Meu Vizinho Infernal escrita por Mandy-Jam


Capítulo 4
Você é minha filha


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo é bem engraçado. Eu acho...
Espero que gostem.



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Parecia uma grande besteira, mas eu não tinha nenhuma idéia melhor para entender o que estava acontecendo.

Enfim... Eu não sei por que, mas eu continuei a assistir ao filme que estava passando sobre Perseu.

Teve uma cena que mostrou todos os Deuses e Deusas do Olimpio. Estavam reunidos para tomar algum tipo de decisão... Não sabia o que era, e também não era importante. Eu estava prestando mais atenção aos rostos e aos nomes deles.

Apolo, Afrodite, Hefesto, Ares, Hades, Dionísio, Zeus, Hermes, Atena, Deméter, Hera, Ártemis... Todos os nomes e figuras que eu tanto amava na infância. Havia esquecido o nome da maioria deles. E alguns... Eu não lembrava de conhecer.

Em minha cabeça veio a lembrança da minha mãe. Ela costumava falar para mim que essa história de mitologia só dava dor de cabeça. Que eu não deveria gostar tanto daquilo. Mas por alguma razão eu continuava gostando... Sei lá, talvez achasse que os Deuses eram algum tipo de super heróis.

De qualquer forma, nunca gostei do Batman mesmo. Acho que o substitui pela mitologia.

Aquela cena já tinha passado há muito tempo, só que só fui notar isso minutos depois. Eu ainda estava olhando para a tela tentando ver alguma semelhança entre os Deuses e aqueles monstros com as coisas estranhas que tinham acontecido comigo.

Nada... Mas mesmo que achasse, uma parte de mim pensava que eu era idiota. Como eu podia pensar que aquilo tudo podia não ser só historinha?

Eu acabei desligando a TV. Achava que tinha perdido a cabeça por tentar voltar a acreditar em algo tão infantil e bobo.

Resolvi caminhar um pouco. Corre ia me ajudar a relaxar.

Peguei a bolsa que tinha ganhado de algum desconhecido, e fui. Comecei a correr pelo quarteirão olhando bem para os lados, sempre apreensiva.

Depois acabei parando na porta de uma loja. Lá na vitrine tinha a camisa mais linda que eu já tinha visto. Era própria para correr. Tinha a marca da Nike.

Só que quando olhei o preço, simplesmente tentei me convencer de que não era tão bonita assim... Quem pagaria 200 dólares por uma camisa?!

Eles estavam praticamente pedindo para eu tirar o olho da cara. Maldito mundo capitalista. Será que nada mais é barato?

Eu continuei a correr até que cheguei a uma rua que não tinha reparado antes. Ela não tinha saída. No fim dela tinha um terreno de obras. Dava para ver os caminhões cheios de areia, os bate-estacas, e tudo mais. Mas acho que os trabalhadores estavam tirando uma folga, pois não tinha ninguém ali.

Entretanto, para a minha grande alegria, tinha outra coisa. É. Eu usei sarcasmo.

Era aquele cachorro. E estava cavando alguns buracos de um jeito distraído. Eu pisquei os olhos. Ele continuava lá. Coloquei a mão sobre a minha testa. Não estava quente. Droga... Estava rezando para aquilo ser um delírio. Mas não era. Ele estava ali, e eu podia ver.

Tinha que sair de lá antes que ele me atacasse. Eu tinha uma habilidade muito útil. Andar sem fazer barulho nenhum. Se fosse uma ladra, tenho certeza de que ninguém notaria a minha presença. Não que eu já tenha roubado alguma coisa. Ta... Só uma vez, mas foi quando eu era criança. A minha mãe me deu uma bronca tão grande que eu nunca mais fiz isso de novo.

Mas voltando ao cachorro...

Eu prendi a minha respiração, mais por medo do que por qualquer outra coisa, e comecei a dar leves passos para trás.

Eu não tenho certeza do que aconteceu, mas o cão me notou. Eu não tinha feito nenhum barulho, mas ele se virou e olhou diretamente para mim. Seus olhos brilhavam de raiva. Seus dentes diziam que aquele seria o meu fim.

Eu não tinha mais nenhuma opção... Comecei a correr. E correr muito!

Sabia que ele estava me seguindo, por isso tinha que arrumar um jeito de despistar aquela coisa.

Pulei atrás de um arbusto e me encolhi, fingindo não existir.

Mas como você deve ter notado... Não deu certo.

“Au! Au! Au!” Latiu ele ao farejar o arbusto.

“Droga!” Exclamei.

Ele levantou sua pata enorme e bateu no lugar onde eu estava. Por sorte conseguir ser ágil e rolei para o lado. Fiquei de pé e continuei correndo. De algum modo, aquela coisa odiava o meu cheiro. Ou ele era bom demais, e ele confundiu com comida de cachorro. Não que comida de cachorro cheire bem, mas... Ah! Você me entendeu.

Não tinha ninguém na rua.

Estava quase em casa, mas ele continuava na minha cola. Droga!

Eu passei pela porta da minha vizinha. Aquela senhora velinha que vira, de algum modo, que a minha porta estava descascando. Eu poderia pedir ajuda, mas o que ela podia fazer?! Era uma senhora, e ainda por cima cega. Não sabia nem mesmo distinguir tinta descascada de aranhões gigantes, e rachaduras. Se pedisse ajuda, era provável dela pensar que estava sendo perseguida por um coelhinho.

Aquele monstro era a pior coisa que já tinha visto em toda a minha vida. Teria pesadelos para sempre com eles. Eram maus, violentos, e... E...

Isso! Foi aí que eu tive uma idéia. A minha salvação.

Ao invés de entrar na minha casa eu corri mais alguns poucos metros e parei na frente da casa vermelha ao meu lado.

Se aquele motoqueiro brutamontes, violento, e grosso não assustasse aquele bicho, então eu aceitaria morrer.

O cachorro diminuiu o ritmo. Talvez tivesse feito isso porque achava que eu estava encurralada.

Eu estava prestes a correr para a porta dele, quando o monstro pulou encima de mim. Sem pensar melhor eu pegeui a minha bolsa pela alça e acertei-a no fossinho do cão. Ele caiu no chão. Como aquilo era possível?! A bolsa só tinha uma garrafa de água dentro! Não tinha a mínima chance de abater um cachorro de dois metros!

Eu não queria pensar naquilo naquele momento. Até porque não tinha tempo. Seria uma questão de segundos até que ele levantasse e voltasse a tentar me matar.

Corri até a porta do meu vizinho. Apertei a campainha inúmeras vezes seguidas. Sabia que isso iria irritar ele e o faria abrir a porta com raiva. E aquele cara com raiva poderia fazer até o valentão mais forte do mundo correr para a mamãe.

 Por fim, ele abriu a porta.

“O que você pensa que...!?” Ele estava prestes a me xingar, ou gritar, ou fazer qualquer outra coisa, mas eu o interrompi.

“Não tem tempo para isso!” Exclamei.

O cão correu até mim, mas quando viu o motoqueiro parou no lugar com medo. Hesitante ele continuou a olhar para mim, mas não se atrevia a dar nenhum passo.

“Xô! Sai daqui!” Ordenei.

Ele latiu para mim ferozmente.

“De novo?!” Perguntou ele irritado.

Tenho certeza de que ele tinha xingado em uma língua estranha alguns dos piores palavrões, mas por fim ele estalou os dedos e o cão virou só um monte de pueira brilhosa.

Eu respirei fundo, e soltei um grande suspiro. Estava salva. Salva pelo cara que eu tanto odiava o que era uma grande ironia. Mas ao menos estava salva.

Eu estava pronta para me levantar, agradecer ao motoqueiro, e ir para a minha casa, quando ele me levantou pelo braço como se eu fosse um leve gatinho.

“Eu te avisei.” Rosnou ele.

Meus pés balançavam no ar. O motoqueiro me levou para dentro e com um movimento sutil me lançou no sofá. Quando caí no sofá, vi que ele ainda estava fechando a porta da sala. O cara tinha lançado uma garota de 19 anos no sofá que estava á 3 metros de distância!

“O-Olha... Eu não...!” Tentei explicar, mas quando vi o olhar dele eu resolvir me calar.

“Qual a parte da palavra férias você não entendeu?” Perguntou ele em um tom ameaçador.

Naquele momento eu devia ficar com muito medo. Aquele cara era extremamente forte. Poderia me matar com grande facilidade. Mas pelo contrário... Eu estava morrendo de raiva. Poderia levantar daquele sofá e dar um murro na cara dele. Queria socar as paredes até quebrá-las. Senti vontade de brigar com qualquer azarado que aparecesse na minha frente.

“Poderia dizer que sinto muito por atrapalhar as suas férias, mas mamãe me ensinou que mentir é feio.” Falei tentando parecer calma.

“Então volte a morar com a sua mamãe.” Falou ele.

“Se me odeia tanto, porque você não se muda?” Perguntei.

“Com quem pensa que está falando?” Perguntou em um tom sombrio. “Ninguém me dá ordens! Muito menos uma filhinha de Hermes que nem você.”

Filhinha de Hermes?!” Franzi o cenho. “Mas que droga de xingamento é esse?!”

Ele arqueou uma sobrancelha para mim. Por trás dos óculos de Sol seus olhos ardiam como fogo. Eu pensei que ele ia me matar por ter dito aquilo, mas para a minha surpresa ele sorriu. Eu conhecia aquele sorriso. Era o mesmo sorriso que os vilões do desenho animado dão quando estão diante de uma princesa indefesa, ou de um herói derrotado.

“Você não tem a mínima idéia de quem eu sou, não é mesmo?” Perguntou ele.

Eu senti mais raiva ainda. Não tenho a mínima idéia do porque, mas eu senti.

“Bom, se você ao menos me dissesse o seu nome eu poderia ter uma idéia. Mas a única coisa que você faz é falar de um jeito estranho.” Resmunguei. “Como, por exemplo... Como foi que você fez aquele cão desaparecer?! Eu vi você estalando os dedos! E também... Quando você tinha reclamado comigo da última vez. Você falou ‘mortais’, como se você não fosse...!”

Minha voz falhou. Aquilo estava me dando uma enorme dor de cabeça. Ele começou a rir. Sua risada era maligna, e fazia a casa inteira tremer. Ou era só a minha imaginação? Não tinha como saber...

“Você é mais imprestável do que eu pensei.” Riu ele. “Sabe? Quando eu te vi pela primeira vez com o seu papai, eu pensei que você entendesse o que estava acontecendo. Mas agora vejo que você é muito idiota.”

Com o meu... Pai?! Mas... Meu pai nunca tinha me visitado aqui. O que estava acontecendo.

“Ótimo, Sr. Inteligência. Se sabe tanto sobre tudo, então... Me explique.” Eu senti novamente no sofá de braços cruzados.

“Te explicar? Não, não, garota. Essa não é a minha função.” Ele falou com um sorriso maldoso no rosto. “Se você não entendeu por si mesma, eu é que não vou desperdiçar o meu tempo de descanso te explicando.”

Ele veio na minha direção. Tentei permanecer firme, mas ele me pôs sobre seu ombro com a maior facilidade do mundo.

“Ei! Me põem no chão! Me solta agora!” Reclamei enquanto ele andava ate a porta.

“O seu tempo acabou.” Falou ele abrindo a porta e me jogando para fora. Eu caí na grama, e por sorte não quebrei nenhum osso. “Até nunca. E... Não volte.”

Ele sorriu e acenou como se fosse um vizinho perfeito.

“Seu grosso!” Protestei. “Podia ter me machucado!”

“Não tanto como aquele cão, mas bem que queria.” Ele riu.

Fechou a porta violentamente e eu fiquei sentada na grama sozinha.

Quando voltei para casa, meu corpo todo doía. Depois de tomar um banho eu estabeleci uma meta. Ia entender tudo o que estava acontecendo. Não importasse se eu ficasse louca ou o que isso me custaria. Eu iria descobrir o que estava acontecendo.

Eu fui para o armário do meu quarto procurar alguma roupa para usar. Foi quando eu vi a minha bolsa “H”. Eu a peguei.

Novamente, eu não a tinha guardado no armário do meu quarto. Ela estava me seguindo e disso eu tinha certeza.

Olhei dentro dela pensando que a garrafa d’água ainda estava lá, mas... Não estava. Eu não a tinha tirado, o que era mais estranho. Mas nem um pouco comparado ao que estava dentro dela.

Lá estava a camisa da Nike que eu tinha gostado. Aquela que era absurdamente cara. Ela foi parar dentro da minha bolsa!

“Como isso veio parar aqui?!” Exclamei.

Tá bom. Essa era a frase preferida dos ladrões. Eles pegavam as coisas e colocavam dentro das mochilas, e quando alguém descobria, eles faziam cara de choque e diziam: “Nossa! Como isso veio parar aqui?”.

Eu tirei a camisa de dentro da bolsa. Ela era idêntica a da vitrine. Droga... Podiam me acusar de roubo! E eu nem tinha feito nada!

Eu fechei a bolsa. Tive uma idéia.

“Garrafa d’água.” Falei.

Quando abri-la novamente, lá estava a garrafa. Como?! Era impossível!

Por outro lado cães de dois metros de altura também.

Eu vesti a camisa nova, até porque não tinha jeito nenhum deu voltar para a loja e devolvê-la. Iam me acusar de roubo na hora.

Ficou boa em mim. Eu peguei a bolsa e tive uma outra idéia.

Abri a janela do meu quarto que ficava no terceiro andar, e a joguei. Olhei ela cair até atingir o chão. Eu fechei a janela e olhei para minha cama. Lá estava a bolsa. Aquilo estava começando a me dar medo, mas por outro lado... Não sei explicar muito bem, mas algo em mim estava gostando muito daquilo. Estava... Fascinado, seria a palavra.

Meus pensamentos foram interrompidos pela campainha.

Eu desci as escadas correndo e atendi a porta. Era o carteiro.

“O...” Antes de ele terminar eu o interrompi.

“Entre e veja isso!” Exclamei.

Ele não se assustou. Apenas assentiu e entrou.

Eu fechei a porta e corri para o meio da sala.

“Está vendo essa bolsa? Por favor, diga que sim. Assim eu não faço papel de maluca.” Falei um tanto agitada.

“Estou.” Afirmou ele.

Seus olhos me observavam com interesse. Do mesmo jeito que as pessoas ficam quando assistem a um programa realmente bom na TV.

“Ótimo!” Exclamei com felicidade. “Então veja isso.”

Eu peguei a bolsa e abri.

“Viu? Diga... Tem alguma coisa aqui dentro?” Perguntei.

“Não.” Respondeu ele.

“Ótimo! Perfeito!” Comemorei. Achava que estava assustando ele, mas pelo visto nem um pouco. Ele continuava observando com paciência. “Então veja isso.”

Eu pigarreei, limpando a minha garganta.

“Controle remoto da TV.” Anunciei. Eu abri a bolsa e lá estava o controle remoto. “Agora me diga... Por favor, me diga... Tem um controle remoto aqui dentro?”

Ele sorriu.

“Tem sim.” Respondeu.

Eu dei um pulo de felicidade.

“Eu não estou ficando louca! Você viu, não viu? Essa é a prova!” Eu comemorei.

“Parabéns.” Disse ele. “Está realmente aprendendo á usá-la.”

Eu parei de comemorar por um instante, e pensei em uma coisa. Era uma encomenda sem remetente... Não tinha nada escrito dentro... Ele disse que era especial...

“Foi você que me deu isso.” Falei finalmente entendendo. “É um presente seu! Por isso não tinha remetente!”

Ele sorriu mais ainda.

“Isso. Fico muito feliz de saber que você está entendendo.” Falou ele. “Já á usou para alguma coisa hoje?”

Seus olhos me observavam cheios de espectativas.

“Para falar a verdade sim.” Respondi tentando ser completamente sincera. “Hoje eu tive um dia... Legal eu acho. Fui até a cidade de manhã e encontrei um cão de 2 metros. Ah! Igual aquele que quase destruiu e a minha porta, e que quase me matou. Esse fez a mesma coisa. Ele me perseguiu até aqui, aí eu o acertei com a bolsa. Não sei como, mas pareceu que tinha doido bastante. Depois o meu vizinho motoqueiro super violento estalou os dedos e ele desapareceu. Ai ele gritou comigo, e me chamou de ‘Filhinha de Hermes’, seja lá o que isso queira dizer, e me jogou na grama. Aí eu voltei e vi que tinha roubado uma loja. Foi um dia legal.”

O celular dele tocou. Achava que ele fosse dizer: “É, por favor, mande alguém depressa. Ela está completamente louca!”, mas ou invés disso...

“Depois.” Falou ele sem tirar os olhos de mim.

“Ponho na essssspera.” Sibilou seu celular.

“Você também tem um celular legal.” Comentei. “Se você atirá-lo pela janela ele volta para você também?”

Ele riu como se fosse uma piada, embora não fosse esse o meu intuito.

“Bem, se eu quiser sim.” Respondeu ainda rindo.

“Se você quiser sim...” Repeti. “Olha...”

Ele controlou o riso e olhou para mim.

“Sei que você é ocupado. Sei que não deve ter tempo...” Falei em um tom suplicante. “Mas... Por favor. Eu sei que você sabe o que está acontecendo. Sei que entende o que são aqueles cachorros, o que essa bolsa faz... Eu só peço uma coisa. Me explique. Eu quero saber.”

“Mesmo?” Perguntou ele. “Você ainda não percebeu.”

“Não...! Ahm... Hermes? É isso não é?” Falei ao me lembrar do nome dele. “Hermes, por favor. Eu quero saber que não estou ficando louca. Você parece me entender. Sei que o cara aí do lado entende também, mas ele é grosso demais para explicar qualquer coisa.”

Ele olhou para mim. Seus olhos diziam que ele entendia perfeitamente o que eu estava passando.

“Está bem.” Falou ele. “Mas vou logo avisando... Não é uma noticia fácil de entender de primeira.”

Eu assenti.

“Não importa. Eu quero ouvir.” Afirmei.

Ele sentou-se ao meu lado no sofá.

“Você não é o que todos julgam ser... Normal.” Tentou ele. “Na verdade... Em outras palavras, você não é uma simples... Mortal.”

Mortal. A mesma palavra que aquele marginal tinha usado...

“O que isso quer dizer?” Perguntei.

“Quer dizer que...” Ele coçou a nuca dele. Estava bem aparente que ele na queria me assustar. “Você é... Uma meio-sangue.”

Eu pisquei. Droga... Tinha vista essa palavra antes, mas naquele momento a minha mente estava em branco. Não conseguiria me lembrar nem do meu aniversário.

“O que é isso?” Perguntei.

“Quer dizer que você é filha de um mortal... Com um Deus.” Ele explicou.

Meu queixo caiu.

“Um... Um... Um... Deus?” Minha voz falhou.

“Sim.” Concordou ele esperando a minha reação.

“Espera... Eu vi isso.” Falei me lembrando. “Foi... Foi no filme do Perseu! Ele era um semideus. Era... Filho de Zeus.”

Ele assentiu.

“Mas... E quanto a mim?” Perguntei. “Eu... Sou filha de quem?”

Ele respirou fundo.

“Hermes, o Deus mensageiro. Deus dos ladrões e de todos aqueles que pegam a estrada.” Ele contou.

“He-Hermes? Mas... Isso quer dizer que...” Eu não conseguiu completar a frase.

“Sim... Você é a minha filha.” Falou.


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Notas finais do capítulo

Então...?

Será que eu ganho uns reviews?