Friends By Fate escrita por Mandy-Jam


Capítulo 11
Um novo integrante e uma missão suicida


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo vai ser bem engraçado!

Espero que gostem.



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Eles hesitaram, mas por fim acabaram por descer do carro. Os cães infernais se aproximavam cada vez mais, e tanto eles quanto Hermes sabiam que não demoraria para que tivessem que lutar.

- Quanto são? – Perguntou Natália segurando seu tridente com força.

- São 8 ao todo... – Falou Hermes franzindo o cenho.

- Nós... Você acha que nós vamos conseguir? – Perguntou Rhamon tirando a foice da mochila.

Houve um silêncio mortal. Todos os três olharam para Hermes esperando uma resposta. O Deus desviou o olhar algumas vezes.

- É... Vocês... Tem uma chance... Eu acho. – Respondeu ele sem olhar diretamente para os três.

- Ah! Legal... – Falou Rodrigo estreitando os olhos – Ele acha que nós vamos morrer.

Alguns cães pularam e avançaram pela areia. Não havia mais tempo.

- Não importa o que eu acho. Vocês têm que ir agora. – Falou Hermes.

- Então você realmente acha que nós vamos morrer! – Exclamou Rhamon nervoso.

Um cão correu na direção deles. Natália foi a única que notou. Ela estendeu o tridente e acertou o cão na barriga em cheio. Ele uivou de dor e virou uma nuvem de poeira amarela que se misturou com a água do mar, que batia no joelho deles.

 - Wow! – Exclamou Rodrigo – Como você fez isso?! Eu nem vi ele chegando!

- É porque você não fecha essa sua boca grande! Preste mais atenção, ou vamos todos morrer! – Advertiu ela.

Mais um cão infernal se aproximou, mas Natália por puro reflexo o derrubou na água e afundou seu tridente na cabeça dele.

- Menos dois. – Contou Rhamon – Faltam seis.

Dois cães se aproximaram. Rhamon cortou um com a sua foice, enquanto Natália acertou o outro com o tridente. Rodrigo se afastou um pouco deles, pois não tinha nenhuma arma. Ele achava que ficaria em segurança se deixasse seus amigos enfrentarem os cães, mas estava enganado. Ele nem viu quando um dos monstros pulou na direção dele.

- Cuidado! – Exclamou Natália com os olhos arregalados.

Rhamon e ela estavam longe demais para fazer qualquer coisa.  Natália só teve tempo de levantar a mão na direção de Rodrigo. O momento em que todos pensaram que seria o fim de Rodrigo tomou um rumo diferente. A água do mar se levantou e engoliu o cão antes que ele tivesse a chance que acabar com o Rodrigo. Uma outra onda engoliu os três cães que tinham sobrado, deixando todos espantados.

Eles piscaram uns para os outros.

- O que foi aquilo? – Perguntou Rodrigo franzindo o cenho.

- Aquelas ondas... – Rhamon murmurou.

- Você as fez. – Falou Hermes apontando.

Os olhos de Rodrigo brilharam e em seu rosto surgiu um sorriso de extrema felicidade.

- Eu? – Perguntou sorrindo – Quer dizer que eu sou filho de Poseidon?

- Não. – Respondeu Hermes. – Ela é.

- Eu?! – Exclamou Natália – Caramba! Eu fiz isso?!

Encima de sua cabeça brilhou um símbolo de neon azul piscina. Parecia ser formado de água, e tinha a forma de um tridente. Natália começou a pular de felicidade, e Rhamon apontou para Rodrigo.

- You fail! – Riu ele. – Há há!

Rodrigo estreitou os olhos.

- Você também é um indeterminado ainda. – Retrucou ele.

- Ah... É. – Lembrou Rhamon.

- Então... Eu tenho poderes e tudo mais?! – Perguntou Natália sorrindo ainda.

- Você é filha de um dos três grandes. – Explicou Hermes andando até eles – Tem poderes e habilidades extremamente fortes. Controlar a água é só um deles.

Natália ainda sorria. Ela olhou para o tridente na sua mão no exato momento em que ele começou a brilhar. Ele ganhou um tom azulado e cresceu alguns centímetros. Suas pontas pareciam muito mais afiadas agora.

- O que aconteceu? – Perguntou ela.

- É um presente do seu pai. – Explicou Hermes – O tridente é seu símbolo de poder. Ele o tornou mais... Poderoso.

- Legal! – Exclamou ela acertando pontos invisíveis no ar.

- Sim. – Assentiu Hermes – Agora nós temos que... Mais um!

Todos olharam para a areia. Lá estava um cão infernal correndo na direção deles. Natália se preparou para usar o seu tridente modificado, mas ela baixou a guarda quando viu o cão mais de perto. Na boca dele...

- Meu punhal? – Disse Rodrigo – O que está fazendo...?

- Não temos tempo para isso! Ele vai...! – Natália ia dizer que o ele os atacaria, mas para a sua surpresa ele jogou o punhal no na água aos pés de Rodrigo e parou. Rodrigo franziu o cenho.

- Eu não quero esse merda! – Berrou ele – Toma!

Ele pegou o punhal e o atirou longe. O cão virou-se e correu até ele. Todos os olharam pegar a arma e voltar correndo para levar ao seu dono.

- O que?! Quantas vezes eu tenho que dizer que eu não quero essa porra de punhal?! – Berrou ele lançando de novo.

Deu na mesma. O cão trouxe de volta.

- Não ferra! – Gritou ele.

- Acho que ele gosta de você. – Riu Rhamon.

- É o único! – Riu Natália.

- Eu não pedi para ele gostar de mim! – Ele virou-se para o cão – Morre!- Ordenou irritado.

O cão se fingiu de morto. Hermes riu.

- Ele realmente gosta de você – Comentou.

Rodrigo ia reclamar com ele, mas lembrou das flexões e acabou engolindo em seco. Ele lançou um olhar irritado para o cão.

- Podemos ficar com ele? – Perguntou Natália á Hermes – Ele é tão fofo!

- Você está de sacanagem?! – Disse Rodrigo – Esse cachorro estúpido...!

- Você não queria uma arma nova? Tem coisa melhor do que um cão assassino do inferno? – Falou Rhamon.

- Tem! Uma foice, porra! – Berrou ele – Eu não quero esse bicho ferrado!

- Ferrada é a sua cara! – Retrucou Natália – Vamos ficar com ele você querendo ou não.

- É verdade. – Ponderou Hermes – É um cão infernal que, por alguma razão, gosta de você. Ele pode ser útil.

Rodrigo queria discutir, mas sabia que aquilo seria inútil.

- Posso pelo menos escolher o nome? – Perguntou ele.

- Não vejo porque não. – Hermes encolheu os ombros – Qual vai ser o nome dele?

Rodrigo para pensar e depois respondeu.

- Sanguinário.

Natália deu um tapa na sua nuca.

- Escolhe um nome de verdade, seu idiota! – Reclamou ela.

- Tá bom! – Resmungou ele – Uhm... Vai ser Teisk.

Todos franziram o cenho.

- Isso... É um nome? – Perguntou Hermes.

- Isso é uma palavra?! – Perguntou Rhamon.

- Agora é. – Respondeu Rodrigo – Pronto. Escolhi o nome.

- Só você mesmo... – Natália revirou os olhos – Agora pega o seu punhal e o seu cachorro e vamos dar o fora daqui.

- Você acha que eu quero esse punhal?! – Exclamou ele – Eu joguei fora por um motivo!

- Por que você é um idiota. Esse é o motivo. – Comentou Rhamon.

- Não precisa pegar o punhal. Ele é mágico. Volta sempre para você. – Contou Hermes.

- Que?! – Berrou ele – Tá brincando?! Eu não quero esse punhal e agora ele me segue?!

- Ele não é o único. – Falou Hermes apontando com o dedão para o cachorro.

Rodrigo olhou para o punhal e para o Teisk.

- Eu mataria ele por uma foice. – Falou.

Teisk ficou triste e abaixou a cabeça.

- Está deixando ele triste! – Falou Natália com pena – Peça desculpas!

- Para um cachorro?! – Falou.

- É! – Exclamaram ela e Rhamon juntos.

Ele revirou os olhos e soltou um suspiro irritado.

- Tá! Que se dane! Foi mal, Teisk. Agora vamos. – Falou ele – Se eu me lembro bem, nós temos que procurar qualquer coisa em todo lugar.

Amanda se virava inquieta no chão do quarto. Seu sonho era tão estranho quanto o último, senão mais. Ela estava em uma em um lugar extremamente escuro e abafado. Quase não conseguia respirar direito. Uma voz grossa preenchia o lugar.

- Desista da sua missão! Deixe os Deuses se virarem sozinhos! – Falava a voz. Podia até ser um cantor de blues, de tão grave que sua voz era.

- Mas... – Ela tentava dizer, mas a sua voz falhava o tempo todo.

- Seu parente Olimpiano não liga para você! Por que deveria ajudá-lo? – Questionava a voz – Ajude a trazer o objeto para mim, e será recompensada!

Ela sentiu alguma coisa agarrar o seu braço. Estava puxando ela cada vez mais para baixo. Ela quase não tinha mais ar para respirar quando...

- Amanda! – Exclamou Mariana baixinho no seu ouvido.

Ela acordou. Seus olhos ainda estavam cerrados por causa do sono. Ela nunca funcionou bem logo depois de acordar.

- Que...? – Perguntou com uma voz débil.

- Vem. – Falou Mariana olhando para trás para ter certeza de que Ares ainda estava dormindo, coisa que não era difícil de saber, pois seus roncos ecoavam pelo quarto.

Amanda levantou-se um pouco cambaleante. Suas costas doíam por ter dormido no chão. Mariana abriu a porta do quarto devagar para não acordá-lo e as duas saíram. Ela fechou a porta e Amanda pode ver Flávia em pé no corredor.

- O que houve? – Perguntou Amanda.

- Nós temos que nos livrar dele. – Falou Mariana apontando para a porta do quarto com o olhar.

- O que? Mas... Ele não é o seu pai super legal e tudo mais? – Lembrou Amanda.

- É, eu sei que ele é super legal. – Gabou-se ela – Mas... Eu tive um sonho. E... Eu pensei em uma coisa.

- Um sonho? – Quis saber Amanda.

- É. – Concordou Mariana – Pense só. Eu sei que ele é demais, mas... Se nos guiasse acabaria sendo mandão. E iria tomar o rumo missão por nós. Isso iria mudar a profecia, pois somos nós que temos que procurar o objeto, e não ele.

- Ah tá... – Murmurou Amanda franzindo o cenho – Mas... Guiar, não é o que um guia faz? Digo... Ele é um Deus. Se ele não achar esse tal objeto como é que nós vamos?

- Não tem problema, Mandis. – Sorriu Flávia usando o apelido fofo que tinha inventado para Amanda – Nós vamos conseguir. Eu tenho um mapa.

- Puxa... Que legal. – Comentou Amanda – Mas... Mariana, mesmo que nós quiséssemos fugir dele, como nós faríamos isso?

- É aí que entra o meu plano. – Sorriu ela malignamente. Flávia imaginou alguns relâmpagos atrás dela para dar um fundo dramático. – No meu sonho eu o vi chegando no hotel. Ele deixou um cara na recepção com as chaves da moto dele. Se nós conseguirmos pegar as chaves, conseguimos dar o fora daqui bem rapidinho.

Amanda arregalou os olhos. Seus cérebro já tinha voltado a funcionar.

- Para. – Falou ela olhando nervosamente para a porta do quarto – Você quer dizer que o seu plano... É roubar a moto do Deus da guerra?!

- Sh! – Fizeram Flávia e Mariana ao mesmo tempo, e Amanda tampou a boca. Flávia deu um passo na direção dela – Amanda... Você... Já fez teatro na escola, lembra?

Ela estreitou os olhos.

- E daí? – Perguntou ela – Você quer que eu finja ser ele?! – Flávia assentiu – Olha para mim! Eu tenho 1,57 metros, cabelo comprido e castanho, e tenho olhos de verdade. Ele tem quase dois metros de altura, músculos enormes, e olhos de fogo! Não tem como!

- Tem sim. Se você... Usasse a jaqueta e os óculos certos... – Comentou Mariana chegando perto dela – E fosse boa em imitações... Poderia enganar o cara da recepção.

- Então além de roubar a moto dele... Vocês querem roubar a jaqueta e os óculos? – Adivinhou ela fazendo Flávia e Mariana assentirem. – Sabe o que eu vou fazer? Voltar para o chão áspero do quarto e dormir. Vocês podem tentar seguir em frente com o plano suicida de vocês a vontade.

Amanda foi até a porta do quarto, mas Mariana falou algo que a fez parar.

- Se nós formos pegas. Digo, se o nosso plano não der certo. O meu pai vai ficar uma fera e vai querer matar a gente. Aí eu vou falar que você nos deu cobertura. – Disse ela fazendo Amanda se virar – Sinto muito, mas... Estamos todas juntas nessa.

- Então eu tenho duas opções... – Ponderou Amanda – Ajudar vocês e morrer, ou deitar para dormir e morrer depois. É isso?

Elas assentiram. Flávia estava cruzando os dedos enquanto Amanda pensava no que ia fazer. Mariana a fitava, esperançosa. Por fim ela decidiu.

- Ah... Querem saber? Se eu tiver que morrer... Então é melhor morrer em um plano cheio de adrenalina com as minhas amigas. Isso vai ser divertido... Eu acho.

Elas comemoraram em silêncio.

- Ok. O plano é o seguinte... – Mariana reuniu elas para começar a contar.


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Notas finais do capítulo

O que vocês acham que vai acontecer?

Surpresa! He he!

Mandem reviews, certo?