Ia começar a falar, mas fui interrompido por uma coisa que realmente não esperava, o que me deixou confuso ainda mais. Mas tudo bem. Vou prolongar aquilo o máximo que puder, afinal isso é mesmo viciante.

Após Gabi abrir a porta, nem deu tempo de nos cumprimentarmos que ela praticamente se jogou em cima de mim. Eu a segurei e entendendo o que ela queria, comecei a beijá-la da forma mais prazerosa que podia. 

Como é bom sentir os lábios da mulher que amo. É bom senti-la bem próxima de mim, mexendo carinhosamente nos meus fios de cabelo, enquanto nossas línguas de tocam em ritmo de selvageria. Eu brincava com ela passando minhas mãos em suas costas e ela brincava com o meu piercing, o que estava me deixando completamente louco.

O local onde estávamos, ou seja, o corredor daquele andar não passava muita gente. Não tínhamos com o que se preocupar se alguém viria a cena em que nos encontrávamos.

Nos afastamos um pouco pela falta de ar, mas nossas testas continuaram coladas. Precisava dizer uma coisa que acho que nunca disse a ela pessoalmente.

-Gabi.

-Sim, Bill.

-Eu amo você. Eu amo você mais do que minha própria vida.

-Eu também te amo meu lindo – ela acariciou meu rosto com aquele sorriso perfeito que ela tem, mas após alguns segundos, ele foi substituído por um lágrima triste, o que me fez lembrar do motivo que eu vira aqui. Pra conversar sobre algo serio. Algo que de acordo com Gabriele, ela não queria fazer.

-Bill, me perdoa?

-Pelo que?

-Desculpe-me, Bill. Isso não vai dar certo. Sinto muito.