As minhas ferias estavam otimas.

Eu sabia que essencialmente nada havia mudado. Exceto pela reforma. Minha casa continuava a mesma e o mais importante. Minha familia continuava a mesma. Vinte dias haviam se passado, então eu ainda tinha dez dias para aproveitar ao maximo. Sasuke tambem não tinha dado sinal de sua existência. Eu estava quase agradecendo a Deus por isso. Eu tentei não pensar nele durante aqueles dias, o engraçado era que toda as vezes que pensava nele automaticamente aquele trio do time Taka vinha a minha cabeça. " Eu estava super curiosa para saber o que eles foram fazer na Petala Negra naquele dia". 
  Eu estava tão apreensiva em relação ao Sasuke poder aparecer de uma hora para outra que me assustava com qualquer coisa. "Estava paranoica, e minha mãe percebeu. Sabe aquele papo de que mãe sempre percebe quando o filho esconde algo?  "Esta certo"  Minha mãe não fugia a regra.  E como minha mãe me conhecia bem o suficiente me interrogou. O pior de toda a interrogação que ela fez, foi o tom de "Não adianta mentir para mim, mocinha, porque eu vou saber"
Eu me lembro que foi depois do jantar enquanto eu a ajudava com a louça. Chiharu ja havia ido se deitar quando ela começou. 
-Sakura? Ela perguntou.
- Hum...
- Tudo bem com a Escola? 
- Sim, por que? Eu me virei para ela. Os olhos amendoados estavam fixados em mim.  
- A algo que você queira... ou deva me contar? 
- Não, esta tudo bem. Eu disse convicta.    
- Eu tenho achado você meio assustada. Ela disse. - Você acorda gritando toda noite. " Aquilo era novidade para mim, não me lembrava de ter tidos pesadelos". - Estou ficando preocupada... Seus amigos da Escola são gentis com você?
- Claro, Ino e Tenten são maravilhosas.  Eu disse.  - Eu as adoro. Ela não pareceu convencida.
- E quanto aos garotos?   Eu sabia onde ela queria chegar, quando eu era pequena sempre tive problemas com colegas na Escolas por causa da cor do meu cabelo e consequentemente por causa da minha enorme testa. Eles me pertubavam tanto, que eu tinha pesadelos praticamente todas as noites. - Os garotos são legais.  -Respondi. Ela arqueou a sombrancelha direita. E eu soube que não a havia enganado. 
- Tudo bem. Ela disse - Quando estiver pronta para me contar eu vou estar aqui.
- Obrigada.
- Não precisa agradecer. Ela me abraçou. - Eu sou sua mãe, eu te amo, e não quero ver a minha flor de cerejeira triste... Estamos entendidas?
 Eu não respondi. Só a abracei mais forte. Eu nunca poderia contar a ela que havia um vampiro que se dizia meu dono. Eu não poderia dizer a ela que eu estava assustada porque temia por ela e pela Chiharu. Naquela noite eu ficara até tarde junto da minha mãe, conversamos sobre varias coisas até que ela me dissera que estava apaixonada por um professor que dava aulas na escola proxima a minha casa. " Chiharu o conhece e o adora" Ela disse. E eu me senti traída naquele momento. 
- Já tem vinte dias que estou aqui e só hoje você me fala que tem um namorado? Eu perguntei enciumada.     
- Bom, foi por isso que eu não falei sobre o Yukito. Eu a fitei sem entender. - Você é muito ciumenta, eu estava com medo da sua reação. - Ela disse.
- Quando ele vai vir aqui? Eu perguntei.
- Depois de amanhã, Domingo. - Tudo bem... para você?  Ela perguntou hesitante. Eu sabia que se eu dissese que não, ela não iria mais se envolver com ele. Minha mãe era daquelas pessoas que daria a vida em prol dos filhos.
- Tudo bem. Eu disse.  E ela me deu um sorriso que eu nunca mais  a vir dar, a não ser quando se tratava de Yukito.
Eu sai do quarto da minha mãe tarde aquela noite. Eu ainda estava pensando sobre o tal do Yukito quando entrei no meu quarto. Não que tivesse algum problema minha mãe se envolver com alguem, eu até achava bom que ela tivesse alguem que a amasse. Era só que eu ainda levaria algum tempo para me acostumar.  Minhas mãos tatearam distraida a parede a procura do acendedor de luz .  O ar estava mais  frio que o normal, apesar do conjunto de moletom azul claro que eu estava usando minha pele se arrepiou por causa do frio.  Eu imaginei que o motivo do frio pudesse ter sido causado porque o aquecedor tinha quebrado. Eu estava tendo dificuldades para acender a luz, devido a acendedor esta com defeito. Quando finalmente conseguir faze- lo funcionar, a luz iluminou todo o quarto, revelando sua figura. Eu levei as mãos a boca para não gritar. 
- Sasu... ke ?  Eu chamei. Me refazendo do susto. Seus olhos não se abriram. Ele estava sentado no meio da minha cama, a cabeça recostada despreocupadamente na cabeceira. Os cabelos escuros dele faziam um contraste com a cor de tabaco. Eu pensei que talvez ele estivesse dormindo. E não o chamei de novo. Eu me dirigi a porta do quarto e a tranquei. Para o caso de Chiharu resolvesse dormi naquela noite no meu quarto. Eu não poderia correr o risco dela entrar e encontrar Sasuke ali.   
- A face dele não estava serena eu concluir quando voltei a fita-lo. "Ele parecia cansado" - Sasuke.... Eu chamei novamente. Nenhuma resposta. Eu me aproximei mais, e pude ver que havia suaves olheiras contrastando com a sua pele que parecia mais palida que o normal. Ele não fez nenhum sinal de que iria acorda quando  me aproximei mais dele. Eu ja podia sentir seu cheiro amadeirado. A camisa aberta revelava o peito definido subindo e descendo em compasso com sua respiração gelida.
Alguma coisa naquela noite me atraiu para ele . Apesar de todo o perigo que eu sabia que ele representava. Não conseguia me afastar dele, eu queria toca-lo. "Como mariposas  atraídas pela luz artificial". Só que ao contrario das mariposas eu sabia que Sasuke era o perigo. Eu não lutei contra aquela atração, era forte demais para ser ingnorada.
Enrosquei meus dedos no cabelo dele. Não foi uma surpresa constatar que eles eram sedosos. Baixei meus olhos  naquela face perfeita. Os olhos dele continuavam fechados. Eu podia sentir sua fria respiração no meu rosto. Os labios finos de um rosa palido faziam uma linha suave. Me fixei ali. Eu não desviei meu olhar um segundo sequer dos labios dele.  Eu fechei os olhos e me aproximei mais. Os labios dele eram frios em contato com os meus, como gelo em um dia quente de verão.  Eu o beijei. E só me dei conta desse fato após alguns segundos, quando meus labios  friccionavam os dele e minha língua estava preste a pedir passagem para boca dele. Eu abri os olhos e encontrei os deles, rubros. Fixados em mim.