CAPÍTULO 23

POV's Stella

Já tinham se passado uma semana que eu estava no acampamento, eu tinha acabado de acordar e estava radiante. Motivos? 1º: eu e Nico estávamos cada vez mais próximos, mas só Percy e Annie sabiam, nosso relacionamento estava perfeito, tínhamos aulas juntos e ele era meu instrutor de esgrima. 2º: eu estava boa em esgrima e quase perfeita em arco e flecha (já estava até dando aulas, principalmente pro Percy, e ele era quase tão ruim quanto Nico disse, agora está melhorzinho, mas não é lá muita coisa). 3º: meus amigos tinham aumentado consideravelmente de número; eu tinha ficado amiga de umas caçadoras (elas estão ficando aqui já que Ártemis desapareceu), especialmente de Thalia, filha de Zeus. 4º: aquele filho de ares tinha aprendido a ficar no lugar dele e não estava perturbando ninguém (os irmãos ficaram do lado dele, menos aquela garota, Clarisse, que agora também é minha amiga). 5º: hoje era o Caça à Bandeira, e dizem que é muito legal.

Então me dei conta de outro motivo pra comemorar. 6º motivo: HOJE É MEU ANIVERSÁRIO! TENHO OFICIALMENTE DEZESSETE ANOS!

Eu estou muito feliz! Nada pode estragar meu dia!

Levantei e notei que o sol ainda se erguia no horizonte e ninguém tinha acordado ainda. Fiz minha cama, deixando-a bem arrumadinha (que? Só porque sou princesa não quer dizer que não sei fazer as coisas). Escolhi uma roupa e fui ao banheiro, tomei um banho de água quente e me vesti. Deixei meus cabelos soltos, passei uma maquiagem leve à prova de água. Quando sai do banheiro, a maioria dos meus irmãos estava acordada. Vi Sol treinando umas piruetas no canto reservado pra dança, ela era linda rodopiando, tinha paixão, mas ela ainda não tinha achado o eixo, então ela eventualmente se desequilibrava. No outro canto vi Ethan dedilhando uma música que eu nunca tinha ouvido em uma guitarra. Uns ainda estavam dormindo, outros estavam na fila pro banheiro. Caminhei até minha cama, e notei que tinha uns embrulhos em cima dela. Estranho, não falei pra ninguém que hoje é meu níver. Sentei na cama e peguei o primeiro embrulho, era dourado com fita uma mais clara, quase marfim. Era uma caixinha linda, superfofa com um laço bem elaborado. O outro era rosa bebê e lilás, tão lindo quanto o primeiro, só que de um jeito mais sofisticado e era bem maior que os outros. O último, era prateado e também era lindo, mas de um jeito mais simples. Abri o primeiro e dentro dele tinha uma carta e uma pulseira de ouro com quatro pingentes um era um sol, uma nota musical, outro era um par de sapatilhas de ponta e outro uma coroa. Era muito lindo! Abri a carta, que era do meu pai, Apolo.

“Oi, filha!

Feliz aniversário, espero que goste do presente.

Quero que você saiba que eu te amo muito, não se iluda por eu não poder estar presente em sua vida, ordens de Zeus (ninguém merece, né?). Mas eu sei que vamos nos ver de novo, palavra do deus das profecias.

Não sou bom em fazer cartas, então se estiver uma droga, me desculpe.

Com muito amor,

De seu pai, o deus mais gato do olimpo, Apolo.”

Eu ri com as últimas palavras, que ego hein, pai!

Era uma carta simples, mas demostrava sentimentos e eu gostei. Não tinha percebido até esse sentimento desaparecer, mas eu estava um pouco magoada por ele não ter falado comigo. Mas isso já passou. Eu realmente acredito que ele me ama, e eu adorei o presente tem tudo a ver comigo. Eu era filha do deus do sol, dançava ballet, tocava alguns instrumentos (tipo piano, violão...), mas uma coisa e fez pensar: a coroa foi uma escolha aleatória, ou ele sabia que minha mãe é uma rainha? Tenho certeza que el sabe que sou princesa, afinal ele é o deus das profecias, teoricamente deve saber de tudo ou quase tudo.

Okay, perguntas depois tenho mais dois embrulho pra ver. Abri o rosinha, que também tinha uma carta.

“Oi, minha princesinha!

Aqui é sua tia mais diva e linda de todas!!!

Já sabe quem é? Sim, sou eu, Afrodite!

Bom, eu já tinha escolhido esse presente desde que você nasceu, só estava esperando o tempo certo pra te dar. Vai ser útil, alem de ser muito fashion (não é pra menos, fui eu quem escolheu.)

Não se esqueça de sempre seguir seu coração, seu amor tem futuro! Eu escrevo certo por linhas tortas e já tenho uma lindo e romântico final feliz pra você.

Feliz aniversário, e faça bom uso do presente.

Ah, quase esquecia, tem dois presentes, seu coração e a chave dele, pra quem você vai dar? Eu já sei, mas cabe a você descobrir.

Beijos!!!

Afrodite”

Pensei que ela estivesse sumida. Tenho que falar com Quíron sobre isso. Dentro da caixa e haviam dois presentes como ela tinha dito: um era uma linda chave de ouro que parecia encaixar perfeitamente no outro, que era um coração de ouro delicado com uma fechadura na parte de trás, dava pra abrir o coração, mas só com a chave. Então percebi o que ela quis dizer e já sabia exatamente a quem dar a chave do meu coração. Eu ri.

Peguei o último enfeite, e só então percebi que ele tinha pequenos pontos brilhando como estrelas e soube instantaneamente que era isso que representavam, as constelações. Eu já sabia de quem era o embrulho, de minha tia Ártemis. Esse era outro presente que eu recebia de uma deusa que deveria estar incomunicável e desaparecida, eu preciso mesmo falar com Quíron.

Ártemis também me deixou uma cartinha:

“Querida Stella, espero que tenha um ótimo aniversário. Lembre-se de que eu sempre te amarei, mesmo que não siga meus passos. Só tome cuidado pra não se machucar muito, Afrodite pode ser muito cruel, acredite em mim.

Esse é só um pequeno presente pra você sempre lembra que além de uma princesa do Sol, também é uma princesa da Lua. Ele também pode te proteger, basta girá-lo no braço.

Com amos, Ártemis.”

Então minha tia não me odeia e me considera uma princesa da Lua o que é uma coisa boa, mas também muito estranha. Dei de ombros e peguei o bracelete prateado que tinha na caixa. Ele era lindo, prateados, delicado e e perfeitos até nos detalhes, e se encaixou perfeitamente no meu braço. Pelo que eu entendi, era uma arma ou escudo, tradução: as aparências enganam, essa coisa delicada podia ser a arma mais letal do mundo.

“O que cê tá fazendo?” perguntou Ethan.

“Ah, são só uns presentes de aniversário que ganhei.” falei dando de ombros.

“Hoje é seu aniversário?”

“É, porque?” perguntei.

“Feliz aniversário.” ele falou e depois gritou: “Ei, pessoal! Hoje a Stella fica mais velha!”

Todo mundo parou o que estava fazendo e olhou pra mim, me desejando felicidades e essas coisas que dizem no nosso aniversário. Eu agradecia e sorria. Fui envolvida num abraço de sufocar dado por Sol e Steph.

“Por que não nos disse que hoje era seu aniversário?” perguntou Steph.

“Ah, sei lá. Só me lembrei quando levantei hoje de manhã.” dei de ombros.

“Se tivesse me dito eu te daria um presente” falou Sol.

“Sem problemas, não preciso de presentes! Eu já estou feliz o suficiente.” respondi dando um abraço nelas e saindo do chalé.

Fui andando distraidamente pelo acampamento e vi que meus pés me levaram pra o chalé de Hades. Era meio sombrio, mas eu nem ligava. Bati na porta e como não tive resposta abri-a cautelosamente. As paredes era negras, essa foi a única coisa em que prestei atenção, porque depois eu vi Nico jogado na cama, todo espalhado e com uma cara serena, tão lindo. Me aproximei da cama dele e afaguei seu rosto com o polegar. Ele sorriu e murmurou alguma coisa que não entendi.

“Nick, acorde” sussurrei em seu ouvido. Ele nem ligou. Continuei chamando ele e já ia desistir e tacar o travesseiro na cara dele, quando o dito cujo abriu os olhos preguiçosamente. Ele sorriu ao me ver e eu sorri de volta. “Bom dia, Nick”

“Bom dia, Fadinha” ele respondeu se sentando.

“Sabe de uma coisa muito empolgante?” perguntei, sem conseguir me conter.

“Fala”

“Hoje é meu aniversário!”

“Feliz aniversário” ele falou, bocejando.

“Brigada! E sabe o que isso significa?” nem deixei ele responder. “Eu sou mais velha que você!”

“Pensei que mulheres ficassem todas cheias de frescura com idade” ele riu. Dei língua pra ele. “Sabe de uma coisa, Fadinha?”

“O quê?”

“Hoje também é meu aniversário”

“Você destruiu meus sonhos!” resmunguei e ele riu.

“Acho melhor eu me arrumar pro café.” ele falou se levantando.

“Também acho, depois você abri esses presentes que estão na sua escrivaninha.” falei apontando pra os presentes que eu nem tinha notado.

Ele entrou no banheiro e depois de um tempo que nem sei se foi curto ou longo, saiu com uma calça preta e uma camisa também preta e um allstar, adivinhem, preto também (N/A: jura?). Ele viu que eu estava olhando e sorriu.

“Gosta do que vê?” ele perguntou, com seu lindo sorriso torto. Dei de ombros.

“Ah... dá pro gasto” falei brincando. Ele fez uma carinha de magoado. Fui até ele e envolvi seu pescoço com meus braços. “Promete que vai ser só meu?” pedi olhando seus olhos negros.

“Sempre” ele respondeu e beijou meus lábios. Retribui o beijo, e depois de um segundo, minhas costas estavam na parede e o beijo passou de carinhoso pra cheio de desejo. Meus pulmões imploravam por ar, mas eu os ignorava completamente. Até que foi impossível continuar sem respirar. Paramos o beijo e encostei minha cabeça no peito dele.

Ficamos assim por um tempo indeterminado, até que me lembrei dos presentes e do café da manhã.

“Temos que ir” suspirei (já notou que eu suspiro muito quando estou perto dele?) “Vamos abrir seus presentes!” ele riu.

“Tá bem” Ele pegou os presentes enquanto eu me sentava na cama dele.

Ele abriu a primeira caixa grande, que era preta com prata. Era de Hades e quando ele abriu pude ver uma jaqueta de couro, que parecia cara(N/A: quem pode, pode, quem não pode se sacode! Eu já tô me sacudindo!!).

O outro era uma caixa bege, que era de Afrodite (finalmente alguma coisa sem rosa!). Tinha uma etiqueta que dizia: Abra sozinho. Ele não me deixou ver o que era, mesmo depois que implorei, malvado. A terceira era branca com desenhos de chamas, era de Héstia, eu sabia que ela gostava de Nico e Nico gostava dela. O presente dela era uma corrente de prata, eu coloquei-a nele.

“Tá, vamos logo, antes que toda a comida acabe.” ele falou se levantando. Eu ri.

“Até parece!”

“Vem logo!”

Fomos andando de mãos dadas pelo acampamento até o refeitório, onde nos separamos e cada um foi pra sua mesa.

Me sentei entre Sol e Steph, que riam de alguma coisa que Ethan tinha falado, ele estava na minha frente e sorriu quando me sentei.

“Por onde você esteve?” perguntou Steph.

“Por aí” dei de ombros.

“Sei...” falou Sol maliciosa, olhando sugestivamente pra Nico. “Muito suspeita”

Nem me dei ao trabalho de falar alguma coisa, coloquei alguma comida em meu prato e comecei a comer, distraidamente.

“E aí, quais são os planos pra hoje?” perguntou Ethan mudando de assunto.

“Por que teríamos planos? Só vamos fazer o de sempre!” respondi.

“Qual é! É seu aniversário de… Quantos anos mesmo?”

“Dezessete” respondi.

“Isso mesmo, bem que eu disse” falou Ethan. “Continuando, temos que fazer uma festinha.”

“Essa é uma grande ideia, Ethan” falou Sol.

“É, nós podemos falar com Quíron, tenho certeza que ele deixaria.” completou Steph.

“Sério gente, não precisa” tentei falar mas eles nem me deram ouvidos. Eles continuaram fazendo planos e falando sobre como arranjar coisas tipo comida e bebida.

“Caso vocês tenham esquecido, hoje é o Caça à Bandeira, então não tem como fazer festa alguma!” falei triunfante. O sorriso de Sol e o de Steph desmoronaram.

“Claro que tem!” tinha que ser o Ethan! “é até melhor!, Nós ganhamos o Caça à Bandeira e depois fazemos as duas comemorações, é perfeito!” meu sorriso murchou e o de Sol e de Steph cresceram.

“podem tentar, mas o Sr. D não vai concordar” falei.

“Você vai convencer ele pra gente!” falou Ethan. “É uma das únicas pessoas do acampamento que ele gosta.”

“Não vou não”

“Ah por favor!!” pediu Sol.

“Não!”

“Por favor, por favor, por favor!” imploraram Sol e Steph com carinha de anjo.

“Tá bem! Eu falo com ele!” concordei, meio irritada.

“Que bom que concordou. Você vai amar a festa, afinal, Apolo é o segundo deus mais festeiro do Olimpo.” falou Ethan.

“Vocês são muito maus!” cruzei os braços emburrada. “Me chantageiam bem no meu aniversário!”

Eles riram. Depois do café da manhã, fizemos nossas atividades normais e antes do almoço, eu fui com meus três irmãos chantagistas falar com o sr. D, que pra variar estava jogando pinocle com Quíron.

“Oi, Quíron, oi sr. D” falamos juntos.

“Olá, Stella, Sol, Stephanie, Ethan” cumprimentou-nos Quíron (N/A: gostaram do hipérbato? Tô estudando pra prova de literatura)

“Ah, aí estão vocês, moleques de Apolo. Olá, Stella” falou o sr. D, e eu sorri.

“olá, sr. D” falei polidamente. “A plantação de morangos está simplesmente exuberante hoje! Quero dizer, mais que o normal.” bajulei ele. “É impressionante como alguém pode ser tão bom com frutíferas! Está fazendo uma trabalho mais que perfeito sr. D” ele corou.

“Ora, obrigada! Finalmente alguém que dá valor ao meu esforço!” ele falou.

“Sr. D, sabe hoje é meu aniversário, e a gente quer saber se podemos dar uma festinha, depois do Caça à Bandeira” perguntei meio insegura.

“Ah! Uma festa!” os olhos dele brilharam, mas logo se apagaram. “Acho que não”

“Por favor, é só uma festinha! Nós arrumamos tudo depois!” pedi.

“Acho que não tem nada de mais” falou Quíron.

“Tá! Tudo bem!” resmungou Dionísio. Eu sorri com a resposta. Eu estava muito feliz, não por ter conseguido a festa (na verdade eu nem ligava), estava feliz por conseguir convencer o sr. D, isso era uma coisa rara. Dei um beijo na bochecha dele, que ficou ainda mais vermelho que o normal.

“Obrigada!” falei e saí, antes que ele mudasse de ideia.

“Uau! Você é boa!” falou Ethan, quando nós estávamos na mesa do almoço.

“Eu sei!” respondi, sorrindo.

“Ele nunca faz o que eu peço!” resmungou Sol. Eu e Steph nos entreolhamos e reviramos os olhos.

Notei que Nico olhava pra mim com um cara de o-que-você-está-aprontando? e eu tive que rir.

“Acho melhor cada um fazer uma coisa” continuou Ethan “Eu vou falar com os Stoll, com certeza eles vão arranjar algumas comidas e bebidas, é a nossa melhor opção” falou Ethan.

“Acho melhor Steph ir.” falei ao mesmo tempo que Sol. Nós duas sabíamos da queda secreta que Steph tinha por Connor Stoll.

“Por quê?” perguntou Ethan. Nem Steph nem Sol pareciam saber de uma boa resposta pra essa pergunta, então eu falei a primeira coisa que veio na cabeça.

“Charme feminino.” falei, dando de ombros “Pode acreditar, se ela for os garotos Stoll podem até não cobrar nada.” Ele pareceu acreditar.

“E vocês, o que vão fazer?” ele perguntou.

“Eu vou falar sobre a decoração com o chalé de Afrodite, me dou melhor com eles que Steph” falou Sol e eu e Steph concordamos. Steph não tinha paciência pra falar com os filhos de Afrodite, eles sempre tentavam fazer ela usar maquiagem e ela detesta qualquer tipo de maquiagem.

“E você?” ele perguntou pra mim.

“Eu já ajudei vocês o bastante nesse planinho doido, então nem vem que não tem.” falei.

“Tá bom. Eu vou cuidar da música”

“Música, pra quê?” perguntou uma voz atrás de mim. Me virei e era Will.

“oi, Will” falei.

“Oi” ele respondeu. “Então, o que vocês estão fazendo?”

“Não é nada de mais.” falou Ethan. “Só vamos dar uma festa depois do Caça à Bandeira contra as caçadoras, pra comemorar o aniversário de Stella e nossa vitória.”

“Ah, legal” falou Will. “Querem ajuda?”

“Claro, ajuda sempre é bem vinda!” respondeu Steph sorrindo.

“Bom, fiquem fazendo seus planos, eu vou treinar, okay?” falei já me levantando e saindo do refeitório.

Fui até a arena, onde Nico estava treinando, me aproximei dele e o cubri seus olhos com minhas mãos.

“Adivinha quem é?”

“Stella.”ele respondeu. Tirei as mãos dos olhos dele.

“Como você sabia?”

“Como poderia não saber? Você é minha Fadinha, sempre vou te reconhecer” ele respondeu com naturalidade. Senti meu coração se inflar no meu peito. Eu sorri. Nico começou a se inclinar pra mim, e eu fiquei na ponta dos pés, tentando diminuir a distancia entre nossos lábios.

“Nico!” ouvi a voz do meu Irmãozão gritar. Percy, desgraça, você estragou meu momento!

“Que é?” Nico resmungou, se afastando de mim e se voltando pra entrada da arena.

“Ave! Só vim dar um feliz aniversário! Credo que, mau humor!” quando percy falou isso eu ri e ele finalmente percebeu minha presença. “Oi, irmanzinha.” agora essa era nossa forma de tratamento, eu era a irmanzinha dele e ele era meu irmãozão.

“Oi, irmãozão.” respondi. “Cadê Annabeth?”

“Está treinando arco-e-flecha com os irmãos dela.” ele respondeu. “Sabia que hoje é aniversário de Nico?”

“Sabia, sabia que hoje também é meu aniversário?”

“Não”

“E não vai falar nada?” perguntei, erguendo uma sobrancelha.

“Não, por que eu diria?”

“Que irmão mais desnaturado você é, hein, Percy!” falei, fazendo um biquinho. “Quando for seu aniversário nem espere meu presente.” ele riu junto com Nico. “Nem você, di Angelo!”

“Você não me deu nenhum presente mesmo” ele deu de ombros,

“Mas eu ia dar.” respondi.

“Hey, Stella!” ouvi a voz de Annabeth, e logo depois vi ela aparecer magicamente ao lado de Percy, com o boné dos Yankes nas mãos. “Soube que hoje é seu aniversário. Parabéns!” ela me abraçou e eu retribui o abraço.

“Brigada, Annie.” respondi, olhando feio pra Percy. Nico riu de novo.

“Também soube de uma festa que seus irmãos estão fazendo, é verdade?” ela perguntou.

“Sim, eu tentei evitar, mas eles são muito teimosos.” falei. “Então hoje à noite, depois da Caça à Bandeira. Já falamos com Quíron e com o sr. D “

“Por falar em Caça à Bandeira, como vai nosso plano?” perguntou Percy à Annabeth.

“Está quase pronto, mas só vai ser revelado depois do jantar.” ela respondeu.

“Ah, qual é?” reclamou Nico. “Somos do seu time, que mal tem contar o plano pra gente?”

“Né?” concordou Percy. “Até parece que a gente ia falar nosso plano pra Thalia, ela passou pro lado negro da força” os olhos de Percy se estreitaram e todos rimos dele. Annabeth deu um tapa na cabeça dele. “Ai!” ele reclamou. “O que foi que eu fiz dessa vez?”

“Vamos treinar, ou não?” perguntou Nico, antes que Annabeth pudesse retrucar.

“Vamos” respondi, puxando o pingente da corrente, pensei em uma espada, que instantaneamente apareceu em minha mão. “Prepare-se di Angelo”

“Eu nasci preparado!” ele respondeu.

“E super modesto também, pelo visto” falei com sarcasmo. Ele riu e girou a espada ameaçadoramente. Ele atacou e eu defendi. Nós lutamos por um bom tempo, até cansarmos e concordamos que foi um empate. Percy e Annabeth ainda lutavam e nós ficamos assistindo eles. Era hipnotizante, parecia uma dança, os dois conheciam os movimentos do outro, o que tornava tudo coreografado. Annabeth tentava colocar Percy contra a pilastra, mas ele conseguiu mudar as posições e logo era ela que estava encurralada. Percy tinha a espada contra o pescoço dela, mas ela começou a se inclinar pra ele, como se fosse beijá-lo, vi Percy pestanejar, mas logo ele se inclinava também. Seus lábios estavam quase se tocando e então Annabeth tinha as duas espadas (a dela e a dele) no pescoço de Percy. Percebi que esse era o plano dela, ela não tentou colocá-lo contra a pilastra, ela sabia que ele ia mudar as posições e tudo era parte do plano dela. Annabeth é má, vou pedir umas dicas depois.

Passamos o resto da tarde treinando juntos, escalando a parede de larva e blá blá blá. A trombeta do jantar tocou e nós fomos pro refeitório, cada um sentando em sua mesa.