S.O.S Eu Te Amo ? escrita por Belled


Capítulo 24
Capítulo 24


Notas iniciais do capítulo

Hello meninas,
Como prometido da minha parte, aqui está o capitulo. Voltarei a postar mais rápido agora garotas.
Bom, prestem bem atenção, pois nesse capitulo o Edward revela todo seu passado. Ahh e claro, comentem para o próximo capitulo vim mais rápido ainda.

Beijooos ;*



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Bella PDV

Caramba ! Ele queria realmente que eu reagisse bem a isso ? Uma filha ? E porque eu nunca ouvir falar dela ? Ele escondia ela ? Tinha vergonha dela ? Mas que droga, quando sinto que minha vida vai se ajeitar, tudo vira do avesso.

– Quem sabe sobre ela ? – perguntei sem encara-lo.

– Apenas eu, Alice, Jasper que eu conversei de manhã, e agora você. – levantou-se da minha frente e se sentou ao meu lado.

– Cadê ela ? Com quem ela está ? Porque seus pais não sabem sobre ela ? Você tem vergonha dela ? – disparei, levantando do sofá e comecei a andar de um lado pro outro. Eu estava muito nervosa. – Quem é a mãe dela ? Ta viva ? – tomei uma lufada de ar, e parei na frente dele, que me olhava espantado com meu surto. – O que você ainda me esconde, Edward ?

Seu rosto tinha uma expressão preocupada, seus olhos estavam tristes, ele provavelmente tinha esperança que eu encarasse isso mais tranquilamente, mas não tem como eu cuidar de uma criança com apenas 16 anos. Cacete, eu ainda nem sair das fraldas !

– Bella, é uma história longa, sente-se aqui. – me puxou fazendo-me sentar ao seu lado no sofá e ficou olhando pro vazio - Há seis anos atrás, eu tinha uma namorada na faculdade, Kate, passamos dois anos juntos, e naquele ano ela tinha terminado comigo. Não vou mentir, eu a amava demais. – aquilo doeu em mim, saber que ele já tinha amado outra, talvez até bem mais do me amava. Comecei a perceber que talvez eu não fosse gostar muito dessa história. – Nosso termino literalmente acabou comigo, fiquei desolado por meses, ia a faculdade apusso, não comia, só fazia me embebedar e correr atrás dela que nem um cachorrinho. Minha família já não aguentava mais me ver naquela situação, a mamãe estava desesperada, até o Emmett já estava correndo doido comigo. – sorriu de leve suspirando e continuou – Até que o dia do meu aniversário chegou, já se tinham passado 7 meses desde que tudo acabou, e eu não tinha tido nenhuma melhora, passei o dia trancado em casa, minha família foi me visitar, os recebi da forma que podia, mas eles logo perceberam que já não tinha mais o que fazer por ali. Nesse dia eu acho que tava consideravelmente pior do que em todos os outros, pois era uma data especial, ela sempre fazia algo pra me agradar, as lembranças estavam acabando comigo. Só que Emmett e Jasper são do tipo persistente, e bom, quando foi a noite, eles bateram em minha porta, mandando eu me arrumar, pois iríamos sair, eu tentei negar, bati o pé, mas não surtiu efeito, Emmett disse que eu precisava de mulher, e honrar o que eu carregava no meio das pernas. – sorri com isso, Emmett, sempre Emmett. – E eu acabei indo, tava sentindo a necessidade de mostrar a eles que não precisavam se preocupar comigo, e foi o que eu fiz, eles me levaram a um prostíbulo, e começamos a beber, até que uma bela moça se aproximou de nós, Emily, começou a se oferecer de forma desajeitada pra mim, percebi de cara que ela não gostava do que fazia, que não estava ali por vontade própria, pensei até em ir embora, mas eu precisava me deitar com outra mulher, pra esquecer Kate. Então puxei Emily para um quarto. – suas feições que antes estavam até um pouco mais alegres, voltaram a ser tristes. Percebi de cara que o pior estava por vir – Fiz tudo como mandava o figurino, Emily era uma mulher bonita, não tinha como não ficar excitado com ela, só que na empolgação de me deitar com outra mulher depois de tanto tempo, acabei esquecendo do principal, a camisinha e por incrível que pareça, ela também não se tocou disso. Transamos, deixei o seu dinheiro e fui embora, como todos os outros que ela se deitou. Para mim aquilo tinha sido um novo começo, realmente eu posso dizer que sair um novo homem de dentro daquele quarto. A partir daquele dia estava decidido a colocar minha vida no eixo, e eu fiz, voltei a ser um dos melhores alunos, parei de beber e voltei a ficar com minha família. – parou de falar e virando-se pra me encarar.

– Realmente triste, Edward. Mas, onde entra a Charlotte nisso ? – perguntei.

– Bom, uns 3 meses depois, eu estava na faculdade quando me ligaram de um número restrito, sair da sala e fui atender. Era Emily, não sei como ela conseguiu o número do meu telefone, mas isso era o de menos, ela me ligou pra dizer que naquela nossa noite ela tinha engravidado. Percebi pelo seu tom de voz que ela estava extasiada com isso, pena que não posso dizer o mesmo de mim. Sendo sincero, eu entrei em desespero, ter uma filho de uma prostituta ? Aonde eu estava com a cabeça ? Meus pais morreriam de vergonha se soubessem, então tomei a pior atitude como ser humano e como um pai. Marquei um encontro com ela, e pedi para que ela abortasse, entreguei até dinheiro a ela, mas ela se negou a faze-lo, me disse coisas horríveis, mas que ela tinha razão. – lágrimas rolavam pelo rosto dele.

Deus, Edward tinha mandado matar a própria filha. Eu estava em choque, eu esperava isso de qualquer um, menos dele. E acho que meu rosto mostrava exatamente o que eu estava pensando.

– Bella, eu estava desesperado, viva as custas do meu pai, já tinha tomado a decisão de não me tornar presidente da empresa, não podia dar mais uma decepção, mais um motivo para ele não se orgulhar de mim. Só Deus sabe como fazer aquele pedido a ela, me doeu, e dou graças a Deus por ela não o te-lo feito. – colocou sua cabeça em suas mãos, e chorou. Não era para eu ter tido pena, mas eu tive. O abracei.

– Continue ... – pedi.

– Depois disso ela sumiu do mapa. Continuei minha vida, o episodio de Kate tinha sido esquecido, mas nem por um segundo eu deixei de pensar em minha filha. Depois que terminei minha faculdade, comecei a trabalhar e a ganhar meu próprio dinheiro, resolvi que eu precisava saber do meu filho. Não era mais aquele moleque de anos atrás, era um homem, que naquele momento tinha vergonha pelos atos cometidos. A procurei, revirei o país, gastei milhões, até que a descobri em uma cidadezinha no interior da Inglaterra. Não pensei duas vezes, peguei seu endereço, comprei uma passagem e fui ao seu encontro. Eu não conseguia imaginar como seria nosso reencontro, o pensamento de se ela tinha tido realmente a criança, como ela era, se era menino ou menina, rondava a minha mente. Pousei na Inglaterra, e fui até o endereço que foi me dado. – Edward secou as lágrimas, e suspirou tentando manter a calma. – Toquei a campainha, e sinceramente, foi a melhor coisa que eu já fiz na minha vida, uma garotinha, de cabelinhos loiros de no mínimo uns 5 anos de idade, olhos verdes e um sorriso cheio de covinhas, me encarava. Não tinha como negar que ela era a minha filha, era uma cópia minha, tinha apenas alguns traços de Emily. Quando Emily me viu percebi o choque no seu rosto, pediu para nossa filha ir para seu quarto, assim que a menina obedeceu, ela veio até mim, lágrimas escorriam pelo seu rosto, ela gritou, me xingou, e perguntou o que eu estava fazendo ali, afirmei que queria ver minha filha, e ela disse que eu não tinha filha, que ela lutou e criou aquela menina sozinha, que era para eu esquece-la e nunca mais aparecer. Fiquei com muita raiva, mas não tirei a razão dela, afinal eu mandei matar minha filha, pensei em entrar na justiça e pedir a guarda de Charlotte, mas depois eu desisti, eu não tinha esse direito. Emily tinha se virado bem, morava em uma casa confortável, e estava casada. Minha filha foi criada por outro homem, chamava outro homem de pai, amava outro homem como um pai. Esse pensamento me doe até hoje, eu só queria poder voltar no tempo, e ter assumido minha filha. E depois que eu amadureci eu percebi que meu pai, não teria vergonha por eu ter assumido meu filho com uma prostituta, ele era bom demais para isso, ele teria vergonha do que eu fiz. E eu tenho vergonha disso, entende ? – virou pra mim, seus olhos passavam exatamente o que ele estava sentindo, agonia, e isso me partiu o coração. – Eu só queria que minha filha soubesse da minha existência, e que soubesse que eu a amo, que eu me arrependo de tudo que eu fiz, que eu só queria te-la ao meu lado, nem que fosse pelo menos um final de semana por mês. – deitou em meu colo, chorando.

Eu não sabia o que pensar, minha mente continuava a dar voltas, eu não sabia se sentia pena dele, ou vergonha pelo o que fez, eu sinceramente não sabia nem o que eu estava sentindo.

Levantou-se do meu colo e pegou meu rosto em suas mãos.

– Bella, eu sei mais uma vez que estou pedindo muito, mas por favor, tente me entender. Eu sei que não mereço perdão por nada do que eu fiz, sei que mereço todo essa agonia e tormento durante minha vida, mas por favor, fique comigo. – implorou.

Eu não sabia o que fazer, seu olhar para mim era suplicante. As foi aí que eu percebi uma coisa, eu não o conhecia, eu tinha uma versão de um Edward que talvez não fosse a verdadeira. Dentro de mim ocorria uma guerra, meu coração bobo, que ama Edward infinitamente, dizia para eu ficar ali e consola-lo, mas minha consciência depois de toda essa história, me mandava sair correndo de lá. E na verdade, era isso que eu queria fazer, eu precisava sair, me desafogar de tudo aquilo que eu tinha ouvido.

– Edward – tirei suas mãos do meu rosto – Eu preciso pensar, tem um turbilhão de coisas rodando na minha cabeça, não tem como eu ficar aqui, e lhe dar uma resposta agora. Eu preciso organizar meus pensamentos, ver minha opinião diante de tudo isso. Perdoe-me. – lágrimas começaram a rola pelo meu rosto, e ele assentiu.

Levantei do sofá e fui até a mesinha pegando a chave dele. Não me virei para olha-lo tinha medo que diante da sua expressão eu desistisse de tudo e me rendesse a ele mais uma vez.

Sair de casa, e deixei que tudo aquilo caísse sobre mim.


CONTINUA ...


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