The Princess And The Son Of Hades escrita por lara_di_angelo


Capítulo 41
Capítulo 41


Notas iniciais do capítulo

oie! acabou que eu nem demorei tanto, né?

bem, eu quero avisar que há uma grande possibilidade de que eu não poste essa semana (motivos de sempre, escola, provas...)

brigada a quem me mandou reviews, quando eu puder vou responder, okay?

boa leitura



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CAPÍTULO 41

POV's Stella

Fiquei perambulando pelo hotel pelo que me pareceram horas, até que cansei e me sentei num sofá do saguão. Eu estava exausta. Não encontrei Nico em lugar nenhum e minhas pernas estavam cansadas, não sei porque...

Acho que foi desde que alguém entrou em mim. Foi uma sensação estranha, como se eu estivesse presa num lugar completamente branco, em alguns momentos eu senti que já estava conseguindo retomar o controle, mas então um torpor me invadia e tudo voltava ao branco brilhante.

Estremeci com a lembrança, sabendo que isso poderia acontecer a qualquer minuto e que a pessoa poderia fazer qualquer coisa com as pessoas que eu amava, fingindo ser eu. Suspirei. Queria muito que Nico estivesse comigo para me abraçar e dizer que tudo ficaria bem, mas ele parecia tão distante durante o jantar...

Nós vamos achá-la, querido” uma voz conhecida me tirou dos meus devaneios. “A Pedra nunca erra” Mãe?, pensei confusa.

Sei disso, só espero que a encontremos antes que ela faça alguma bobagem” era meu pai, notei, o desespero crescendo.

Majestades, creio que nós devamos ativar a Pedra o mais rápido possível, afinal quem sabe o que pode estar acontecendo com a princesa?” eu reconheci a voz do homem que tanto odiava, era o lorde Navarro. Ele não merecia participar da Alta Cúpula, na minha opinião, ele só queria status e poder. Era simplesmente desprezível.

Eles continuaram sua conversa e eu notei que as vozes estavam cada vez mais próximas. O pânico encheu meus pensamentos e eu não consegui me concentrar o suficiente para entender o que eles diziam, só consegui me esgueirar para fora do hotel, de cabeça baixa para meus cabelos cobrirem meu rosto. Quando passei pelas portas, comecei a correr sem destino, sem medir as consequências.

Mas o que consequências isso podia ter? Nada de mais, você é só uma fada com uma arma poderosa e uma semideusa, porque alguma coisa daria errado?

Ignorei a voz sarcástica na minha cabeça e continuei correndo até que notei uma coisa muito ruim.

Me perdi, pensei desconsolada, quando me vi numa rua que parecia ser bem distante do hotel.

Eu avisei, a voz falou.

A rua estava completamente deserta, exceto por umas garotas que conversavam animadamente e um homem com uns quarenta anos de uniforme militar. Isso poderia ser normal, mas algo me fez congelar.

Droga! Tenho que sair daqui imediatamente.

Eu reconheci o homem, era o monstro que nos atacou, um mantícore, segundo o Nico. Eu estava prestes a sair correndo, quando vi uma das garotas correr em minha direção..

Oi” ela falou, sorrindo.

Oi” respondi, confusa.

Você é nova da cidade, né?” ela perguntou, ainda sorrindo.

Sim” respondi, tentando parecer simpática e atenciosa, ou mesmo tempo que tentava avaliar os movimentos do mantícore.

Sou Kelly” ela falou sorrindo. “Você é amiga do Percy, né?”

Como sabe o nome dele?” perguntei começando a ficar desconfiada. A desconfiança aumentou quando notei as outras garotas se aproximarem.

Digamos que nos encontramos algumas vezes.” ela continuou sorrindo, mas eu notei um brilho vermelho sinistro nos olhos dela. Ela se aproximou mais e eu recuei, levando minha mão ao meu pescoço, pronta para puxar meu colar ao menor sinal de ataque, porque eu tinha acabado de lembrar de que Percy tinha sido atacada por uma empousa chamada Kelly. Poderia ser uma coincidência., mas assim que lembrei disso, eu consegui enxergá-la através da Névoa. Seus cabelos antes sedosos estavam em chamas, uma de suas pernas era de burro, ou algo assim, e a outra era de bronze. Seus olhos estavam completamente vermelhos e sus pele tão branca quanto giz. As outras garotas também estavam assim e o mantícore se aproximava, fechando o cerco. “Você pode ser uma garota, mas vou matá-la mesmo assim” ela falou sorrindo. Eu recuei um passo, me batendo no dr Espinheiro (se não me engano, esse foi o nome que Nico falou) e ele soltou uma risada que me deu calafrios. Engoli em seco.

Seus amiguinhos não estão aqui para te salvar dessa vez” ele falou com seu sotaque francês. Po um instante, eu fiquei paralisada, mas me recompus.

Tem razão” falei entredentes, parecendo bem mais corajosa do que me sentia. “Mas isso não significa que eu vou me render sem lutar” puxei meu pingente, que se tornou uma adaga de ouro e prata.

Kelly avançou para mim, mas eu não estava mais lá, usei meu poder de fada para aparecer por trás de uma outra empousa e finquei minha adaga pelas costas dela. Ela se desfez em pó e chamas, com um grito estridente. Os outros monstros se viraram na direção do som. Eu sorri, girando a adaga.

Quem quer ser a próxima?” eu estava mais confiante. Talvez eu tenha uma chance de vencer, pensei com esperança.

Como ela chegou até lá?” várias vozes perguntaram confusas.

Uma empousa me atacou por trás, e conseguiu me cortar com uma faca de prata dos deuses. Uma dor lancinante partiu do ponto onde ela fizera um talho profundo em minhas costas. Me curvei, o que só fez a dor piorar. Minha esperança de ganhar evaporou. Kelly sorriu maliciosamente.

Não é tão boa assim, é?” ela tinha um sorriso presunçoso, e seu rosto oscilou, passando do pálido giz para uma pele bronzeada. Eu percebi que todas elas estavam tremeluzindo e voltando a parecer garotas normais. Eu estava ficando inconsciente por causa da dor e por isso a névoa estava conseguindo me enganar. Elas já pareciam com garotas normais, exceto pelas pernas e eu me sustentei nisso para tentar voltar a realidade.

Belas pernas...” falei devagar, endireitando a postura e dando um sorriso debochado apesar da dor.

Não zombe das pernas! É grosseria!” ela gritou em fúria, me interrompendo.

...mas eu prefiro as minhas” continuei, como se não tivesse sido interrompida. Umas três empousai vieram pra cima de mim. Eu me transportei para longe delas, esperando as armas delas atingissem uma a outra, mas pelo viste a prata dos deuses não funcionava em monstros. Voltei por trás e esfaqueei elas até que virassem pó.

O esforço fez com que eu me curvasse de dor e caísse no chão. Senti que o sangue ainda escorria por minhas costas, ensopando meu vestido. Tentei me levantar, mas eu estava ficando tonta de novo e comecei a me arrepender de tê-las deixado mais zangada.

Minhas aprendizes!” Kelly gritou com raiva, mas sua voz parecia distante para meus sentidos entorpecidos. Uma das empousai que sobraram avançou sobre mim, ainda no chão, mas eu consegui reunir força para atirar a adaga, que se cravou na testa dela. A empousa gritou e se desfez em fogo e poeira, fazendo minha arma cair. Eu sabia que ainda tinham mais empousai, então fechei os olhos, implorando para conseguir sair dali. Apareci há alguns metros, com um arco na mão e uma aljava no ombro.

Kelly me olhava furiosa. Comecei a atirar flechas, minha mira estava afetada e apesar de algumas flechas errarem completamente, outras acertavam, transformando as empousai em nada mais que poeira sendo levada pelo vento.

Por fim, só sobrou Kelly e o dr. Espinheiro (ele não tinha se movido desde o começo da luta). Eles sorriam maldosamente para mim. Tentei colocar outra flecha no arco, mas meu movimento saiu desajeitado e a flecha caiu por entre meus dedos, quicando no chão com estrépito. Tentei levar a mão a aljava outra vez, mas um espinho se enterrou em meu ombro, me fazendo arquejar com a dor.

O pânico que eu tinha reprimido se apossou de meus pensamentos e eu senti que a última coisa que veria seria o rosto sorridente de Kelly e do dr. Espinheiro, que estavam perigosamente perto. O medo também varreu a adrenalina do meu corpo e de repente eu estava muito consciente da dor de todos os cortes e principalmente do sangue escorrendo por meu ombro e minhas costas. Se eu não morresse por causa deles, morreria pela perda de sangue.

Bom, parece que eu não vou casar, pensei e quase dei um sorriso.

Outro espinho veio em minha direção e se alojou em minha perna, acabando com meu equilíbrio precário. Senti meu corpo balançar para frente e pra trás por tanto tempo que fiquei ainda mais tonta. Tudo estava girando e o chão parecia curiosamente mais perto, mas antes que eu atingisse ele, senti uma coisa se cravar em minha barriga. Arfei, sentindo o ar deixando meus pulmões e sendo substituído pela dor. Minha cabeça bateu em alguma coisa, e depois finalmente eu senti o chão embaixo de mim.

Alguma coisa quente escorria por minha cabeça, caindo em meus olhos e em minha boca, que eu mantinha aberta com esperança de conseguir aumentar o fluxo de oxigênio e viver um pouco mais.

Fiquei assim por um tempo indefinido, sem me mover, entrando e saindo da consciência e provavelmente tendo alucinações, porque em algum momento eu ouvi sons de luta, mas não tinha ninguém além de mim e dos dois monstros que queriam me matar.

Vi um vulto negro aparecer em minha frente. As alucinações estão piorando, pensei desolada. O vulto se curvou e um rosto entrou em foco. Não era qualquer rosto, era o rosto dele. Sorri. Pelo menos minha mente tinha me dado uma última chance de vê-lo, mesmo que ele parecesse absolutamente preocupado e assustado.

Te amo, eu queria dizer, mas minha voz parecia ter sumido. Pontos pretos apareceram em minha visão, atrapalhando a imagem do rosto de meu anjo.

E então eu finalmente mergulhei na inconsciência, provavelmente para sempre.

POV's Nico

Quando eu voltei para o hotel, Annabeth estava arrumando as nossas coisas.

O que vocês estão fazendo?” perguntei, quando ela me entregou minha mochila.

Estamos indo embora.” ela falou.

Cadê a Stella?” perguntamos juntos.

Pensei que já estava aqui” falei, franzindo a testa.

E eu pensei que ela estava com você” ela pareceu preocupada.

Eu saí do restaurante antes dela, fiquei andando pela cidade.” falei, dando de ombros. “Se ela não está aqui, então deve estar com os amigos dela” a palavra amigos saiu meio distorcida pela raiva que eu sentia deles.

Não está”

Como pode ter tanta certeza?” perguntei.

Eles apareceram aqui, procurando ela”

E o que eles queriam?” perguntei, com hostilidade. Annabeth levantou uma sobrancelha para minha raiva, que aparentemente não tinha motivos.

Avisar que as buscas por ela estão começando a ficar mais intensas, temos que sair daqui o mais rápido possível. Eles falaram alguma coisa sobre uma pedra”

Ah, não! Temos que achá-la, agora” falei, jogando minha mochila no ombro.

Qual o problema?” ela perguntou, confusa com minha repentina mudança.

Depois eu explico, agora não temos tempo” falei, já saindo do quarto “Onde está Percy?”

Fazendo o check-out, achei que você tivesse visto ele quando entrou.” ela me seguiu.

Não estava prestando atenção” dei de ombros, socando o botão do elevador, como se isso fizesse ele chegar mais rápido. “Vamos de escada” assim que falei, as portas do elevador se abriram. Annie reprimiu uma risada e nós entramos. Não pudemos falar o caminho todo, porque tinham algumas pessoas conosco. Assim que a porta se abriu, me lancei para fora, correndo em direção ao balcão da recepção, onde Percy estava assinando alguma coisa.

Anda logo com isso” falei, impaciente. Ele se virou na direção da minha voz.

Deuses! Você tem mesmo que aparecer assim tão de repente?” ele resmungou. Eu teria rido, se a situação não fosse tão urgente.

Tenho” respondi. “Temos que achar a Stella agora” sussurrei.

Cadê Annabeth?” ele perguntou.

Está vindo” falei, mas meus olhos procuraram por ela pelo saguão. Encontrei ela falando com uma velhinha. “Annabeth, não é hora de ser simpática!” resmunguei.

Vamos lá” ele falou, pegando alguma coisa com o cara da recepção e falando um rápido boa noite.

Cobrimos a distância que nos separava de Annie em poucos segundos, andando o mais rápido possível sem que chamássemos atenção.

Annabeth, temos que ir” falei.

São amigos da Stella?” perguntou a senhora.

Sim, e temos que encontrar ela antes que entre em problemas” falei, sem me importar em ser educado.

Ah, claro, claro.” para minha surpresa, a velhinha sorriu. “Tome, querida. Podem ficar a vontade, volto na semana que vem” ela entregou alguma coisa para Annabeth. “Boa sorte, que os deuses estejam com vocês” aquilo me deixou muito confuso.

O que foi isso?” perguntei ao mesmo tempo que Percy. Annabeth sorriu.

Isso foi uma ajuda muito preciosa.” ela falou. “Aquela é a sra. Martinelle, a avó de Steph. Ela é filha de Íris, parece que Quíron conseguiu falar com ela. Ela vai nos emprestar a casa dela.”

Mas...”

O que quer que você ia falar pode esperar” interrompi Percy. “Temos que achar a Stella imediatamente.”

Vamos nos separar” falou Annie e cada um de nós saiu do hotel seguindo por caminhos diferentes.

Maldita hora em que saí daquele restaurante sem ela, pensei com raiva enquanto corria pelas ruas vazias.

Ela é minha” escutei uma voz de garota falar, e alguma coisa me disse para seguir o som. Me esgueirei por um beco, sem querer fazer muito barulho e saí em uma rua onde haviam três figuras.

Uma era uma garota que estava de costas para mim, outra era o mantícore, mas nada disso me deixou mais assustado que a terceira pessoa. A pessoa mal conseguia se manter em pé. Tinha um espinho enfiado no ombro e uma flecha jazia esquecida no chão. Stella estava imóvel, e parecia ainda menor que o normal. Sua expressão parecia com a de um animalzinho assustado e hipnotizado pelos faróis de um carro. A cauda flexível do dr. Espinheiro lançou mais um espinho, que se alojou na perna dela, fazendo com que ela começasse a oscilar, para frente e para trás. Eu fui tomado por fúria e enterrei minha espada nele, sem saber como tinha chegado tão rápido a ele.

Ele ainda não tinha recuperado a força total, porque se desfez em pó com apenas um golpe.

A garota se virou pra mim. Seus olhos cintilaram vermelhos e seus cabelos explodiram em chamas. Uma empousa, pensei, tentando desviar meus olhos dos dela, porque se o olhar dela prendesse o meu, eu estaria perdido.

Você pode ser bonitinho, mas está me atrapalhando, por isso vou matá-lo” ela falou. “Queria ter tempo de brincar um pouco, mas acho que vou ter que esperar um outro garoto” então ela avançou com uma espada de um metal prateado e opaco. Começamos a lutar e ela parecia estar vencendo, até que ela cometeu o erro de me encurralar contra a parede, na sombra. Me transportei para o outro lado da rua e depois corri para ela, pronto para matá-la. Eu quase alcancei ela, mas ela conseguiu me hipnotizar e eu congelei a poucos metros de onde ela estava. “Muito bem, garotão.” ela fechou a distância entre nós, passando o dedo pela meu pescoço. Eu sabia que devia estar fazendo alguma coisa importante, mas não lembrava o que. “Deixe que eu te mate e beba seu sangue” ela sussurrou em meu ouvido. Escutei um arquejo e me virei na direção do som. Stella! Era isso, eu devia estar cuidando dela. Ela começou a cair, como se fosse em câmera lenta “Ela só está nos atrapalhado” a empousa se virou na mesma direção que eu e atirou alguma coisa na direção da Stella. Uma faca, percebi horrorizado, ao ver que a lâmina estava completamente enterrada no abdômen da minha Fadinha, que continuou caindo, até bater a cabeça num banco e escorregar para o chão. Uma nova onda de ódio me preencheu por inteiro e eu me virei em direção ao monstro.

Você vai pagar pelo que fez a ela”

Eu consegui derrotar a empousa, mas estava tão cego de ódio que nem prestei atenção em como a matei.

Assim que ela virou pó, eu corri até onde Stella sangrava no chão, eu estava desesperado. Ela estava com os olhos abertos, mas eles pareciam desfocados e sua respiração era superficial e parecia exigir muito esforço. Me abaixei e me inclinei, ela deu um sorrisinho e depois seus olhos se fecharam. O ódio que eu sentia a essa altura tinha virado preocupação e medo. Eu consegui tirar a faca e os espinhos do corpo dela, mas não sabia como ia estancar todos aqueles sangramentos. A respiração se dela se tornava mais fraca cada instante. Se ao menos Annabeth estivesse comigo, ela saberia o que fazer. Annabeth!

Eu consegui mandar uma Mi para ela e quando seu rosto entrou em foco eu comecei a despejar as palavras rapidamente.

Acalme-se, você não vai ser muito útil a ela se continuar assim” ela falou, mas eu pude ver que ela estava muito preocupada e nervosa. “Tem ambrosia e néctar na sua mochila. Leve Stella até a casa da sra. Martinelle. Eu dou um jeito de chegar lá o mais rápido possível.”

Eu não sei onde fica” falei. “Só posso ir até lá se souber onde é”

Eu dou as instruções”


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Notas finais do capítulo

teeeenso!!!
o que vocês acham que vai acontecer?? juro que fiquei tentada a botar só o pov da Stella, mas fiquei com peninha de vocês porque não sei quando vou poder postar de novo...

mandem reviews dizendo o que vocês acham que vai acontecer, ou o que acharam do capítulo, ou o que pode ser melhorado, ou qualquer coisa que vocês quiserem, façam uma pessoa feliz!!

beijos, até depois!