Meu Doce Lírio escrita por Capistrano


Capítulo 26
Capítulo 26 - Confusão mental


Notas iniciais do capítulo

Enfim vou dar o que vocês tanto queriam... Romance!



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– Tente canalizar sua raiva. Use-a como um diferencial, e não uma desvantagem... - Aconselhou James enquanto ele e Lily estavam praticando Defesa Contra Artes das Trevas no domingo de manhã. - Acredite em mim. Funciona.

A menina assentiu. Os exames práticos dos N.O.M.s seriam no dia seguinte, e com todo o ódio que a ruiva estava sentindo, ela tinha medo de se descontrolar. E fracassar não era uma opção para ela.

– É difícil, como você consegue domá-la tão bem? - Lily perguntou frustada.

– Eu faço isso bem? Sou mediano Evans, bom mesmo é Almofadinhas. Com aquela família que ele tem, digamos que pratica bastante o controle da raiva. - Sorriu Potter. - Queria que isso não estivesse acontecendo com você...

– Queria ter dado um soco na cara do Malfoy quando tive chance. Fui muito piedosa, não é?

– Um olho roxo faria bem à ele... Mas talvez as coisas só ficassem pior se você o tivesse batido. Esqueceu que seu soco é muito bom? - O menino sorriu charmosamente. - Conversei ontem com Dumbledore sobre sua família. Ele já enviou dois homens de confiança vigiar a casa em Cambridge 24 horas por dia, além dos meus pais é claro

A ruiva queria poder suspirar aliviada. Porém ter a necessidade de ter 4 bruxos vigiando a segurança das pessoas que amava, era ainda mais preocupante. Ela sorriu verdadeiramente agradecida. James estava sendo um bom amigo. Muito melhor do que Severo um dia foi... Comparou Lily inevitavelmente.

– Ah... Quase me esqueci. Meus pais convidaram você para passar o verão conosco. Você e sua família. - O menino a encarou apreensivo. - Então...?

Era uma pena. A dona dos cabelos acaju definitivamente iria gostar de passar as férias naquela linda casa verde novamente. Todavia agora havia um problema grotesco, de proporções altamente destrutivas... Petúnia.

A irmã não iria nem mesmo amarrada e arrastada passar mais do que dois minutos em uma casa bruxa... Cheia de bruxos. E nas atuais circunstâncias não tinha chance de deixar Petúnia sozinha.

– Sinto muito, mas não. Eu gosto dos seus pais, você sabe disso... Mas minha irmã não iria permitir. Minha mãe ainda nem contou a ela que eles terão de se mudar. Ela vai enlouquecer quando souber... Túnia não é muito receptiva à mágica.

– Eu sei.

– Sabe? - Surpreendeu-se Lily. Ela não se lembrava de ter comentado essa fato com James.

– É... Aluado - O menino deu de ombros envergonhadamente. - Usei oclumência nele.

– Ah, tinha me esquecido que você adora entrar na mente de todo mundo... Nem tente se aventurar por aqui - Ela indicou para a própria cabeça.

– Evans, eu sou muito bom. Remo nem mesmo notou quando eu peguei essa informação dele. - Admitiu Potter.

– Duvido que seja tão bom assim. Bruxos incríveis demoram anos até se aperfeiçoarem.

– Sou mediano no controle de raiva, mas acredite em mim. Sou muito bom em oclumência... - Ele a encarou daquele jeito.

– Tente - A ruiva disse, e pela primeira vez não quebrou o contato visual com ele.

– Você pediu... - James se aproximou dela. Lily podia sentir o hálito de menta dele a embriagando, e o menino parou quando estavam a pouquíssimos centímetros de distância. Os olhos castanhos dele ainda a perfurando com intensidade. E então, a ruiva sentiu.

Era uma pressão na cabeça muito sutil, ela nem teria notado caso não estivesse tão atenta. E então o olhar do menino à sua frente se tornou distante. Se alguém o visse de longe pensaria que ele estava imerso em seus devaneios. Entretanto Lily sabia que ele estava imerso nos pensamentos dela.

Era desesperador ter alguém lendo seus pensamentos, ainda mais James.

– Pare! - a voz dela falhou.

– Ciumenta você, hen? - Ele comentou depois que voltou a si. A voz eufórica.

– Duas garotas se degolando por você. Seu grande sonho, não? Sinto muito mas não serei eu quem vai realizá-lo. - A ruiva disse na defensiva. O rosto ligeiramente ruborizado.

– Duas garotas se degolando por mim? Esse não é o meu grande sonho. Você se degolando por mim. Isso sim é parte do meu sonho. - James a encarou novamente.

– Ambicioso. E sonhador demais. - Ela disse, desejando furtivamente sair dali com alguma dignidade. - É melhor eu ir. Tenho muito o que estudar e praticar.

– Espere, eu disse que iria te ajudar com Defesa Contra Artes das Trevas... - Potter assumiu uma expressão suplicante. - Fique... Eu prometo que paro.

Com as pernas ainda desejando ir para longe ela o olhou mais uma vez. Tempo o bastante para que seu coração perdesse uma batida. Ele era irritante, metido e muito vaidoso. Mas estava sendo gentil, e muito legal com ela. E talvez graças à ele seus pais estavam à salvo. Surpreendendo até a si mesma, ela pegou a varinha e voltou para a posição em que estava, ao lado dele.

– Sem brincadeirinhas Potter. Onde nós paramos? - Lily reprimiu um sorriso ao ver a reação dele. O menino estava radiante.

Ao final da tarde ambos voltaram ao Salão Comunal, entretidos com os feitiços que tinham praticado naquele dia. No caminho ela pensou ter visto um par de olhos negros à encarando magoados pelos corredores, e com alguma dificuldade, ela o identificou como sendo Snape.

Em outros tempos ela teria sentido pena dele. Talvez até largasse James e fosse conversar com o Sonserino. Mas atualmente, depois de tudo o que sofreu graças a traição dele, ela apenas pegou a mão de Potter e entrelaçou seus dedos nos deles.

O contato enviou uma corrente elétrica por seu corpo. E ele a olhou surpreso, mas não disse uma só palavra. Apenas continuou a conduzindo pelo caminho.

O olhar o ex-amigo se transformou em algo ferido. Mas Lily não quis mais o encarar, apenas desejou estar logo no Salão Comunal.

Quando enfim chegaram, ela se surpreendeu mais uma vez em relutar soltar a mão de James. Queria ter aquela ele por perto o máximo de tempo possível.


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Notas finais do capítulo

Me dêem o que eu tanto quero... Comentários!