14 de agosto de 2011

Ah Gabriele, doce Gabriele, tão linda e serena que me deixa nas nuvens só com seu olhar.

Querido diário, hoje vim falar da mesmo coisa que falo sempre, sobre a garota a qual me referi na frase anterior. Sinto falta dela, de seu beijo, de seu abraço, de seu cheiro, de seu corpo, de seus olhos, de sua boca, embora de lá saíssem coisas mentirosas. Sinto-me estranho, como numa síndrome de abstinência, onde Gabriele é a droga em meus pensamentos e que não me recuso consumi-la.

Georg ainda não respondeu minha carta. Isso me desanima, pois preciso de um ombro pra chorar, mesmo se for através de papeis. Mas o ombro de Georg está em outro continente, e isso dificulta e muito. Talvez se eu tentasse conversar com Gustav seria melhor. Ou não. Ele não é o especialista em dar conselhos. Essa era a função de Tom, mas eu não quero mais olhar da cara dele nas próximas semanas. Aliás, desde aquele dia não vi nem Tom nem Gabriele. Ambos ligaram em meu telefone, mas me recusei a atender. Não quero vê-los tão cedo. Ainda está machucado de mais aqui dentro do peito.

Bom, como a razão da minha vida me abandonou e a pessoa que eu ficava 24 horas por dia ao lado também, comecei a pensar sobre a minha vida profissional. Para adiantar as próximas gravações, estou tentando escrever algumas musicas e estão ficando boas. Embora elas só falem de Gabriele e Tom, estão criativas. Isso me irrita. Estou escrevendo mais letras para esquecê-los, mas só escrevo sobres eles. Isso não está certo.

Olha, vou parar por aqui hoje. Outro dia conto mais sobre a minha vida super-interessante.

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15 de agosto de 2012

Querido amigo Bill

Eu não sei o que dizer... Mesmo cara... nunca imaginei que algo assim iria acontecer. Eu sei que você está furioso com Tom, mas não se esqueça que Gabriele tem participação nisso, embora doa pensar nisso.

Olha Bill, como seu amigo, eu vou te dizer que vai ficar tudo bem e que essas coisas é questão de ter paciência. Aliás, vá viajar. Tire um tempo apenas pra você. Venha me visitar seu magrelo! Faz um século que você não fala comigo. Acho que essa briga entre esse triângulo amoroso foi devido à ausência de Georg.

Sabe que eu andei pensando enquanto escrevia essa carta? Lembra-se quando você e Tom eram bem mais novos? Você também já pegou a namorada dele. Então tudo isso que aconteceu pode ser um ‘’troco’’ mesmo sem querer.

Bill, talvez era para ser assim mesmo. O destino nos prega peças e nos leva à caminhos que nem sempre é o que queremos seguir.

Estou sempre aqui quando precisar. Qualquer coisa é só contar com Georg.

Abraço.