Meu Doce Lírio escrita por Capistrano


Capítulo 29
Capítulo 29 - O Chá


Notas iniciais do capítulo

Eu sei que demorei um pouco pra postar esse capítulo, me desculpem... Mas caprichei nesse e espero que gostem!



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Ela ficou ali, encarando Potter com as flores na mão, sem saber quanto tempo se passou ou quem a estava observando. Simplesmente atônita por ele estar parado no hall de sua casa, uma locação que ela pensou que ele nunca daria o ar de sua graça.

Aquilo era algum tipo de brincadeira? Por que ele tinha flores? Ele tinha que estar tão bonito? Como ele chegou ali? Será que ele notou as pernas dela falhando ameaçadoramente? Pensou a ruiva desesperadamente. Sentindo seu peito inflar de sentimentos confusos e contraditórios e seu rosto queimar violentamente.

– Lily, querida... Gostou da surpresa? Convidamos seus amigos para o lanche... – Comentou constrangida Charlotte, se aproximando da filha e a tirando do estado de transe.

– Hm, nossa mãe... Err foi uma grande surpresa realmente, obrigada – Ela respondeu ainda se esforçando para parar de perfurar James nos olhos. – Ah... Olá Sr e Sra Potter, Remo, Pedro e Sirius... Oi James. Fiquem a vontade. – Com a voz excessivamente grossa e formal ela desceu o último degrau da escada e se postou ao lado dos pais.

– Estamos muito felizes com o convite. Nossa ronda de vigia seria ontem, mas conversamos com Kingsley e Arthur e eles cederem em estender seus turnos para que pudéssemos receber nossos meninos em casa... – Comentou o pai de James. – Mas hoje viemos cobrir nossa função, e que é especialmente mais agradável com a sua presença Lily. – O bruxo sorriu para ela, que retribuiu nervosamente.

– Ah estou muito feliz de conhecer mais alunos de Hogwarts. Digam seus nomes! – Pediu entusiasmado John.

– Me chamo Remo – Aluado estendeu a mão para os donos da casa e sorriu confortavelmente para Lily. Era bom ter um amigo tão querido por perto.

– Eu sou Sirius Black, sua filha deve ter falado muito de mim... Todas falam – Ele deu de ombros e lançou um sorriso ridículo, na opinião da dona dos cabelos acaju.

– Na verdade não me lembro de ela o ter mencionado – Murmurou confusa Charlotte.

O menino galanteador fingiu não ouvir e fincou os pés ao lado de Pontas, em sinal de conforto e apoio.

– Meu nome é Pedro – Se apresentou Rabicho corando.

– Hm, sou James Potter – Pigarreou ele, oferecendo as flores à Lily – São para você.

Ela pegou o buquê sorrindo em agradecimento, incapaz de pronunciar qualquer palavra que não denunciasse a bagunça que estava formada em sua cabeça. Ao som daquele nome ela se sentiu aliviada de nunca o tê-lo mencionado em nenhuma carta, ou nenhuma conversa com os pais. Dessa forma ela não ficaria mais constrangida.

– Que gesto gentil! – Comentou a mãe da menina, sorrindo afetuosamente para James. – Venha, vamos nos sentar...

Enquanto os convidados eram conduzidos pela casa, a ruiva se afastou procurando um vaso em que pudesse colocar as flores. Eram Lírios e seu coração quase parou quando percebeu.

– Hm, Lily? – Disse Remo vacilante – Gostou mesmo da surpresa?

– Claro que gostei, não iria suportar o verão de tanta saudade de você! – Comentou a garota.

– Você... Sei lá, pareceu meio nervosa. Espero que não se importe de estarmos aqui

– Ah Remo, não se preocupe. Desde quando você me incomoda? – Ela sorriu

– Eu não estava me referindo à mim, você sabe disso – O menino a encarou nos olhos, deixando no ar mil perguntas sem respostas.

– Deixa pra lá Aluado... Vem, vamos nos sentar. Acho que vai gostar dos chás dos trouxas... – Ela envolveu o braço do convidado e o arrastou para o jardim.

Na mesa tinha dois lugares vagos, todos os outros já estavam sentados e conversando animadamente. Exceto James que a encarava apreensivo. Os dois lugares ainda vazios eram um de cada lado do menino nervoso. E a ruiva se viu obrigada a conversar com o colega durante toda a refeição.

– Então, pensei que fosse conhecer Petúnia... – Ele comentou tomando um pouco de suco.

– É... Ela não tem passado muito tempo em casa, na verdade ela praticamente só dorme aqui – Lily deu de ombros encarando a bandeja de frutas. – Sorte a sua – Murmurou ela para que apenas ele a ouvisse.

– Então Filha, todos você são muito amigos? – perguntou a mãe enquanto todos os convidados se deliciavam com as comidas.

– Hm, sim. Especialmente Remo... Ele tem me ajudado em Poções, não é mesmo? – Ela sorriu para o garoto acanhado.

– Na verdade é você quem me ajuda mais. Lily é uma das alunas mais brilhantes do colégio, mas é claro que vocês já devem saber disso...

– Enfim, Remo é uma excelente companhia – A ruiva o elogiou, grata pelo comentário lisonjeiro dele.

– Ah sim... Uma companhia bem melhor que... – A mão encarou a filha por longos segundos - Err, deixa pra lá. Então Remo, você foi bem nos testes?

Enquanto os pais puxavam assuntos com os companheiros de casa da menina. Ela pensou no que Charlotte quase tinha dito. Era algo que espelhava os pensamentos de Lily a todo tempo. A mulher trouxa estava comparando Remo à Severo, o grande traidor da situação. E a garota também se pegava fazendo isso a todo tempo em sua mente.

– ... Então Lily não assiste aos jogos de Quadribol, o que nem sempre é ruim, pois ela é uma péssima torcedora – Deu de ombros por fim Sirius.

– Filha, você não torce pela Grifinória? – Perguntou o pai

– Claro que torço, mas quando tem jogo o Salão Comunal fica deliciosamente silencioso, quase como a biblioteca... É uma boa oportunidade de ler de frente para a lareira.

– Na verdade Lily e James tinham sérios problemas, eles viviam brigando e isso o deixava louco. Acho que ela queria deixar bem claro para ele que nada do que ele fizesse teria importância para ela – Explicou Rabicho, com a boca repleta de bolo.

Todos na mesa encararam Lily. Seu rosto queimou e ela se viu obrigada a abaixar a cabeça e encarar as migalhas de sua comida no prato, fingindo estranho interesse na louça.

– Mas isso não acontece mais... Os dois tem se tornado grandes amigos, não? – Remo tentou salvar a menina, que concordou freneticamente e até mesmo deixou sua mão pousar no ombro de James, como um gesto de afeto.

– Ah claro... Somos melhores amigos agora – concordou Potter, com uma pontada de ironia divertida em sua voz.

– Err... Eu não posso demorar muito... Tenho ainda coisas demais para empacotar para a mudança – A ruiva mudou de assunto, desejando tirar sua mão do toque eletrizante da pele do garoto ao lado.

– É verdade, essa mudança está cansativa. Porque não pede a ajuda de seus amigos na arrumação? Tenho certeza de que não vão se importar... Não é? – Sugeriu a mãe.

– Conhecer o quarto da Lily? – Sussurrou encantado James, com os olhos brilhando como estrelas.

– Eles não vão querer ficar empacotando livros a tarde inteira mãe...

– Aquele seu gato vai estar lá? Porque se estiver, temo que vai ter que abrir mão da minha agradável companhia – Alertou Sirius.

– Isso não vai ser problema. Xinsy pulou da janela de seu quarto assim que entramos no quintal, ele deve estar explorando a região. – Disse John.

– Então, vamos? – Levantou-se Pedro. Nitidamente aliviado pela ausência da felina.

A ruiva de levantou da mesa junto com os marotos, levando-os pelo interior da casa até o andar de cima. Foi uma grande surpresa quando James entrelaçou seus dedos nos dela, mas a menina nada disse ou fez. Ela achou justo que ele tivesse a liberdade de fazer tal ato quando ela mesma o tinha usado para ferir Severo com o mesmo gesto, semanas atrás.

– Esse é meu quarto – disse ela quando abriu a porta para os meninos.


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Notas finais do capítulo

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