CAPÍTULO 19

POV's da Narradora (e aí acham que assim tá bom, ou é melhor eu botar o POV de cada uma? Lembrando que só vou botar no meu POV quando tiver muita gente, tá? A menos que vocês prefiram assim.)

As cinco amigas tentavam convencer Daniela a contar o que ela sabia da noite de desaparecimento, mas a garota parecia ter medo das consequências.

“Eu não sei de nada!” ela falava com medo. “Eu juro que não tenho nada a ver com isso”

Daniela tinha medo de perder o emprego, o que ia dificultar bastante sua vida. Não que ela tivesse alguma coisa com o desaparecimento da princesa, mas em horas de desespero as pessoas sempre acham alguém a quem culpar. E ela não queria ser esse alguém.

“Você tem que falar pra gente!” pedia Layla. “Não vamos contar pra ninguém!”

“Eu já disse, não sei de nada!” Daniela estava ficando desesperada, as cinco garotas pareciam interrogadoras disfarçadas prontas pra levá-la pra prisão assim que ela desse um passo em falso. “Por favor, me deixem ir!” ela estava prestes a desmoronar em prantos e as outras perceberam isso.

“Olha, acho que começamos com o pé esquerdo” Bloom falou em tom apaziguador. “Eu sou Bloom. Essas são Flora, Tecna, Layla e Musa” Bloom gesticulava pra cada uma ao falar os nomes.

“Você deve achar que somos maníacas espiãs ou alguma coisa do tipo.” falou Musa dando um sorriso. Daniela não falava nada, só olhava disfarçadamente pra porta, que as meninas tinham tido o cuidado de trancar. “Na verdade, somos só amigas da Stella, estamos desesperadas procurando alguma coisa coisa que nos ajude a achá-la.”

“Se você souber alguma coisa, qualquer coisa, isso ajudaria bastante!” falou Layla

“Olha, eu sei que pode parecer assustador, mas prometemos que não vamos falar nada a ninguém, até porque nem era pra gente está se metendo nesse assunto.” falou Tecna.

“Podemos fingi que nunca nos vimos se você preferir. Mas agora precisamos saber o máximo que pudermos sobre aquele dia.” a voz de Flora era doce enquanto ela olhava com empatia pra garota.

“Tudo bem” Daniela suspirou e recebeu sorrisos enormes das amigas da princesa. “O dia foi normal, as coisas só começaram a ficar estranhas à noite. Depois do jantar, eu estava passando pela sala do trono e ouvi os gritos. A princesa estava realmente furiosa naquela noite.” ela estremeceu e não percebeu os olhares que as meninas trocavam. “Ela estava gritando tão alto que acho que todos no castelo escutaram, ela falava que não ia casar com ninguém, e falou alguma coisa sobre um menino, acho que o nome era Brandow. Depois a rainha falou alguma coisa e as portas do salão se abriram e a princesa saiu chorando muito. Ela correu pro quarto eu acho e seus pais a seguiram. Foi a última coisa antes de descobrirem que ela tinha sumido.”

“Obrigada, Daniela, isso ajudou bastante” falou Flora, sorrindo, apesar de estar nervosa. “Pode ir”

Depois que Daniela saiu do quarto, as cinco meninas se entreolharam, sem saber o que pensar.

“Acho que ela não foi raptada” falou Tecna.

“Ah, você acha?” Musa falou com sarcasmo.

“Então o problema 1 foi resolvido.” falou Flora.

“Sim, mas não podemos falar nada.” falou Bloom. “Temos que fingir que não sabemos de nada além do que nos contaram, okay?” todas concordaram.

“Agora precisamos de mais informações.” Tecna falou convicta.

“Acham que Stella está com o telefone?” perguntou Layla pensativa.

“Acho que não, mas vale a tentativa.” falou Bloom, já pegando o próprio telefone, que tinha sido esquecido em cima da cama. Ela discou o número de Stella e esperou (im)pacientemente, até que caiu na caixa postal. As outras a olhavam com expectativa, era uma esperança bem boba, mas elas tinham que acreditar. “Caixa postal” ela falou e seguiu-se um suspiro coletivo.

As meninas estavam tentando pensar em alguma coisa pra conseguir novas pistas. Bloom, única que tinha crescido na Terra, se sentia como se estivesse em um filme de Scooby Doo ou algo do gênero. No final, elas foram chamadas pra jantar e não tinham conseguido pensar em nada melhor do que tentar ouvir as reuniões escondidas ou tentar arrancar alguma coisa dos meninos (o que seria bem mais fácil que se esconder na reunião). Quando saíram do quarto da Bloom, elas estavam melhores e trocavam sorrisos secretos. Agora elas tinham um objetivo e também sabiam que a Stella tinha fugido, ou seja, ela devia estar mais ou menos segura.

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O jantar foi um evento silencioso, as palavras trocadas foram o mínimo exigido pela educação. Bom, pelo menos da parte delas, os meninos conversavam entre si, provavelmente falando sobre estratégias. Bloom lançou um olhar irritado pra eles. Machismo era o caos!

Tudo estava aparentemente tão normal quanto possível, mas a mente das jovens tão quietas estava longe, cada uma pensando em coisas diferentes, mas com o mesmo assunto: para onde teria ido a Stella?

Elas não eram as únicas a se perguntar isso, na verdade toda Sollaria se perguntava onde estava a Princesa do Sol, tão amada pelo se povo? Quem teria sequestrado tão frágil criatura? Bom, essa última pergunta não vinha dos amigos de Stella, talvez os meninos a achassem meio frágil, mas sabiam que ela sabia se defender (N/A: essa frase tá muito confusa?).

Então ouviu-se um “Pop!” suave e no meio da mesa apareceu uma pequena caixa de papelão, onde estava impressa uma estranha mensagem em forma de símbolos desconhecidos. Todos trocaram olhares, em dúvida sobre o que seria aquilo. Finalmente, Layla, que estava sentada no meio da mesa, esticou a mão e pegou a caixa. Ela abriu a caixa e tirou dela uma folha de papel e um saco de veludo preto que tilintou como um bolso cheio de moedas.

“É de Stella” ela falou. Logo o interesse brilhou no rosto de todos os presentes. Layla desdobrou a folha e começou a lê-la:

Queridos pais e amigos,

estou escrevendo somente para dizer que estou bem. Não se preocupem comigo. Só estou dando um tempo,por assim dizer. Por favor não venham atrás de mim. Eu estou bem, sério. Estou com uns amigos novos. Eles me acolheram quando eu nem sabia pra onde ir, e hoje, menos de uma semana depois, posso dizer com toda certeza que eles são parte de minha família. Como vocês estão? Espero que bem.

Estou morrendo de saudades de vocês!

Com amor Stella.

PS.: Se quiserem mandar alguma mensagem pra mim, é só colocar o que quiser dentro da caixa, colocar meu nome (de preferêcia completo) em um papel e prendê-lo no topo da caixa e colocar uma das moedas (do saquinho que mandei) dentro da caixa (só coloque a moeda por último).

Beijos

Assim que Layla terminou de ler, um silêncio incômodo se instalou.

“Acha mesmo que ela escreveu isso?” perguntou Riven, meio em dúvida.

“Sim” falaram as meninas ao mesmo tempo que os outros diziam “Não”

A isso, segui-se uma discussão intensa e no fim elas perderam e os meninos foram arrumar as coisas pra o grupo de busca.

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Todos estavam nos portões do Palácio, toda a equipe de busca que ia partir ainda imediatamente, as amigas, os pais e a avó da princesa.

“Não acredito que não vamos!” Layla reclamou com Nabu, que estava com um braço na sua cintura.

“Não sabemos o que vamos enfrentar, tente entender isso!” ele falou pacientemente. Ela fingiu não ouvir e tentou se livrar dos braços dele, mas ele foi mais rápido e em um segundo seus lábios estavam colados nos dela. Layla esqueceu a raiva e retribuiu o beijo.

“Tenha cuidado” sussurrou Layla.

“Eu sempre tenho” Nabu sorriu.

Bloom não estava feliz. Ela ia ficar sem seu Sky, por um tempo indeterminado e isso não era exatamente a definição de legal na mente dela. Além disso, ele e os outros meninos estavam agindo como se elas não fossem boas o bastante pra ajudá-los a achar a amiga delas, isso era completamente injusto. Ela queria ficar furiosa com ele, mas só de olhar pra aqueles olhos azuis, toda sua raiva se esvaia. Eles trocaram um beijo apaixonado e então ele se foi, entrando na nave.

Musa e Riven estavam abraçados, ela não queria se separar dele, ele também não queria ficar longe dela, mas não podia mostrar fraqueza, então se despediu, apesar de querer ficar com ela pra sempre.

Tecna e Jimmy não eram bons em despedidas, então eles simplesmente trocaram um beijo, um beijo que falava mais do que podiam expressar em palavras.

Não muito longe, outro casal se despedia, as mão delicadas de Flora estavam dentro das de Elliot. Poderia parecer superficial pra que olhasse de longe, mas os olhares que eles trocavam eram mais intensos que palavras. Eles eram o tipo de casal que se comunica sem falar muitas vezes melhor que muitos que se comunicam falando. Eles começaram a se inclinar um pro outro até que começaram um beijo delicado e muito profundo.

“Promete que volta pra mim?” Flora pediu. Poderia parecer exagero, era só um grupo de busca, mas Flora sentia que tinha alguma coisa muito poderosa por trás de tudo. Alguma coisa maligna.

“Eu prometo” essa foi a última coisa que ele falou porque logo em seguida, ele e os outros meninos partiram em busca de alguém que não queria ser encontrado.