06 de janeiro de 2010

Gabi, você duvida que eu te ame só por que o Bill colocou essas coisas na sua cabeça? Só por causa dele deixaria de me beijar? Além disso, sei que tenho essa fama de garoto assanhado, mas nem tudo o que a mídia e as pessoas dizem é verdade.

Quer saber? Você tem toda a razão. É melhor sermos apenas amigos. Eu ia te pedir em namoro, mas não tem como eu namorar uma pessoa que duvida de mim, que não confia totalmente em mim. Eu realmente gosto muito de você, mas não vai dar certo Gabi, me desculpe. Aliás, o Bill precisa desencalhar mesmo. Nós ainda estamos meio brigados, mas fazer o que? Essas coisas acontecem, né?

Abraços.

Tom Kaulitz.

P.S : ainda te acho uma gata, viu?

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Dois meses depois...

-Tom, só por estar em São Paulo de novo, eu fico pensando na...

-Eu sei, Bill. Eu sei. Vamos tentar não pensar mais nisso, ok?

-Tá bom. Pega uma Red Bull pra mim?

-Hum... não tem – disse olhando dentro do frigobar.

-Então eu vou comprar – quando precisava me distrair, eu realmente tenho que tomar minha Red Bull.

-Há há! Você sabe que as fãs vão correr atrás de você, né?

-Eu me disfarço. Dou um jeito.

-Boa sorte então. Se vira. Volte vivo e com uma latinha pra mim também.

-Ta bom né!!!

Coloquei uma roupa mais simples do que costumo usar, uma toca, um óculos escuros e saí do quarto do hotel em direção a um mercado que havia aqui perto.

Mesmo que eu quisesse, não conseguiria parar de pensar nela. Ela nunca mais escreveu pra mim e Tom. Não tocamos muito no assunto, mas mesmo assim é um pouco angustiante ficar esperando alguma noticia dela. Estou até ficando preocupado. Não sei se aconteceu alguma coisa ou se ela não quer mais falar comigo.

Cheguei ao mercado e entrei. Não sei se era isso mesmo, mas tinha bebidas lá e um monte de caixas. Ah, que se dane. Quero a minha Red Bull.

Peguei as latinhas e fui à fila de um dos caixas que estava enorme. E tinha um casal de namorados na minha frente, que já estava me deixando irritado. Eles não paravam de falar. Eles falavam em inglês, então consegui entender bastante coisa.

-Semana que vem quero que você vem dormir no meu apartamento de novo. Só que desta vez, nada de ficar falando das minhas notas pra minha mãe viu mocinha?

-A culpa não é minha se o senhor não estuda e tira essas notas péssimas. Quando isso acontece comigo, não fico mentindo pra minha tia. Mas mesmo assim desculpa. Você sabe que eu te amo, né?

-Own, eu também te amo – ele deu um beijo no rosto dela – Que horas são?

-Duas e meia.

-Nossa, tenho que ir. Preciso ir ao aeroporto pra comprar a minha passagem de volta pra Inglaterra.

-OK, tchau então.

-Tchau.

Finalmente! Eles calaram a boca. Não sei o que essa garota viu naquele cara. Ele era bem mais baixo que ela e ainda tinha cara de nerd. E ela parecia ser tão legal e gente boa...

Depois de alguns minutos de silêncio me toquei que não falo português. Como eu ia comprar a bebida? Só tinha uma maneira, pedir ajuda pra garota na minha frente.

-É... com licença.

-Oi – ela olhou pra mim.

-Oi. É que eu não sou daqui e não falo português. Pode me ajudar a comprar isso aqui?

-Tudo bem.

-Obrigado.

-Imagina. Nunca pensei que um dia ia te encontrar de novo numa fila de supermercado.

-Desculpa. Já nos conhecemos?

-Sim, já nos conhecemos. A gente trocava cartas, lembra?

-Gabriele? – perguntei tirando os óculos pra ver se estava sonhando ou não.

-Oi Bill.

-Gabi, que saudade! Eu fiquei tão preocupado – nos abraçamos muito, mas muito forte. Eu estava tão feliz em vê-la de novo. Não acreditei que ela estava na minha frente esse tempo todo. Além disso, ela está superdiferente. Por isso não a reconheci. Seu cabelo agora estava inteirinho preto e não estava usando óculos – Nossa, como você está diferente!

-Serio? Eu só pintei o cabelo.

-Mas não está usando mais óculos.

-Bom, agora eu estou usando lente, mas ainda prefiro usar óculos. Só não estou usando agora porque os esqueci na casa do Bruno, aquele cara que estava aqui. Não sei se você chegou a vê-lo.

-Ah é, eu vi – droga, droga, droga! Você esperou demais Bill Kaulitz, ela já está namorando outro cara.