Friends By Fate escrita por Mandy-Jam


Capítulo 3
Um presente para você!


Notas iniciais do capítulo

Outro...



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/130250/chapter/3

O ônibus tinha finalmente parado.

Todos do lado direto do ônibus puderam ver que estavam agora na frente de um acampamento bem... Diferente. Podiam ver construções gregas que eram novas em folha. Uma brisa leve soprava pelas árvores. Ao longe podiam notar um lago, e mais ao lado uma praia.

Algumas crianças passaram correndo pelo ar, montadas em cavalos com azas.

- Pegásos?! – Exclamou Bia admirada.

- Isso mesmo. – Sorriu Atena.

- Incrível! – Sorriu Rodrgio – Isso é... Perfeito!

- E lindo! – Completou Rita.

- E é a casa de vocês. – Falou Atena – Esse é o Acampamento meio-sangue. É o lugar onde os semideuses podem ficar longe de perigo. O acampamento tem uma barreira que impede que os monstros entrem. Assim estarão á salvo.

- Quer dizer que... Tem gente como nós aqui? – Perguntou Mateus – Digo... Temos irmãos, irmãs, primos...

- Sim. Todos os meio-sangues ficam aqui. Ou pelo menos a maior parte deles.

- O que é aquilo ali...? Aquela formação em U. – Perguntou Nina.

- São os chalés. Venham e Dionísio irá mostrar tudo para vocês. – Informou Atena – Mas antes... Fiquem com isso.

Nina ia perguntar “Isso o que?”, quando notou que sua camisa tinha mudado. A camisa de todos tinha ficado laranja, e logo no peito estava escrito: “Acampamento meio-sangue”.

- É a roupa do Acampamento. – Falou Atena. – Agora vamos.

Todos se levantaram. Alguns estavam apreensivos como Bia e Rhamon, mas outros estavam animados e curiosos como Mariana e Rodrigo. Eles todos desceram um atrás do outro os degraus do ônibus. A última penúltima a sair foi a Bia. Atrás dela estava o Vinícius.

- Ahm... Mãe? – Chamou Bia incomodada. Atena olhou para ela. – É que... Eu queria te fazer algumas perguntas. Quero dizer...

- Entendo. Isso é normal. Você deve estar um pouco chocada com a notícia, mas fique calma. Nós ainda vamos nos falar, e você vai entender tudo, certo? – Atena sorriu. Ela estendeu o braço e na palma da sua mão surgiu um boné verde – Tome isso como presente. É um boné da invisibilidade. Vai te ajudar muito quando tiver uma missão.

- Invisibilidade? – Repetiu Bia olhando para o boné. – É sério? Mas que missão?

- Vai entender daqui a pouco. – Afirmou Atena piscando para ela. – Agora vai.

Ela desceu os degraus do ônibus, e Vinícius era o próximo. Antes de sair do veículo ele olhou pra seu pai que estava se levantando do assento do motorista.

- Oi. – Falou ele. – Será que... Eu não ganho um presente também?

Dionísio revirou os olhos.

- É... Acho que sim, Vince.

- É Vinícius.

- Tanto faz. – Dionísio estalou os dedos e por cima da camisa de Vinícius apareceu um casaco da GAP. Ele era roxo e tinha um tigre desenhado na frente.

- Uau! O que ele faz?! É impermeável?! – Perguntou admirado.

- Faz você ficar parecido comigo. – Respondeu Dionísio.

- Só isso? Mas que porra de presente é esse?! – Protestou Vinícius.

- Não vem reclamando não. Eu devia é te dar um trabalho nos campos de morango! Agora se manda junto com os seus amiguinhos irritantes. – Falou ele.

Vinícius revirou os olhos. Ele queria que Atena fosse sua mãe, assim poderia pelo menos ganhar um presente legal. Ele desceu os degraus do ônibus, e encontrou os seus amigos pegando as mochilas na mala.

- Tinha até esquecido que eu trousse uma mochila. – Comentou Amanda.

- Você esquece até o que você comeu no café da manhã. – Falou Nina ajeitando sua mochila nas costas.

- É verdade. – Concordou ela. Sua mochila era laranja. Quase da mesma cor da camisa do acampamento. – Será que nós vamos ter que montar em pégasos?

- Tomara que não... – Murmurou Rita que estava por perto. – Eu não gosto muito de altura.

- O que?! – Exclamou Nina – Voar é tudo de bom!

- Também acho! – Concordou Amanda – Desde que eu não caia, está tudo bem.

As duas riram.

- Pesado! – Bufou Mateus pondo sua mochila nas costas. Ele lembrava uma tartaruga com aquilo nas costas.

- O que você está levando aí dentro?! – Espantou-se Natália.

- Ferramentas, dinheiro, refrigerante, celular, um jogo de tabuleiro...

- Jogo de tabuleiro?! E... Refrigerante? – Repetiu ela.

- 2 litros. – Respondeu ele.

- 2 litros?! Para que isso tudo?! – Perguntou ela.

- Eu sinto sede, ora! – Falou ele.

Mariana chegou com sua mochila preta que tinha escrito em todo o canto: “Não tem nada escrito aqui” e bateu na mochila de Mateus de brincadeira.

- Pronto para voar? – Sorriu Mariana cheia de energia.

Nesse momento começou a pingar alguma coisa da mochila dele.

- Meu refrigerante! – Exclamou Mateus – Não!

Ele começou a correr atrás de suas próprias costas como os cachorros fazem com seus rabos. Mariana não entendeu nada, mas a Natália riu muito.

Rodrigo pegou sua mochila camuflada do exército e pôs nas costas.

- Essa mochila não é falsificada? – Perguntou Flávia.

- Falsificada o caramba! – Respondeu ele alto como sempre – É original!

- Original do camelô ao lado da casa dele. – Zoou Rhamon.

- Melhor do que ter uma mochila feminina como a sua! – Rebateu ele.

- A minha mochila não é feminina! – Exclamou Rhamon.

- Claro! Rosa claro é muito macho! – Comentou Rodrigo.

- Ah! Eu acho a mochila dele muito fofinha. – Falou Flávia tentando proteger o Rhamon.

- As garotas acham sua mochila fofinha. Isso deve provar que não é feminina, né? – Zombou Rodrigo.

- Ah, vai se ferrar! É da minha irmã, tá bom? Eu peguei sem ela ver. – Contou Rhamon ficando um pouco vermelho. Coisa que para ele não era difícil, pois sua pele era extremamente branca.

- Ignora ele. – Falou Flávia – Você é muito macho. Principalmente quando usa uma mochila rosa e fica vermelho desse jeito.

Ela parecia ter a mentalidade de uma criança. Tão doce e inocente quanto era possível.

- Flávia... Não tente me ajudar. – Pediu Rhamon sentindo-se derrotado.

- Atenção, pestinhas! – Exclamou Dionísio – Infelizmente sou o diretor desse maldito acampamento, por isso eu sou obrigado a tomar conta de vocês. Não pensem que gosto ou me importo de qualquer um aqui. Pelo contrário... Odeio cada um de vocês. – Ele olhou para Vinícius – Bem... O meu filho eu odeio um pouco menos.

- Ah tá. Obrigado. – Resmungou Vinícius.

- De nada. – Respondeu Dionísio sem ligar para o sarcasmo – Enfim... Vou acompanhar vocês até os seus chalés, porque não tenho nada melhor para fazer. Então peguem as suas malas e venham logo antes que sejam mortos por algum animal selvagem vindo da floresta.

- Que cara legal. – Murmurou Nina para Amanda.

- Pois é... – Concordou ela.

Todos pegaram suas mochilas e seguiram Dionísio. O Acampamento era enorme e lindo. Todas as construções eram no estilo da arquitetura grega. Tinha uma pista de treinamento cujo chão borbulhava lava. Uma parede de escalada com alguns espinhos, e outras coisas completamente deslumbrantes e surreais.

Eles viram um grupo de centauros correrem e desaparecerem na floresta. Era lindo, mas ao mesmo tempo dava um pouco de medo neles.

Dionísio seguiu até a formação em U onde ficavam os chalés.

- Chalé 1 – Apontou Dionísio – Para os filhos de Zeus.

- Sabe quem é filho de Zeus? – Perguntou Natália.

- Nenhum de vocês, provavelmente. Ele quase não tem filhos. – Falou Dionísio. – Seguindo!

Ele apontou para o Chalé 2, que era o de Hera, a Deusa do casamento. Logicamente... Estava vazio.

Seguiram. O chalé 3 era feito de conchas do mar e tinha um cheiro um pouco salgado. Era bem bonito, e a maior parte dos seus detalhes era pintada de azul.

- Chalé 3. Filhos de Poseidon. – Apontou ele.

- É aqui que eu fico. – Falou Mariana andando na direção dele.

Dionísio a puxou pelo braço.

- Não antes de uma confirmação. – Falou ele. – Seguindo...

Mariana revirou os olhos e continuou andando com eles.

- Chalé 4. Deméter, Deusa da agricultura. – Informou ele apontando para um chalé coberto de plantas ao seu redor. – Chalé 5. Ares, Deus da guerra.

Rodrigo abriu um sorriso ao ver o chalé pintado de vermelho sangue com uma cabeça de javali pendurada na porta. Arame farpado cercava o lugar.

- Depois da confirmação eu vou para lá. – Afirmou ele.

- Tanto faz. Seguindo... – Falou Dionísio. – Chalé 6. Atena, Deusa da sabedoria. É aqui que você fica, Bianca.

- É Bia. – Corrigiu ela.

- Ta, Bennie. Entra logo.

Bia hesitou, mas por fim entrou no chalé. Lá dentro tinham alguns outros campistas.

- Os filhos de Atena vão explicar tudo á ela. – Informou Bruna.

- Que sorte a dela... Queria eu que alguém explicasse tudo para mim. – Murmurou Rita.

- Continuando... – Falou Dionísio. – Chalé 7. Apolo, Deus do Sol, da música, da medicina e blá blá blá.

- Apolo não é aquele Deus gatão? -  Perguntou Amanda de repente.

- É! Eu acho que é ele mesmo! – Exclamou Mariana.

Dionísio revirou os olhos.

- Continuando... Chalé 8. Ártemis, Deusa da caça. – Falou ele.

- Eu já vou. – Falou Bruna – Só quero vê-los entrando nos chalés primeiro.

- Certo... – Murmurou ele e continuou andando – Chalé 9. Hefesto, Deus das forjas e do fogo.

Eles ouviram barulhos de explosões vindo de dentro.

- O que foi isso? – Perguntou Rita.

- Nada de mais. Acontece sempre. Continuando... – Ele voltou a andar – Chalé 10. Afrodite, Deusa do amor e da beleza.

O chalé 10 parecia uma casa de praia da Barbie. Era rosa, e todo decorado nos mínimos detalhes. Tinha cheiro de perfume de flores.

- Chalé 11. Esse é onde irão ficar, infelizmente. – Ele parou e apontou para o chalé mais ferrado de todos. A tinta estava descascando um pouco. E não parecia o lugar mais aconchegante de todos. – Hermes, Deus dos ladrões.

- Ladrões? – Repetiu Natália. – Vai deixar a gente ficar aí?

- É... Ladrões, viajantes, mensageiros... Pode escolher qualquer nome. E sim. Vão ficar aí. – Confirmou Dionísio – Menos Vince, é claro. Ele fica no chalé 12. Dionísio, Deus do vinho, e das festas.

- Se ferraram otários! – Exclamou Vinícius rindo – Eu fiquei com o chalé mais legal!

- Então enfia no rabo! – Berrou Rodrigo.

Vinícius franziu o cenho ao ouvir aquilo, mas logo voltou a rir e foi até o último chalé. Dionísio não parecia estar dando a mínima para eles, pois estava bebendo uma lata de Diet Coke e olhando para o horizonte.

- É... É aqui que eu vou embora. Vocês que se virem. Tchau.

Ele virou-se e deixou os ali sozinhos.

- Ahm... Vamos entrar? – Perguntou Amanda.

- O que mais a gente pode fazer? – Respondeu Rodrigo revirando os olhos – Vamos ter que ficar no chalé ferrado.

Um raio caiu do céu de repente. O que era muito estranho, pois se você olhasse para cima não acharia nenhuma nuvem.

- O que foi isso?! – Assustou-se ele.

- Os Deuses não gostam muito de ouvirem isso, sabia? Acho que Hermes ficou um pouco ofendido. – Falou Bruna.

- Hermes... – Murmurou Rodrigo – Deus dos mensageiros... Que emoção.

- Pare com isso! – Protestou Amanda – Quer que o raio atinja a nossa cabeça?!

- Vamos entrar logo antes que mais alguma loucura aconteça. – Falou Rhamon andando para a porta.

- Isso mesmo. – Concordou Mateus o seguindo com a mochila toda molhada.

- Quem chegar primeiro escolhe o melhor lugar, não é? – Falou Nina correndo.

- Ei! Nem pense nisso! – Exclamou Amanda correndo atrás.

- Voltem aqui as duas! – Exclamou Natália correndo.

- Ah... Eu não vou correr. Estou cansada demais. – Falou Rita.

- Eu vou! – Animou-se Flávia – Uhul!

- Vocês são um bando de manes! – Berrou Mariana as seguindo.

Rodrigo suspirou e seguiu eles.  


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Então...

Será que eles vão ficar naquele chalé por muito tempo?

Tam tam tam taaaam!

Curiosos para saberem quem é o pai e a mãe de quem?

Talvez esteja no próximo capítulo... Só lendo para descobrir.
Reviews!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Friends By Fate" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.