Bella PDV

6h30 ... Segunda-feira, penúltimo dia de aula. Não sei o que vou fazer no colégio,já to passada em tudo mesmo, mas, meu tutor mandou eu ir, fazer o que né ?

Me sentei na cama, e desliguei o alarme, e me permitir pensar em tudo o que aconteceu ontem. Tá, eu fui uma idiota, ele só estava pensando na gente, mas qualé né ? Ele me pediu para fingirmos que não tínhamos nada, por Deus sabe lá quanto tempo, isso é um absurdo, mas como eu o amo, e pelo nosso bem, vou ter que aceitar de boas. Mas o melhor de tudo foi a nossa reconciliação. Meu Deus, como é bom dormir nos braços daquele homem, como é bom sentir os lábios dele destribuindo beijos por todo o meu corpo, sentir o toque dele, o cheiro dele ... Nossa, tava a ponto de entrar correndo naquele quarto, e fazer aquele homem me tornar mulher nesse momento, mas... Controle-se Bella, você é uma garota madura, que sabe controlar os seus hormônios da adolescência.

Levantei, tomei meu banho, coloquei minha farda, dei uma ajeitada rápida no meu cabelo, peguei minha mochila e desci. Larguei minhas coisas no sofá, e fui até a cozinha com a intenção de encontrar Edward, mas não o encontrei. Procurei na sala, escritório e nada. Subi as escadas indo para o seu quarto, bati na porta, e nada. Não iria ficar lá parada, né ? Entrei e encontrei o mesmo vazio. Já estava ficando nervosa, ele não me disse que iria sair cedo, e até agora não tinha me dado satisfação. Peguei meu celular para ver se tinha alguma mensagem, e para minha surpresa tinha uma, abri a mensagem toda anciosa, e quando vi, era da porra da operadora !! Puts, estou forever alone mesmo, ninguem lembra de mim, nem para um sms de bom dia ! ... Tá mas voltando ao Edward, onde aquele fio do cabrunco se enfiou vá ? E daqui a pouco já era hora de eu ir ao colégio, e não tenho quem me leve. Tentei ligar para ele, mas só deu na caixa postal.

Sério, já tava ficando super, hiper, mega preocupada, ele não é de sumir assim, sempre deixa o mínimo de satisfação que for, e até agora nem um sms.

Fui na cozinha, preparei um sandwiche para mim, e comi nas pressas, tomei um gole de suco, peguei minha mochila, e sair na torcida para que encontrasse um táxi, porque eu estava literalmente atrasada. Para minha sorte, tinha um passando bem na hora, que passei da portaria. Lógico, que pulei, gritei feito uma desesperada e fiquei até com o medo do taxista achar que eu era uma louca, e não parar, mas para minha sorte parou.

- Colégio San Carlo, por favor. – pedi, assim que adentrei no carro.

O taxista assentiu e deu partida no carro. Logo me dei conta do trânsito enorme que estava, então me conformei que não chegaria para o primeiro horário de aula, me acomodei no banco, e me rendi aos meus pensamentos.

Edward PDV

Acordei com o toque do meu celular, olhei pro relógio e vi que marcava 5h da manhã. Quem era o ser em sã conciência que ligaria pro outro 5h da manhã de uma segunda-feira ?

Olhei para o visor, e vi que era a Alice me ligando. Atendi logo, afinal, poderia ser algo sério.

- Espero que seja algo de extrema importância para você está me ligando a essa hora. – falei meio que mal humorado.

- Acredite irmãozinho, é ! Se eu fosse você, vestiria a primeira roupa que visse pela frente, e viria correndo aqui para casa de nossos pais. – ela falou meio nervosa.

- O que está acontecendo, Alice ? Não posso sair de casa nas carreira desse jeito. Eu tenho que levar Bella ao colégio. – Reclamei.

- Não se preocupe, tenho certeza que Bella dará um jeito de ir ao colégio. Edward, o negócio é sério. Venha imediatamente para cá, antes que nossos pais acordem, e ai fudeu tudo ! – avisou com a voz chorosa.

Notei na hora que era drama dela, a questão do choro e tals, mas dava para notar que era algo sério. E eu por incrível que pareça estava ficando realmente preocupado.

- Ok Alice, estou a caminho daí. – desliguei o telefone, e fui no meu armário, vestindo uma bermuda e uma camiseta polo.

Sair do meu quarto, e fui para o de Bella. Assim que adentrei, vi ela dormindo feito um anjo. Me aproximei, e tirei delicadamente uns fios de cabelo que estavam caindo pelo seu lindo rosto. E fiquei ali, por mais tempo do que eu imaginava, examinando cada traço dela, e meu Deus, como ela era linda, aquela boca me chamava para devora-la, aqueles olhos, que mesmos fechados, me prendia a ela. É, eu estava loucamente apaixonado.

- Bella. – a chamei, mexendo um pouco nela.

Ela se remexeu, mas não obtive resposta.

- Bella. – a chamei novamente, que abriu um pouco os olhos. – Amor, estou indo na casa dos meus pais, caso não der tempo de te levar para o colégio, pegue um táxi, tá ? – ela assentiu e voltou a fechar os olhos.

Encostei meus lábios no dela, e como muita relutância, sair do quarto. Desci as escadas correndo, peguei a chave do meu Volvo em cima da mesa, e sair de casa.

Chamei o elevador, e esperei. Já estava prestes a ir de escada, quando o mesmo chegou. Entrei e apertei o térreo, e me recostei na parede.

O que será que tinha acontecido para Alice me ligar daquele jeito ? E pelo que eu percebi, meus pais não sabiam do fato ocorrido. Então não foi nenhuma doença, nem nada do tipo.

O elevador chegou ao meu destino, e eu sair indo em direção ao carro.

Sair do prédio e por causa do horário as ruas estavam livres, então dentro de poucos minutos eu cheguei a casa dos meus pais. Sair do carro, e dei de cara com Alice sentada nos degraus da porta.

- O que aconteceu, anão de jardim ? – perguntei indo ao teu encontro.

Ela se levantou, e me abraçou apertado.

- Olha isso. – me entregou uns papéis que estavam em suas mãos.

Observei bem Alice, e me notei que ela estava realmente com cara de choro. Comecei a abrir o envelope, e fui puxando o conteúdo olhando para minha irmã, que começou a roer as unhas.

- Juro que eu não soube o que fazer quando eu vi isso. Pensei em esperar até mais tarde, mas nossos pais com certeza notariam meu estado, e iria me questionar. Poderia até mentir, mas não conseguiria sustentar por muito tempo. – falou de cabeça baixa. – Então te chamei logo aqui, e espero que você tenha uma solução para isso, porque senão... – ela enxugou as lágrimas que estavam deslizando pelo seu rosto.

Parei de puxar o papel, e a abracei forte.

- Eu sinto muito. – ela falou. – Olha logo isso aí, Edward.

Me afastei dela, e tirei o papel que tinha dentro.

Na hora que notei realmente o que era, eu entrei em choque. Não era possível. Não tinha como ninguém saber disso. Não era para ninguém saber disso.

Olhei assustado para minha irmã, esperando que ela me dissesse que aquilo era algum tipo de pegadinha.

- Desculpa irmão, mas você vai ter que resolver isso. – falou. – Pelo teu bem, e pelo o da Bella.

Por um momento me senti sem chão, me sentei no degrau que antes Alice estava sentada, e me deixei entrar em um pânico silencioso.

                                          CONTINUA ...