Friends By Fate escrita por Mandy-Jam


Capítulo 33
Indeterminados X Irmãos McJoe


Notas iniciais do capítulo

Outro capítulo (hilário).



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- Continue correndo, garota da cidade! – Exclamava Tom se divertindo. Ele deu um tiro e, mesmo ele estando a uma certa distância da Amanda, ele atingiu uma estante que estava a centímetros dela.

- Ah! – Gritou se jogando no chão. Entre ela e Tom tinha várias fileiras de estantes (quase todas com um metro), o que tornava um pouco difícil dela saber onde ele estava, e mais fácil de se esconder.

- Ainda acha que vai conseguir fugir por muito tempo? – Perguntou ele rindo maldosamente. – Nunca devia ter pisado no Texas, idiota!

- Vai se ferrar! – Retrucou Amanda correndo para se esconder atrás de uma estante, mas no mesmo instante uma bala arrebentou parte da madeira derrubando vários livros no chão. – Ah!

-Grite mais alto, cabeça de vento! - Exclamou uma voz na sua mente. –Assim ele pode te achar mais rápido!Não é isso que você quer?!

- Ares? – Perguntou Amanda se encolhendo debaixo de uma mesa. – Você está na minha mente?

-Não. Eu sou a consciência que você não tem. É claro que estou!– Retrucou ele –Pare de gritar, a não ser que queira que ele faça um buraco na sua cabeça.

- É... Eu acho que não quero isso. – Concordou Amanda olhando por debaixo da mesa os pés de Tom se aproximando.

- Apareça logo! Não me faça ter que te puxar do seu esconderijo, garota da cidade! – Exclamava Tom em um tom doce, porém ela não ia cair nisso. Amanda pegou um pedaço de madeira e atirou longe por debaixo da mesa. Ela bateu em uma outra estante de madeira cheia de Ipods, e isso chamou a atenção de Tom. Ele caiu no truque dela. – Há! Achei você!

-Otário...– Pensou Amanda rindo –Tinha que ser filho de Ares.

- Eu ouvi isso, cabeça de vento! - ExclamouAres furioso.

-Você pode me ouvir?! Ahm... Eu esperava que você não ouvisse... Eu não tenho sorte mesmo. –Pensou Amanda em resposta –Mas o que está fazendo na minha mente?!

-Ajudando. Ou pelo menos tentando. –Ares parecia estar rangendo os dentes –Vê se não torra a minha paciência e cala essa boca.

- Ahm... Já que pediu com tanto jeitinho. –Pensou Amanda em resposta.

-Onde você está?! – Exclamava Tom como se fosse uma criança que não queria desligar a TV para ir dormir. – Se não aparecer isso vai ficar chato!

-Ta bom... Eu estou ouvindo. Pode contar qual é o seu plano para acabar com os irmãos McJoe. –Pensou Amanda olhando tensa por debaixo da mesa –Ahm... Você tem um plano bem legal e boladão, né? Por favor, diga que sim!

- Eu não vou falar como derrotar eles. Se você não tem um cérebro, eu é que não vou usar o meu pensando para você. –Falou Ares em um tom irritado –Primeiro. Pegue o mapa.

-Mapa? Que mapa? – Perguntou Amanda em voz alta, mas antes que Ares respondesse...

-Achei você! – Tom chutou a mesa revelando Amanda deitada no chão. Ela rolou para o lado bem na hora que ele ia pisar nela. Amanda começou a correr novamente. Aquilo nunca ia acabar. Não tinha como ela vencer ele.

-Onde... Onde ficam os mapas?! – Perguntou ela enquanto se jogava no chão novamente para não ser atingida por uma bala. – Ares! Você vai me ajudar ou não?!

-Ele vai te deixar na mão. Mas já que está aqui, papai... – Tom parou e mirou novamente – Tenho uma pergunta. Ficaria chateado se eu estourasse os miolos dela?

-Que miolos? –Perguntou Ares revirando os olhos provavelmente.

Tom acertou novamente o colete de Amanda, e ela imaginou por quanto tempo aquilo agüentaria. Ela cambaleou e voltou a correr. Olhava freneticamente para os livros da estante, procurando qual teria um mapa das rodovias dos Estados Unidos. Ou só de New York. Qualquer coisa servia, já que Ares não tinha dito qual mapa ela devia pegar.

- Vamos... Uma ajudinha. Qualquer coisa! – Pediu Amanda choramingando.

- Por que não pergunta para mim? – Riu Tom atirando novamente. O tiro dessa vez atingiu o livro que Amanda estava segurando fazendo um buraco no meio. Ela torceu para que não fosse aquele que ela precisasse.

Amanda correu até as outras estantes. Tom estava andando calmamente atrás dela com um sorriso estampado no rosto. Ela teve uma idéia. Talvez se ela continuasse correndo, ele não teria mais balas.

-Nem pense nisso. As balas se recarregam sozinhas.– Contou Ares lendo seus pensamentos.

- Agora você fala comigo, né?! – Exclamou ela pegando outro livro. Ela abriu rápido e parou exatamente na parte de New York. Era o mapa das ruas. Perfeito! – Achei!

-Para de comemorar. Pega logo a droga do mapa!– Repreendeu ele.

Amanda rasgou a página e pôs no bolso super largo da bermuda camuflada.

- Ei, Tom! Eu vou pegar emprestado, certo? – Amanda fez uma careta para ele e jogou o livro em sua direção. Tom o acertou com um tiro, enquanto ela começou a correr para longe na loja.

- Vou pegar você sua peste! – Exclamou ele sorrindo.

- Ótimo... Qual é o próximo passo Ares?! – Perguntou ela.

-Quebrar a cara daquele idiota. Vai fundo. Estou torcendo por você, e pelos outros indeterminados. –Falou ele sem nenhuma animação.

- Só pode estar brincando! – Exclamou Amanda. A arma do cara se recarregava sozinha, o que fazia a espada da Amanda parecer completamente inútil. A única coisa que ela podia fazer era correr, mas nem isso deu certo. Tom deu uma rasteira nela, e Amanda caiu no chão novamente.

- Você se deu tão mal... – Tom riu triunfante – Estava tão divertido. Mas tudo bem. Vou dar um fim nisso de uma vez.

Ele estava pronto para dar um tiro nela, quando alguém derrubou a arma dele. Rodrigo estava segurando uma submetralhadora, que por sua vez estava apontada diretamente para as costas de Tom.

- Nem respira, seu babaca caipira. – Ameaçou Rodrigo com um olhar maligno. Ele estava usando um capacete de exército, que o fazia parecer muito mais irritado. – Se manda daqui e fala para o seu irmão deixar o Rhamon e o Mateus em paz, a não ser que queira que eu puxe o gatilho e cause alguns estragos.

- Oh... Que medo. – Tom estava prestes a empurrar Rodrigo, mas ele apontou a mira para a cabeça dele. Tom parou.

- Acha que é mais inteligente que eu, caipira?! Se mexe de novo, e eu acabo com você, seu merda. – Exclamou Rodrigo. Ele realmente odiava os caipiras do Texas, ainda mais os caipiras do Texas convencidos que se achavam os melhores por serem filhos de Ares.

- Essa arma nem mesmo tem balas, otário. – Insinuou Tom.

- Quer arriscar? – Perguntou Rodrigo encostando-a no seu rosto. Tom olhou para Amanda, e depois para ele de soslaio.

- Quero. – Respondeu socando o estômago de Rodrigo, que caiu para trás. Tom se abaixou rapidamente para pegar a sua arma, mas Amanda a chutou para baixo de um balcão. Ele soltou alguns palavrões irritados, e estava prestes a pisar nela, quando algo arrebentou o seu pé.

- Ah! – Rugiu ele de dor. Tom começou a pular de um pé só para longe deles, e Amanda piscou os olhos sem entender.

- Eu não disse, seu babaca?! – Berrou Rodrigo com raiva – Achou mesmo que eu seria idiota de não carregar a arma? Sua anta!

- Filho da mãe! – Exclamou Tom com dor – Eu vou acabar com você! Espera eu por as minhas mãos no seu pescoço! Vou retorcer até não sobrar nada!

- Teisk! Pega! – Exclamou Rodrigo, mas nada aconteceu. Ele antes estava com uma pose de “fuck yeah”, mas ela sumiu ao ver que o cão não apareceu. – Porra, seu cachorro inútil! Aparece aqui agora!

Eles esperaram alguns segundos. Tom foi mancando na direção de Rodrigo, que puxou o punhal e começou a se arrastar para trás.

- Teisk! Aparece! Eu vou morrer! – Berrava ele chegando para trás – Esse caipira babaca vai me matar e eu nem mesmo tenho uma arma! Só tenho essa merda de punhal!

- Fique longe dele! – Amanda pulou e fez sua espada aparecer novamente. Ela a apontou para o pescoço de Tom, mas ele a levantou pela gola da camisa. Seus pés balançaram no ar.

- Se manda, garota da cidade. A sua vez ainda vai chegar. – Ele a lançou contra o chão com toda a sua força, e Amanda não conseguiu se mover. Tom voltou a mancar na direção de Rodrigo.

- Droga! Teisk, seu inútil! Se você não aparecer e esse cara me matar eu juro que te pego no Mundo Inferior! – Ameaçou ele chegando para trás.No último segundo, para sua sorte, Teisk mordeu com toda a sua força a bunda do Tom. Ele berrou de dor.

- Ah! Seu cão do inferno! – Tom tentava puxa-lo para longe, mas não conseguia. Quando Teisk por fim o soltou, ele saiu de perto do cão com as mãos no traseiro. – Ai... Eu te mato!

Teisk mostrou todos os seus dentes para ele e junto deles um pedaço enorme da sua calça jeans. O cão infernal correu na direção de Tom, que por sua vez saiu correndo de medo. Rodrigo começou a rir alto.

- Se deu mal! – Riu Rodrigo – Quero ver o que o seu pai acha de você agora! Vai! Se gaba que é filho de Ares, seu caipira!

Tom estava correndo em um pé só enquanto continuava com as mãos no traseiro. Amanda aproveitou a deixa e pôs o pé na frente dando-lhe uma rasteira. Ele caiu de cara no chão, e Teisk pisou encima dele. Tom congelou.

- Quer tentar se mexer de novo? – Perguntou Amanda com um sorriso de deboche. – Acho que... Se eu fosse você, nem mesmo respiraria.

- Sua...! – Ele estava pronto para xingar, mas Teisk latiu e ele calou a boca.

- Ainda bem, né?! – Exclamou Rodrigo com raiva – Esse caipira quase me matou por culpa sua! Onde você estava?!

Teisk apontou com o focinho para uma parte um pouco mais afastada do celeiro, onde eles puderam ver uma cama para animais bagunçada.

- Dormindo?! Você estava dormindo, seu vagabundo?! – Berrou Rodrigo – Será que existe algo mais imprestável que você nesse mundo?!

- Ele te salvou. – Lembrou Amanda revirando os olhos – Podia pelo menos fingir que está feliz. Ele ajudou muito.

- Bem... Vai ajudar muito mais se salvar o Rhamon e o Mateus. Vamos logo ajudar aqueles imprestáveis. – Falou Rodrigo andando em direção á porta como se fosse simples assim.

- O que?! Mas e ele?! Vai deixá-lo aqui assim? – Perguntou Amanda apontando para Tom deitado no chão. Rodrigo se virou novamente e andou até ela. Amanda continuou falando. – Nós temos pensar no que... Ah!

- Pronto. – Falou Rodrigo. Ele deu um chute na cabeça de Tom e o caipira apagou. Amanda arregalou os olhos ao vê-lo fazer aquilo tão facilmente e continuar a andar. – Você não vem não?

- Sim. Eu... Estou indo. – Respondeu Amanda correndo atrás dele.

- Ah! – Berrou Rhamon desviando de um javali selvagem. – Eles são muitos!

- Ai, caramba! Sumam daqui! – Gritava Mateus acertando vários animais com sua chave inglesa de um metro. – Rhamon, precisamos de ajuda!

- Há há! – Ria Tim observando a cena – Vamos logo seus frouxos! Quero ver sangue!

- Então sente isso! – Exclamou Rodrigo atrás de Tim. Ele pulou encima do filho de Ares e começou a bater nele. Tim era enorme, mas fora pego de surpresa. – Toma!

Enquanto Rodrigo enchia Tim de socos, Amanda correu até a cerca. Ela olhou seus amigos lutando contra os javalis e pensou em ajudar, mas assim que tocou na cerca um daqueles animais correu até ela e tentou machucá-la.

Eles eram selvagens e agressivos demais. Para a sua sorte, a cerca de madeira era bem resistente. Ela recuou um passo e o animal voltou para atacar Mateus e Rhamon.

- Está na hora do churrasco! – Exclamou Rhamon puxando a sua foice e cortando alguns javalis. Eles caiam no chão e ficavam completamente imóveis. Isso poderia realmente funcionar se não fosse pelo fato de terem uns 40 javalis contra só 2 meio-sangues.

- O que fazemos?! Esses bichos não param de nos atacar! – Exclamou Mateus quebrando a cabeça de um.

- Não sei! Amanda! – Ele chamou sua amiga, e ela olhou para ele – Faz alguma coisa! Nós não vamos conseguir!

Amanda olhou em volta. Não tinha o que fazer! Eles estavam em um cercado cheio de terra e lama, onde 40 javalis assassinos os atacavam. Amanda tinha passado pela experiência de servir de alvo para um javali, e não era nada bom. Agora imagina 40 deles juntos? Novamente... Eles estavam ferrados.

- Se eles não pudessem nos ver... – Murmurou Mateus – Nós poderíamos fugir.

Rhamon e ele olharam em volta, mas como eles poderiam se esconder?! Não tinha como mesmo. Eles viram o milharal alto e pensaram que aquilo serviria muito bem para se esconderem.

- Vamos, Deus do milho! Manda uma ajudinha aí! – Pediu Mateus.

Dois javalis investiram contra eles ao mesmo tempo. Rhamon fechou os olhos cerrando os punhos, e Mateus virou o rosto e movendo as mãos tentando impedir o bicho de matá-lo, mas aí... Aconteceu algo engraçado.

Quando Rhamon e Mateus olharam novamente, eles estavam no meio de um milharal enorme. Podiam ouvir ainda os sons dos javalis, mas ainda assim... Estavam longe do campo de visão deles.

- O que foi isso?! – Perguntou Rhamon para Mateus que estava logo ao seu lado.

- Sh! – Fez Mateus. Ele moveu a cabeça para a esquerda, e Rhamon entendeu. Os dois seguiram para a direção andando com calma para não fazerem barulhos. Finalmente eles alcançaram a cerca e pularam-na.

- Cara... Isso foi demais! – Comemorou Rhamon.

- Foi mesmo! Que parada louca, cara! Como aquele trigo apareceu do nada?! – Perguntou Mateus animado.

- Aquilo não era trigo... – Murmurou Rhamon sentindo o cheiro da planta na sua camisa – Era... Cevada, eu acho.

- Que loucura. – Riu Mateus – Salvos pela cerveja!

- Gente! – Exclamou Amanda correndo até eles admirada – Qual de vocês fez aquilo?! Foi incrível! Em um minuto não tinha nada, mas no outro...! Bang! Tudo cheio de trigo!

- É cevada, Amanda. – Corrigiu Mateus fingindo ser extremamente intelectual – Você não notou a diferença?

Amanda sentiu vontade de rir da pergunta. Como ela notaria? Para ela era a mesma coisa. Rhamon chamou a atenção deles.

- Ei, gente... Cadê o Rodrigo? – Perguntou. Só então Amanda lembrou.

- Ah, é! Ele precisa de ajuda! Está lutando contra o McJoe sozinho! – Respondeu Amanda. Eles três se viraram e correram até onde Rodrigo estava, deixando para trás os javalis tontos no meio da cevada.


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Notas finais do capítulo

Rodrigo é completamente maluco, não é?

Cara... Vocês vêem alguma diferença entre cevada e trigo?

Pois é... Google responde tudo.

O que vai acontecer agora? Será que eles vão conseguir ir para New York?

Tam tam tam taaaam!

Reviews, né?



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