Sede.

Era só isso que eu podia perceber enquanto sentia minha garganta arder como se estivesse em brasas.

Eu estava com sede... Muita sede.

Eu não me focava em nada e nem ninguém presente naquele quarto, mas, eu sabia que eles estavam lá.

Enquanto eu sentia minha boca seca e a dor insuportável queimava minha garganta, alguma coisa... Algum instinto me alertava para a presença de outras pessoas ao meu redor.

 Era tudo muito diferente e... Tão quase exatamente igual enquanto eu  os fitava.

Aynami, Itachi e... Sasuke... Um a um eu fitei e eles me fitaram de volta

Não havia nada de diferente  neles... Em mim.

Quero dizer...Eu ainda era eu.

Haruno Sakura.

Eu ainda me sentia viva e humana.

Eu ainda podia sentir meu coração batendo dentro de meu peito.

 Eu ainda sentia o vento na minha pele... Só a dor excruciante em minha garganta que era diferente.

Os olhos rubros de Sasuke estavam fixos em mim.

O olhar dele parecia ansioso  e preocupado  deixando-me confusa.

Minha mente ainda era uma bagunça enquanto minha garganta clamava por alivio.

Agua. Eu queria pedir desesperadamente, mas, meus lábios não se moviam.

Era como se eu não tivesse controle sobre meu corpo... Meus desejos.

Emoções confusas  e conflitantes se apossaram de mim.

Medo, ansiedade... Alivio.

Todas elas me fizeram confusa por que não pareciam me pertencer.

Eu estava com medo.

 Medo de mim mesma... Medo da minha reação.

Eu estava ansiosa.

Eu estava ansiosa para que eu reagisse.

Aliviada...

Aliviada por que eu estava bem...

Tudo aquilo.

Todas aquelas emoções me confundiam e me angustiavam.

Peguei-me abraçando a mim mesma como se pudesse aliviar toda aquela tensão que se apossava do meu ser.

Eu não queria fitar Sasuke.

Eu queria ficar sozinha... Sozinha comigo mesma.

Eu queria que todos fossem embora para que eu pudesse ficar comigo.

Aquilo era tão confuso...

Eu queria me envolver em meus braços e me acalmar... Eu queria me confortar... Amar.

Desviando meus olhos de seu olhar rubro fitei o lençol branco que se enrolava em meu corpo.

Eu estava nua.

Encolhi-me.

- Saiam...- Ele ordenou ou eu ordenei... Não sei.

Eu não sabia de onde vinham aquelas emoções... Desejos.

Eu só sabia que não eram meus.

- Sakura... –  Meu corpo enrijeceu ao ouvir meu nome proferido por seus lábios.

O fitei no mesmo instante.

Meus olhos caíram sobre sua figura.

Ele ainda era o mesmo, idêntico.... Mas ainda assim ele  parecia diferente.

A pele o cabelo o rosto... tudo era exatamente o mesmo, mas, ainda havia algo de diferente nele ou em mim... Não sei.

-Sasuke...- Peguei-me pronunciando seu nome.

Seu olhar rubro fitou-me insondável e então tudo que eu podia sentir era o seu cheiro.

Cheiro de pinho e madeira na neve e algo mais... Algo quente... Algo que fez minha boca salivar  e minha garganta queimar.

Algo em mim despertou assustando-me.

Algo selvagem e incontrolável.

Eu estava com sede.

Muita sede.

E eu o queria.

Queria com uma vontade que chegava a me deixar sem ar e eu não sabia como reagir a isto.

Meus olhos se concentraram em seu pescoço e conscientemente eu lambi os lábios... Imaginando-me mordendo a pele branca, sentindo o liquido quente com a ponta da língua...

Mas antes que eu pudesse torna reais meus pensamentos seus lábios quentes vieram de encontro aos meus.

- Sakura...- Meu nome em seus lábios tinham uma denotação diferente... Mais intensa e possessiva.

Seus olhos rubros estavam a altura dos meus e seu cheiro... Sua pele tão próximo a mim fez com que a dor em minha garganta triplicasse em intensidade.

O lençol branco que protegia meu corpo foi retirado sem que ao menos eu percebesse.

Sua pele era quente de encontro a minha... Tão diferente da frieza a qual eu havia me acostumando.

Ele parecia mais real, mais humano não sei.

Seus lábios tomaram posse dos meus mais uma vez enquanto a sede em minha garganta se tornava cada vez mais insuportável.

Eu o queria... Queria morde-lo... Torna-lo meu.

E a vontade de tê-lo era quase desesperadora.

- Sasuke...- Chamei... Implorei não sei.

Sua boca voltou a tomar posse da minha e sem que eu pedisse ele inverteu as posições deixando me por cima.

Separando nossos lábios o fitei.

Seus olhos rubros eram como larvas derretidas contra os meus.

Meu olhar se desviou novamente para seu pescoço e inconscientemente levei minhas mãos aos seus cabelos negros os puxando para trás.

Eu o estava dominando... Ele estava deixando-se dominar... Por mim.

Suas mãos grandes mantinham-se em minha cintura e meus olhos não se desgrudavam da pele exposta do seu pescoço.

Foi totalmente instintivo quando provei a pele branca com a língua.

As mãos dele apertaram minha cintura com força e pude ouvir ele rosnar contido.

Eu podia sentir meus caninos aumentarem levemente e minha garganta queimar ao ponto de fazer lágrimas brotarem dos meus olhos.

Meus dentes afundaram-se na carne exposta sem gentileza.

O rosnado que ecoou pelo quarto não me fez diminuir a voracidade com que eu bebia do sangue dele.

A queimação na garganta cessou assim que seu sangue entrou em meu corpo.

Era como se todo o meu corpo vibrasse ao receber o sangue dele.

Era uma sensação tão plena e satisfatória que eu tinha dificuldade  em me concentrar em outras coisas como... O jeito com que ele rosnava a cada vez que eu afundava meus dentes mais e mais em seu pescoço.

O jeito que suas mãos apertavam minha cintura parecendo que me partiriam ao meio.

Mas, nada daquilo importava enquanto eu estivesse o bebendo... O provando... o reivindicando para mim.

Eu o queria até a última gota... queria fundi-lo a mim para sempre.

Então quando novamente ele mudou as posições eu rosnei em protesto quando me vi privada de seu sangue.

Me privada dele.

Seus olhos rubros fitaram-me intensos e divertidos, mas, logo minha atenção foi para o filete de sangue escorrendo de seu pescoço.

E antes que eu pudesse limpar o sangue de seu pescoço com a minha língua sua boca tomou posse da minha e sua língua se enroscou na minha sem pedir licença e ele beijou-me até que ficássemos sem ar.

Seus lábios desceram vorazes em direção ao meu pescoço e ao contrário do que eu esperava.. Do que eu queria ele não o mordeu.

Sua boca quente explorava minha pele fazendo-me arfar... Eu me esqueci  da vontade de provar seu sangue mais uma vez quando ele tomou meio seio em sua boca.

As sensações eram milhares de vezes mais intensas do que antes, eu sentia como se cada terminação nervosa do meu corpo pegasse fogo.

Sua boca viajou por todo meu corpo a única coisa que eu podia fazer era me contorcer e gemer seu nome enquanto ele me explorava por inteira como se quisesse ter certeza que era eu mesma.

Não havia mais emoções estranhas... Não havia mais sede por sangue... Só havia sensações incríveis e indescritivelmente eróticas.

Só havia Sasuke e eu...

Eu e Sasuke...

Só existia suas mãos em mim... Sua boca em mim... Em toda parte enlouquecendo-me.

- Sasuke...

- Sasuke...

Eu só conseguia gemer o nome dele em desespero quando senti sua língua quente  em meu centro úmido.

Lambendo-me com desespero.

Minhas mãos em seu cabelos e as suas em meus seios.

- Sasuke...

- Sasuke...

Arqueando meu corpo quando o prazer se tornou demais para suportar... Sentindo como se milhares de descargas elétricas atravessassem meu corpo e se concentrassem em apenas um lugar... Fazendo-me tremer e explodir em puro prazer dentro de sua boca.

Quando ele me fitou seu olhar era selvagem e quase me consumia.

Meu corpo estava mole e eu ainda sentia espasmos de prazer por todo meu corpo.

Ele se levantou livrando-se rapidamente do moleton preto que o vestia e antes que eu pudesse admira-lo nu seus lábios bateram -se nos meus exigentes.

Sua língua exigiu a minha com impaciência.

E eu gemi dentro da boca dele quando sua ereção rígida roçou meu sexo e em um impulso ele se enterrou dentro de mim.

O grito que deveria ter ecoado pelo quarto ficou preso em minha garganta.

Ele gemeu ruidosamente liberando meus lábios dos seus.

- Sasu... ke... – Gemi chorosa  por causa da dor.

Ele me fitou nos olhos e se moveu dentro de mim lentamente.

- Minha... – Sussurrou entre os dentes – Sakura... Minha Sakura.

Voltando a se mover ele roçou seus lábios nos meus lentamente como que se desculpasse.

Enterrando o nariz no meu pescoço  eu só podia ouvir sua respiração forte e errática a cada estocada... A cada vez que ele aumentava o ritmo de seus quadris contra os meus... A cada vez que ele rosnava excitado ao meu ouvido...

A cada vez que ele repetia meu nome como um mantra...

- Sakura...

- Sakura... Eu esperei tanto por você... Tanto....

E eu estava ali...Com ele... Tornando-me dele...Para sempre.

 The end...????