda.

- De verdade, droga. Não quero saber o nome que você dá para eles. – Resmungou Rodrigo.

- Ahm... São os zumbis. – Repetiu Amanda rindo.

- Porra! Já falei para dizer o nome! Eles não são zumbis! – Reclamou Rodrigo.

- Cara... Eu acho que eles são mortos-vivos, mas as pessoas costumam chamá-los de... Zumbis. – Riu Amanda sacaneando o Rodrigo.

- Eu odeio você. – Murmurou ele, mas logo fez uma pose de “Fuck yeah, eu sou um herói!” – Mas que se dane! Eu tenho o elmo de Hades e nada vai... Cacete!

O “cacete” foi porque um dos zumbis lançou neles um daqueles porretes de madeira. Passou raspando pelo braço direito de Rodrigo e atingiu a porta do Celeiro da Pechincha. Amanda sacou a sua espada novamente e disse que eles teriam de lutar.

Todos pegaram suas armas e partiram ao ataque. Amanda cortou um com a espada, enquanto Mateus matava facilmente os que pulavam em sua direção com as 9mms. Rhamon cortava a garganta dos zumbis e dava uma risada maligna.

- Morra! – Ria ele – Eu sou craque em “Residente Evil”! Nenhum zumbi ganha de mim! Muahahahahaha!

- Para com isso! – Rodrigo resmungou enquanto desviava dos zumbis e dava cabeçadas em alguns. Amanda riu da cena, e ele começou a gritar – Tá rindo de que?! Só porque eu não tenho uma arma descente não quer dizer que...!

- Já sabemos! Você odeia o seu punhal! – Completou Mateus atirando em mais outros. Eles se recompunham de novo, o que tornava difícil acabar com todos de uma vez – Nós nunca vamos terminar essa luta?

- Não. Uma vez que sentem o cheiro, não tem mais volta. – Falou Amanda afundando a espada na barriga de um e depois o empurrando para trás.

- Mas que cheiro? O da comida? – Perguntou Rhamon.

- Não. O... Meu cheiro. – Respondeu Amanda – Eles querem matar eu, Mariana e Flávia. Sentiram o nosso cheiro e agora... Estamos ferradas.

- Ah, que legal! – Reclamou Rodrigo dando mais algumas cabeçadas e correndo para o lado. – Por que eu deixei a submetralhadora no celeiro?!

Ele acabou sendo acertado por um dos zumbis, e cambaleou para trás empurrando sem querer a Amanda. Eles se ajeitaram e olharam para o lado. O zumbi ia atacá-los ao mesmo tempo, quando os dois furaram a sua barriga com o punhal e a espada.

- Não! – Berraram os dois ao mesmo tempo.

Nesse momento... Algo inacreditável aconteceu. O chão tremeu e acabou se abrindo, mas... Nos exatos lugares onde os zumbis estavam. Eles caíram e as crateras se fecharam. A paisagem voltou ao normal. Era como se lá fosse só mais um celeiro da pechincha comum no meio do denso mato do Texas.

- Qual dos dois fez isso? – Perguntou Rhamon.

- Sei lá. – Responderam juntos ainda chocados por verem aquilo.

- Mas foi demais. – Comentou Amanda sorrindo.

- Acho que... Um de nós dois deve ser filho de Hades. – Comentou Rodrigo.

- O que?! – Exclamou Amanda – Eu não quero que seja eu!

- Por que não? – Perguntou ele sem entender.

- Porque... Ele é o senhor dos mortos. Gente morta. Isso é estranho. – Disse.

- Você sabe que você não tem escolha, né? – Comentou ele.

- Que droga, ahn? – Choramingou ela.

- Iiiiiiiha! – Fez Mateus dando tiros para o céu – Conseguimos sô!

Rorigo ia mandar ele parar de imitar os caipiras, quando eles ouviram um berro vindo de dentro do celeiro.

- Eu mato vocês suas pestes da cidade! – Berrou Tim ou Tom. De qualquer forma, eles não queriam parar para descobrir.

- Ei! – Chamou alguém vindo da estrada de terra. Eles olharam e viram que era Marcos. Ele estava em no banco do motorista de uma picape enorme. – Querem ajuda agora?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Tá bom...

O que eles vão fazer para chegar á New York? Sendo que eles ainda estão em um ponto bem distante do Texas. Eles estão em Austin.

Se não conhecem procurem no Goolge. Ajuda muito.
(Sem propagandas nem nada. He he.)

Até o próximo capítulo.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Friends By Fate" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.