The Princess And The Son Of Hades escrita por lara_di_angelo


Capítulo 48
Capítulo 48


Notas iniciais do capítulo

oie!!
não tem nada pra escrever aqui...

então...

boa leitura!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/129115/chapter/48

CAPÍTULO 48

POV's Stella

A voz de Nico ficava cada vez mais distante, mas eu não cessava meus gritos, não até que as lágrimas os sufocaram, transformando-os em baixos sussurros entrecortados por soluços.

Mas, depois de algum tempo, minha mente se apagou e eu não notava mais nada ao meu redor. Só havia a imensa vontade de chegar a alguma coisa. Ou melhor, não era uma vontade, era uma necessidade.

E eu cheguei. Só o que eu via era aquele brilho dourado resplandecente envolvendo a gema mais linda que eu já tinha visto. Eu não sabia como tinha chegado até lá, mas isso pouco me importava, eu só precisava tocá-la. E eu estava quase conseguindo, mas alguma coisa fechou a caixa delicada onde a pedra repousava e então eu fui arrancada de meu estado de estupor.

Agora eu podia ver tudo que estava acontecendo.

Eu estava numa nave. Meus amigos também estavam lá e me olhavam parecendo culpados e tristes. Meus pais também estavam lá e minha mãe foi a pessoa que fechou a caixa, que a gora estava sendo cuidadosamente guardada num cofre. Minha avó também estava lá, com aquela expressão tão conhecida por mim, “eu tentei, Estrela” dizia o olhar dela. E também tinham outras pessoas lá. Lorde Navarro, que me olhava com um sorrisinho superior que os adultos dão às crianças quando pegam elas fazendo alguma coisa errada, e o Duque de Fidelis, que me tinha a mesma expressão de meus amigos, mas de uma forma menos evidente. Ele era um dos poucos nobres de quem eu gostava como se fosse parte de minha família.

Eu não liguei para nenhum deles, para falar a verdade, a parte de minha mente que notou tudo isso era minúscula. Era bom ver meus amigos e minha família e eu estava com saudades de casa, mas Nico, meu Nico, não ia ficar comigo. Na verdade, as chances de vê-lo de novo era muito poucas. Então nessa hora eu, a Princesa Stella, não me importei se era uma princesa, não me importei com a compostura, nem com a etiqueta, nem com nada além da certeza de que preferia morrer a ser tocada por outro que não fosse ele, meu anjo, meu Nico. E então eu chorei. E posso dizer que não foi um choro silencioso, eu solucei e me deixei escorregar para o chão, sem me importar com que estava olhando e com o que pensariam.

Senti braços me envolverem e alguém me levou até um dos bancos. Por incrível que pareça, não era meu pai, não era minha mãe, nem minha avó. Era Riven, meu amigo irritante e arrogante. Eu sei, a gente era muito implicante, mas ele era um irmão para mim, assim como Percy.

Eu acho que gosto de me torturar, porque só foi eu pensar em Percy que a dor no meu peito aumentou. Eu deixei eles para trás, deixei eles sem minha ajuda para enfrentar Céos. Eu não era grande coisa em comparação com os grandes heróis do Olimpo, mas eu podia servir de ajuda e tinha abandonado eles. Nico, Percy, Annabeth, Sol, Steph, Clarisse, Thalia, Ethan, Chris, Will, Katie, Travis e Connor, Maryanne, Jake... todos eles me acolheram e eu não vou estar lá para ajudá-los.

Passei a viagem toda pensando nisso e chorando, até que eu fiquei sem lágrimas e entrei no modo automático.

Ninguém falava nada comigo e as conversas eram baixas. A tensão era perceptível e eu não estava disposta a quebrá-la. Eles que venham falar comigo, pensei com amargura.

Eu já não estava aconchegada em Riven, estava sentada rígida e ereta, com uma expressão fria e eu não estava nem aí para a ideia de voltar a viver na corte. Antes eu até gostava dessa vida, mas agora eu queria voltar para a mansão projetada por Annabeth, longe do centro agitado de NY, ou para o dourado chalé de número sete no Acampamento Meio-Sangue, em Long Island.

Não prestei atenção em mais nada durante o resto da viagem. Tinha alguma coisa me incomodando. Era a profecia.

Eu fiquei repassando as palavras de Rachel, ou melhor, do Oráculo de Delfos até que finalmente percebi o que estava me incomodando.

Os filhos dos deuses em busca irão, certo, essa parte não era nenhum problema.

Guiados pela Sol e pela Lua serão, Apolo nos ajudou duas vezes e Artémis nos deu a dica do sudoeste

Quatro corajosos aceitaram a missão – Essa parte era meio redundante, mas tudo bem, quem liga?

Mas apenas três voltaram – Isso tinha ficado óbvio, eu não voltaria.

A Princesa da luz será perdidaNós ficamos obcecados por essa parte. Pensando que a Princesa da Luz fosse uma das deusas, mas e se não fosse? E se fosse literalmente uma Princesa?

Por parte de si mesma traída – isso meio que confirmava minhas suspeitas.

Mas não poderá ser esquecida – Nico não me esqueceria... ele me amava

Os outros heróis encontraram a saída – Essa parte era a única que continuava um mistério para mim. Saída para onde? Ou de onde?

Bem, pelo menos eu já sabia quem era a princesa da Luz. Isso era uma coisa boa, né? Pelo menos agora eles não iam ter que se preocupar em descobrir quem era essa princesa. A parte de mim que tinha me traído era o Cetro do Sol. Eu me lembro da conversa que tive com Nico no dia em que meus amigos me falaram da Pedra do Sol. Eu disse a ele que eu não podia simplesmente me livrar do anel, porque ele fazia parte de mim. Como eu pude me esquecer disso?

Eu sou muito idiota” murmurei.

Fiquei encarando o vazio, tentando imaginar quanto tempo mais demoraria até que estivesse sozinha em meu quarto e pudesse mandar uma MI para Nico, dizendo o que eu tinha descoberto. Deuses! Eu daria qualquer coisa para escutar a voz dele agora. Senti uma lágrima cair do meu olho, mas a enxuguei rapidamente. Eu pensei que as lágrimas tivessem acabado, pensei.

Minha mente resolveu me dar algum descanso e eu adormeci. Eu não estava disposta a ter premonições ou ver nada do passado ou presente. A não ser que fosse Nico. Eu queria sonhar com ele, mas não foi isso que aconteceu, eu sonhei vi o rosto de duas pessoas, uma garota de cabelos e olhos tão negros quanto os de Nico e Brandow.

Eu estranhei isso. Nunca tinha sonhado com rostos antes.

Stella” alguém balançou meu ombro suavemente, me acordando. Abri os olhos, desejando me encontrar nos braços de Nico e descobrir que tudo aquilo era um pesadelo, mas o que eu vi foi o rosto sereno de minha mãe.

Sentei-me e prendi meus cabelos num coque mal feito, ciente de que ele devia estar completamente desarrumado. Levantei e ajeitei a roupa que vestia. Eu estava descalça, com um short jeans curto e uma camiseta preta de Nico. Era a roupa que eu tinha dormido, notei e dei um sorriso tristonho.

Pelo menos eu tenho alguma coisa para me lembrar dele, a parte otimista de mim sussurrou num canto abafado de minha mente.

Minhas coisas!” exclamei, me lembrando que tudo tinha ficado na casa da sra. Martinelle.

não se preocupe, querida, damos um jeito nisso” falou minha avó e depois ela se aproximou e sussurrou em meu ouvido. “Eu tentei, pequenina, mas eles não me deram ouvidos.”

Tudo bem, vovó. A culpa não foi da senhora” murmurei e dei um sorriso para ela. Eu realmente não a culpava, ou a meus amigos. Eu só estava com raiva dos meus pais e da Alta Cúpula.

Entrei no lugar em que passei minha infância e ele me pareceu triste e muito menos bonito do que eu me lembrava, mas alguma coisa me disse que se ele estivesse comigo tudo pareceria resplandecente e perfeito.

Senti meus olhos lacrimejarem.

Vou pro meu quarto” falei e corri pelo caminho que conhecia tão bem sem esperar por uma resposta.

Estava quase do mesmo jeito que eu deixei. Na minha estante de livros tinha uma coisa a mais. A bolsinha de couro que enviei junto com a carta no Expresso Correio de Hermes. Vendo ela, eu percebi que não tinha respondido a carta que elas mandaram. Algumas coisas estavam fora do lugar. As janelas estavam abertas e por elas entrava uma leve brisa que carregava o cheiro das flores do jardim.

Eu sorri. Era tudo tão familiar que por um momento me esqueci de meus problemas.

Nico...” minha voz estava feliz e eu me virei para trás, procurando Nico para mostrar a linda vista de minha sacada, mas só encontrei o vazio e meu sorriso vacilou até desaparecer. E eu voltei a chorar. “Que droga! Eu não aguento mais isso” solucei. Era verdade, eu não aguentava nem mais uma lágrima, mas elas insistiam em cair pelo meu rosto.

Tomei um banho, achando que isso ajudaria e depois me joguei na cama e chorei até dormir.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

e aí?? ficou muito depressivo, mas fazer o que, né??

mandem reviews!!
beijos!