Os Contos de Brids escrita por Niix


Capítulo 1
Capítulo Primeiro - Um olhar ao acaso


Notas iniciais do capítulo

Um olhar ao acaso conta como Mattews inicia sua aventura nas novas terras sem ter nada além das notas de seu antigo professor de botânica e tutor de arqueologia.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/126957/chapter/1

"De todos os caminho que já tomei - muitos deles realmente tortuosos - esse me é de completo e nostálgico agrado. A grama densa e curta, digna de bons dias de sol, mostrava o quão ao sul eu já me encontrava; o suficiente para começar a me intrigar com a forma e a cor de certos frutos e flores. Após passar por montanhas íngremes como poderosas presas de algum gigante lagarto adormecido sob a terra e por desertos e planícies obscenas de tão vastas o simples toque da relva molhada pelo doce beijo do orvalho da manhã encheu meu coração com novas forças.

As árvores eram, em sua maioria, baixas e de galhos fortes. Folhas largas e de um verde-escuro profundo preenchiam os vales e as colinas ao meu redor e, de trechos em trechos, algumas se diferenciavam pelas pequenas folhas circulares de um verde-claro radiante como uma jóia tocada pelo sol. Muitas delas frutíferas, algo raro em meu passado, algo muito raro: Tamanha abundância. A relva era densa porém fácil de trilhar, a grama era curta e de folhas grossas tornando a caminhada macia e suave mesmo nas partes íngremes. Arbustos densos salpicados de pequenas flores de uma gama de cores que variava do amarelo claro e leitoso até um roxo profundo e enigmático. Nunca havia visto uma paisagem de tantas cores embaralhadas e - acho eu -  que se não fosse a atual situação ou minhas aventuras passadas, teria achado aquele emaranhado de vida algo perturbador.

Caminhei alguns dias adentro deste novo cenário e constatei que nem todos os ensinamentos foram inúteis, reconheci alguns dos frutos dos desenhos e descrições que me eram apresentados nas aulas; muitos dos quais possuíam seu repertório próprio de maldições e lendas - o que me deixou um tanto que precavido."

Trecho retirado de Jornais das Terras Verdes do Sul

de Tobias Bors

Com a nota em mãos e comparando os escritos ao cenário que lhe cercava, mesmo imerso em dúvidas teve certeza que se tratava das longínquas Terras Verdes de que Bors tanto escrevera no passado. Aquela nota lhe havia a muito tempo acompanhado em suas viagens e nunca soube realmente se a usaria de fato - certa vez até pensou em vendê-la a alguns nômades por alguns pães ou qualquer carne seca que portassem. Agora sabia a razão de seu tutor ter se aventurado tanto na sua plena juventude: Nenhuma ilustração poderia descrever tamanha explosão de vida quanto aquela que seus olhos estavam presenciando. Cada som que se ouvia - do mais próximo até os ecoados cantos de pássaros - fazia seu papel em uma espécie de coro. Sim era exatamente isso que seu ouvidos lhe diziam: Coro. Ele podia muito bem isolar cada som em sua mente e ouvi-lo, saboreá-lo, vagarosamente. Como quem não acreditava no que ouvia e via, deixava seus olhos correr entre a paisagem e o pergaminho cansado que carregara por todos esses anos, como quem verifica se realmente fora aprovado nos exames finais. 

Após se deleitar em tamanha vida e formas até então sequer imaginadas pode realmente perceber o quanto estava cansado. Por mais que a juventude lhe acompanhasse lado-a-lado, certas provações tinham uma capacidade muito especial de mostrar aos seus joelhos que não eram de todo inquebráveis. Assim que desviou sua atenção de um arbusto pintado de lilás por belas flores abertas em forma de estrelas de cinco pontas, pôs-se sentado e não se preocupou em procurar sombra, o sol não agredia seus olhos e era - após muito tempo sendo xingado - agradável. 

A primeira coisa que realmente queria fazer era tirar as tortuosas botas de viagem e tocar a grama com os pés descalços. Começou a desafivelar a mochila de viagem e a pôs de lado como quem solta um fardo demasiado pesado. Relaxou os ombros e começou a rotineira ação de desmontar-se. Desamarrou as raras e úteis panelas de ferro do cinto de couro. As duas repousaram como quem não se importa muito com conforto ao lado da desinteressada mochila de couro de cervo. Desatou a tira de couro em seu tórax que segurava os cantis pendurados próximos de cada ombro e bebeu alguns goles de um deles antes de jogá-los para um lado qualquer, e seus olhos então passaram por ela, sua maior companheira - que por mais estranho que se pareça, mesmo nas mãos de um simples cozinheiro, se tornara mais eficaz que sua colher de madeira de ceipo - a espada Issfahdril

Estava em sua bainha de couro escuro e detalhes em bronze mas tomara o cuidado de envolvê-la com um manto de lã durante a viagem. Não queria chamar a atenção para tal artefato - muito menos ter que explicar para certos vendedores errantes a razão de preferir passar fome a vendê-la - e, diferentemente do resto de sua bagagem, acomodou ela com cuidado recostada no tronco de uma velha e enorme árvore que tomara como casa provisória. Perdeu-se em um espaço vago a cerca de um palmo de distância de seus olhos, vagando em lembranças de um passado distante enquanto tirava de modo despreocupado as botas de  couro de YeffEscuras como carvão, resistentes como aço e leves como plumas tinha prometido aquele vendedor oriental e, de certo modo, estava certo. Apezar de estarem parcialmente manchadas e com alguns arranhões visíveis, qualquer pessoa poderia confundir aquelas simples botas de viajante com algum sapato requintado da Ordem dos Capitéis, principalmente pelos adornos de metal polido - realmente resistente - que enfeitavam e serviam de gancho para amarrar as intrincadas fivelas e cadarços.    

Ao se recostar releu o trecho onde Bors se dirigia ao som da natureza e notou que, sem querer, pôs a mão em forma de concha ao lado do ouvido esquerdo. Mas tudo que ouviu era um emaranhado de ruídos que não conseguia distinguir. Ruídos. Algum talvez relacionado ao fluxo de um córrego, constante e poderoso, muitos pássaros dispersos e farfalhar dos galhos altos. 

Seus ouvidos são tão requintados quanto seu gosto pelo vestuário, meu caro Mattews.

Eram as palavras de seu antigo professor de música, Sr. Bellezi. Elas provocaram um meio sorriso enquanto guardava com cuidado o pergaminho das anotações de Bors em seu grande porta-mapas: Um tubo oco composto por cascas de pinho trançadas por vimes e envoltas em coro de Yeff tratado para conter a umidade. Desenhara a maioria deles e, agora, se tratavam de oito. Um para cada reinado que passara, lhe faltava o das Terras Verdes e esse ele faria pessoalmente

Após verificar com muito cuidado cada fruto e cada flor, pôs-se a preparar algo para comer. Seus pés agora possuíam um aroma leve de ervas e não se encontravam mais severamente doloridos - fizera uma massagem com um composto de folhas e raízes que aprendera com um estranho peregrino que lhe devia um favor e seus dedos tamborilavam a cada passo, tateando o solo e - de quando em quando - se contraindo em espasmos quando sua alva pele encontrava algum espinho ou alguma pedra pontiaguda.

De acordo com seus instintos, naquele momento, vagarosos e sonolentos, deveria ser quase à tardinha. O Sol se mostrava leitoso e ameno, as sombras se projetavam fracas e todo o ambiente projetava a mesma aura de harmonia e serenidade - até os pássaros se puseram a cantar preguiçosos em homenagem à tarde vagarosa. O vento havia se tornado uma leve brisa e o cheiro de pólen doce e suave penetrara em seus poros e acariciara sua roupa. A vida estava a cada passo, dentro daquela imensa floresta a vida acompanhava cada folha e cada inseto. Algum pássaro grasnou ao longe, reclamando de sua própria preguiça raciocinou Mattews enquanto untava uma de suas preciosas panelas com gordura e a embalava em folhas largas e de cor escura para evitar o desgaste e a corrosão. Guardaria a carne seca e suas provisões para alguma emergência, pensou ele. Por mais que a idéia lhe parecesse absurda - diante de tamanha fartura - decidiu poupar pois poupar nunca é demais.  Comeria alguns grãos e apanharia alguns frutos conhecidos daquela floresta. Nada que fará alguma falta. Assim, reconheceu alguns frutos de diversas cores e certificou-se de não se tratarem de algo venenoso ou azedo.

Dois deles eram duas esferas do tamanho de seu punho cerrado, amarelados de um amarelo radiante e com manchas alaranjadas perto do topo, como se possuísse sardas, outro era em formato de vírgula - tendo a parte superior grande e arredondada, afunilando em curva em uma espécie de estalactite - esse tinha uma tentadora cor rosa clareando a medida que iria estreitando até a base. Mattews aprendera, certa vez, que esses dois frutos eram cheios de energia e davam à quem os possuísse boa sorte e coragem; o fruto amarelado já havia comido certa vez e ele possuía um gosto doce e profundo de um chá de ervas e era bem aguado. O segundo nunca havia visto pessoalmente mas estava curioso para experimentar, para sua surpresa a parte interior do fruto se revelou branca como leite e macia como creme. Ele tinha um gosto neutro, levemente adocicado e cítrico na ponta de sua língua - comeu-o vagarosamente tentando relacionar seu gosto a outras coisas que já havia experimentando para que pudesse descrevê-lo fielmente para quem lhe indagasse, porém nada semelhante lhe veio à mente.

Enquanto comia reparou que muitos animais daquele local o observavam curiosos. Muitos pássaros de cores variadas - alguns simples e pardos e outros variando do mais absurdo verde até o mais sagaz laranja - e alguns roedores pequenos de orelhas pontudas e caudas impacientes. Um mais curioso se encontrava quase ao centro da clareira erguido sobre as patas traseiras e cheirando o ar a sua volta apontando o seu nariz saltitante em direção aos frutos parcialmente devorados, seu pelo era branco e de um brilho azul claro  e sua cauda era como uma seta apontando na direção de seus olhos, suas costas revelavam uma listra lilás desde sua nuca até a ponta de seu rabo; os olhos curiosos eram grandes e negros e possuía uma série de grandes e finos bigodes que alternavam de cima para baixo acompanhando o movimento do focinho. 

Mattews ficara paralisado como quem era pego fazendo algo impróprio à etiqueta do local e, de certo modo, se sentiu envergonhado por não oferecer aos seus visitantes algo para comer; porém assim que passou os olhos por todos e parou de comer eles imediatamente desapareceram num suspiro silencioso deixando apenas o alvo e curioso roedor no centro da clareira - como alguém que aguarda um pedido de desculpas ou uma apresentação amistosa. 

 - Olá... Olá! - O que estou fazendo? - Perdoe-me - usou sua longa manga do tecido verde de sua camisa para limpar os restos de seu rosto, deixou seus olhos correr entre o fruto e o roedor e ficou assustado quando o viu fazer o mesmo e inclinando a cabeça por fim em uma espécie de pedido gentil por um pedaço: Posso?

O jovem se levantou desajeitado, tentou - em vão - não parecer tão envergonhado e estendeu a mão com o fruto lilás parcialmente comido e em resposta o pequeno roedor avançou e sentou em sua frente pondo-se a limpar suas patas dianteiras. Após algum tempo sem saber o que fazer, Mattews pôs o fruto no chão e se afastou calmamente para trás mas sem tirar os olhos de seu companheiro, o viu pegar o fruto e - como se o pequeno animal fosse dotado de algum senso de boa compostura - dar uma pequena saudação curvando seu corpo para frente seguido de um rodopio rápido e diversos pulos floresta a dentro.

Mattews achou aquilo tudo muito engraçado e um sorriso se ensaiou no canto de sua boca, o pequeno roedor lembrava-o de sua irmã mais nova: De uma delicada capacidade de conseguir o que quer. 

Cada passo deixado na densa grama era, um por um, o mais longe de casa que já estivera toda a vida e cada novo cheiro e gosto o fazia querer voltar e seguir em frente. As novas espécies de árvores e de frutos o deixaram tão fascinado que tirara algum tempo de sua jornada para desenhá-los e fazer algumas anotações acerca de gostos ou formas. Comparando-as com algumas mais antigas - suas e de seu tutor Tobias Bors - pode constatar que muito daquele mundo não era realmente novidade para o povo das Terras Jovens. Mesmo assim conseguiu reunir anotações que deixariam seu tutor muito orgulhoso - além de si próprio. Por sorte ainda tinha goma o suficiente para algumas anotações apesar de não ter encontrados fontes naturais de corantes nos últimos dias. Muitas das raízes e flores que usara para confeccionar um arco-íris de colorações não existiam nessas terras - no mundo antigo - ainda assim lhe sobrara uma porção razoável de tinta.

Após cerca de duas horas de anotações deu-se um puxão de orelha ao ver o Sol se pondo: Desastrado Matt! O Sol se põe e nada de acampamento, seu desastrado!

Guardou rapidamente seu pequeno kit de arte e pôs-se a avaliar a região, já havia passado por terras desconhecidas e nunca - realmente - teve sérios problemas com dormir à noite, não nas Terras Jovens onde a ordem é rígida e todos, até mesmo os seres mais mundanos, carregam um forte senso de propósito - como que um instinto que une toda a vida no local para que ela siga os mesmos horários. Avistou o cenário: no norte encontrava-se uma ladeira (que anteriormente fora sua tortuosa subida, não pela inclinação mas sim pelas dores nos pés) levemente inclinada e formando uma subida natural que abria em curva em direção ao noroeste; no leste a cadeia de montanhas ia levemente se extinguindo revelando colinas que - ele mesmo calculava - chegariam a planícies seguidas de praias e do vasto Mar Cinzento; ao oeste a paisagem era semelhante à colina onde se encontrava e ao sul havia um córrego que serpenteava de trechos em trechos.

Acampar próximo ao rio seria razoável, preciso evitar algumas cobras e verificar se realmente existem aqueles "dragões sem asas", como Tobias gostava de chamá-los, e ficarei seguro afinal.

Não lhe surpreendia a visão daquele pequeno pedaço do paraíso, o fazia estranhamente querer o ter como morada. Impaciente pelo novo mal pode esperar pelo dia seguinte e pôs-se debaixo de uma árvore de tronco largo e de galhos baixos que, junto com alguns arbustos e grupo de flores com folhagens largas e densas, lhe dava um bom abrigo ao vento - que apesar de se tratar apenas de uma leve brisa - era frio, de um modo tímido, mas ainda sim frio. 

Seu sono fora leve e tranqüilo, cercado de cheiros e gostos novos. Estava tão ansioso que deixara de lado todo o ritual de higiene pessoal antes de deitar e fora direto para os cobertores acolchoados de penas que trazia com muito cuidado na mochila de viagem - certamente um de seus bens mais preciosos depois de sua companheira que agora repousava em sua bainha. 

Quem olhasse de fora não saberia definir se estava realmente dormindo ou se apenas deitara ali para lembrar-se de coisas engraçadas ou saborear seu cobertor, pois pegara no sono com um sorriso largo no rosto.

A manhã veio sem surpresas e demorou algum momento para que o canto dos pássaros o despertasse. O sol acariciava cada pedaço de folha ou pétalas de flores e os animais, de um modo geral, dançavam vagarosamente e de forma ritmada. As folhas saboreavam a brisa e os sons mais uma vez entraram na mesma sinfonia. 

Retornaria viagem o quão breve seu sono lhe deixasse - por completo. Mal podia esperar para ver as maravilhas do mundo antigo, todos sempre diziam se tratar de loucura mas Matt queria, realmente queria, acreditar que tais fábulas fossem verdadeiras, que o mundo não era pardo e homogêneo como o mundo novo. O que realmente o movia para o coração verde profundo daquelas terras era a lenda da Grande Mãe.

Muitos contam sobre como as árvores e os animais selvagem seriam protegidos por uma força maior, um guardião, um ente querido que os ajudasse a suportar o pesar do mundo seguindo em frente. Seu tutor lhe contara que línguas já muito esquecidas diziam existir uma árvore maior que qualquer castelo, cujas folhas acariciavam as nuvens e pássaros do tamanho de templos construíam suas moradas lá para resguardar tal tesouro. Seus galhos seriam tão grossos que poderia-se esculpir navios de guerra em peça única, suas folhas tão grandes que serviriam de telhado para qualquer abrigo e que dela surgia a vida, a mágica e todos os espíritos naturais.

Matt sempre achou estranho ninguém nunca ter sequer visto uma árvore de tamanho porte, mas também sabia que dragões existiam - de fato - e nunca viu algum, mesmo eles sendo do tamanho de colinas e montanhas. Agora usaria as anotações de seu tutor e tiraria a limpo cada estória ou conto.Sentia grande medo de nenhum deles existirem, mas nunca pensou seriamente nesta hipótese - não queria pensar demais.

De acordo com o último mapa que havia comprado havia uma cidade bastante próspera junto à margem leste do continente - cerca de alguns dias de viagem. Porém, alguns guias o advertiram sobre os perigos  de se adentrar no coração das Terras Verdes e de como se perderia facilmente. Havia preparado uma série de anotações para evitar qualquer desastre e lia uma por uma enquanto ia até o riacho apanhar água e afugentar a preguiça. 

Um druida de um vilarejo que passara faziam poucos dias lhe alertara sobre uma trilha natural que levava para uma estrada que cruzava a floresta no sentido nordeste-sudoeste, dela - seguindo para o sudoeste - ramificaria-se uma outra trilha para o leste próximo às Montanhas Dentadas e, deste ponto, a cidade já era visível no horizonte.

Contorne os dentes daqueles malditos picos, pequeno! Não os cruze jamais! Rogo-lhe! É um bom conselho e um bem que faz a si!

Contornar tomaria mais alguns dias de sua viagem mas uma coisa Matt aprendeu: Nunca subestime um velho druida! Principalmente os malucos!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Primeiro Capítulo de uma Série que está em desenvolvimento.
Os Contos de Brids fazem parte de uma saga maior chamada "As Crônicas de Asdar", então diagamos que o título correto seria: "As Crônicas de Asdar: Livro 1 - Os contos de Brids"
O segundo capítulo já está saindo do forno e espero que gostem, minha primeira fic (aqui, em outros lugares tenho varios contos e series que pretendo trazer com o tempo para o nyah).
Obrigado a todos que leram e, por favor, deixem sua opinião, ela será lida! Podem ter certeza!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Os Contos de Brids" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.