Meu Doce Lírio escrita por Capistrano


Capítulo 25
Capítulo 25 - Cumplices


Notas iniciais do capítulo

To recuperando o tempo perdido graças a manutenção do nyah... Vamos comentar também, né?



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Ele estava onde ela pensou que estivesse e com as mesmas pessoas que suspeitou que estivesse. James, ao lado de Pedro assistiam Marlene, mais uma vez, esnobar Sirius, próximos ao campo de Quadribol.

– Lene... Vai mesmo abrir mão de mim? – Black sorriu provocativamente – Muitas meninas iriam se estapear por essa oportunidade, mas é claro que você já sabe disso, não é? – Ao ver a garota revirar os olhos de desprezo por seu flerte, ele continuou, ligeiramente inseguro – Eu entendo você, está se fazendo de difícil é? Aposto que aprendeu com Lily...

– Oi Sirius – A ruiva anunciou sua aproximação. – Não tive de ensinar nada a ninguém. Você já é ótimo em expelir meninas, ao menos as que têm alguma espécie de amor próprio...

– Definitivamente essa não é a sua categoria, sugiro que volte para o ramo das garotas fáceis – Marlene disse rispidamente.

– Evans sempre mostrando o quão amiga é minha, obrigada pela preferência em estregar minhas investidas... – Black suspirou e encarou ameaçadoramente Pedro, que começava a ter um discreto ataque de risos. – A que devemos a honra da sua presença sempre tão iluminada e educada?

– Vim falar com Potter – Ela deu de ombros – O que? Não posso conversar com ele? – Ela perguntou ao notar o espanto nos cenhos de todos, inclusive do de James. – Posso falar a sós com você ou não?

– C-Claro... – Ele hesitou abobadamente, mas se recompôs com algum esforço – Hm, vamos no vestiário.

Enquanto os dois caminhavam com alguma distância segura, a ruiva ouviu Sirius se dirigir à Marlene.

– Está vendo? Até mesmo Lily já largou a carapuça de menina impossível, vamos Lene... Só uma chance? – Ele perguntou vacilante, e a menina podia jurar que quase viu a amiga revirar os olhos mais uma vez e dar às costas ao admirador.

James a guiou por baixos das arquibancadas do campo, ela nunca tinha estado lá antes, e achou o local estranhamente curioso. Os pensamentos dela ainda estavam enevoados pela raiva que alimentava em seu coração, e ela resolveu admitir a si mesma que estava ansiosa para conversar com Potter e poder ter um companheiro de fúria.

Enquanto desviavam das vigas de madeira, Lily pensou ter visto as mãos de James suadas e seu corpo fadigado, parecia nervoso. Será que ele estava com medo de que a menina da qual gostava descobrisse que andava se encontrando com a ruiva nos fundos do campo de Quadribol? ponderou a dona de cabelos acaju.

Ela não tinha medido seu pedido quando o fez. Só queria poder desabafar com ele, e saber que seria compreendida por alguém. Ela tinha certeza que a única pessoa que se encaixava em tal definição era James, que alimentava uma raiva heroica por Severo, um sentimento que Lily podia apreciar igualmente agora.

Enfim, por entre os painéis de madeira ela viu uma porta vermelha e dourada com o leão estampado, rugindo bravamente. Potter murmurou uma senha, que a ruiva não teve interesse de descobrir e a porta se abriu, revelando um salão branco.

– Tudo bem, estamos sozinhos – Ele disse ao checar o cômodo - Me conte o que aconteceu – James pediu com o rosto intenso ao se acomodar em um banco rígido.

– Bem... Encontrei com Lúcio Malfoy hoje, e ele me disse algumas coisas. Sei que você vai ser o único que vai me entender... – Lily sentiu seu rosto esquentar, mas obrigou-se a continuar. – Aquele nojento confessou que os Comensais da Morte sabem sobre os meus pais... Onde eles moram, até mesmo os nomes e todos os problemas de família que temos... – A voz da menina se elevou involuntariamente e ela sentiu uma bolha de raiva e desespero crescer dentro do peito.

– Como ele descobriu? – Potter se levantou do banco e começou a caminhar pensativamente em volta da garota – Os professores não tem permissão para divulgar qualquer dado pessoal nosso que eles possam saber... Invadir o escritório de Dumbledore seria quase impossível, ainda mais ter acesso à essas informações, não deve ser simples...

– Não foi nenhum funcionário – Lily teve que se conter para não soluçar

– Como assim? Se não foi nenhum funcionário... Só pode ser alguma das pessoas que nos conhecem, mas duvido que alguém possa fazer isso... Ainda mais contar isso para o Malfoy... – A voz de James morreu, enquanto a percepção da descoberta começa a cobrir seu rosto num ódio indomável. – Snape. – Pronunciou ele firmemente.

– Sim... – a ruiva sussurrou. O rosto ainda quente pela fúria, pela dor e pela traição.

– Quem mais sabe sobre sua família? – Potter perguntou com uma voz assustadoramente calma e calculada.

– Voldemort – Lily murmurou ainda mais baixo.

James assentiu, seu caminhar pensativo transformou-se em passos firmes. Seu rosto intenso tinha virado uma máscara de raiva, desde que percebeu que tinha sido Severo quem a traiu. Mas seus movimentos não eram impensados, muito menos descontrolados. Ele sabia comprimir sua raiva muito melhor que a ruiva.

– Vamos tirar seus pais de Cambridge... - começou ele.

– Mas Petúnia nunca iria permitir...

– Não importa. Ela vai. – O menino a encarou. Ambos se olhando num misto de nervosismo, desespero e ódio. – O que você fez depois que soube disso pelo Lúcio?

– Eu... O ameacei... Disse para não chegar perto dos meus pais, caso contrário eu iria mata-lo... – Lily sentiu outro espasmo de fúria percorrer seu corpo ao se lembrar de seu juramento à Malfoy. – Disse que o mestre dele era um lunático, e que eu não temia o pai fracassado que ele tem...

– Foi o que eu pensei que faria – Potter sorriu sem humor – Você fica selvagem quando atacam as pessoas de quem você ama... Eu me lembro bem disso, você quase arrancou minhas pernas graças à minha brincadeira com o Ranhoso no Lago Negro.

– Nem me lembre disso, você devia tê-lo afogado... – A ruiva recordou-se da atitude protetora que ela sempre tivera com o amigo. – Desculpe por aquele dia – Enfim ela disse baixo, todavia alto o bastante para que ele pudesse ouvir.

– Não peça desculpas por isso. É encantador te ver furiosa e protetora... É uma das coisas que mais gosto de você – James lhe enviou um olhar misto, ainda pesado demais graças às atuais circunstancias. – Petúnia não tem opção. Voldemort pode não temer uma ameaça de uma menina de 15 anos, por mais brilhante que ela seja... Mas o pai do Lúcio certamente vai querer lhe dar uma lição.

Lily assentiu. Queria poder se arrepender do que tinha dito ao menino loiro, mas mesmo sabendo que possivelmente pôs sua família em risco por aquela ameaça, ela se sentia mais leve depois de despejar toda a sujeira na cara do Malfoy. Mais leve, e mais perigosa.

– Não se preocupe, eu vou cuidar de tudo... Principalmente do Ranhoso e da Fuinha Loira – Potter lhe prometeu com um olhar engajado.


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Notas finais do capítulo

alerta de casal...