Céu de Sangue escrita por Pricililica


Capítulo 1
Capítulo 1 Tempestade, como tudo começou


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal essa é a primeira fic que eu posto no Nyah ,espero que gostem. Para aqueles que ja acompanham a fic eu estou repostando o primeiro capitulo. Eu pretendo editar mais alguns "não todos' Não mudou muita coisa só acrescentei uns paragrafos a mais.



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Eu nunca fui muito de pensar sobre o futuro, eu nunca tive grandes ambições para minha vida. Quando eu era criança eu desejava ser bailarina. Era só um desejo, não ambição. Eu sempre achei bonito aqueles passos coreografados que passavam na televisão. E quando eu voltava da Escola publica na qual eu estudava, eu sempre via as outras meninas da minha idade  com roupinhas rosa saindo da escola de balé. Eu  me lembro de apontar  o dedo para onde eu via as meninas saindo de roupas rosa e sapatilhas  e perguntar.
- Mamãe por que eu não posso dançar ali? E ela com toda a doçura que só uma mãe tem em momentos como aquele me responder.

- Por que é caro.  
                                                  "O caro". 
Com sete anos de idade eu ja sabia o que significava a palavra caro saída da boca da minha mãe.  " Queria dizer que eu não teria porque ela não tinha dinheiro para pagar" E por incrivel que pareça eu não me lembro de ficar triste com aquilo. " Eu ficava triste porque sempre que a palavra caro saia da boca dela uma lagrima escapava de seus olhos".  Então aos nove anos de idade eu parei de pergunta a ela o Por quê  de eu não ter isso ou aquilo. " Eu não queria mais ouvir a palavra "caro" sair da boca dela".  Não adiantou porque os meus "Por quês" foram repitidos pela minha irmãzinha. Logo o caro não parou de ser pronunciado pela minha mãe. Aos doze anos uma professora que era muito querida para mim, disse que se eu desejasse não ouvir mais a palvra "caro", eu teria que ter muito dinheiro. Eu me lembro de dizer a ela.

- Mas eu não posso trabalhar.

- Tudo bem. Ela disse. - Mas você pode estudar.

- Como? Eu perguntei sem entender.  E ela me explicou que se eu estudasse muito, eu poderia entrar em uma Escola muito importante e de lá ir para uma faculdade mais importante ainda, então quando eu me formasse na faculdade eu arranjaria um emprego e ganharia muito dinheiro. E finalmente não precisaria ouvir a tão odiada palavra "caro" . Então a parti daquele dia a minha ambição foi estudar para ganhar uma bolsa de estudos para entrar em uma Escola importante. Três anos depois a Escola que elegi sendo a mais importante foi a Petála Negra.

- Por que a Petála Negra?, tem outras tão importantes como ela mais perto da sua casa. Foi o que a minha professora perguntou quando eu contei para ela que tinha ganhado uma bolsa de estudos.

- Porque além dela ser uma das mais importantes o Governo paga uma mesada para a familia do aluno que conseguir uma bolsa de estudos para essa Escola. Então ela me desejou boa sorte. No outro ano eu entrei para Petála negra. O primeiro ano do ensino medio foi tranquilo, confesso que demorei um pouco para me acostumar com os outros alunos tão diferentes de mim em questão de classe social. Eu imaginava que seria discriminada por ser bolsista, ma ao contrário do que eu esperava o único problema que eu tive no primeiro ano que passei naquela Escola foi fazer os meus "colegas"  entenderem que eu não pintava o cabelo. " Ele era rosa mesmo" Naturalmente rosa. Até então eu poderia dizer que tinha uma vida escolar normal, tinha alguns amigos na Escola tinha uma melhor amiga coisas que todo adolescente tem, mas a minha vida normal se tornou complicada no segundo ano ensino medio, mais pra metade dele eu diria. Eu me lembro daquela noite de tempestade como se fosse hoje.   

Particulamente , eu sempre gostei de tempestades, ouvir o barulho dos trovões, o som do vento balançando as arvores como se quisessem arranca-las  do solo, ou só ficar olhando os raios riscarem o céu  iluminando-o  como se fossem rachaduras de luz, me fascinavam. E aquela noite em particular era uma dessas. Eu me encontrava sentada na beirada da cama que ficava em frente a janela só observando a tempestade arrasar tudo lá fora, estranhamente eu me sentia em paz em noites assim. Enquanto que minha mãe e minha irmã ficavam em tempo de ter um infarto por causa da tempestade eu me sentia tão calma e bem comigo mesma, e elas diziam que eu era louca.

 – Você é totalmente louca Sakura. Eu ainda consigo ouvir as vozes delas nitidamente em minha cabeça. E isso me deixa nostálgica. Ah como eu sentia falta da minha família, da minha irmãzinha que era bem maior do que eu e da minha mãe. 

Eu olhava fixamente para a janela. "Olhando a escuridão". Até que um clarão iluminou a tempestade lá fora e eu pensei ter visto dois círculos  vermelhos me fitando. Respirei fundo e me enfiei debaixo das cobertas, eu até podia gostar de tempestades, mas morria de medo de coisas sobre naturais, fantasmas ,espíritos ou qualquer outro ser que não seja humanamente normal, detalhe, eu disse medo?.  Na realidade era  pavor ,e quando eu cismava com algo relacionado a isso, minha mente vagava imaginando coisas que me faziam paralizar  de medo, como naquele momento.
Minha adrenalina ia mil e eu não consegui dormi por pelo menos duas horas, e tudo por causa da minha imaginação fértil e  medrosa. Eu já estava ficando de saco cheio do medo, e resolvi  fazer uma oração, a minha fé era que assim todos os meus demônios iriam para o espaço. Bom e na maioria das vezes dava certo. Eu freqüentava a igreja aos domingos.   
                               "Eu orava praticamente todos os dias".

O sono chegou devagar depois da oração mas não foi tranqüilo, acredito que havia cochilado por pelo menos trinta minutos quando sentir o colchão afundar levemente como se houvesse outro peso além do meu deitando sobre ele.  Meu coração  se acelerou e o meu medo voltou com força renovada se apoderando de mim, todos os meus cinco sentidos ficaram em alerta quando sentir o lado esquerdo e direito próximo a minha cabeça se afundarem no colchão. Sentir como se alguém olhasse fixamente para mim, como se esperasse que eu abrisse os olhos, eu rezava silenciosamente e desesperadamente pedindo proteção  a Deus do céu para o que quer que fosse sumisse dali .
                                                        
                         " Minhas preces não foram ouvidas".

 Eu achei que iria morrer ao ouvir aquela voz.

- Olhe para mim Sakura.

Minha mente gritou  não, mas meus olhos se abriram no mesmo instante independentemente da minha vontade. E   fitei um par de olhos com íris vermelhas com três pontinhos negros em cada uma, minha mente pareceu ser puxada para outro local. Eu poderia descrever a sensação dizendo que foi como se você estivesse sonhando e viesse alguém para lhe acorda. Você percebe sua mente sendo puxada para consciência  lentamente e acorda, mas eu não estava sendo acordada. "Me pareceu que eu estava sendo teletransportada  para outra dimensão". Eu sentia frio  e me encolhia enquanto  abria os olhos.  "Eu estava em um lugar deserto".  Havia casas de madeira ,mas não havia ninguém nelas. Eu não sabia como, mas  sabia que estava sozinha. Olhei para o céu e ele estava vermelho da mesma cor dos olhos que eu havia fitado. Eu sabia que não estava mais no quarto. na Escola, embaixo das cobertas olhando a tempestade cair lá fora. Eu estava em algum lugar desconhecido e estava com medo. " Muito medo" . Senti algo se enroscar em minha perna esquerda e olhei. "Cobras".  Eu gritei, muitas cobras vinham em minha direção eu corri mas parecia que eu não saia do lugar. Minhas pernas estavam pesadas e meu corpo queimava. Mesmo assim eu não parava de correr.  "Eu tinha que fugir das cobras". Mas elas me perseguiram, até que cair no chão desesperada pedindo socorro, um socorro que eu sabia que não viria. Sentir meu corpo sendo apertado.
As cobras se enroscavam em mim  e eu me debatia inutilmente tentando me livrar delas ,eu me sentia sufocar e com um cansaço tão grande que não conseguir mais lutar para fugir delas, eu desistir eu iria morrer ali sendo devorada por cobras. Foi quando ouvir quase como um sussurro.

- Você desiste fácil. No mesmo instante sentir meu pescoço queimar como se encostassem ferro em brasa nele , a escuridão me levou .


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Notas finais do capítulo

E ai ? gostaram ...,não? por favor deixem reviews.Besinhos
espero que tenha melhorado um pouquinho.