Friends By Fate escrita por Mandy-Jam


Capítulo 15
O caderno (in)comum entra em cena


Notas iniciais do capítulo

Olá! Mais um!

Lembrando...

Bia= Filha de Athena / Nina = Filha de Zeus /
Bruna = Caçadora de Ártemis / Natália = Filha de Poseidon
Rita = Filha de Afrodite / Vinícius = Filho de Dionísio
Flávia = Filha de Apolo / Mariana = Filha de Ares



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- O que ela é?! – Perguntou Vinícius com os olhos arregalados – Além de muito linda!

- Ela é uma empousai. – Respondeu Afrodite – E se você acha ela linda, acaba morrendo.

- Ah que legal! – Resmungou Vinícius – Rita, cuidado!

Rita desviou de outro ataque. A Empousai furiosa estava tentando cortá-la ao meio, enquanto Rita tentava desviar o mais rápido possível.

- Você se acha muito perfeita, não é Filha de Afrodite? Eu vou cortar esse seu rostinho em mil pedaços. – Ela sorria enquanto mostrava suas unhas extremamente afiadas.

Vinícius pensou rápido. Ao lado da Empousai tinha um vaso de plantas. Ele esticou os braços e torceu para aquilo dar certo.

- Vamos! Ataque das super videiras! – Falou ele esperançoso.

A Empousai nem mesmo olhou para ele. Sua atenção estava focada na Rita, por isso nem notou quando as plantas cresceram e agarraram-na pela cintura.

- O que?! – Ela olhou para Vinícius – Uhm... Um filho de Dionísio. Faz tempo que eu não provo um desses.

Com facilidade ela cortou as videiras, e correu na direção dele. Vinícius rapidamente pegou o seu cantil e desejou que lá dentro tivesse suco de limão. Com um movimento ágil ele jogou o suco no rosto da Empousai, que enfurecida começou a gritar e cambalear para trás.

- Meus olhos! – Exclamou ela – Ah! Estão ardendo! Maldito seja!

Ela lançou várias caixas de sapatos na direção de Vinícius sem nem mesmo olhar. Eles acertaram-no e Vinícius caiu no chão quebrando alguns saltos.

- Ah! Você é um monstro! – Exclamou Afrodite para a Empousai em um tom de repulso – Como pode quebrar sapatos tão lindos?!

Afrodite fez um movimento com a mão e ela voou para longe, atingindo o balcão de vendas. Algumas pessoas que estavam lá eram meros mortais. Eles ficaram horrorizados olhando a cena.

- Mãe... Você pode destruir aquilo! – Exclamou Rita – Vamos!

- Não... Eu não posso. Seria intervenção direta, e tenho ordens de Zeus para intervir o mínimo possível. – Afrodite disse.

- Mas então... Por que jogou ela longe? – Perguntou Vinícius sem entender.

- Por quê?! – Repetiu Afrodite – Ela acabou com os saltos altos que eu ia comprar! Eu fui atacada!

Vinícius revirou os olhos. Ela não os ajudaria se estivessem correndo risco de vida, mas atacaria um monstro por destruir seus saltos altos. Ninguém merece...

 - Eu vou acabar com a sua filha, Deusa do amor! – Cuspiu a Empousai em um tom invejoso.

Ela pulou na direção de Rita que estava caído no chão da loja. Ela se encolheu pensando que aquele seria o fim, mas para a sua surpresa...

- Rita, cuidado! – Exclamou Mateus segurando uma ferramenta enorme. Ele acertou a Empousai com um movimento rápido, e ela se transformou em pó amarelo.

- Mateus... – Murmurou Rita impressionada – Nossa! Você conseguiu!

- É! Eu sou muito bom, né? – Ele fez uma pose de herói e tentou se apoiar em sua ferramenta, mas ela voltou ao tamanho normal e ele caiu no chão. Rita começou a rir, e ele acabou acompanhando-a.

- Você é muito tonto. – Riu ela – Mas... Obrigada mesmo assim.

- De nada. – Sorriu ele desajeitado.

- Ahm... Vamos embora agora? Tipo... Antes de eles chamarem a polícia? – Perguntou Vinícius interrompendo os dois.

- Psiu!Não atrapalhe um momento desses! – Fez Afrodite para ele.

- Mãe! Não é nada disso! – Protestou Rita com o rosto vermelho – Ele é só meu amigo!

- Aham... – Fez Afrodite olhando para os dois do mesmo jeito que alguém olha uma cena romântica na TV – Claro que é...

- Mas... Acho melhor nós irmos mesmo. – Concordou Mateus olhando os atendentes pegando o telefone.

Eles se levantaram e Rita teve uma idéia. Se sua mãe conseguia confundir a mente das pessoas daquele jeito, então...

- Ah! Isso é horrível! – Exclamou Rita para as pessoas do balcão – Nós fomos agredidos por uma consumista maluca! Acho que a promoção subiu a cabeça dela!

Rita balançou seu colar na frente das balconistas e elas assentiram com um olhar vazio. Uma delas, que estava falando com a polícia, repetiu o que Rita tinha dito.

- É! Ela entrou na loja e atacou os clientes! – Ela franziu o cenho – Não... Eu não tenho certeza de para onde ela foi. Acho... Acho que saiu.

Depois de alguns minutos eles conseguiram sair do shopping sem problema nenhum. Afrodite parou na calçada, olhou para eles e soltou um suspiro.

- É... Acho que o dia de compras não foi tão produtivo. – Ela viu que os três estavam fuzilando ela com o olhar, e a Deusa revirou os olhos – Tá bom! Também não achamos o objeto perdido! Felizes?

Ela fez um sinal para a rua, e todos esperaram um taxi aparecer, mas ao invés disso...

- Entrem. – Disse ela – Acho melhor irmos no meu carro dessa vez.

A boca dos três caiu. Eles estavam na frente de uma limusine branca radiante. Parecia tão cara e bem feita, que nem mesmo um astro do cinema conseguiria comprar. Eles entraram e viram que o interior era tão deslumbrante quanto o lado de fora. Tinha bancos estofados pretos, um pequeno freezer com várias bebidas diferentes que Vinícius reconheceu logo de cara, além de milhares de pequenos botões que regulavam desde as janelas até o teto solar.

- Pronto. Agora podemos relaxar. – Sorriu Afrodite cruzando as pernas elegantemente.

- Eu... Pensei melhor. – Falou Vinícius – No começo eu estava em dúvida, mas... Acho que agora eu não trocaria esse grupo por nenhum outro.

Ele se ajeitou no banco e sorriu. Rita e Mateus, embora não quisessem admitir também pensavam assim. Eles três observaram a cidade se afastar cada vez mais rápido pelo vidro do carro, enquanto zoavam os outros que não deveriam estar tendo a mesma sorte.

Amanda e Flávia estavam sentadas na parte detrás do carro. Não era o mais confortável do mundo, mas ganhava de 10 a 0 do chão do quarto. Já deviam ser umas 4 da tarde, e seus olhos estavam ardendo de sono. Ela dormiriam tranquilamente, se não fosse pelo som altíssimo do Aerosmith.

- Troca de música! – Pediu Flávia tampando os ouvidos – Por favor!

- Nem pensar! – Respondeu Mariana no banco da frente. Elas estava sentada ao lado de seu pai, e os dois estavam acompanhando a batida da música com os dedos. Ares no volante, e ela no vidro do carro. – Aerosmith arrasa, baby!

- Mariana... Pelo menos abaixa o som! – Pediu Amanda olhando cansada a paisagem que passava pela janela. – Nós vamos ficar surdos!

- Parem de reclamar, suas inúteis! – Disse Ares – Eu quero ouvir a música.

- Até os chineses estão ouvindo essa música! – Protestou Flávia – Eu quero ouvir outra coisa! Rock não é muito legal!

- Rock é legal sim! – Protestou Mariana virando-se - O que mais você gostaria de ouvir? Taylor Swift? Nem pensar!

Flávia rangeu os dentes. Ela olhou para o rádio e desejou com todas as suas forças que estivesse ouvindo Taylor Swift. Foi aí que ela se lembrou que era filha de Apolo, Deus da música.

- Eu quero ouvir Taylor Swift... Sim! – Exclamou ela apontando para o rádio.

Do nada começou a tocar “Mean” da Taylor Swift. Mariana e Amanda arregalaram os olhos para o rádio. Ares praguejou em grego antigo.

- O que?! Quem você pensa que é para mudar a música do meu carro?! – Disse Ares tentando desesperadamente trocar de música, mas era inútil.

- Flávia Visconti, filha de Apolo! – Anunciou ela, e Amanda riu.

- Nossa! Isso é demais! Você poderia trabalhar como DJ em festas! – Riu ela – Troca de novo?!

Flávia assentiu feliz e trocou para “Wouldn’t it be Nice” dos Beach Boys. Ela e Amanda começaram a cantar no banco de trás e Mariana e Ares começaram a xingar no banco da frente.

- Beach Boys?! Vai para o inferno! – Exclamou Mariana – Vocês são muito manés!

- Não me chame de Mané, senão...! – Flávia trocou novamente a música e Mariana congelou.

- Não... Não! Tudo menos essa música! Por favor! – Pediu ela.

- The moment I wake up! – Cantou Amanda.

- Before I put on my make up! – Cantou Flávia.

- I say a little pray for you! – Cantaram juntas.

- Não! – Gemeu ela com as mãos nos ouvidos – Para! Eu não agüento essa música irritante!

- E eu não agüento Aerosmith! – Retrucou Flávia.

Elas começaram a discutir e Amanda resolveu que não valia a pena entrar na briga. Elas nunca parariam... Seus gostos musicais eram completamente opostos. Amanda pegou o seu caderno de rabiscos na mochila e começou a escrever. Do nada, ela começou a rir um pouco e isso chamou a atenção das duas.

- O que você está fazendo? – Perguntou Mariana.

- Eu? Ah! – Ela olhou para as duas – Escrevendo um tipo de diário de bordo, ou algo parecido. Sabe? Se a gente sobreviver a essa missão, vai ser engraçado ler isso depois. Estou anotando tudo que a gente passou até agora.

Flávia olhou para as folhas do caderno e riu.

- Nossa! Você desenhou o Ares tão certinho! – Riu ela.

- Como é que é?! – Perguntou ele olhando para trás – Me dá isso aqui.

Amanda se encolheu no assento.

- Ahm... Não está pronto! E... Você também está dirigindo, então...! – Ele não quis nem saber. Pegou o caderno da mão de Amanda e analisou o desenho.

- Você... – Ele estreitou os olhos para ela, e Amanda achou que fosse morrer.

- Era... Só uma piada. – Comentou ela.

- Deixa eu ver! – Mariana pegou o caderno da mão do pai, e começou a ler – “Ontem foi um dia louco, mas muito legal. Nós fomos para um hotel desconhecido, invadimos um quarto, e esperamos para ver que Deus iria nos guiar na missão.” Nossa!

Mariana começou a rir quando viu o desenho de Ares. Estava mesmo parecido, mas ele parecia um pouco... Fofo.

- Ele está tão fofo, Mandis! – Sorriu Flávia – Tá um amorzinho!

- Eu não sou um amorzinho! E muito menos fofo! – Protestou Ares com nojo – Me desenhe com uma lança sangrenta, ou esmagando a cabeça de alguém! De preferência a sua.

- Ficou legal assim. Para de reclamar. – Falou Mariana e continuou a ler – “Nós descobrimos que o Deus que nos guiaria era Ares. A Flávia ficou um pouco desapontada por não ficarmos com Apolo e eu também, mas a Mariana ficou bem feliz. Bem... Não de cara, pois ela queria que fosse Poseidon, mas... Depois acabou aceitando, principalmente quando viu que ele era seu pai. A semelhança entre os dois ainda me assusta.” Ei!

Flávia e Amanda riram.

- É mesmo! Vocês são parecidos demais. – Concordou Flávia.

- É... Nós arrasamos. – Sorriu Mariana triunfante, e continuou a ler – “Nós tivemos que dormir no chão, depois de levar uma bronca. Observação: Nunca faça piadas, ou brinque com coisas fofinhas, muito menos peça javalis na presença de Ares.” Eu ainda quero os meus javalis!

- Cala a boca. – Retrucou Ares, e Mariana fez uma careta.

- “Porém... A maior loucura do dia foi acordar ás 4 da manhã com a Mariana dizendo que tinha um plano para roubar a moto dele. Eu tive que pegar a jaqueta e os óculos de Sol dele, o que não foi nem um pouco fácil, pois se eu desse um passo em falso seria o meu fim. Mas depois de trocar a jaqueta, o óculos, e o meu pulso pelo cobertor rosa de esquilos da Flávia, meus óculos Channel, e pelo Zoiúdo, deu tudo certo. Observação: Ainda me arrependo de não ter tirado uma foto dele! Foi a coisa mais engraçada que eu já vi!”

Mariana começou a rir junto com Flávia, mas então ela parou e olhou para a Amanda com cara de “Ops”.

- Ahm... Era melhor eu não ter lido essa parte, né? – Perguntou ela sem graça.

- Era mesmo! – Exclamou Amanda.

Ares a fuzilou com o olhar e ela se encolheu no banco fingindo não exisitir.

- “Depois disso, eu ainda tive que fingir ser ele para enganar o cara que estava com as chaves da moto. Ele era um idiota, é claro. Tinha que ser para confundir uma garota de 16 anos com o Deus da guerra. Mas depois ele acabou descobrindo quem eu era. Nunca vi uma mira tão boa quanto à da Flávia. Ela acertou o cara no braço com uma flecha. Eu nunca conseguiria fazer isso. Mariana também foi muito ágil. Ela me defendeu com o escudo. Cara... Tem que ter muita coragem para fazer isso, contando o fato de que ele era um ciclope!” É, eu sei. Eu sou demais. – Mariana olhou para Amanda sorrindo – Mas você também arrasou. Imitou ele diretinho! Tá... Esquece isso.

Ela suspirou  feliz consigo mesma e continuou:

- “Depois Ares apareceu. Eu tive que me controlar para não rir dele usando todas aquelas coisas femininas e fofinhas. Mas não foi muito difícil, pois a cara de raiva, ira e ódio dele podiam assustar qualquer um. Depois de quase morremos, ele matou o ciclope e disse que tudo aquilo era um plano dele. Ok, Ares... Se você estiver lendo isso por alguma razão bizarra, da próxima vez avise, certo? Não deixe com que eu corra risco de vida, só para nós agirmos como uma equipe. Observação: Espero que você não esteja lendo isso. Mesmo.”

Mariana olhou para o pai.

- É mesmo! Da próxima vez avise o seu plano! – Resmungou Mariana. Ares não sabia se sentia raiva de Amanda ou se ria de ter assustado as três. Decidiu simplesmente continuar dirigindo e mandou Mariana continuar a ler – Tá bom... “Nós fomos para a rua depois disso. Ainda estava escuro, mas pudemos ver a moto dele. Ele transformou a moto dele em um carro, o que foi a coisa mais impressionante de todas! Mariana saiu correndo para o banco da frente, enquanto eu e Flávia tivemos que ficar aqui atrás. Tudo bem... Ficar ao lado do pai da Mariana dá um pouco de medo. Observação: De novo, eu espero que você não esteja lendo isso, Ares.”

- Pois é... – Ele olhou para trás e Amanda desviou o olhar – É melhor ter medo mesmo, indeterminada. Se sabe o que é bom para você.

- Pode deixar, senhor. – Assentiu Amanda.

- Tem mais uma parte... – Mariana franziu o cenho – “Nós estamos aqui seguindo rumo ao desconhecido para procurar um objeto que nem os Deuses sabem qual é, enquanto lutamos contra a profecia que diz que 4 de nós vai morrer esquecido. Eu poderia até contar algumas piadas, mas acho melhor guardar isso para o caderno mesmo... Pois na guerra, nós não temos tempo para piadas nem brincadeirinhas! Há há! Estou zoando. PS: O Zoiúdo morreu estrangulado. Quero só marcar aqui que ele era um herói. Não chore Flávia. Ele está em um lugar melhor cheio de outros bichinhos de pelúcia felizes e fofinhos, por isso sorria.”

Flávia mudou a música do rádio para “Nom nom nom” de algum cantar retardado, pois a música só repetia isso por uns 2 minutos e meio.

- Que droga é essa? – Perguntou Ares olhando para o rádio – Eu já não disse para você para com essas porcarias fofinhas?!

- É um tributo para o Zoiúdo! Você matou ele, lembra? Poderia pelo menos mostrar um pouco de respeito. – Falou Flávia em um tom sério, como se estivesse falando de alguém de verdade.

Ares revirou os olhos, e soltou alguns palavrões, mas acabou deixando para lá, já que Flávia era a única que conseguia trocar a maldita música do carro.   


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Notas finais do capítulo

O que acharam?

Não preciso nem falar que espero reviews, né?

Até o próximo capítulo!



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