Um encontro e um segredo

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Nessie
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Já estávamos no inicio da tarde e senti aromas diferentes envolta da casa. Nossos convidados estavam chegando e o aroma de Zafrina invadiu meu corpo e com ele imagens lindas do local onde morava apareceram em minha mente. Sorri igual uma boba ao vê-la já próximo a porta e corri para abraçá-la.
Corrigindo, eu tentei correr, mas o maximo que consegui foi caminhar tranquilamente em sua direção me desculpando com o olhar e apontando para a barriga.

-Minha nossa Renesmee, como você esta linda e redonda também!
Todos que estavam na sala riram e ela então veio em minha direção e me abraçou.

-Estava com saudades amiga. Por que suas irmãs não vieram?

-Também estava com saudade de você criança. Minhas irmãs pedem desculpas, mas para elas é muito difícil se afastar de casa e dos costumes – ela se referia ao contato com humanos -. Elas enviam um forte abraço e fizemos um presente para seu bebe.

Zafrina retirou de sua mochila uma caixa pequena e passou ela para mim. Quando a abri fiquei apaixonada, era um pequeno móbile de berço com 5 tipos diferentes de animais entalhados e coloridos com cores vibrantes.

-Estes são animais típicos da minha terra. – disse apontando para cada um deles - Existe a arara-azul, o tamanduá bandeira, o papagaio, o bicho preguiça e a onça pintada. Nós pesquisamos um pouco sobre crianças e descobrimos que gostam de coisas em movimento e coloridas, então criamos este presente para vocês.

Eu já tinha lagrimas nos olhos tamanha minha felicidade.

-É lindo – a abracei e lhe dei um beijo no rosto -. É um presente maravilhoso, venha, vou levá-la ao quarto do bebe e penduramos juntas no berço.

Nessie saiu levando Zafrina presa a seu abraço em direção ao quarto.

-Acho que vou ter que esperar elas voltarem para ser apresentada! – Anala falou já se dirigindo ao quintal para ajudar Alice –

Nessie parou no meio da escada e voltou seu olhar para mim.

-Ah tia, desculpa. Eu fiquei tão empolgada que esqueci! – seu olhar era zombeteiro e ela ate fez biquinho. Eu odiava ser chamada de tia por ela e ela sabia disso –

-Zafrina, esta é Anala – as duas desceram as escadas em minha direção -. Ela é Irma da minha mãe. É uma longa historia – piscou para Zafrina que fazia cara de quem não estava entendendo nada -. Quando todos estiverem aqui contamos de uma vez ta?

Zafrina concordou com a cabeça e me olhava desconfiada.

-Posso ir agora tia? – sua posse era igual de Alice quando irritada, estava com as mãos na cintura e batia um dos pés no chão.-

Eu apenas lhe mostrei a língua e sai em direção ao quintal. Minha Irma olhava tudo da cozinha e se divertia com nossa implicância, eu parecia mais a Irma caçula de minha sobrinha do que dela. – sorri com meus próprios pensamentos e vi de canto de olho que Edward também sorria –


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Anala
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Muitos já haviam chegado à casa e todos que estavam ali conheciam nossa historia o que deixou os vampiros mais a vontade. Nessie foi trocar de roupa, colocou um lindo vestido sem alças na cor rosa bebe que Alice havia separado, o busto era liso e ele descia todo drapeado contornando sua barriga de forma delicada, os cabelos estavam presos e grossos cachos caiam sobre seu ombro, ela estava linda e é claro o pai babão Jacob já estava ao seu lado todo carinhosos.

Nessie estava um pouco triste por não poder compartilhar o dia com suas amigas da escola onde dava aula, mas estava conformada com o fato já que elas não entenderiam a velocidade de sua gravidez. Quase todos os vampiros convidados haviam chegado e os quileutes estavam reunidos do lado de fora da casa fugindo do aroma doce que estes exalavam. Eu achava engraçado porque para mim o cheiro de todos era delicioso.

Benjamim era um amor com todos e sua companheira, mesmo muito tímida, se deu muito bem com as mulheres quileutes. Eleazar chegaria com Garrett em alguns minutos e suas mulheres estavam conosco escolhendo algumas musicas próximos a mesa de DJ preparada exclusivamente para o Emmett.

-Kate, Nessie me contou que você tem um dom.

-Não é nada de mais Anala, eu apenas ataco com pequenas ondas elétricas, muitos nem sentem. – ela deu de ombros e vi de canto de olho Edward lhe enviar um olhar inquisidor.-

-Eu posso sentir?

-Por que não! – Kate estendeu suas mãos para que eu tocasse. -

-Hum, verdade, não sinto quase nada. Parece com um formigamento sutil. Você consegue usa-lo de forma útil?

O olhar de ódio de Kate foi impagável e Edward ria em silencio da situação. Os pensamentos dela deviam estar muito interessantes.

-Não fique nervosa comigo Kate, só quis brincar um pouco – apontei para o meu pé que estava descalço sobre a terra -. Fio terra.

-O que é você? –seu rosto era de interrogação –

-FOGUINHO?

Me virei abruptamente ao reconhecer a voz que a anos não ouvia.

-NÔMADE?

Quando me virei e dei de cara com aquele homem alto, forte e de longos cabelos cor de areia eu sabia que era ele. Corri em sua direção pulando em seus braços já prendendo minhas pernas em sua cintura. Senti suas mãos em minhas costas fazendo um leve carinho e sua respiração próxima a meu ouvido.

-Continua com um cheiro delicioso Foguinho.

-Seu bobo. Me deixa descer!

Sai de seus braços e todos nos olhavam. Kate estava prestes a me matar e Seth mataria Garrett sem nem sair do local tamanha a fúria de seus olhos.

-Ei, não me matem antes de ouvir toda a historia. – Garrett levantou suas mãos como sinal de rendição e começou a rir - .

Garrett me olhou dos pés a cabeça. Acho que não foi uma boa idéia ouvir os conselhos de Alice e vestir um curto vestido verde água de alças fininhas. O vestido desenhava bem meu busto e cintura deixando minhas pernas bem visíveis e uma postura elegante com sandálias de tira e salto alto.

-Esta coisa pegajosa – apontou com a mão em direção a todo meu corpo - é minha irmãzinha do coração.
Ela e seu avó me ajudaram enquanto eu estava na Franca, acreditem ou não, alguns loucos acharam que eu era um vampiro e queriam me matar – Garrett falava de forma debochada -. O avó dela me escondeu em sua casa por alguns meses, os dois eram bem doidinhos para manter um vampiro em casa, ainda mais depois de saberem que eu estava sendo perseguido por ter exagerado na minha alimentação. – ele contava sua historia como se aquele fosse um fato corriqueiro. Alguns quileutes ficaram tensos, mas deixaram o comentário passar, afinal o fato havia ocorrido à muitos anos e fora da terra deles. -

-Me fala pequena, como aquele velho louco deixou este mundo? – Garrett sabia da escolha de Hugo em deixar este mundo com uma morte humana -

-Ele sofreu um acidente durante uma viagem. Ele morreu junto a seu neto de criação. – abaixei a cabeça e passei meus braços sobre o peito em um abraço solitário -

-Sinto muito pequena. – ele me abraçou de forma terna –

Aquela cena não poderia estragar a festa da minha linda sobrinha então tratei de voltar ao presente.

-Bom, vamos parar com a parte trágica e vamos comemorar o barrigão da minha sobrinha linda.- me desvencilhei de seus braços e engoli o choro da melhor forma que pude - .

Eleazar me olhava de forma estranha, parecia querer falar algo, mas aquele não era o momento certo. Garrett correu para os braços de Kate e logo os dois estavam em clima de festa. Seth relaxou um pouco depois das explicações e se colocou a meu lado me dando vários beijinhos no pescoço.

-É, tem muito da sua vida que eu preciso conhecer ainda.

-O que eu posso fazer, são mil anos de historias. – sorri e deixei meu corpo leve em seus braços me deixando guiar ao som da musica –

A festa estava linda, as mesas estavam enfeitadas com toalhas de cor azul e branca, haviam balões prata e alguns arranjos de flores. A pista de dança ficava no lado esquerdo do quintal. Algumas mesas com comida estavam distribuídas por todo o espaço e tudo tinha um cheiro delicioso. Os docinhos eram em forma de lobo e variavam em tons de cobre, cinza e vermelho. Um bolo foi colocado no centro da mesa e era um retrato da futura família feliz, uma clareira em tons de verde e marrom e em seu centro dois lobos em volta de uma garotinha linda de cabelos cor chocolate.

Os presentes foram abertos e variavam de coisas triviais para o dia a dia de uma mãe há pecas trabalhadas em formas diversas para a diversão de qualquer criança. Fizemos as brincadeiras normais de uma festa de humanos e tiramos muitas fotos. Os meninos se divertiam contando fatos do passado e jogando bola – lobos contra vampiros, nunca um jogo honesto, mas sempre muito divertido. -

Ao avançar da noite só estávamos minha família e os demais vampiros reunidos no quintal. Os lobos e os humanos já haviam partido. Seth foi dormir no quarto com Samy e Jacob ficou na casa com Nessie no quarto que antes era dela. Samy conseguiu que sua mãe o deixasse ficar mais um pouco conosco, eu adorei a idéia de ter aquele baixinho perto de mim.

-Anala! – Kate chamou minha atenção - Fiquei curiosa mais cedo, porque meu companheiro te chamou de foguinho?

Olhei para minha família e Edward assentiu com a cabeça me confirmando que eu poderia contar tudo a eles.

-Er...por isso Kate – estendi meu braço em direção a ela e uma chama dançou em sua frente.

-Nossa – apenas Garrett não estava com cara de bobo em direção a minha mão –

-Você tem o mesmo dom que eu tenho? Controla os elementos? – perguntou Benjamim-

-Não Benjamim, ela não tem o mesmo dom, ela tem vários dons não é sugadora? – Eleazar dirigiu a palavra a mim já em posição de ataque –

-Não sou uma ameaça a você Eleazar. Sim sou uma sugadora, mas não estou aqui para coletar dons. Tenho mais experiência do que você nesta arte amigo – olhei para sua posição de ataque e dei um sorriso brincalhão - e não pretendo lhe fazer mal, então volte para o lado de sua companheira e me escute.- minhas palavras foram duras, mas não gostei da reação dele a mim -.

-Não precisa se exaltar Eleazar, ela realmente é Irma de Bella e esta conosco como parte desta família. – as palavras de Carlisle surtiram mais efeito e ele se acalmou –
Segui a narração de minha vida, mas de forma bem breve.

-Sou uma bruxa ou feiticeira se preferirem. Não sou uma imortal como vocês, mas tenho mais de mil anos nesta terra. Meu dom da imortalidade foi me dado por minha tia, também bruxa, enquanto eu a matava para salvar minha Irma. Bella é a reencarnação de uma Irma que perdi á muito tempo e pela qual vaguei esta terra a procura.

-Como um ser místico tenho o dom dos elementos como Benjamim, alem de sugar temporariamente o poder de quem me toca, eu também posso criar maldiçoes e matar vampiros em segundos.- disse com grande satisfação olhando na direção de Eleazar -

-Isso é verdade. – disse um Garrett todo divertido - Eu já vi esta menina em ação. Ela matou cinco vampiros em poucos segundos enquanto tentava me proteger, sem nem mesmo me conhecer. –Garrett pareceu empolgado com a idéia de me ver em ação novamente.-

-Eu senti que você era bom Garrett e também não acho justo uma luta de cinco contra um.

-Eu sei baixinha, te devo minha vida – ele piscou para mim -.Vocês tem uma arma poderosa contra os
Volturi agora e parece que vão precisar se descobrirem sobre o bebe.

- Esta família esta cada vez mais interessante de se conhecer.

-Na verdade Garrett, nós não pretendemos voltar a ver os Volturis tão cedo. Não depois que Anala matou Demetri e o mais novo vassalo de Aro. Alem é claro de deixá-lo completamente atordoado com sua forca. –Edward pareceu orgulhoso ao falar –

-Então foi você? – Carmem falou como que em adoração –Esta historia esta sendo comentada em muitos locais. Dizem que Aro perdeu seu poder diante dos anciões e Jane foi rebaixada, após voltarem de um ataque não planejado. Ninguém soube dizer o nome da pessoa que provocou tal mudança em Voltera. Os Volturis não perderam seu poder, mas temem pela chagada de um ser poderoso para confrontá-los e estão recrutando mais seguidores.

-Ser poderoso, esta nanica! Tudo bem que ela fez um grande estrago naquele dia...-Emmett nem conseguiu terminar sua frase e logo levou um tapa na nuca e um soco no ombro, ele até se assustou ao ver que Rose e Jasper haviam batido nele ao mesmo tempo-

A conversa se seguiu e me tornei o assunto da noite. Tudo o que eu havia vivido e contado a eles estava sendo explicado aos amigos da família. Benjamim ficou feliz em saber que poderíamos usar nossos dons juntos, Zafrina ficou intrigada em saber que Nessie poderia expandir seu dom com a ajuda de outros e se colocou disposta a tentar uma ilusão com os pensamentos de Nessie sobre o bebe. Carlisle discutia a idéia de um outro ataque, mas como Aro não poderia tocar no nome de nossa família ele ficou mais relaxado. Eu já não estava muito no clima família, as lembras de meu avó vieram a minha mente e me afastei de todos buscando paz na brisa fria da noite.

Estava próxima ao rio com meus braços envolta do peito quando senti mãos frias me abraçando por traz.

-Eu sinto muito por ele Anala.

-Eu sei Garrett, mas eu não pude fazer nada, foi um acidente.

-Você acredita mesmo nisso. Ícaro estava desconfiado não estava?

-Sim. Mas ele não mataria o próprio pai e o filho por poder, ele não seria capaz.

-Ele esta próximo, não esta. Eu vi a marca em seu pulso. Você acha que ele não seria capaz de tudo pelo que deseja?

Fomos interrompidos antes que eu pudesse responder a pergunta.

-Estou atrapalhando algo?

Jasper estava nos olhando com uma das sobrancelhas arqueadas. Com certeza havia ouvido nossa conversa singular.

-Não Jasper, não atrapalha. – Garrett respondeu separando seu corpo do meu e saiu em direção a casa.

-Não te vi na casa e vim te procurar.

-Eu estou bem. – meu olhar estava distante e ele percebeu –

-Eu ouvi a conversa. Me desculpe por isso, não foi por querer. – ouve uma breve pausa - Nala, a criança, a criança que morreu – ele se colocou em minha frente me fazendo olhar dentro de seus olhos – era sua não era? Foi seu filho que morreu!