-Se o seu namorado te ouvisse falando isso pra mim aposto que ele ia ficar com ciúmes – brinquei pra não parecer que estava triste.

-Bill, do que você ta falando? Eu não tenho namorado não.

-Não tem? – Ebaa! Estou pulando de alegria por dentro – E aquele cara do supermercado?

-Ele é meu primo, Bill. Ele é lá da Inglaterra e veio passar umas semanas aqui no Brasil. Nós éramos muito chegados quando éramos crianças. Como fazia anos que a gente não se via, ele me convidou pra passar a noite no hotel que ele está hospedado. Mas semana que vem ele já vai embora.

Parabéns Bill. Você tem noção do mico que você acabou de pagar? Idiota.

-Ah, agora eu entendi – falei meio sem graça.

-Eu não to acreditando – Gabi começou a rir tanto que até chegou a me assustar um pouco – Bill Kaulitz, com ciúmes?

-Eeeu? Com ciúmes? Claro que não – como ela descobriu?

-Está sim.

-Não estou não.

-Claro que está.

-Está tão visível assim?

-Está – caramba, ela não parava de rir.

-Ai, que vergonha.

-Não precisa se envergonhar. Todo mundo já sentiu ciúmes por alguém. Inclusive eu.

-Serio? Por quem? – diz que era por mim! Diz que era por mim.

-Por... por você. – Yes!

-Mas eu não fico com alguém desde os meus 14 anos. Como você pode estar co ciúmes de mim?

-Você sabe que eu sou uma grande fã da sua banda, né? Eu ainda fico olhando todo santo dia sites, blogs e fã clubes do Tokio Hotel. E as vezes aparece foto sua lá com outras garotas e eu não sei se é montagem ou se é verdade. E aquelas adolescentes ficam berrando em cima de você quando vai a alguma premiação e... Que foi?

-Eu não to acreditando – ri.

-Que foi?

-Você, com ciúmes de mim?  - ela não me respondeu, mas ficou me encarando. Como ela era linda. Eu não ia resistir mais. Os dois com ciúmes um do outro, tão próximos sentados no sofá. Eu não queria resistir mais.

 Usei um truque que aprendera com meu pai há muitos anos. Passei meus dedos delicadamente na sua franja a colocando atras da olrelha. Segurei seu rosto com as mãos ansioso para beijá-la quando...