Friends By Fate escrita por Mandy-Jam


Capítulo 13
Perigo adiante!


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo!



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O chão do hotel não tinha tremido por causa do ciclope, e sim por causa do furioso Deus da guerra acordando. Ele estava usando os óculos Channel com armadura branca, e por trás deles todos podiam ver suas bolas de fogo arderem. Nas suas costas estava o cobertor rosa de esquilos felizes, e sendo estrangulado na sua mão direita estava o Zoiúdo.

- Zoí... Udo. – Choramingou Flávia.

Ares fuzilou-a com o olhar, e ela se encolheu. Amanda e Mariana tentaram escapar de fininho, mas não deu certo. Ares levantou as duas pelos braços.

- Nem pensem em fugir de mim. – Falou ele cheio de raiva.

Com uma enorme facilidade ele lançou-as por cima do balcão. Elas derrubaram a Flávia em um strike perfeito, e as três caíram no chão. O ciclope riu, mas Ares o fuzilou com um olhar que dizia que ele podia ser o próximo.

Elas se levantaram com medo, e deram um passo para trás.

- Você. – Ares disse rangendo os dentes – Eu já te disse que nós não temos tempo para coisinhas fofinhas!

Ele espremeu tanto o pescoço do Zoiúdo que a cabeça caiu no chão espalhando espuma. Flávia arregalou os olhos.

- Não! – Ela gritou – Zoiúdo! Não!

Ela se jogou no chão e começou a chorar. Mariana e Amanda pensaram em ajudar, mas quando viram que podia ser o pescoço delas na próxima vez preferiram ficar paradas.

- Você! – Ares apontou para Mariana e ela estremeceu – Você acha que pode me passar a perna?! Acha que pode me enganar?! Pense de novo, sua tonta!

Uma pedra podia se mover mais do que a Mariana naquele momento. Ela ficou completamente imóvel com os olhos arregalados. Quando Ares abaixou seu dedo, Mariana desabou no chão.

- E... Você! – Ele apontou para Amanda e ela tremeu de medo – Quem você pensa que é para me roubar?! Sua pirralha insignificante! E ainda por cima... Quem você pensa que é para fingir que sou eu?!

- Ninguém... Eu não sou ninguém... Senhor – Gemeu ela.

- Calada! – Berrou ele e ela se jogou no chão pensando que ele ia cuspir fogo ou algo do tipo.

As três se levantaram devagar para ver o que Ares faria, mas ficaram com a maior parte do corpo encolhida atrás do balcão.

- E você não notou que não era eu! – Berrou Ares furioso para o ciclope – Seu imprestável! Você tem sorte de eu não arrancar esse seu único olho e pendurar como enfeite na minha moto!

O ciclope protegeu o olho com as mãos.

- Sinto muito! Mas...! Ela estava tão parecida! Imitou tão bem! – Falou ele tremendo.

- Imitou tão bem?! – Repetiu Ares. Ele fez aparecer uma espada tremendamente assustadora e cortou o ciclope ao meio. Ele desapareceu em uma cortina de poeira, e Ares virou-se para elas.

Hesitantes elas se levantaram ainda com os olhos arregalados.

- Vo-Você... – Flávia tentou falar entre lágrimas e Ares arqueou uma sobrancelha – Você é o pior!

- Como disse?! – Perguntou ele ainda segurando a espada.

- Flávia... – Mariana e Amanda tentaram alertá-la para que parasse, mas ela não quis ouvir.

- Você matou o Zoiúdo! – Chorou Flávia com raiva dele – Eu amava o Zoiúdo e agora ele não tem pescoço! Como ele vai respirar?! Como?!

Amanda e Mariana cobriram os olhos com uma mão. Estamos perdidas, ela pensou.

- Olha como fala, Apolo Jr! Eu ainda não terminei com vocês. – Falou Ares chegando perto delas – Vocês iam roubar a minha moto e me deixar para trás nesse hotel ridículos. A indeterminada aí fingiu que era eu e me roubou, a minha filha irritante tramou um golpe contra mim, e você ajudou elas em tudo! Trabalharam todas juntas contra mim, e por isso eu...!

Elas chegaram perto umas das outras esperando pelo pior, mas a única coisa que Ares fez foi levantar um dedão positivo.

- Tenho que dar os parabéns. – Ele sorriu malignamente – É assim que se faz.

Houve um minuto de silêncio.

- O que? – Perguntou Mariana – Você... Está feliz?

- Acham mesmo que iriam me enganar? – Ele riu – Não. Isso foi um plano meu. Para que vocês consigam sair vivas dessa missão e encontrarem o objeto perdido, vocês precisam acima de tudo trabalhar em equipe. Vocês passaram no teste, e eu estou feliz.

- Quer dizer que... – Amanda piscou os olhos – Você não está bravo por estar vestindo um cobertor rosa de esquilos e óculos de Sol femininos?

Ele olhou para Amanda.

- Não. Eu estou bravo sim. Não vou me esquecer disso, indeterminada. Ainda vou me vingar desse seu truquezinho. Mas... Por enquanto, eu posso deixar passar.

Amanda suspirou aliviada. Ao menos ele não ia matar ninguém naquele momento, e aquilo já era um consolo muito bom.

- Agora devolve a minha jaqueta e os meus óculos. – Falou ele estendendo a mão – E também a chave da moto. E guarde como lembrete... Nunca roube o Deus da guerra. Nunca.

Amanda devolveu tudo para ele, e Ares foi até a porta do hotel.

- O que foi? Vão ficar paradas aí? Venham logo. Temos que começar a procurar o tal objeto, suas molengas. O tempo está passando.

- Mas... Não vamos caber todas na moto. – Falou Flávia.

- Quem disse que vamos de moto? – Rebateu Ares ajeitando seu óculos de Sol.

- Ali! – Apontou Apolo.

Bruna lançou uma rajada de flechas e acertou todos os 5 monstros. Eram misturas de mulheres com cobras, o que fez a Nina sentir um certo nojo.

- Quantos faltam? – Perguntou Nina á Apolo.

- Uhm... Eu não sei. – Ele parecia bem concentrado – Talvez umas... 10.

- Ah! Claro... Só dez. – Falou Nina – Bruna, você dá conta disso, não é?

- Nina! Você tem os raios que Zeus te deu de presente! – Reclamou ela – Faça alguma coisa!

- Epa! Deixa eu explicar uma coisa... Só porque eu tenho os raios, não quer dizer que eu vá usá-los.

- Use os raios, ou você morre. Pode escolher. – Falou Bruna.

Mais um monstro apareceu e ela o acertou bem no meio dos olhos. Elas estavam todas no corredor do hotel. Estava no meio da noite, talvez 4 da manhã e não paravam de aparecer monstros. Elas estavam correndo o máximo que podiam tentando sair do hotel, entretanto a cada passo que davam mais monstros apareciam.

- Apolo! Faz alguma coisa. – Pediu Bia.

- E-Eu sinto muito, mas eu não posso! É intervenção direta... E isso é proibido. – Falou ele procurando outros monstros.

- Então nós vamos morrer?! – Exclamou Nina tensa.

- Não! Claro que não. – Ele piscou para elas – Vocês, gatinhas, arrasam.

- Ninguém merece... – Resmungou Bruna lançando uma flecha que passou bem perto de Apolo, e acertou um monstro atrás dele.

- Bela pontaria. – Sorriu ele.

- Eu errei. – Respondeu Bruna.

Quando elas finalmente chegaram ao elevador, tiveram que lutar para que a porta se fechasse. Bia esfaqueou um dos monstros e aporta se fechou. A música de elevador começou a tocar, e eles ficaram alertas para quando a porta se abrisse.

- Certo... – Respirou Apolo – Quando a porta se abrir vamos atravessar o estacionamento bem rápido, entrar no meu carro, e cair na estrada.

- É um plano legal. – Concordou Nina olhando para Apolo.

- Vamos precisar dos seus raios, certo Nina? – Sorriu Apolo.

Nina nem ouviu direito o que ele falou por causa daquele sorriso, mas ela assentiu.

- Aham... – Fez ela.

Bruna deu uma cotovelada nela.

- Se liga, Nina! Raios! – Bruna acordou ela.

- Ah! Raios... É claro. – Ela abriu a mochila e segurou seus raios. A estática fez o cabelo de Bruna e Bia se bagunçarem um pouco. Nina olhou para Bia com um olhar maligno. – Hora da diversão! Muahahaha!

- Para com isso! – Gemeu Bia assustada – Você me dá medo, Nina!

A porta finalmente se abriu e elas saíram correndo. Não tinha monstro nenhum na garagem, o que era perfeito.

- Uhm... Estranho... – Falou Bruna franzindo o cenho enquanto corria – Era para eles estarem aqui.

- Eu não acho estranho. Para mim está muito bom. – Falou Nina, mas na sua frente surgiram 6 monstros. Eram as mulheres cobras. Elas sibilaram e se arrastaram na direção deles. – Engula a fucking eletricidade, réptil mutante!

Nina lançou o raio na direção deles, e houve uma explosão. Todos os carros que estavam por perto foram atingidos e pegaram fogo.

- Para o chão! – Exclamou Apolo.

Todas se jogaram no chão a tempo de verem os carros explodindo. Milhares de peças pegando fogo voaram pelos ares. Era para eles terem pego fogo, ou pelo menos se machucado, mas nada aconteceu.

- Como ainda estamos vivas? – Perguntou Bia.

- Eu salvei vocês. – Sorriu Apolo se levantando.

- Mas... Não era intervenção direta? – Perguntou Bia.

- Não se eu também estiver em perigo. – Disse ele.

- Meu herói... – Suspirou Nina sorrindo.

- Ah, que isso... Não foi nada, garota dos raios - Apolo piscou para ela, e Nina se derreteu.

- Ei! Ele é o meu herói também! – Protestou Bia, e depois olhou para o Apolo – Pisca para mim também?

- Claro. – Sorriu ele piscando para ela – Quer que eu pisque para você também, Bruna?

- O que você acha?! – Respondeu ela mal humorada.

- Tudo bem. – Ele piscou.

- Isso foi um não! – Exclamou ela – Eu não quero que você pisque para mim. Mas deixa isso para lá... Vamos logo para o carro.

Eles continuaram a correr e por fim pararam na frente de um conversível prateado extremamente lindo. Os olhos da Bia brilharam.

- Eu só vejo carros assim nos clipes de Rap. – Comentou ela.

- Eu... Posso tocar nele? – Perguntou Nina.

- Se não o explodir... – Apolo riu – Brincadeira! É claro que pode.

Nina tocou na lateral do carro e sorriu.

- É... Demais... – Falou deslumbrada.

- Diz isso porque ainda não o viu correndo. – Sorriu Apolo para o carro – Entrem e eu vou mostrar do que o carro do Deus do Sol é capaz.

Bia e Nina brigaram para ficarem no banco da frente ao lado de Apolo, mas então a Bruna sentou lá.

- Chega de brigas! Sentem-se lá atrás. – Falou ela – Rápido, antes que outros monstros cheguem.

Nina e Bia suspiraram desapontadas e sentaram-se no banco de trás. Apolo colocou os óculos de Sol e pisou fundo no acelerador. Os pneus cantaram no asfalto da garagem e começaram a ganhar velocidade.

- Apolo... Como você vai sair á essa velocidade, se aí na frente tem uma parede?! – Perguntou Bia nervosa.

Apolo não respondeu. Apenas sorriu se divertindo e acelerou mais ainda. Nina e Bia se abraçaram e gritaram quando o carro estava prestes a atingir a parede. Entretanto, um segundo antes de bater, Apolo virou o volante fazendo o carro derrapar e virar para a direita. Nem mesmo um arranhão foi feito na lateral do carro, o que as deixou boquiabertas.

Ele continuou acelerando. O carro passou pelo portão da garagem direto, e em poucos segundos estavam na rua.

Mesmo que tivessem monstros eles nunca alcançariam o conversível.

- Nossa! Isso é demais! – Exclamou Nina.

- Não estamos rápido demais...? – Perguntou Bia.

- Rápido? Estamos só á 160 km/h! – Falou Apolo.

- Não acha isso rápido?! – Exclamou Bia.

- Há! Isso não é nada! – Riu Apolo – Quer ver o que é velocidade?

Ele pisou mais fundo ainda. Estava na quinta marcha. O carro passava como um borrão pela rua, e desviava rapidamente dos poucos carros que eventualmente apareciam no caminho.

- Olha o carro, Apolo! – Berrou Bruna apontando para um carro vermelho que estava bem na frente deles.

- Wow! – Exclamou ele surpreso.

Foi nessa hora que aconteceu a coisa mais impressionante. O carro de Apolo alçou vôo como se fosse um avião. Ele começou a ficar quente e elas puderam ver pelas janelas Las Vegas brilhando cada vez mais longe deles.

- Eu... Não acredito... – Falou Bia.

- A gente quase morreu! – Exclamou Nina – Caramba! Aquilo foi muito louco!

- Tsc. Quase morreu, não é sinônimo de morreu. – Falou Apolo – Confiem em mim. Eu não vou deixar nada acontecer.

Nina olhou para Bia.

- Estamos ferradas com esse cara. – E Bia assentiu – Mas ele é tão bonito!

- Eu sei! – Sorriu ela.


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Notas finais do capítulo

O que vocês acharam?

Uma perguntinha... Se tivessem que ficar em uma equipe, em qual ficariam?

Reviews.