CAPÍTULO 18

POV's Narradora (sei que é novidade, mas acho que esse capítulo fica melhor assim)

Uma movimentação diferente acontecia no jardim do Palácio do Sol (N/A: sacaram que é em Sollaria, né?) uma nave de especialistas (pra quem não conhece, são tipo guerreiros da dimensão mágica, e só homens!) acabava de pousar, era a navae que o rei e a rainha esperavam. A nave dos amigos da princesa, da qual saíram dez jovens, cinco garotos e cinco garotas, todos muito bonitos.

Bloom, a garota ruiva de olhos azuis e pele levemente bronzeada, tinha um sorriso sincero nos lábios rosados, ela estava muito feliz de ver sua amiga depois de tanto tempo. Seus olhos claros buscavam pela garota loira, mas não a viram em lugar algum, só viu os pais da Stella, o Sr. Del Solle, tinha olhos cansados e a mãe de Stella estava com olheiras e não tinha o sorriso sereno de sempre, além disso parecia que ela estava procurando alguma coisa também, uma coisa que não parecia estar ali, pois a rainha ganhou um expressão quase desesperada.

Layla realmente estava esperando por esse dia desde que se despediu da amigas. Ela sorriu, lembrando que a Stella queria excluí-la do grupo quando se conheceram e agora lá estava ela, no jardim da uma de suas melhores amigas, Stella. Era tudo meio irônico. O dia não podia estar melhor!, ela pensou. Estava com os amigos na casa de uma amiga, sem ter que sorrir e acenar concordando com tudo, porque pelo menos nesses dias ela não era Layla, a princesa, ela era só Layla, a amiga da princesa. Além disso, ela estava com seu namorado, quase noivo, o príncipe Nabu. Ela poderia escalar uma montanha dançando de felicidade ao mesmo tempo.

Tecna estava com saudade das amigas, quer dizer, elas se falavam no telefone, mas não era a mesma coisa. E hoje lá estavam eles, na “casa” de Stella, os melhores amigos reunidos. Eles tinham feito a viagem juntos, só faltava encontrar a Stella que devia estar provando um vestido ou fazendo coisas que princesas fazem, porque ela não estava em nenhum lugar do jardim, pelo que Tecna viu. Ela gostava muito de cada um deles, Layla com suas manias de praticar esportes e ter aventuras; Musa com suas músicas; Bloom com seu jeito de te botar pra cima; Flora sendo tão gentil todo o tempo com todo mundo; Stella, sendo a tagarela e às vezes reclamona; e os meninos, até o Riven que era meio prepotente. E o Jimmy, era tão inteligente e bonito com aqueles óculos! Ainda bem que ele era só dela!

Musa estava se sentindo superfeliz, Sollaria era um lugar lindo e ela estava junto de pessoas que amava e que retribuíam o sentimento: seu namorado Riven (às vezes ele era meio irritante, com a arrogância dele, mas então ele logo corrigia o erro), seus amigos, suas amigas, Bloom, Flora, Tecna, Layla. Mas onde será que a Stella se meteu?, ela pensava estranhando o fato de não ter sido derrubada pelo abraço de Stella. Ela podia ser meio baixinha, mas isso não importava muito quando ela pulava em você com toda força. Musa olhou ao redor procurando a Stella, e encontrou o olhar de Bloom. Elas trocaram olhares que diziam mais ou menos isso: “onde será que a Stella está?” e “Não tenho ideia.”

Para Flora, a linda menina de cabelos castanhos e olhos verdes, ver a Stella era quase um alívio, mas seus olhos ansiosos não viram nem sinal da loira. Flora era boa em ler expressões e notou que os pais da Stella estavam angustiados. Aos poucos uma ideia horrível tomou conta dela, será que... Não, a Stella não faria isso, tentava se convencer inutilmente. Flora olhou pra o rosto gentil de seu namorado, Elliot e apertou a mão dele. Elliot retribuiu o aperto e olhou pra ela.

“Algum problema?” ele formulou a pergunta com os lábios, sem fazer som, franzido a testa de leve. Ela só negou com a cabeça, não queria expressar seu medo com palavras.

“Ah, vocês vieram!” exclamou uma voz doce. Era a avó de Stella que tinha um sorriso nos lábios. O seu sorriso não alcançava os olhos, mas as únicas pessoas a perceber isso foram Bloom, Flora, Layla, Musa e Tecna. Os especialistas pareciam totalmente alheios a isso. Todos curvaram a cabeça em sinal de respeito. Clarisse (a avó da Stella pra quem não lembra) procurou alguma coisa com os olhos e então seu sorriso murchou, mas ela logo tratou de refazê-lo. “Vamos, entrem!” ela se virou e começou a andar com os reis em direção ao castelo, sendo seguida pelos meninos e as meninas ficaram mais atrás com uma desculpa que não convenceu ninguém, mas por sorte Elliot tinha um bom tato e logo entendeu que elas queriam ficar à sós e chamou os outros meninos não tão perceptivos.

“Tem alguma coisa muito estranha aqui” Tecna murmurrou, enquanto elas andavam alguns passos atrás dos outros.

“Sim, a Stella não apareceu pra nos receber.” falou Bloom e as outras concordaram.

“E a expressão dos pais dela, eles pareciam angustiados, preocupados.” sussurrou Flora.

“Notou que a vó da Stella parecia procurar alguma coisa?” perguntou Layla.

“Sim, e depois ela ficou meio cabisbaixa” completou Musa. Todas elas tinham percebido isso.

“Mas isso não faz sentido algum!” exclamaram Tecna e Layla.

“Não se for alguma coisa” concordou Flora e completou: “ mas se fosse alguém ia fazer completo sentido” As meninas se entreolharam, todas compartilhando a mesma ideia assustadora. E elas teriam continuado assim, se não fossem chamadas por Sky.

“Porque vocês estão aí paradas?” perguntou ele. Os outros garotos se viraram pra elas. Elliot notou a mudança na expressão delas, mas não comentou nada, só trocou um olhar com Flora, ele estava preocupado com sua Fllorzinha, ela era tão delicada e sua expressão estava bem torturada, mas ela sorriu, um sorriso que não chegava aos olhos, mas mesmo assim ele retribuiu um sorriso, fingindo que não tinha notado nada além do que os outros tinham notado, mas fazendo um nota mental pra perguntar sobre isso mais tarde.

“Não é nada.” sorriu Layla. E eles continuaram andando. As garotas trocaram olhares e foram ficar ao lado de seus namorados.

Cada casal parecia totalmente absorto em suas conversas pra qualquer observador, mas as meninas tinham a mente em um lugar bem distante.

Quando eles chegaram ao vestíbulo, uma mordomo apareceu e falou aos cochichos com o rei e a rainha.

“Sim, sim, estamos indo” falou Stefan (N/A: Stefan é o rei e Selenne é a rainha, tá?). “Vocês podem ficar à vontade, eu e Selenne temos que ir resolver um assunto urgente” ele falou em tom de desculpas.

“Podem deixar, eu cuido deles” falou Clarisse e os reis se retiraram. Clarisse já sabia do que se tratava. Era mais uma reunião sobre o desaparecimento da princesa, sua netinha. “Então, queridos, vamos aos seus aposentos?” ela tentou sorrir.

“Ah... Senhora” começou Bloom. “Nós... precisamos perguntar... Onde está a Stella?”

“Ah, minha querida!” falou Clarisse, a voz cheia de tristeza, “ queria eu saber!”

As meninas trocaram um olhar assustado, a velha senhora tinha acabado de confirmar suas suspeitas, mas os meninos não sabiam tinham ideia do que se tratava a conversa.

“O que a senhora quer dizer?” perguntaram em coro.

“Ah, Deus! A Stella sumiu algumas noites atrás” ela falou.

As meninas arfaram, escutar isso era um choque, mesmo que elas já soubessem.

“Não soubemos de nada dela desde então, a não ser uma carta que apareceu três dias depois que ela fugiu ou foi raptada.” Ela falou do rapto, mas não acreditava que Stella tivesse sido raptada, na verdade parecia que ela tinha fugido, mas ninguém além de Clarisse acreditava nisso.

Um silêncio muito constrangedor preencheu o cômodo, pesando sobre cada um dos que estavam lá.

“Então, os pais dela foram ver algo sobre isso, né?” perguntou Nabu.

“Sim, todo tempo tem alguma reunião, estão procurando voluntários pra ajudar nas buscas e possíveis locais onde ela possa estar.” falou a velha senhora.

“Podemos ajudar” falou Riven.

“Sim, podemos.” falaram os outros.

“Ah! Que maravilha!” falou Clarisse, que estava realmente grata, eles eram bons amigos. “Podem vir comigo assim que instalarem-se.”

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Bloom estava em um grade quarto, andando de um lado pro outro. Ela estava muito preocupada com a Stella. Os meninos puderam ir pra a reunião e iam sair em busca da Stella pela noite. Isso deixava ela furiosa. Eles podiam ajudar e elas não! Absurdo! Por fim ela cansou de andar e resolveu sair do quarto e chamar as meninas.

Bateu na porta do quarto de Flora, que era em frente ao seu. Quando a porta abriu, falou:

“Me ajude a chamar as outra, precisamos fazer alguma coisa”

“Mas o que...” falou Flora, franzindo a testa, mas foi interrompida por Bloom.

“Vai, depois eu falo! Vamos nos reunir no meu quarto, okay?” Flora nunca tinha visto a Bloom tão exaltada, então só concordou com a cabeça, fechou a porta do quarto e foi chamar as outras.

Cinco minutos depois, todas estavam no quarto de Bloom. Musa estava sentada no tapete felpudo, recostada na cama; Layla estava sentada na cama junto com Tecna e Flora; e Bloom estava de pé.

“É uma baita injustiça que eles possam ajudar e nós não” ela começou e as outras murmuraram concordando. “não vamos ficar de braços cruzado esperando! Nós a conhecemos há mais tempo que eles”

“concordo com você, mas o que vamos fazer?” perguntou Musa.

“Eu não sei!” suspirou Bloom, “ só não acho certo que fiquemos sem fazer nada, ela é nossa amiga!”

“Sabemos como se sente.” murmurrou Flora.

“Bom, podemos só tentar achar pistas”falou Layla.

“É melhor que nada.” falou Tecna.

“Ok. Vamos juntar o que sabemos sobre o sumiço.” falou Bloom.

“Sinceramente, só sabemos que ela fugiu,” falou Tecna.

“Precisamos de alguém que conte pra nós o que aconteceu antes dela desaparecer.” Musa

“E tem que ser alguém que não vá desconfiar da gente.” completou Flora. Assim que ela falou isso, alguém deu batidinhas tímidas na porta.

“Pode entrar!” falou Bloom e as meninas fingiram uma conversa normal. A porta abriu e revelou uma garota bonitinha, devia ter a idade delas, cabelos negros e olhos cor de mel.

“Com licença, só vim deixar algumas toalhas limpas” ela falou olhando pro chão.

“Ah, claro!” depois disso, a menina entrou e foi até o banheiro carregando toalhas.

“Podemos perguntar a ela” falou Musa. As meninas se entreolharam e sorriram, a primeira vítima de interrogatório estava no papo!

“Então, qual é o seu nome?” perguntou Musa, quando a menina saiu do banheiro.

“Daniela” ela falou.