Meu Doce Lírio escrita por Capistrano


Capítulo 5
Capítulo 5 - Um verão banal


Notas iniciais do capítulo

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Lily passou o resto do ano evitando os marotos. Havia sido constrangedor demais toda aquela situação depois da final de Quadribol, e ela se sentia péssima, cada dia pior. Eventualmente ela notava os olhos de Potter sobre ela, porém a ruiva sempre dava um jeito de esquivar-se.

Severo também estava sendo ignorado, talvez com não tanto empenho quanto os marotos, porém Lily não trocava palavras com ele. As vezes ambos se olhavam, magoados um com o outro. Era pertubador ver o quão próximo ele estava de seus amigos sonserinos.

Ninguém mais a insultou desde aquela noite, o que era um motivo de muita felicidade para a menina. Jane não frequentava mais a Sala Comunal com tanta regularidade, e nas refeições sentava afastada.

Fora um alívio quando as aulas terminaram. Lily enfim poderia rever os pais e ficar em família novamente, mesmo sabendo que teria atritos diários com Petúnia.

O embarque ao Expresso de Hogwarts não foi menos emocionado do que nos outros anos, apesar dos empecilhos ela amava aquele lugar, e sentiria saudades da magia de cada corredor. Ela acenou para o Guarda-Caça Hagrid que estava aos prantos na estação, e acomodou-se no compartimento com suas amigas.

Foi uma viagem tranquila, sem – felizmente – nenhuma visita dos marotos. Lily sentiu uma grande alegria ao ver os pais ansiosos na King Cross à sua espera.

– Pai! Mãe! – a ruiva correu para o abraço de Charlotte.

– Querida, nossa como está crescida! – emocionou-se a mulher. – É horrível vê-la tão pouco!

O pai, Jonh, pegou o malão e o gato da filha, enquanto os três caminhavam para longe da agitação dos alunos revendo as famílias.

– Cadê a Túnia? – Perguntou Lily ao notar a ausência da irmã.

– Bem... Ela preferiu esperar em casa... – Explicou a mãe sem graça.

– Mas se preocupe querida, preparamos uma bela surpresa para você! – Animou-se o pai.

Foi um caminho um pouco longo até em casa, já que eles não moravam em Londres, e sim em uma cidadezinha perto. Na chegada de Cambridge Lily já podia sentir seu coração se esquentar com o reconhecimento do seu lar.

A casa que a família morava era modesta, porém muito bem ornamentada e decorada. A ruiva amava cada canto daquela vizinhança e poder estar de voltar era como abraçar um velho e querido amigo. Na chegada da garagem os pais ajudaram a garota com a bagagem.

– Ah meu amor, você vai adorar, preparei um bolo de laranja do jeito que você gosta! – Entusiasmou-se Charlotte.

Lily não prestou tanta atenção ao que a mãe dizia, ela estava nervosa com o reencontro com Petúnia. A ruiva de fato não tinha ídeia de como a irmã iria reagir vê-la.

Lar doce Lar novamente! – Brincou Jonh, quando os trê puseram os pés no hall.

A casa estava igual ao que a menina se lembrava. Uma cozinha pequena, com uma bonita sala de jantar ao lado, no fundo ela podia identificar a sala de estar aconchegante que ela tanto gostava. Subindo as escadas ela sabia que encontraria sua quarto do jeito que tinha deixado no último verão, seus pais sempre prometeram deixar seus pertences intactos.

– Venha meu anjo, deixe seu pai colocar as mala lá em cima. Venha comer seu bolo favorito... não sei o que vocês bruxos comem em Hogwarts, fico tão aflita... você comem bem não é? – Ela perguntou com os olhos ansiosos.

Diferente de Petúnia, os pais adoravam magia. Tinha ficado encantados quando descobriram que Lily era diferente, e sempre queriam saber detalhes da vida mágica que ela levava no colégio.

– Comemos sim mãe. – sorriu a ruiva afetuosamente.

Na metade de seu segundo pedaço de bolo Lily ouviu passos apressados na escadas e uma voz exageradamente aguda dançandos pelos corredores, era sua irmã. A ruiva tinha a feliz impressão de que Petúnia estava animada hoje.

– Mas o que.... o que ela está fazendo aqui?! – exclamou a menina quando entrou na cozinha, perdendo toda a migalha de alegria que lhe restava. – Eu não quero ela perto de mim, já disse isso! Tira ela daqui mãe!

– Calma Túnia, querida está tudo bem, é só a sua irmã! – Charlotte levantou da cadeira do lado da jovem bruxa e foi acalmar a filha mais velha. Petúnia se tremia e chorava compulsivamente, enquanto a mãe se desesperava e chamava o pai. – Jonh!!!

O Trouxa de meia idade correu para pegar um copo de água com açúcar para a menina nervosa no meio da cozinha.

– Filha, fica calma... Avisamos que sua irmã estaria voltando, lembra? – O homem tentou trazê-la à razão.

Enfim a garota pareceu se acalmar, ainda sem olhar a irmã bruxa nos olhos, ela se virou e voltou escada acima para seu próprio quarto. Sua mãe, Charlotte, foi atrás da filha mais velha, para ter a certeza de que ela estaria bem.

– Desculpe por isso Lily... Ela sabia que você voltaria, mas você sabe como Túnia tem medo dessas coisas não é? – Ele encarou a varinha no bolso da calça da ruiva. – Se prepare para um verão difícil meu Doce Lírio... Petúnia está mudada.

O pai tinha toda a razão, definitivamente estava sendo umas férias bem complicadas. A irmã mais velha tinha feito novos amigos e ela não parava muito em casa, deixando que Lily pudesse ficar bastante tempo com os pais. Porém todos se preocupavam com quem ela andava, era uns meninos briguentos e sem educação que aterrorizavam crianças menores, bem covardes na opinião da ruiva.

Ao fim do verão os pais conseguiram levá-la até Londres para embarcar, o que a deixara muitíssimo feliz. Petúnia estava perambulando pelas ruas da cidade com suas novas amizades, e quando indagada se gostaria de se despedir de sua irmã ela apenas respondeu “eu não tenho irmã”.

Foi como um soco no estômago, ouvir aquilo. Lily não esperava tal atitude, talvez por ingenuidade ela ainda tivesse esperança da aceitação de Túnia, o que obviamente nunca aconteceria. Os pais a consolaram até a King Cross, dizendo o quanto se orgulhavam de sua filha caçula.

Ela os abraçou forte na despedida, tão forte quanto seus braços permitiam. De canto de olho Lily reconheceu Potter, encarando-a, a família dele o ajudando com as bagagens. Era estranho revê-lo, mas ao mesmo tempo bom, significava que ela estava de volta ao mundo no qual pertencia.


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Notas finais do capítulo

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