CAPÍTULO 6

POV's Nico

Quando sai da cozinha fui direto pro meu quarto. Espero que o Percy não fale nenhuma besteira. Tomei um banho e me deitei na cama, olhando pro teto e me lembrando de tudo que aconteceu hoje, quer dizer tudo que realmente importava....

FLASHBACK ON

Depois da aula, eu estava andando distraidamente pelas ruas de Nova York então eu ouvi uma voz na minha cabeça.

“Nico, depressa, volte e entre naquele beco!” era a voz de uma mulher, acho que era Ártemis e ela estava nervosa. “O que?” perguntei parando.

“Rápido, sem perguntas entre logo naquele beco!” respondeu outra voz, uma voz doce e melodiosa. “Afrodite?”

“Vai logo!” falou Ártemis. “Sem perguntas, vai logo!” falou Afrodite.

“Tudo se esclarecerá no devido tempo” elas sussurraram juntas e então saíram da minha cabeça. Andei rapidamente para o tal beco.

Quando entrei vi uns homens parados ao redor de uma garota, eles não pareciam ter boas intenções. Eu devia impedir eles, mas não pude deixar de olhar pra menina. Ela devia ter mais ou menos um e ciquenta e cinco, um e sessenta no máximo, longos cabelos loiros, eu acho não dava pra ver direito. Me aproximei mais e notei que seus olhos verdes amendoados emoldurados por longos cílios cheios e escuros, estavam arregalados de medo ela arfava e sua respiração estava ofegante, e ela arfava.

“Você não quer brincar com a gente?” um homem loiro falou se aproximando da garota, colocando cada braço ao lado da cabeça dela. Então eu senti uma fúria que só senti quando soube que Bianca tinha morrido.

“ Se afaste da garota” falei com frieza. Os homens se viraram pra mim.

“ Olha só, o garotinho acha que pode contra nós três!” o homem loiro falou em tom de deboche e riu junto com os outros. A garota se esgueirou pelos becos. Então um dos comparsas do loiro (vou chamar de comparsa 1)se aproximou de mim tentando me acertar com um soco, mas desviei com facilidade, e levantei uma sobrancelha com uma cara de desdém.

“ É só isso que sabe fazer?” falei, sorrindo. Comparsa 2 atacou também tentado me acertar com um murro, mas eu simplesmente segurei a mão de comparsa 2 e a virei, quebrando ou no mínimo torcendo. Depois dei um chute no diafragma do comparsa 2 que caiu batendo a cabeça no chão e ficou imóvel. Depois acabei com eles com muita facilidade.

Eu me virei pra garota e comecei a me aproximar lentamente dela, quer dizer, ela era um garota sozinha com um cara que tinha acabado de derrubar três homens em um beco de NY.

“ Obrigada.” ela respondeu. Eu continuei olhando pra ela, quando é que ela vai sair correndo “Se você acha que eu vou saí correndo e gritando, desculpe decepcioná-lo, mas não vai acontecer.” ela falou.

“Tudo bem” eu falei, ainda em dúvida.

“Sério, não vou fugir.” ela falou. “ Ah, meu nome é Stella del Solle”

“ Não devia ficar falando com estranhos” comentei.

“Você não é exatamente estranho” ela respondeu.

“Não sou?”

“Não na minha opinião.” senti minhas sobrancelhas se elevarem. “ Você me salvou” ela continuou.

“Como pode ter certeza de que não te salvei pra te machucar?” eu falei e ela deu de ombros.

“Simplesmente sei.” eu abrir um pequeno sorriso com a resposta dela.

“Sou Nico di Angelo” falei. “ Sabe, uma garota indefesa como você não devia andar sozinha por becos desertos. É como pedir pra ser roubada, ou pior”

Ela corou e me arrependi de ter feito aquilo.

“Vem, te levo pra casa” eu falei.

“Não posso voltar pra casa” ela falou, baixando a cabeça.

“Por que?” eu perguntei.

“Fugi de casa” ela respondeu.

“Nesse caso, talvez eu tenha um lugar pra você no meu quarto de hóspedes” mas o que eu estou falando?

“Sério?” ela pareceu surpresa e feliz.

“Claro” eu respondi rindo.

“Não acha que eu posso ser uma pessoas perigosa?” ela perguntou em um tom brincalhão. E ergui uma sobrancelha.

“Você? Perigosa? Pra mim?” eu não pude deixar de rir “Nem em sonho!” ela deu língua.

“Vem” eu falei e comecei a andar.

FLASHBACK OFF

Depois disso eu fiquei pensando em como os olhos da Stella eram lindos, verde amendoados, seus lábios eram cheios e avermelhados e pareciam imãs pra mim, suas bochechas eram rosadas e seu sorriso era encantador e ela tinha covinhas quando sorria, ela era mais do que linda, era como um esquecida deusa da beleza. Esperei por um trovão e um relâmpago cor de rosa, mas nada veio.

“Que estranho, Afrodite não protestou?” falei em voz alta.

“Sei reconhecer uma beleza pura, rapazinho.” a voz de Afrodite murmurou na minha mente. Eu sorri, ela era mesmo linda e muito legal. Pude ouvi um risinho de mulher, Afrodite. E então minha mente ficou vazia e me senti agradavelmente sonolento, senti meus olhos fecharem e adormeci.