Meu Doce Lírio escrita por Capistrano


Capítulo 9
Capítulo 9 - Notícia Ruim


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem!



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Em uma bela manhã de sábado, Lily Evans estava a espera de Severo para passearem juntos pelos jardins, enquanto repassavam a matéria de poções. O frio estava chegando e poucos alunos se arriscavam em caminhar nas terras do castelo, que estavam em temperaturas polares. Aquele estava sendo um dos invernos mais rigorosos, em décadas, da Europa.

Enquanto Lily lia o Profeta Diário, ela demorou-se numa notícia estranha, sobre um desaparecimento suspeito. Aparentemente uma senhora trouxa, cujo nome definitivamente não era britânico, sumiu próxima à entrada do Caldeirão Furado em Londres, e no local autoridades encontraram uma varinha em que o último feitiço fora “Crucio”, uma maldição imperdoável e ilegal.

Era extremamente pertubador ver trouxas sendo atacados, a ruiva tinha uma família não-mágica e aquela notícia iria tirá-la o sono definitivamente. Com a mente ainda preocupada, Severo apareceu sorrindo para a amiga sentada na beira da escada principal.

– Vamos? – Ele estendeu a mão para Lily, que aceitou de bom grado.

Ambos andavam juntos à beira da floresta, entretidos em poções e teorias. A ruiva porém, tinha uma parte de seu cérebro trabalhando insanamente na notícia que saira no jornal, enquanto a outra estava ocupada em responder as perguntas didáticas do amigo.

Após repassarem toda a matéria do semestre eles começaram a voltar para o castelo.

– Você parece distante – Severo comentou.

– Eu sei... Li uma notícia estranha, que me lembrou que preciso escrever para meus pais, e fazer um cartão de aniversário para Petúnia...

– Não sei porque se dá ao trabalho de mandar algo para sua irmã, você sabe que ela vai rasgar, queimar e destruir tudo o que fizer para ela. – Ele respondeu, sendo honesto com a amiga. – Não li o jornal hoje, que notícia te preocupou?

– Uma trouxa foi torturada por Crucio e desapareceu próximo ao Caldeirão Furado. – Ela desabafou, ainda estremecida só de lembrar.

Severo teve uma reação curiosa. Com os olhos evitando os de Lily ele começou a andar um pouco mais rápido, com a desculpa que estava ficando com frio.

– Você está bem? – Ela perguntou preocupada quando o amigo pareceu querer começar a correr.

– Me escuta com atenção... – Eles chegaram em uma parte coberta do colégio, que estava vazia. Snape começou a sussurrar. – As coisas vão mudar... esse é só o começo, de algo que ao mesmo tempo já esta sendo preparado a muito tempo... Toma cuidado Lily... por favor.

Ela o encarou assustada pelo o que o assunto os levou. Aquilo era um aviso pelo qual ela não entendia o motivo, mas ao ver os olhos apreensivos do amigo ela entendeu que era sério. “Tudo bem” foi o que ela disse amedrontada.

Severo claramente ficou satisfeito com a resposta da amiga, eles se separaram depois de um abraço de despedida, e ele voltou para as marmorras.

Lily perlambulou sem rumo pelo castelo. A cabeça ainda imersa em teorias sobre como aquela senhora trouxa desapareceu e o porquê de seu melhor amigo ter lhe dado uma advertência aparentemente mortal.

Ela não pareceu notar quando esbarrou os ombros com Sirius, uma pessoa em que ela estava empenhada em evitar. Ao acordar do transe que seus pensamentos a levaram, a ruiva teve a ajuda de Black para levantar, e a excessiva educação dele a incomodava.

– Hm... Desculpe pelo esbarrão, estava destraída... Obrigada pela ajuda – Fazendo menção a tomar o caminho oposto, a ruiva foi impedida pelas mãos de Sirius que puxaram as suas.

– Evans, você sabe que James ainda espera que vocês tenham a conversa que prometeu lhe dar, certo?

– Sei... Eu ando muito ocupada, tenho certeza que Potter irá entender... – Aquela promessa ainda rondava eventualmente os devaneios da ruiva, que ficava nervosa ao lembrar-se da situação em que lhe conveio.

– Você nos evita sempre, porque? Não somos legais o bastante para termos a honra de falar com você?! Pelo visto só Remo passou nos seus quesitos, hen?! - Ele a encarou, e Lily notou, pela primeira vez, que havia mágoa em seus olhos.

– Você acha que os evito por quão legais você são?! Ta na cara que você realmente não me conhece... – Ela não pretendia começar uma discussão, ainda mais com Black que sempre a pertubava, porém era inevitável, estranhamente ele parecia saber exatamente o que a irritava.

– Ah sim, já ouvi falar sobre sua grandeza, gentileza e educação... O que é um pouco irônico, pois não me lembro de você ter me agradecido por não te dedurar para McGonagall depois do soco... Você também não me pareceu gentil quando ameaçou azarar James, enquanto ele estava de costas! Essas coisas confundem as pessoas Evans, ninguém te conhece de verdade, há sempre uma face sua nova para nos surpreender!

Sirius de fato sabia como irritá-la. Tocar em assuntos que ela tentava esquecer com tanto empenho certamente a deixava furiosa o bastante para entrar em uma calorosa discussão, a do tipo que Black gosta.

– As virtudes que mais prezo não são grandeza, gentileza ou educação. Passo por cima de todas essas por uma atitude que acho muito mais nobre e valioza, a lealdade! Essa sim é a minha maior virtude! Sinto muito que minhas atitudes não tem agradem, mas as suas também não são exemplares! Azarar alunos mais novos, despreparados, jogar colegas no lago negro, fazer piada de todos que passam... Isso certamente não é educado, gentil ou grande!

Ela tinha conseguido afetar Sirius o bastante para ver sua máscara de arrogancia cair, e no lugar dela ficar o rosto de um menino de 14 anos ofendido.

– Você não me conhece, não me julgue por nada que eu fiz, ou faço – A voz dele tremia de raiva, rancor, ou mágoa, ela não sabia ao certo dizer, mas ficou feliz que o corredor em que estavam permanecesse vazio.

– Você também não me conhece, não me julgue pelo o que escuta de mim, ou pelo o que me vê fazendo em momentos de irritação – Eles se olhavam, era evidente que nenhum dos dois queria continuar a argumentar o quanto o outro era desprezível.

Black assentiu concordando, sem tirar os olhos dos dela.

– Se você está preocupada com a notícia de hoje no profeta diário, saiba que eu também estou, e James igualmente.

– Como... Como você sabe? – Lily ficou atônica. – Você está me seguindo?

– Não exatamente, digamos apenas que eu sei onde todo mundo está, toda hora e em todo lugar.

Deixando uma pergunta irrespondível na cabeça da ruiva, Sirius foi embora, virando as costas para uma menina confusa.

Black sabia o quanto Lily estava preocupada com o que lera nessa manhã, e mais uma vez ela caminhou sem rumo pelos corredores, ainda pensante sobre o sumiço da senhora trouxa.


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Notas finais do capítulo

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