Edward PDV

Quando Bella me deixou sozinho na porta do banheiro, minha conciência me alertou que eu poderia te-la perdido.

Não pensei duas vezes, corri atrás dela, cheguei até a ve-la na porta do restaurante, mas assim que ela me viu, entrou no primeiro táxi e foi embora.

Pela primeira vez eu me sentir perdido, meu coração doia tanto, que chegava a me faltar ar. E eu me perguntava a toda hora, que merda estava acontecendo.

- Senhor, uma senhorita saiu daqui, e deixou esse bilhete. – uma das atendentes falou me esticando um papel, mas eu não conseguia me mexer, eu apenas olhava o último local aonde tinha visto minha menina.

- Senhor?! – a tal mulher me balançou chamando a minha atenção.

- Obrigado. – falei pegando o papel e jogando uma nota de cem na mesa. – Creio que isso paga a despeza, com licença.

Sair mais uma vez correndo, e pedir ao monobrista que pegasse meu carro. Fiquei parado na porta do restaurante, olhando pro céu, para a linda lua que clareava a cidade, e continuava me fazendo inumera perguntas, e me reprendendo mentalmente.

Assim que meu carro chegou, entrei rapidamente, e ouvir um xigamento vindo do manobrista, mas não me importei.

Acelerei o carro, e não demorou muito e já estava na avenida. Peguei meu celular e disquei para o de Bella, rezando para que me atendesse, mas para meu completo desespero, o celular dela começou a tocar no porta-luvas.

- MERDA, BELLA !! – gritei socando o volante.

Eu tentava me controlar, mas o medo de perder de vez minha pequena me dominava. Liguei para nossa casa, chamou, chamou e ninguem atendeu. Disquei o número da Alice, Rose, Emmett mas ninguem sabia onde ela estava.

Eu estava tão perdido, tão desesperado, que nem me dei conta que chorava. As lágrimas rolavam pelo meu rosto, e meus soluços se tornavam cada vez mais altos.

Estava tão distraído, que quase bati o carro quando meu telefone começou a tocar. Tatei a merda do celular no banco do passageiro, e o atendi na esperança de que fosse Bella.

- Bella ?!

- Não, Edward. – respondeu minha mãe nitidamente irritada.

- Oi, mãe. – disse, limpando algumas lágrimas.

- Da para você me explicar o que foi que você disse a Bella ? – perguntou-me.

- Ahh mãe, eu falei ... – foi aí que eu me toquei, como ela sabia ? – Mãe, como você sabe disso ?

- Oê, a Bella chegou aqui em casa, aos prantos, implorando para seu pai pegar a guarda dela, ou então joga-la em qualquer orfanato. – respondeu.

Meu coração se apertou e ao mesmo tempo aliviou.

- Estou chegando aí. Não deixe ela sair, nem por um decreto. – desliguei fazendo uma curva no meio da avenida.

Acelerei mais o carro, e dei graças a deus pelo trânsito está tranquilo, porque não sei se meu coração aguentaria ficar mais um segundo sequer sem ver minha pequena.

Em um tempo recorde, eu estava estacionando em frente a casa de meus pais e já descia do carro indo de encontro a minha mãe que estava na porta.

- Aonde ela está ? – perguntei entrando em casa.

- Meu filho, ela não quer falar com você. De um tempo a ela e me explique essa história direito. – minha mãe pediu me puxando para sentar com ela no sofá.

Minha cabeça dóia. Minha pirralha não queria falar comigo ? Ela estaria com tanta raiva assim ?

- O que aconteceu, Edward ? – minha mãe perguntou.

Respirei fundo, e contei tudo a ela, caindo em um choro, sendo seguido por soluços altos.

- O meu filho. – ela me puxou pra seu colo, alisando meus cabelos. – Você não deveria nunca ter falado isso.

- Eu sei, mãe. Mas eu perdi a cabeça, quando me dei conta do joguinho de menina mimada que ela estava fazendo. – falei.

- Sim meu filho, mas chegar a dizer que se arrependeu, é demais. – ela me reprendeu.

E eu sabia disso, mesmo eu não tendo falado que me arrependia de ter pego a guarda dela ... mas a essa altura do campeonato, não adiantaria nada eu dizer alguma coisa.

Minha mãe continuou alisando meus cabelos, e não demorou muito pra eu cair na inconciência.

Bella PDV

Todo o caminho feito até a casa dos meu tios, eu chorava feito uma maluca, meus soluços ecoavam dentro do carro. Até o taxista já estava preocupado com meu estado, pois a cada momento ele perguntava se eu estava bem.

Assim que cheguei, chamei minha tia, que pagou o táxi e me levou para dentro. Eu via nos olhos dela o quanto ela estava preocupada, e chocada com a história que eu contava. Lógico que eu editei alguns detalhes, afinal tudo que eu menos queria agora, era ela dizer que o Edward estava certo e me fazer voltar para casa.

Implorei de tudo que foi jeito para falar com o tio Carlisle, porque só quem poderia me ajudar era ele. E graças a Deus, minha tia atendeu meu pedido e me levou até o escritorio.

Agora, aqui deitada no meu quarto que tia Esme aprontou para mim, eu me lembrava de cada palavra da conversa que tive com meu tio.

Flashback ON

Entrei em sua sala aos prantos, e sendo seguida pela tia Esme. Meu tio logo se levantou assustado e veio me abraçar.

- Minha querida, o que aconteceu ? – perguntou alisando meus cabelos.

- Tio Carlisle,  por favor, pega minha guarda de volta. Eu não quero nunca mais colocar os pés na casa do Edward. – falei encarando ele, com os meus olhinhos suplicantes. – Por Favor, tio.

Deitei minha cabeça em seu peito, e começei a chorar de novo.

- Ô minha Bella, o Edward fez algo com você ?  - perguntou segurando meu rosto em suas mãos e me encarando com aqueles olhos verdes, iguais ao do Edward.

MAS QUE PORRA !!! PORQUE ELE NÃO SAI DA MINHA CABEÇA ?

PARA, DE SER UMA ADOLESCENTE APAIXONADA, ISABELLA !! – dei ordem a mim mesma mentalmente.

- Tio ele não me quer mais, eu sou um estorvo na vida dele. Por Favor, tio. – pedi.- Tá tudo bem, eu entendo se você não quiser, afinal eu não sou da sua familia, o senhor não tem nenhuma obrigação sobre mim. Mas se não puder fazer isso, não me mande para casa do Edward de novo, me jogue em um orfanato se for preciso, mas para aquela casa, eu não volto. – falei firme.

- Eu juro por Deus, como eu nunca ouvi tanta besteira em uma frase só. – me sentou no sofá e se sentou ao meu lado. – Minha querida, a partir do momento que eu vi você nascer e por tudo que eu vivi com seu pai, para mim, você é minha filha, e eu jamais jogaria você em um orfanato. – falou me dando um sorriso.

Soltei um suspiro aliviado e sofrido. Porque apesar de eu não ser nada para o Ed, eu o amava, e isso ainda acabaria comigo.

- E bom, referente ao Edward, eu estou um pouco besta, assustado. Porque meu filho sempre foi louco por você. E todas as vezes que eu perguntava se ele queria que eu pegasse sua guarda de volta, ele só faltava me bater, porque ele dizia que ninguem no mundo poderia tirar a pequena dele. – sorriu para mim. – E quando você aprontava, ele fica puto da vida e quando ele brigava com você, era um sofrimento só.

- Eu já cheguei até a consola-lo, porque ele chegava arrancando tudo pela frente, e quando eu perguntava o que aconteceu, ele me dizia que tinha brigado com a pessoa mais importante da vida dele. – tia Esme se ajoelhou a minha frente pegando minhas mãos.

Será possível isso ? Será que ele realmente me queria ? Será que eu não era um estorvo em sua vida ?

NÃOOOOO !!, para de se iludir, Isabella. Ele proprio falou.

- Olha tios, eu entendo vocês. Afinal ele é seu filho, mas eu não quero mais saber dele.- falei definitivamente.

Os dois se olharam e me abraçaram juntos. E por incrível que pareça eu correspondi, e foi no meio daquele abraço que eu me senti em familia, e como eu queria que fosse Charlie Swan e Renné Swan ali me abraçando, consolando-me.

- Então segunda mesmo, entrarei com um processo para ter sua guarda de volta. – tio Carlisle sorriu.

Concordei, eu apenas concordei.

Flashback OFF

Não demorou muito e eu cair na incociência.

                                            (******* )

Acordei no dia seguinte, com gritos vindo lá de baixo. E pelo que eu ouvia, era a baixinha que estava se esguelando.

Me levantei devagar, porque eu estava com uma puta de uma dor de cabeça. A cada passo que eu dava, era uma pontada em minha cabeça.

Desci as escadas devagar, e logo conseguir ver Alice gritando com alguem que eu não conseguia ver, afinal ela estava na frente.

- Que isso, Alice !! Vai tirar a mãe da forca ? – perguntei a fazendo se virar para mim, e eu enfim tendo a visão de com quem ela estava brigando.

- Edward.  – rosnei, sentindo minha raiva voltar.

- Ô Bella, você não tem ideia do quanto eu fiquei preoculpado com você ontem. Praticamente rodei a cidade toda. – falou caminhando em minha direção e me puxando para um abraço.

Minha vontade era de abraçar ele, dizer que o amava, e o diabo á quatro. Mas se eu queria esquece-lo e viver minha vida, eu teria que me afastar.

O empurrei para longe de mim, e ele me encarou assustado.

- Por favor, Edward. Sem muitos carinhos. – falei caminhando para o lado do meu tio Carlisle que me abraçou.

- Bella, pare com isso. Vamos para nossa casa, agora. – Edward veio até mim para me puxar, e eu me encolhi nos braços do meu tio. – Pai, solte-a, agora. Ela é minha responsabilidade, e nos precisamos voltar para nossa casa.

- Nossa, não. Sua. – falei.

Eu vi ele trocar olhares assustado entre mim e o tio Carlisle.

- Pai ... – ele começou mas não terminou.

- É isso mesmo, Edward. Segunda-feira entrarei com um processo para conseguir a guarda de Bella novamente. – meu tio falou, fazendo Edward abaixar a cabeça e soltar um rosnado.

- Nunca... Ela ... é ... minha, PAI !! – gritou dando um soco na mesinha de vidro, fazendo-a se quebrar em pedaçinhos.

Não aguentei e comecei a chorar baixinho. Enquanto meu tio me apertava mais de encontro a ele.

- Edward, é desse jeito que você quer me convencer de que ela merece ir com você? – meu tio gritou, fazendo meu ex-tutor cerrar os punhos. – Quer levar ela para que, nesse estado? Para chegar em casa, e descontar todo esse ódio em cima dela?

- Isso é ridiculo o que vocês estão falando. Jamais a machucaria, porque vocês sabem que ela é minha vida. – Edward gritou, com tio Carlisle que pela minha visão pereferica abria um sorriso.

- Sua vida!? Pelo que eu sei, você se arrependeu de tomar a guarda dela. – meu tio falou.

Edward soltou um suspiro cansado, e me olhou suplicante.

- Bella, eu jamais iria dizer que eu me arrependia de te ter tido ao meu lado durante todos esses quase dois anos. –falou me surprendendo por um momento.

- Você disse que se arrependeu ... – tentei falar, mas ele me interrompeu.

- Você não deixou eu terminar. Eu disse que me arrependi, de ter te mimado tanto. – falou e eu fechei a cara assim mesmo. – Mas falei apenas pelo estado de espirito do momento, porque eu sei, que se eu tivesse a chance de novo,eu lhe mimaria até mais.

Sorri em saber aquilo. Então ele não se arrependia de ter ficado com a minha guarda.

Meu coração se acelerou com aquelas palavras. Mas como eu estava parada, sem expressar nenhuma emoção, ele abaixou a cabeça, e por um vago momento eu vi uma lágrima.

Sinto muito meu Deus e minha conciência, mas eu não aguentei, me soltei dos braços do meu tio, e corri, abraçando Ed pela cintura, que levou um susto, mas logo correspondeu.

- Fico feliz por não ser um estorvo em sua vida. – sussurrei em seu ouvido.

- Você nunca será um estorvo em minha vida. Eu te amo, Bella. Se eu ainda respiro, é por saber que tenho você perto de mim. – falou, me fazendo derreter.

- Então eu entendi tudo errado ? – perguntei inocente me separando dele e encarando seus olhos.

- Tudooo, tudinho. – sorriu, sendo acompanhado por minha tia, Alice, meu tio e Emmett.

- Bom, então a parte de você amar a Tânya, eu entendi errado né ?? – disse sorrindo, jogando verde.

- Quem sabe ? – me puxou para mais um abraço, sendo correspondido de imediato por mim.

Todos na sala cairam na gargalhada, sendo acompanhado por nós.

- Vamos para nossa casa ? – Edward perguntou.

- Sim, vamos para nossa casa. – falei abrindo um sorriso enorme.

                                                     CONTINUA ...