Meu Doce Lírio escrita por Capistrano


Capítulo 3
Capítulo 3 - Natal alternativo


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem!



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A primeira aula de runas antigas foi tão brilhante quanto Lily esperava. Infelizmente nem todos os alunos pensavam o mesmo, afinal, a sala estava praticamente vazia

– Então, como foi sua aula? – Juliane perguntou curiosa após o almoço.

– Foi incrível, não acredito que vocês estão perdendo uma matéria tão fascinante – As duas caminhavam apressadas para a aula de poções – Então, o que perdi em Adivinhação? – Lily sabia da ardente paixão que a colega tinha por tal assunto e perguntou ansiosa por uma resposta positiva.

Porém antes que Juliane tivesse tempo para falar, James Potter apareceu.

– Evans, posso carregar seus livros até a sala de poções? – ele perguntou com a postura galanteadora que geralmente usava ao se referir a Lily.

– Não, obrigada. – A menina apressou o passo na esperança de livrar-se do incomodo.

– Esqueça James, ela nunca vai te dar condições! – Sirius, o melhor amigo de Potter, sorria divertindo-se com a rejeição do amigo.

– Eu posso esperar, tenho certeza que a sua opinião sobre mim vai mudar. – Ele aproximou de Lily o bastante para poder olhá-la nos olhos.

– Devia... err... escutar seu amigo. – A ruiva desviou os olhos incomodada com aquela com a aproximação inesperada, e agarrou o braço da amiga, rumo a sala de aula.

As duas chegaram à tempo, Juliane ainda estava ruborizada graças ao encontro com os marotos.

– É serio, não sei como eles conseguem ser tão incríveis... – a menina suspirou sonhadoramente sentando-se em seu lugar.

A aula de poções era um dos momentos prediletos em Hogwarts para Lily, ela adorava a matéria, o professor e gostava de saber que Severo era seu colega de turma. A garota ruiva sentia saudades de seus momentos com ele, e vê-lo perto dela, a confortava. Infelizmente os amigos sonserinos dele também estavam participando da aula esse ano, o que a deixava desconfortável.

– Lily! Como foram as férias? – O Professor Slugorn sorriu afetuosamente para a aluna, que retribuiu de forma igual.

– Foram muito boas, mas é bom estar de volta...

Os meses foram passando e a ruiva estava ainda mais encantada com a magia. Ela nunca perdia o espanto ao ver os quadros se mexerem e ao perceber os encantamentos em todos os lugares, tudo aquilo era perfeito aos olhos dela.

No Natal Lily escreveu para seus pais uma carta emocionada. Ela sentia falta de casa, e gostaria de passar o feriado com eles, porém sabia do incomodo que daria à irmã caso aparecesse... Era em dezembro que Petúnia fazia aniversário e ver Lily poderia perturbá-la, no ano passado a jovem bruxa tentou passar o inverno em casa, mas ao chegar no quintal a irmã a recebeu com sapatadas.

Lembrar daquela rejeição encheu os olhos da menina de lágrimas. Era uma situação dolorosa, graças à Petúnia a ruiva não via os pais com a frequência que gostaria e sentia falta de sua vida pacata em Cambridge (cidade em que a família vivia).

– Hey, Lily? – Um menino magro e muito abatido se aproximou da garota, ele tinha os olhos gentis e o cenho preocupado. – Não chore, é triste passar o Natal longe da família, mas você está em Hogwarts... Aqui é seu lugar.

Era Remo, um bruxo na qual Lily adorava. Apesar de ser amigo de Potter, a ruiva o achava muito simpático e agradável, talvez o único maroto que ela admirasse.

– Mas sinto falta da minha família, ficar longe deles é difícil... – O garoto abraçou os ombros da amiga e ambos ficaram olhando o correio levar as cartas do alunos. – Você também nunca passa o Natal em casa... porque?

Era uma pergunta delicada, percebeu Lily logo após te-la feito. Remo remexeu-se no banco e se afastou da amiga, os olhos e a mente distantes, ele encarou as velas flutuantes no teto do Salão Principal.

– Eu e minha família não nos damos bem... prefiro ficar aqui, onde tenho amigos que me querem bem... – Ele deu de ombros, claramente pondo um fim no assunto.

Aquele era o primeiro Natal de Lily em Hogwarts. Ela e Remo caminhavam todos os dias pelas terras nevadas do castelo, ele parecia conhecê-las muito bem, e felizmente a menina pode se distrair o bastante para não se lamentar da distância familiar. Era agradável estar na companhia de uma pessoa tão especial.

Na véspera do feriado Pirraça e Filch se atiravam bolas de neve pelos jardins congelados. A ruiva já tinha se preparado para os exames de herbologia e transfiguração e agora participava de um campeonato de xadrez bruxo com Remo e dois alunos da Lufa-Lufa.

As férias de inverno passaram rápido, e logo Hogwarts já estava cheia novamente de jovens bruxos. Era bom ter a companhia das amigas novamente, e principalmente poder ocupar sua mente com as aulas regulares.

– Lily! – A menina ouviu seu nome, e reconheceu a voz.

– Severo! – Ela correu em direção ao amigo, sentia mais falta dele do que gostaria de admitir.

Ela o abraçou forte, não se importando com os olhares e julgamentos alheios. Severo era um amigo muito querido, porém muitos alunos o taxavam de esquisito, ela discordava. Lily o achava brilhante.

– Como foi seu Natal? – Ela perguntou sem soltá-lo.

– Foi muito bom! Passei na casa do Lúcio! – Ele apontou com a cabeça para um menino loiro e arrogante. Quando o olhar da menina encontrou com o dele, seu cenho se franziu em uma expressão enojada.

– Err... Deve ter sido legal... – A ruiva quebrou o contato visual e voltou-se para o amigo.

– Como foi o seu? – Ele perguntou.

– Bem... Você sabe como é a Petúnia, sempre muito difícil de se conviver... Esse Natal resolvi poupá-la, e passar aqui, com Remo. – Severo conhecia a irmã de Lily muito bem para saber o quanto ela poderia ser mau-educada com bruxos.

– Com Remo?! Aquele esquisito?! – Repentinamente os olhos negros calorosos que a ruiva tanto gostava, transformaram-se em um olhar de pedra, e o rosto alegre de segundos atrás, estranhamente lembravam de Lúcio Malfoy.

– Sim, Remo. Ele não é esquisito, não diga uma coisa dessas!

– Ele é perigoso, não devia andar com ele!

– Seus amigos também não me parecem boas companhias! Eles são arrogantes, fúteis e sombrios!

– Sombrios?! – Severo riu, deixando Lily extremamente irritada. – Você não sabe nada do que está dizendo!

A ruiva o encarou. Era ofenssivo da parte dele rir dela daquela forma, deixando-a envergonhada. Ela não gostava de brigar com amigos, ainda mais com Severo, porém não era justo ele dizer aqueles absurdos de Remo na frente de todo mundo. Aos passos apressados ela o deixou ali, parado na frente de seus amigos sonserinos e alguns alunos da Corvinal.


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