Céu de Sangue escrita por Pricililica


Capítulo 37
Capítulo 37, Dejavu...


Notas iniciais do capítulo

Oie,galerinha... Bom, primeiramente dedicar este capítulo a minha linda, adorável amiga Andreia pq graças a ela esse capítulo saiu.
Muito Obrigada mesmo Andreia,vc é super fofa e linda e tem ótimas ideias que me tiram do sufoco que é a desinpiração.
Fato.
Bom gente agora indo finalmente ao capítulo, bem né... este capítulo é sobre os ponto de vista do Sasuke então vai ter ele lembrando do passado e vai ter ele atualmente,então muito atenção pq o passado e presente se misturam neste post...
No mais Boa leitura.



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Eu podia sentir o sangue dela clamando por mim em meio a tempestade.

Ela estava ferida.

Eu podia sentir isso pela maneira como meu sangue fervia.

Era como um radar.

Sempre que ela sangrava algo em mim se alarmava me levando ao seu encontro.

Era como se todo o meu ser não aceitasse perde-la de novo.

Era um dejavu essa angustia e medo desesperador que eu sentia, era idêntico ou se não mais forte do que sentir a mais de duzentos anos atrás quando a perdi.

Lendas e superstições sempre fizeram parte deste mundo.

Entre  humanos e seres sobrenaturais.

Todos temem aquilo não conhecem e que não podem controlar.

Até mesmo entre monstros e demônios é assim.

Também chovia forte naquela noite a mais de duzentos anos atrás.

Na noite em que a vi pela primeira vez.

Ela estava sozinha na beira de um precipício.

Olhando os raios riscarem o céu com uma fascinação que me deixou intrigado.

Eu a fiquei observando sem deixar que ela percebesse minha presença até a tempestade se findar.

Quando ela se virou para ir embora eu estava a sua frente.

Eu vi os olhos verdes se arregalarem surpresos para logo depois ela sorrir.

Eu pensei que ela era uma idiota, pois eu poderia mata-la em um piscar de olhos, mas, não o fiz.

Violência gratuita não fazia meu estilo. Mesmo que nossos clãs fossem completos opostos.

O clã dela significava a cura e o meu eu poderia dizer que a morte.

-Não é inteligente andar desprotegida em tempos difíceis como este... – Foi a primeira coisa que disse a ela.

Eu esperava uma desculpa ridícula e um pedido para não mata-la. Eu não estava preparado  para a resposta dela.

- Realmente, porque eu posso mata-lo em um piscar de olhos... Uchiha...

No instante seguinte minha espada estava em seu pescoço e meus olhos fixos nos dela.

- O que disse? – Perguntei enquanto forçava a lâmina em sua pele.

Ela não me respondeu até que eu tivesse retirado a lâmina de seu pescoço.

- O que disse? – Repeti enquanto afastava a lâmina dela.

- Que posso mata-lo com um fechar de olhos... – Ela disse e tocou meus lábios com o seus.

E ela estava certa.

Ela me matou quando fechou os olhos  se matando por causa de uma lenda... Por causa de uma superstição.

Uma superstição criada por seu clã.

Sakura teve seu destino decidido quando nasceu.

Seu clã acreditava que se no mesmo ano nascessem três crianças vampiras, a terceira teria o sangue amaldiçoado.

Sakura foi a terceira a nascer.

Ela era vista como uma ameaça pelo seu  próprio povo.

Seu sangue ao invés de curar como a maioria dos sangues vampíricos matava aqueles que o provavam.

E para evitar que inimigos tentassem utiliza-la como  ferramenta contra os vampiros ela teria que ser sacrificada quando completasse  noventa e nove anos, um ano antes de um século, que era quando o veneno em seu sangue começaria a agir.

Ela aceitava seu destino, mas, eu não.

Eu não aceitava por que ela era minha.

Eu não aceitava por que eu não queria perde-la.

Eu a amava.

Mas, meu amor por ela não foi suficiente para fazê-la desistir de se sacrificar.

Não foi suficiente para fazê-la viver.

Ela morreu em uma noite sem estrelas.

Eu morri em uma noite de tempestade.

Aquela noite ainda vive em minha mente.

O momento que cheguei, ela já estava em meio a fogueira, o fogo ainda era brando e ela era assistida por todos eles.

Por todos aqueles que deveriam ama-la e protege-la.

Seu Clã.

Ela era assistida por todos que amava e não a amavam de volta.

Seu olhar encontrou o meu no momento em que iria acabar com tudo aquilo.

No momento em  que decidi que mesmo que tivesse que prende-la em torre onde ela nunca poderia sair eu o faria mesmo que ela me odiasse.

Por que tudo que me importava era ela.

Ela... Somente ela.

Mas, ela me conhecia... Ela sabia que eu faria.

E segundos antes deu toca-la ela cravou o punhal em seu próprio peito.

Eu ainda pude ler em seus lábios o Eu te amo, antes que a vida em seus olhos se apagasse.

Eu a odiei tanto naquele momento.

Por que ela estava me deixando... Ela havia me deixado...

Ela me matou com apenas um fechar de olhos.

E eu queimei todos, todos aqueles que a fizeram acreditar que era uma ameaça.

Todos aqueles que a fizeram acreditar que ela teria que morrer para que eles vivessem.

E enquanto o seu clã queimava com as chamas do meu Amaterasu ,eu a segurava em meus braços a amaldiçoando a voltar para mim.

Eu esperaria por ela.

Por que eu sabia que ela iria voltar.

E quando ela voltasse eu a faria pagar por ter me deixado.

- Sakura...  – O nome dela saiu de meus lábios sem  dar-me conta que o havia pronunciado.

A chuva caia ininterruptamente e ela estava ali.

Ferida e aponto de morrer novamente.

Eu a fitei e senti raiva.

Raiva porque ela era tão teimosa... Desobediente.

Irritantemente rebelde.

Ela sempre fazia coisas idiotas e perigosas.

Sempre fora assim, mesmo á duzentos anos atrás.

E nada havia mudado.

Ela ainda se colocava em perigo inconscientemente. Sempre.

Ela ainda continuava com medo de magoar aqueles que lhe são queridos e se metendo em enrascadas por conta disso.

Mas ali, em meio á lama e chuva... Ela estava tão ferida... Havia tanto sangue ao seu redor, minhas mãos como se tivessem vontade própria acariciaram sua face.

Seus olhos pareciam não acreditar no que viam.

Eu não queria estar sendo gentil... Eu a odiava. Muito.

Eu queria que ela sofresse... Chorasse tudo que havia me feito chorar durante duzentos anos.

Mas independente da minha vontade eu nunca conseguiria machuca-la realmente.

Por mais que o meu desejo fosse forte e minhas razões aceitáveis... Não, eu nunca que iria machuca-la tanto.

Porque mesmo após todos aqueles anos... Ela havia voltado pra mim.

Ela havia voltado um pouco mais rebelde e voluntariosa, mas, ainda assim era a Sakura... Minha Sakura.

Com os mesmos olhos, mesma pele, mesmo espirito.

E o modo como ela parecia tão frágil... Quebrável, fez algo como desespero acordar dentro de mim.

Ela estava partindo... Novamente, de novo.

Deixando-me  como dá primeira vez e eu não iria permitir... Não de novo.

Não havia nenhuma maneira que eu  fosse me deixar perdê-la novamente.

E foi por este motivo  que eu a chamei... - Sakura... Não me deixe... – Implorei.

E eu sabia que talvez ela me odiasse quando acordasse  e percebesse o que eu havia feito.

Não me importei por que o que realmente importava era mantê-la comigo sempre... Para sempre.

Então quando toquei os lábios dela com os meus dando-lhe meu sangue para mantê-la viva eu sabia que teria que conviver, talvez, com o ódio dela, por que eu a estaria lhe tirando tudo.

Eu a estaria arrancando de sua família humana a quem ela tanto amava.

Eu  estaria destruindo todos os seus sonhos.

Eu a estaria escravizando á mim pela eternidade.

E talvez aquela tenha sido a decisão mais egoísta que eu já tenha feito, mas, eu sabia que nunca me arrependeria por que isso a manteria viva... Sempre.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Bom e ai, o que acharam?... Tenho que confessar que nunca foi tão dificil escrever um capítulo, sério, Sasuke em primeira pessoa é tão dificil para eu...
mas,espero que tenham gostado e prometo que o proximo não vai demorar kkkk....
Bjos e aguardo reviews.