Meu Vizinho Infernal escrita por Mandy-Jam


Capítulo 1
Uma encomenda sem remetente


Notas iniciais do capítulo

Olá para você que está lendo!Bem, quero dizer que essa é a minha primeira fic de Percy Jackson. Eu estou lendo: "A batalha do Labirinto" e simplesmente amando! Espero que gostem da minha fic, e por favor, se tiver alguma sugestão ou alguma crítica fale para mim. Obrigada.



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O som começou a tocar, e eu sabia que eram 7 da manhã.

Levantei da cama e olhei para o relógio só para confirmar as minhas suspeitas. É... Eu estava certa. Eram 7 da manhã.

Abri a porta do meu quarto e fui ainda sonolenta para a cozinha. Peguei uma tigela de cereais, enquanto o som ficava cada vez mais alto. Era um inferno ter que conviver com aquilo todo o dia!

Não, o som não é da minha casa e nunca seria. Por quê? Porque eu odeio ter que acordar ás 7 da manhã e um sábado! O som é do maldito do meu vizinho. Parece que faz isso de propósito só para incomodar a vizinhança inteira. Um briguento de nascença.

Eu tenho a grande “sorte” de morar ao lado esquerdo dele. Todo dia ás sete da manhã a minha casa treme com o volume alto do rock pesado que ele escuta enquanto malha um pouco. Além de ser briguento, ainda é idiota. Que ser humano normal logo de manhã? Se souber a resposta, não responda.

Prefiro pensar que isso só acontece aqui, e não em todo o lugar.

Eu sou Alice Kelly, e tenho 19 anos. Eu me mudei da casa dos meus pais em New York, para morar aqui em New Jersey. É que eu entrei para uma das faculdades daqui, como brinde meus pais reservaram esse lugar para mim.

Não é nem um pouco fácil como vocês devem estar pensando. Eu tenho que trabalhar para poder pagar as contas e tal, mas estou economizando dinheiro para poder sair daqui o mais rápido possível.

Quero morar em um lugar mais legal... Talvez mais perto da faculdade e sem um vizinho idiota que nem o meu.

Eu levantei da mesa depois de acabar de comer a minha tigela de cereais, e lavei-a. Guardei-a, e fui arrumar a minha cama. Depois disso tudo, eu resolvi fazer o que eu sempre faço aos sábados de manhã: correr.

Vesti uma calça azul escura, coloquei uma camisa branca sem mangas, e pus meus tênis. Abri a porta de casa e fui embora correr um pouco pelo quarteirão.

Eu nunca soube por que, mas correr me fazia pensar melhor. As idéias ficavam mais claras em minha mente, eu recuperava o fôlego, e me fazia relaxar. Na escola quando pequena sempre ganhava primeiro lugar nas corridas. Acho que era a única coisa que tinha de especial, fora o meu dom para arrumar problemas.

Fui expulsa de umas três escolas no mínimo, mas por muita sorte eu consegui terminar o Ensino Médio. Estava me lembrando de tudo que tinha acontecido comigo nas escolas, quando percebi que já tinha rodado o quarteirão inteiro.

Parei bem na frente da casa do meu vizinho infernal. Era igual á minha. Todas as casas do quarteirão eram. Mas a dele... Era vermelha. Chegava a arder o olho. As janelas eram de madeira assim como a minha. As cortinas dele estavam abertas, o que dava livre visão de sua sala bagunçada e caótica.

Revistas, controle remoto, e até restos de comida... Tudo jogado pelo chão, ou pelo sofá. Era uma zona!

“Alice!” Chamou alguém.

Só assim eu notei que fiquei alguns minutos olhando para a casa dele.

“Sou eu.” Respondi procurando tinha me chamado.

Na frente da minha casa, á uns passos de distância, estava um cara com roupa de carteiro. Achei aquilo estranho, pois nunca tinha visto ele antes.

“Encomenda para você.” Falou o senhor sorrindo.

“Ah... Sim.” Falei andando até ele. “Quem é você?”

“Bem...” Ele coçou a cabeça. “Sou um dos carteiros.”

“Sério?” Perguntei. “Ah, me desculpe. É que eu sou muito desligada. Não me lembro de você.”

Eu ri um pouco e ele também.

“Não tem problema. Eu não costumo aparecer muito.” Falou ele.

“Ah, jura? Então deve ser uma entrega especial, não é?” Presumi.

“Sim. Na verdade é.” Concordou ele. “Aqui tem uma carta, e... isso aqui também.”

Ele me entregou a carta, e depois estendeu a mão. Era uma caixa do tamanho de uma de sapatos. Eu a peguei, curiosa.

“Nossa.” Falei. “Puxa... Quem me mandou isso?”

O carteiro sorriu.

“Eu não sei. Não tem remetente.” Falou ele.

“Mas... Se não tem remetente, vocês não entregam, não é?” Perguntei confusa.

“Eu resolvi abrir uma exceção. Parece ser algo especial.” Falou ele.

Não entendi muito bem, mas achei que se continuasse perguntando ele se sentiria incomodado. Olhei-o novamente. Não sabia o que, mas... Tinha algo de familiar nele...

Seu telefone tocou. Ele ia tirá-lo do bolso para atender, mas parou e olhou para mim de novo.

“Com licença.” Disse ele. “Eu tenho que atender, pode ser importante.”

“Tu-Tudo bem.” Falei.

Ele deu alguns passos para longe de mim, tirou o telefone do bolso de um jeito estranho (quase como se não quisesse que eu visse que aparelho era), e atendeu a ligação.

Eu olhei para a carta. Era de New York. Meus pais, pensei.

Estava prestes a abrir a carta, ao mesmo tempo em que segurava o pacote, quando um carro chegou e me chamou a atenção.

O que o carro tinha de mais? Se te contasse não acreditaria. Mas... Não era um carro comum que você vê quando vai a um estacionamento. Era uma limusine. Linda e extremamente luxuosa.

Não pude deixar de olhar. Ela reluzia á luz do Sol, e fazia com que qualquer um que tentasse olhá-la diretamente ficasse cego.

Fiquei imaginando quem sairia daquele carro. Seria um ator de cinema? Algum... Cantor famoso?

A porta se abriu. Uma perna tocou o chão da rua delicadamente. Usava um salto alto vermelho. Então aos poucos a pessoa foi saindo do carro. Eu fiquei de boca aberta literalmente.

Ela era... A definição de beleza. Só podia ser uma atriz de cinema! Ela era completamente deslumbrante. Usava um vestido vermelho que fazia o par perfeito com o salto alto. Sua maquiagem estava perfeita.

Agora... O que uma pessoa dessas estaria fazendo no meu bairro?!

Ela fechou a porta com o maior cuidado e delicadeza possível.

“Pronto. Desculpe, eram negócios importantes como sempre.” Falou o carteiro atrás de mim.

Eu me virei. Tinha até esquecido que ele estava ali.

“Ah! Sim. Sem problemas.” Falei.

Eu olhei novamente para ela. Tinha ouvido nós dois, e agora olhava para nós.

“Olá!” Acenou ela para nós.

“Como vai você?” Perguntou o carteiro de um jeito tão simpático, que parecia até que já a conhecia.

“Bem. Vim fazer uma visitinha.” Disse ela com um sorriso perfeito no rosto.

Ela continuou andando, só que para a minha surpresa, ela estava indo para a casa vermelha ao lado da minha.

Você deve estar se perguntando o porquê de uma pessoa tão perfeita estar visitando o meu vizinho. Bem, nem eu sei.

Ela tocou a campainha.

“Ótimo... Se, por um milagre, for a namorada dele vai ver aquela bagunça toda na sala e vai ter um ataque.”Pensei eu.

Foi aí que meu vizinho atendeu a porta. Nem mesmo sabia o nome dele, mas com as roupas que usava, não tinha nem coragem de perguntar. Eram botas de couro pretas, jaquetas de couro com taxinhas... Um típico motoqueiro barra pesada.

Ele ainda estava usando óculos escuros. E por trás deles eu podia ver o brilho de seus olhos, o que era muito estranho.

“Olá, minha dama.” Sorriu ele.

Com sua mão enorme ele segurou a dela, e deu um beijo. Ela sorriu e suas bochechas ficaram levemente vermelhas.

“Entre.” Pediu ele abrindo espaço.

“Uhm... Muito obrigada.” Falou ela sorrindo.

Ela entrou. Eu olhei pela janela. Estava pronta para ouvir gritos de reprovação, mas para a minha grande surpresa a sala estava completamente impecável. Como aquilo era possível?!

Aquele lugar levaria no mínimo cinco dias para ser arrumado. E isso se ele contratasse 15 faxineiras! Mas... Estava tudo limpo em questão de minutos!

“Ei!” Chamou ele.

Eu me surpreendi. Esqueci que era a casa dele, e que a estava encarando provavelmente de queixo caído.

“Ahm...?” Foi o melhor som que consegui produzir.

“Está olhando o que?! Circulando!” Falou ele em um tom rude.

“Ah... Eu não... Desculpe.” Gaguejei.

Virei-me para o carteiro. Ele estava sorrindo levemente, só que não era para mim, e sim para o motoqueiro da casa ao lado.

“Calma aí.” Falou ele ainda sorrindo.

Ele era maluco?! “Calma aí”?! Quem fala isso para um cara como aquele?

“Isso serve para você também, He...!” Ele se interrompeu.

Estava prestes a falar o nome do carteiro, mas... Não disse. Eu ainda estava de costas para ele, mas pude ouvir o barulho forte da porta batendo.

“Uau!” Exclamei. “Você é extremamente corajoso.”

“Não foi nada.” Riu ele.

“Foi sim! E... Ele te conhece por acaso?” Perguntei.

“Ah... Digamos que sim.” Respondeu ele. “Agora... Eu tenho que ir. Era só isso mesmo.”

“Ah, certo. Obrigada por entregar a encomenda.” Falei franzindo levemente o cenho.

O carteiro sorriu novamente, fez um movimento com a cabeça, e começou a caminhar, mas parou no meio do caminho.

Ele olhou para mim mais uma vez.

“Eí.” Falou.

“O que?” Perguntei.

“Não que seja da minha conta, mas... De quem é a carta?” Perguntou ele parecendo um pouco preocupado.

“Ahm... Ah!” Lembrei-me que segurava a carta ainda. “É dos meus pais.”

A expressão dele tornou-se tensa por uns segundos, mas depois ele sorriu e continuou a andar.

Aquilo tudo foi muito estranho. Não gostei da expressão de preocupação no rosto daquele carteiro. Muito menos de ter encontrado meu vizinho daquele jeito.

Mas por fim eu me toquei que ainda estava parada no meio da calçada, por isso resolvi esquecer aquilo tudo e entrar em casa para ver o que tinham me mandado.

Mal sabia eu que após abrir aquela encomenda eu não teria paz por um bom tempo...



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Notas finais do capítulo

Espero de todo o coração que você tenha gostado.Se não, me diga no que eu errei. E se sim, diga o que gostou.De qualquer jeito mandem reviews! Até o próximo capítulo.