Meu Doce Lírio escrita por Capistrano


Capítulo 6
Capítulo 6 - No caminho


Notas iniciais do capítulo

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Dentro do trem Lily já sentia a atmosfera de sempre. Os alunos do primeiro ano confusos, os do sétimo ajudando, e claro, os marotos atrapalhando.

A ruiva não tinha nenhum pingo de vontade de encontrar com todos eles ali, juntos. Ela gostava de Remo, bastante até, enquanto Pedro sempre cativara sua simpatia e instinto maternal. O problema era os outros dois.

No Terceiro Ano Lily e Sirius acabaram se desentendendo, e ela precipitou-se em lançar-lhe um soco em seu rosto, fato pelo qual ela se arrependia amargamente. E tinha o Potter, que a deixava bastante irritada. Ele sabia ser um perfeito idiota, e praticava muito esse dom, porém também havia se mostrado um garoto educado, quando queria.

Felizmente nenhum dos marotos viram-na ali no final do corredor. Afinal, eles estavam muito ocupados lançando sapos de chocolates nos novatos, e se divertindo ao desespero deles, o que fez o coração da menina se apertar de pena.

Um dos alunos do primeiro ano pareceu notar a bondade no face da garota, pois assim que Pedro jogou uma dúzia de sapos em sua direção ele correu, escondendo-se atrás dela.

– Tá tudo bem, é chocolate... não precisa ter medo. – Ela tentou acalmar o garoto amedrontado.

Com algum bom senso ele pareceu se convencer de que de fato os répteis eram comestíveis e parou de tremer e chorar, se afastando com os olhos agradecidos para Lily.

Era bom confortar os mais novos, o problema é que os marotos finalmente notaram sua presença, deixando-os ali, encarando-a, todos apreensivos, talvez esperando que ela dissesse algo sobre intimidar os alunos mais jovens. Porém ela os olhava da mesma maneira.

Pedro foi o primeiro a quebrar o contato visual, tendo um ataque de alergia à poeira. Remo mandou um olhar significativo para a amiga ruiva, e foi levar o garoto gordo à um compartimento arejado. Restando apenas Black e Potter, os dois estudando cada movimento de Lily.

Não se sabe ao certo quanto tempo se passou até os três pudessem parar de se olhar. Felizmente Alice, amiga da ruiva, e Frank, um menino da Grifinória, passaram aos risos contidos, entretidos em alguma conversa aparentemente interessante. A menina de cabelos acaju não queria atrapalhar o clima entre os dois, ela sabia o quanto a amiga se interessava pelo garoto em questão. Porém a situação atual era de maior urgência.

Sem cerimônia, Lily desviou dos olhares de Black e Potter, enquanto se colocava no meio do casal que caminha à um compartimento vazio.

Ambos à olharam confusos, porém não à rejeitaram.

– Oi Lily... que repentino te ver aqui... – Frank e Lily não se falavam muito, apenas nas aulas de runas antigas, em que ele era um dos poucos colegas de classe dela.

– Err... eu sei, é bom ver vocês... – A ruiva lançou um olhar de desculpas para a amiga, e esperava que ela entendesse.

Ao fundo ela sabia que James e Sirius estariam estranhando toda a situação, talvez até não tivessem saído do lugar, ainda com os sapos de chocolate na mão. Era estranho revê-los, e ainda mais estranho estar confusa e constrangida perto deles. Felizmente ela chegou no compartimento e pode se distrair o bastante para esquece-los.

Não foi uma viagem conturbada, Lily finalmente pode desabafar sobre o quanto a irmã mais velha estava sendo incômoda, e era um conforto receber o incentivo e conselhos dos amigos. Pelo o que parecia, o verão da ruiva fora o único que não se mostrou perfeito, pois os de seus amigos estavam à beira do espetacular.

– Não acredito que vocês passaram as férias inteiras na França! Isso é perfeito! – Ela exclamou depois que soube sobre o verão de Alice e Julian tinha sido em terras parisienses.

– Nós sabemos! Foi uma pena não ter tido você conosco! – Julian abraçou a amiga, ainda matando a saudade depois de tantas semanas distantes.

A chegada em Hogwarts não teve nada de muito diferente do normal, o banquete quando servido cessou as conversas e deu-se inicio à gula sem fim.

Lily e Alice, ao fim da noite de boas-vindas, se espremeram em um dos corredores vazios do colégio para poderem enfim, tratar de assuntos não tão públicos.

– O que houve com você no trem?! Frank estava insunuando de que passaria o Natal aqui no colégio comigo... até você se meter no meio! – A amiga sussurrou vividamente para a ruiva.

– Ah, desculpe! Eu percebi o quanto você estava animada... mas não podia ficar nem mais dois minutos encarando o Potter e o Black! Desculpe Alice! – Lily corou, envergonhada por ter atrapalhado um momento tão especial para a colega.

– Tudo bem, vou dar um jeito de conversar com ele à sós novamente... – A menina tranquilizou a amiga, porém parecia querer tratar de outro assunto nem tão simples. – Hm, uma pessoa perguntou por você no trem. – disse ela enfim.

Por mim?! Quem?! – Lily questionou aflita.

– Severo... Ele não parece estar nada bem. Eu sei que você apenas defendeu o Remo, eu teria feito a mesma coisa... Mas Lily, Severo não fica bem longe de você... algo muda nos olhos dele. – Alice gostava de Snape, não tanto quanto a ruiva, porém o bastante para se preocupar com ele.

– Eu sei, não vou mais evitá-lo – determinou-se a menina.

A verdade é que as amizades de Severo a tirava o sono, era realmente uma questão que a preocupava quiçá mais que a relação com Petúnia, ou sobre as incoveniencias dos marotos, e certamente mais do que os teste de fim de ano.

Quando as duas deitaram-se para dormir, Lily prometeu a si mesma que traria Snape novamente para o seu lado, e que não deixaria que ele fosse influenciado por mentes sujas e superficiais como a do Malfoy.

Ao fechar os olhos, ela sonhou com um amigo do qual gostava muito, e que sentia uma saudade fulminante... ele tinha longos cabelos negros, e um nariz comicamente seboso.


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Notas finais do capítulo

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