The Princess And The Son Of Hades escrita por lara_di_angelo


Capítulo 26
Capítulo 26


Notas iniciais do capítulo

oi pessoas!!!

por favor não me matem, é que eu tava estudando muito pras provas, mas agora eu estaou de férias, ou seja vai dá mais tempo pra escrever!!
desculpem a demora, eu sei que demorou muito, mas please me desculpem.

o capítulo não ficou exatamente coomo eu queria, mas é que a criatividade tá brincando com minha cara, só vem quando eu estou no meio da prova, aí num dá, né???

valeu pelas indicações (Lopmon_13; Lyra_Di_Angelo
e PrincessLola)e pelos reviews (Lyra_Di_Angelo; manu_cullen_pt; Lopmon_13; Gabi_A; marii___goulart; e a todos que vão mandar depois...eu espero), vc são d+!!!

boa leitura...



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/129115/chapter/26

CAPÍTULO 26

SOLLARIA

POV's Narradora

O jardim do Palácio de Sollaria estava lindo e triste ao mesmo tempo. A parte linda: o gramado estava de um verde perfeito e resplandecente, e ainda devia ter algumas gotículas de orvalho; as flores estavam lindas e Flora tinha certeza que qualquer um que passasse perto delas, sentiria seu delicioso aroma. A parte triste: era o dia menos ensolarado que Sollaria já tinha visto desde os tempos da guerra. Era meio irônico que o sol não brilhasse logo no dia do aniversário de dezessete anos da princesa da terra do sol. Parecia que ele sentia falta da princesa e não queria brilhar pra mais ninguém além dela. Bom, pelo menos era isso que Flora pensava enquanto olhava distraída pelas grandes janelas do salão de jantar.

Ninguém comentava nada, mas dava pra sentir a tensão no ar. Os especialistas e a equipe de busca tinham voltado sem nenhuma mísera pista de Stella. Eles tinham ido a todos os lugares, até mesmo pra Terra, mas a busca foi completamente infrutífera.

Flora já tinha pensado em usar a misteriosa caixa que aparera tantos dias atrás na mesma mesa em que comia agora. A caixa com a carta que foi o último contado que tiveram com a Stella. Mas ela nunca chegou a comentar com ninguém sobre a possibilidade de mandar uma resposta, sabia que todos, até suas melhores amigas, iam achar uma grande loucura. Pensando bem, eles que se danem!, pensou Flora irritada, vou sozinha e mando uma carta pra ela.

Até certo ponto, Flora estava certa. Todos iam mesmo achar uma loucura mandar uma carta pra alguém que nem sabiam ser a Stella, mas haviam na mesa mais quatro pessoas dispostas a fazer essa loucura.

Depois do café da manhã, as cinco pessoas que inconscientemente tiveram a mesma ideia (ou será que tiveram a intervenção de alguma força sobre-humana?) voltaram separadamente pro seus aposentos e depois de pensarem em como invadir o quarto de Stella sem que ninguém notasse e escrever uma carta pra ela, se dirigiram para o mesmo local, mas incrivelmente não se esbarraram durante o percurso.

Flora, nem se deu ao trabalho de escrever a carta em seu quarto, afinal, chegando no quarto da Stella era fácil se esconder e ela sabia que depois do café, cada um estaria ocupado demais, e se demorasse, seria mais difícil conseguir passar despercebida.

Chegou a porta do quarto de Stella e girou a maçaneta. Por pura sorte, estava aberta. Ela entrou e fechou a porta rapidamente, mas sem fazer barulho. Quando se virou, quase gritou de susto, mas alguém tapou-lhe a boca.

Era Bloom, que conseguira ser mais rápida que Flora e estava escrevendo a carta, quando ouviu a porta abrir e começou a se esconder, mas notou que era Flora e logo viu que ela gritaria, tapou-lhe a boca antes que saísse algum som.

Silêncio!” pediu, e só tirou a mão da boca da amiga quando soube que ela não faria barulho algum.

O que você está fazendo aqui?” perguntaram ao mesmo tempo, depois riram.

Eu vim escrever uma carta pra Stella e mandá-la do mesmo jeito que ela nos mandou uma.” falou Flora, sentindo que a verdade era a melhor opção no momento.

Eu também.” falou Bloom, sorrindo. “Já tinha tido essa ideia, mas achei que era loucura.”

Eu também. Mas ela parou de se comunicar e eu achei que era melhor tentar, afinal é a nossa última esperança.”

Sim e...” Bloom foi interrompida por um ruido na sacada. “Tem alguém lá fora” ela moveu os lábios sem fazer som.

Vamos ver quem é.” Flora também não emitiu som.

As duas garotas se aproximaram das portas duplas que dava pra sacada. Se olharam brevemente ao ouvir som de passos se aproximando cada vez mais da janela fechada.

Um, dois, três” sussurram em harmonia e abriram cada uma um lado das grandes portas duplas. Se atiraram no invasor que foi imobilizado no chão.

Sou eu! Suas loucas psicopatas!” falou a pessoa que, notou Bloom, tinha uma voz muito familiar. Espera aí, era a voz de Layla.

Desculpa, Layla. Pensamos que era outra pessoa.” falou Flora, ajudando-a a levantar-se.

Tudo bem” falou Layla, limpando o short com as mãos. “Aposto que estão aqui pelo mesmo motivo que eu.”

Sim, tentar entrar em contato com Stella.” falou Bloom.

Exatamente. Sabe, eu já tinha tido essa ideia há um tempo, mas parecia estupidez.” falou Layla.

Nós também, mas agora é a nossa última chance.” falou Flora.

Vocês não acham que é melhor a gente entrar? Podem ter sentinelas vigiando o quarto.” Bloom olhou para os lados e em seguida as três garotas entraram no quarto, fechando as portas duplas e as cortinas, para que não fossem vistas por algum dos guardas das torres.

Elas começaram a procurar papel e caneta, mas não antes de acharem, a maçaneta da porta girou, mas não abriu, pois estava trancada. As três meninas conseguiram comunicar-se sem palavras, escondendo-se no closet enorme da Stella (que estava meio vazio, porque ela levara algumas de suas roupas).

Ao sentirem seus ouvidos protestarem, mesmo sem som aparente, souberam que a recém-chegada era Musa (ela era a única que podia fazer esse tipo de coisa e com certeza tinha usado um frequência sonora pra agitar as partículas perto da fechadura e abrir a porta). Relaxaram e foram ao encontro da amiga.

Após explicações, ouviram um barulho vindo da sacada e nem se incomodaram em checar quem era, foram abrir as portas duplas, sabendo que era Tecna.

Agora que todas estavam no quarto, as cinco garotas tinham um pressentimento que não tinha sido pura coincidência, mas não sabiam o que tinha feito todas terem a mesma ideia.

Depois de procurarem um pouco mais, encontraram um caderno antigo de Stella e vários lápis e canetas. Elas escreveram suas mensagens de feliz aniversário, disseram o quanto sentiam falta de Stella, mas não a pressionaram pra voltar. Não tinham combinado isso, mas todas sabiam que, se estivessem no lugar da Stella, não iam gostar de ser pressionada pra voltar e casar com uma pessoa indesejada.

Achar a caixa não foi tão difícil. Ela estava em uma estante, entre alguns dos livros preferidos de Stella (a maioria era de romance). As meninas pegaram a caixa de papelão como se fosse de vidro e puseram-na na cama, sentado-se ao redor dela. A bolsinha de veludo estava junto à caixa e tilintou quando Musa a pegou com cuidado e derramou todo o conteúdo em cima da cama. Estava cheia de moedas, grandes moedas dourada totalmente desconhecidas das meninas.

Elas se entreolharam e por fim colocaram cada uma sua carta dentro da caixa e botaram uma moeda no lugar indicado. Depois de um segundo a caixa desapareceu com o mesmo pop suave do dia em que apareceu no meio do jantar.

As cinco amigas se entreolharam e trocaram sorrisos cúmplices. Tecna abriu a boca pra falar alguma, mas foi interrompida por um barulho que vinha do corredor. Os cinco corações dispararam e as meninas trocaram um olhar rápido, mas carregado de significado, depois disso, foram silenciosamente para sacada, onde tinham mais chance de escapar sem ser vistasse o-que-quer-que-fosse entrasse no quarto.

Elas se conheciam tão bem, que não precisaram combinar o que fariam com palavras, com uma fugaz troca de olhares resolveram o que fariam. Certamente estavam curiosíssimas sobre o autor do barulho, mas preferiram unanimemente não arrisacar. Depois de outra troca de olhares, Layla e Tecna que tinham vindo escalando a parede começaram a fazer o caminho no sentido oposto.

Depois que todas já estavam penduradas na sacada, o silêncio foi rompido.

Precisamos descer até a biblioteca.” falou Layla. “Eu vim pela janela de lá, acho que ainda está aberta.”

Tem certeza?” perguntou Flora temerosa, ia ser muito constrangedor se alguém as achasse naquele estado, afinal elas deviam comportar-se como convidadas, não como ladras ou algo do tipo.

Sim” quem falou foi Tecna. “Sempre tem pelo menos uma janela aberta na biblioteca.” ela sabia disso porque passara algumas horas lá durante todos os dias desde que chegara.

Okay, vamos pra biblioteca, mas alguém sabe onde ela fica?' Musa não queria destruir o ânimo das outras, mas era uma pergunta necessária, afinal se elas não soubessem de certeza onde era a biblioteca, ia ser tremendamente constrangedor entrar no lugar errado, tipo num banheiro.

Fica um andar mais pra baixo.” falou Bloom, ao mesmo tempo que Layla. “Vamos ou não, meus braços vão ficar com câimbra.” completou Bloom, e ela não falou isso porque era uma fresca, a verdade é que elas estavam muito distantes do chão e se ficassem demorando muito poderiam cair, o que não ia ser nada legal.

Elas começaram a descer, e depois de um tempo enorme (na realidade, não demorou tanto, mas para elas demorou muito), elas chegaram em cima da sacada. Tiveram que se soltar e cair suavemente, mas não deu muito certo, porque elas não foram tão silenciosas quanto o que queriam e doeu um bocado, mas elas nem sentiram devido a adrelina.

Layla entrou silenciosamente na biblioteca e, depois de ver se não tinha ninguém, chamou as outras.

Elas saíram da biblioteca sem fazer barulho, e se esgueiraram de volta pro quarto de Musa que era o mais próximo pelo caminho que vieram.

Tecna, a última a entrar no quarto, trancou a porta pra ninguém incomodá-las. As meninas ainda sentiam a adrenalina nas veias e se olhavam em silêncio. Então, quando se deram conta do próprio estado, elas começaram a rir, olhando como estavam descabeladas, sujas, suadas e como suas roupas estavam amarrotadas, sujas e rasgadas em alguns pontos. Elas cntinuaram rindo por um longo tempo até que finalmente voltaram a si e as gargalhadas viraram sorriso.

Acho melhor a gente se limpar.” falou Flora, com um meio sorriso.

As meninas iam entrando no banheiro e saiam com o cabelo molhado enroladas em toalhas macias. Musa disse pra elas pegarem roupas no closet e em pouco tempo elas abandonaram a aparência de mendigas (n/A: nada contra mendigos).

Vocês acham que ela vai mandar uma resposta?” perguntou Flora, que torcia a ponta do vestido em suas pequenas e delicadas mãos.

Claro!” falou Bloom, convicta. “se não tivermos resposta, pode ter certeza que não era a Stella o remetente.”

A isso seguiu-se outra conversa sobre a fuga de Stella e seus motivos, mas elas foram interrompidas por suaves batidas na porta.

Musa se levantou e abriu a porta, dando passagem pra Daniela.

Espera aí, pensou Bloom, ela está ruiva, mas ela não era loira? Depois de pensar mais um pouco, Bloom descobriu que não lembrava qual era a cor do cabelo de Daniela quando a viu pela última vez, mas tinha certeza que não era ruivo. Era bobagem ficar pensando nisso, mas algo dizia a Bloom que tinha alguma coisa estranha por trás disso.

Senhoritas, estão a vossa espera no salão de jantar.” a voz de Daniela interrompeu os devaneios de Bloom.

Ah, claro. Estamos indo.” falou Layla, se levantando com leveza.

O jeito com que Layla levantou fez Flora lembrar de Stella. Bem, a maioria das fadas era graciosa, mas a Stella era a mais graciosa que Flora tinha conhecido, ou melhor, que tinha visto. Ela poderia se mover quase sem barulho, de um jeito leve que fazia com que ela parecesse flutuar, tudo nela parecia gracioso, suave e leve. Às vezes era assustador que uma pessoa fosse tão graciosa, parecia irreal, como num sonho.

Ela espantou esses pensamentos, e seguiu as outras que já estavam no corredor.

§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§

O almoço transcorreu tudo bem, até que todos acabaram de comer e uma espécie de arauto entrou indo para a cabeceira da mesa, onde estava o rei. O arauto falou alguma coisa que só o rei, a rainha e a mãe dela ouviram. Os pais e a avó de Stella saíram da sala junto com o arauto, pedindo licença educadamente.

As meninas se entreolharam e depois olharam os garotos. Eles pareciam tão curiosos quanto ela, então elas tomaram uma decisão muda.

Musa concentrou-se de fechou os olhos, se guiando apenas pelos sons que viam do lado de fora da porta. Ela tentou controlar as ondas sonoras e trazê-las até eles. Depois de alguns segundos, o leve zumbido que tinha conseguido reproduzir transformou-se em palavras. E não palavras quaisquer, era a conversa que estava acontecendo lá fora, nesse exato momento.

...falando a verdade, as consequências serão severas” a voz era impassível, sem emoção e depois de um segundo, todos perceberam que se tratava do rei.

Estou segura de que serão” respondeu uma voz desconhecida, era de uma garota e ela parecia estar se divertindo com a situação, apesar da ameaça na voz do rei.

Minha criança, você entende que este é um assunto muito sério, não é?” a voz da avó de Stella era maternal e preocupada, as meninas perceberam que a preocupação era dirigida não só pra garota, mas também pra Stella.

Claro que sei.”

Ora, então se é mesmo verdade, por favor diga-nos o que sabe.” falou o rei.

Certamente irei fazê-lo, Majestades.” falou a garota “Mas não acha que os amigos de sua filha tem o direito de ouvir também?” nessa parte, ficou claro para as meninas que a desconhecida sabia que os amigos de Stella estavam ouvindo a conversa então Musa interrompeu o que fazia e o salão caiu em um repentino silêncio.

Os meninos continuariam sem falar, mas as meninas sabiam que isso levantaria suspeitas, então começaram uma conversa quase despreocupada.

Mas a farsa não foi muito necessária, porque a porta só abriu meia hora depois e quem a abriu não foram os reis, na verdade foi um arauto, que chamou a todos para a sala de reuniões do Conselho de Sollaria (ou Alta Cúpula, é a mesma coisa).

Quando a porta da sala foi aberta, os dez adolescentes viram que estavam numa reunião completa do Conselho. A sala tinha uma longa mesa com todos os nobres da Alta Cúpula, o rei, a rainha, a mãe da rainha e uma pessoa com um longo capuz negro que escondia do seu rosto até seus pés, arrastando no chão. O silêncio era absoluto e esmagador, oprimindo a coragem que as garotas tinham tido mais cedo, quando estavam prontas pra fazer qualquer coisa imprudente se isso as fizesse achar notícias da Stella. Agora que elas tinham essa possibilidade, nenhuma delas estava certa se queria mesmo ter notícias da amiga desaparecida. Elas estavam com medo, o que sinceramente era bem compreensível com as expressões que viram no rosto de quase todos os presentes, que estavam absurdamente sérios, com exceção da mãe e da avó da Stella que pareciam esperançosas, e da pessoa encapuzada, pois não era possível ver seu rosto.

Alguém tinha posto mais cadeiras ao longo da mesa, o que foi um alívio, pois ficar em pé na entrada era muito constrangedor, pensou Musa sentando-se agradecida por sair dos olhares dos presentes.

Depois que todos tinham se sentado, a reunião de fato começou com um monte de formalidades. Depois de toda aquela burocracia, o rei levantou-se.

Meus caros senhores,” começou. “estamos aqui porque essa jovem senhorita alega saber notícias de nossa princesa” todos já sabiam que era sobre a Stella, mas alguns dos nobres não pareceram contentes em saber que as informações vinham de uma garota.

Confias nessa criança, meu rei?” perguntou o Lorde de Navarro. Alguns outros tinham a mesma pergunta e o apoiaram.

É a nossa única fonte, Lorde Navarro.” respondeu o rei, sem perder a compostura.

E eu não sou criança” falou uma voz de garota, e a menina do capuz levantou-se, ainda sem mostrar o rosto. “Tenho certeza que muitos aqui não seriam tão dignos de confiança quanto eu.”

Senhorita, estou certo de que nossos nobres senhores aqui presentes estão mais que dispostos a ouvir qualquer notícia sobre a Princesa.” falou um velhinho sentado ao lado dela. Era o Duque de Fidelis, um homem bondoso e gentil, um dos poucos que realmente gostava da Stella.

Então, os senhores deixarão que eu fale? Ou preferem continuar suas buscas infrutíferas?” a voz dela era fria e irônica, e Musa admirou sua coragem.

Eu sei onde sua princesa está” falou a menina, e Musa notou que todo esse tempo, quando ela falou da Stella havia algum tipo de ressentimento ou alguma coisa do tipo. Agora a menina tinha algum tipo de sorriso muito irônico no rosto. “Acham mesmo que ela foi sequestrada?” ela deu uma risada e jogou a cabeça pra trás, fazendo o capuz cair sobre seus ombros. Ela deiva ter 16 anos, tinha a pele morena clara e cabelos castanho escuros(não dava pra ver o tamanho), com umas mechas vermelho sangue. O rosto dela era muito bonito e seus lábios eram bem chamativos, cheios e com um batom bem vermelho. Realmente, não parecia uma criança “Ela fugiu.” quando ela disse isso, a sala mergulhou em silêncio outra vez.

O que?” a voz da rainha rompeu o silêncio, era só um sussurro fraco, mas soou bem alto.

Ela fugiu, foi pra Terra.” a voz da garota continuava com a estranha ponta de raiva, pareceu a Musa que as duas (Stella e a garota) se conheciam e não eram nem um pouco amigas. “Posso mostrar se vocês não acreditam em mim.” Assim que disse isso, ela puxou um pequeno retângulo do manto. O retângulo se expandiu, transformando-se numa grande tela. A tela se coloriu, mostrando a Terra, em seguida, como se alguém tivesse dado um zoom gigantesco, mostrou os EUA, depois uma colina, onde tinha um pinheiro com alguma coisa dourada brilhando na luz pálida da lua. Depois de mostrar o pinheiro, a imagem fez um percurso por uma vale aparentemente vazio, mas quando as meninas se concentraram nele, notaram que várias construções surgiam, construções que elas viam nos livros de Mitologia Grega. A imagem continuou o percurso até que chegou em uma grande área, com colunas gregas bem esculpidas, mas em meio a arquitetura antiga, um ponto de tecnologia brilhava, pois no interior desse grande pavilhão descoberto havia uma espécie de boate, com luzes piscando, muitos corpos dançando numa batida que não podia ser ouvida, um tipo de bar, onde um garoto de olhos escuros (que por um momento Bloom pensou que eram roxos) fazia uns drinks. Um garoto loiro era o DJ e parecia contagiar todos com sua alegria. Num canto, umas garotas olhavam desgostosas para um casal que se beijava em um pufe.

Mas nada disso foi importante, porque um minuto depois, a atenção das imagens se voltou para um casal que dançava no meio da pista. O garoto tinha cabelos escuros, mas não dava pra identificar a cor deles ou a dos olhos por causa das luzes. Ele sorria, mas não tanto quanto a garota. Ela ria abertamente, e mesmo sem ouvir nada, qualquer um podia dizer que ela ocasionalmente gargalhava. Como o garoto, não dava pra saber ao certo a cor dos olhos ou do cabelo, mas sem dúvida alguma era a Stella, e realmente ela parecia feliz demais pra alguém que tinha sido sequestrada. A tela escureceu e voltou ao tamanho original. A garota guardou-a na capa e sorriu com ironia.

Isso é um ultraje!” exclamou Lorde de Navarro.

Não posso acreditar que...” a voz de quem quer que fosse se perdeu no meio de tantas exclamações surpresas, outras indignadas.

Se querem mesmo achá-la, acho que deveriam ter o mínimo de compostura.” falou a garota.

Ela foi ignorada, pois todos os nobres estavam fazendo planos pra arrastar Stella de volta, e seus amigos estavam muito surpresos, mesmo as meninas que já desconfiavam que Stella tinha fugido.

Podemos usar a pedra do Sol. Vai atrair o portador do Cetro do sol, que é a Princesa Stella, ela não ia resistir, entraria em transe até o anel se juntar a sua origem.” falou Lorde Navarro. Flora, Musa, Bloom, Tecna e Layla estavam gostando cada vez menos dele, mas parece que os outros discordavam, pois logo a maioria concordou com o plano.

Os planos dos lideres da Alta Cúpula pareceram horríveis aos ouvidos das meninas, era simplesmente horrível arrastar Stella a força sem que ela percebesse, ainda mais tirá-la de um lugar onde estava perfeitamente bem. Stella tinha prometido voltar e ela nunca tinha quebrado uma promessa, pelo menos nenhuma promessa que tinha feito a elas, ela sempre cumpriu com sua palavra. Isso revoltou algo no âmago das winx, e logo ouviu-se uma voz protestar.

Sem querer faltar-lhes com o respeito, mas esse plano me parece meio... desonroso.” a voz era de Flora, algo que chocou todos que a conheciam. Ela sentiu um frio se espalhar pelo corpo, com os olhares desaprovadores da maioria, mas os olhos de seus amigos e de Elliot a encorajavam. “Acho que podemos fazer algo melhor que isso.”

E por acaso, você tem um outro plano?” perguntou Lorde Navarro, sem tentar esconder o desprezo e a raiva de ser contestado por uma adolescente.

Nós podemos tentar falar com ela.” Flora continuou, a voz ficando menos receosa a cada palavra.

E se não dê certo?”

Vocês...” Flora pareceu não ter ideia dessa possibilidade.

Se não conseguirmos, vocês podem fazer o que quiserem.” Musa interviu, notando que a amiga não conseguiria dizer mais nada.

Quem concorda com o plano das meninas?” perguntou a voz da rainha, que nos últimos dias não falava quase nada, mas agora parecia estar com mais esperança.

A maioria das mão se ergueram e por fim a decisão tomada foi a proposta por Flora e Musa.

Então comecemos nossos preparativos ainda hoje.”


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

e aí??? eu sei que esse pov ficou meio louco, mas eu não conseguia escolher o de algum personagem especifico, então...

digam o que acharam, mesmo que não seja coisa boa, okay?? só quero a opinião sincera, tá??

beijos, tchau!