Memories escrita por Laris Neal


Capítulo 7
Capítulo 7




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/12578/chapter/7

>> SVU Squad – No dia seguinte... <<

 

Toda a Squad estava estressada logo de manhã. Eles haviam conseguido prender o Andrew, mas este havia fugido da cadeia na noite anterior. E para piorar a situação, havia deixado uma lembrançinha para os detetives...

Stabler e Benson entraram na Squad mais tarde, e estranharam todos estarem trabalhando com tal afinco e dedicação.

Cap – Benson, Stabler, In my Office NOW! – outra vez. Os detetives foram até a sala do Cap, e este fechou a porta. – Onde vocês estavam ontem à noite?

Liv – Hãn, um pouco ocupados... – ela disse desconcertada.

Cap – E não deixaram o celular ligado? Nem nada com que pudéssemos nos comunicar com vocês, não é? – eles só balançaram a cabeça afirmativamente. – Muito bem. Então, dêem uma olhada nisso, que chegou para vocês ontem á noite...

Ele jogou um envelope em cima da mesa e os dois foram ver o que tinha dentro. Havia uma carta e várias fotos. Eles começaram a ler a carta.

 

“Queridos Detetives Benson e Stabler...

 

Quanto tempo, não acham? Estava com saudades de vocês, meus queridos companheiros! Como estão? Comigo está tudo indo ás mil maravilhas. A minha cela é pequena, a janela é um cubículo na parede, minha cama é dura, não tenho privacidade e fiz umas amizades aqui na cadeia. Além de ter “aliviado” minhas necessidades contra a minha vontade. Mas, por destino talvez, eu consegui sair para dar um passeio, e por coincidência, consegui tirar umas fotos de vocês de recordação.

Ah, lembram daquela menininha? A outra, amiguinha da qual eu estuprei? Então, eu levei ela comigo para dar uma volta... Se a querem viva, e imaculada, sugiram que vão o casalzinho ternura (vocês dois) e mais uma certa promotora Novak, da qual eu tenho ótimas recordações, até o galpão na avenida do Brookling com a Avenida B. Número 6. E podem deixar seus amiguinhos fardados do lado de fora. Só entrem os três.

Espero vocês lá para a nossa big festinha. Será um estouro.

Abraços Carinhosos

 

Andrew.”

 

E de dentro do envelope saíram várias fotos dos dois. Algumas deles juntos, andando na rua, abraçados e trabalhando de detetives, e outras dos dois também, mas com efeitos especiais. Cortes, sangues, escritos sobre as fotos... Uma coisa horrível de ver.

Ell – Ele, ele não pode estar falando...

Liv – Sério.

Cap – Mas está sim. Esse é o nosso grande problema e nossa grande preocupação hoje. Esse cara não é brincadeira, e eu não me arriscaria a contrariá-lo, mas também não posso arriscar a vida dos meus detetives e da minha promotora.

Liv – Então... Nós vamos.

Ell – Tem certeza?

Liv – Nós temos que ir... – ela tremia muito, e segurava o choro. Aquela era uma situação muito delicada. Estava com medo, mas era provável que a garotinha estivesse com um medo muito maior, sabe-se lá pelo que ela estava passando...

Cap – Ok então, vou começar a providenciar as coisas.

 

Enquanto isso, na sala da promotora...

Casey andava de um lado para o outro. Os nervos á flor da pele. É lógico que não era uma bonequinha de porcelana, e que já levara socos algumas vezes, quase fora esganada, já fora ameaçada de morte e todas essas coisas, mas mesmo assim...

Ela temia pela sua vida, a dos detetives e principalmente a da garotinha. No seu primeiro caso na svu, fora ela quem tinha encontrado a garotinha dentro da caixa térmica. Aquilo havia mexido muito com ela. E além do mais, ela era muito próxima das pessoas com as quais eram vítimas e ela defendia, dava tudo de si para tentar fazer justiça, usava mais o emocional do que o racional.

E, sim, não foram só os dois que receberam lembrançinhas... Ela havia recebido umas fotos dela mesmo na rua e no fórum, com efeitos especiais também...

Meu Deus estava quase enlouquecendo! O que faria?

 

Já eram quase seis horas. Todos estavam na frente do balcão. Repassavam as últimas coordenadas, os últimos conselhos. Usavam, os três, escutas e uma arma escondida, para casos extremos.

Cap – Tudo pronto?

Liv – Tudo.

Ell – Tudo certo.

Cap – Então vão. Mas tomem cuidado.

Casey – Pode deixar. – os três entraram no galpão e fecharam a porta. Lá dentro era mais escuro, então tiverem que esperar um pouco para desacostumarem com a claridade do lado de fora.

O lugar era abandonado, então havia muitas tralhas jogadas pelos cantos e algumas salas espalhadas. Numa das paredes, havia um vidro enorme, e ao se aproximarem, viram que era uma sala, na qual a menininha estava acorrentada pela perna no chão sujo do lugar. A porta da sala estava aberta. Casey pensou em se mexer, mas Liv foi mais rápida e a segurou.

Liv – Espere. É alguma armadilha.

Ell – Andrew? Já estamos aqui. – ele disse alto, para que da onde Andrew estivesse pudesse os escutar. Mas não obtiveram resposta. Ele chamou mais algumas vezes e nada.

Casey continuava parada junto aos detetives, mas seu coração estava a mil. A menininha olhava para ela suplicando por ajuda, toda suja e machucada. Era instinto. Ela tinha que fazer alguma coisa, tentar, pelo menos, salvar a garotinha. Num impulso soltou-se de Liv, que estava distraída, e dirigiu-se para a porta.

Ell – Não! Casey!

Liv – Volta aqui!

Mas já era tarde demais. Ela entrara na sala e a porta fechou-se trancando-a lá dentro. Casey correu e agachou-se ao lado da criança, perguntando se estava tudo bem. A menina mal falava, e só a abraçou pedindo por ajuda.

Casey – Calma, nós já vamos sair daqui. Vai ficar tudo bem. – ela olhou em volta e viu que não tinha saída, mas continuou sentada no chão ao lado da garota.

Pelo vidro, Ell e Liv poderiam ver tudo...

Enquanto isso, na sala ao lado, com um mesmo vidro e a mesma porta aberta, havia uma mulher loira...

Kathy – Elliot?

Ell – Kathy?? – ele não esperava por essa surpresa... Voltou-se para o lado e viu Kathy jogada no chão, toda machucada.

Liv – ELLIOT, NÃO! – mas já não adiantava mais, ele saiu correndo e entrou na sala, indo ver sua mulher, e nisso, a porta trancou-se.

Andrew – Sozinha, detetive Benson? – disse aparecendo ao lado dela.

Liv – O que você quer, seu desgraçado?

Andrew – Eu? Vingança.

Eles podiam se comunicar a vontade, pois todos no galpão ouviam e seriam ouvidos, mesmo dentro das salas. Ele andou um pouco mais e ficou pertinho do vidro onde estava Casey.

Andrew – E ai, está me vendo bem, promotora?

Casey – Seu filho da mãe, o que foi que você fez com ela?

Andrew – Por enquanto, nada muito grave. Ela está dopada. Pobre garotinha...você não poderia deixar alguma coisa acontecer com ela, não é? Não se perdoaria...

Olívia jurava que tinha vista pavor nos olhos da amiga, ali no chão segurando a garota. Tinha certeza, que se algo acontecesse á menina por causa dela, Casey não se perdoaria.

E então, dois caras altos saíram da escuridão cercando Casey e a garota.

Liv – O que eles vão fazer??

Andrew – Dar uma liçãozinha na promotora...- e depois de dizer isso, um deles segurou Casey forçando-a a se levantar, e o outro deu um chute na garota.

Casey – NÃO! – era difícil para Liv não conter o choro ao ouvir um grito desesperado da amiga. Mas mesmo assim, o cara agachou-se ao lado da garota.

Cara 1 – Acorda pirralha. – deu uns tapas na cara dela.

Casey – Pará! Pára! – ela debatia-se tentando soltar-se mas sem resultado, o cara era muito forte. Olívia empurrou Andrew.

Liv – Bastardo filho da mãe! Para já com isso! Agora! Tire eles de lá! – mas ao ser empurrado, o que ele fez foi rir, gargalhar...

Andrew – Não, queridinha. Ela irá pagar pelo que me fez, e quanto a você...vai olhar todo o sofrimento dela. – disse segurando-a pelo braço fazendo-a aproximar-se mais do vidro, quase tocando-o.

Liv – Me solta!

Andrew – Não! Olhe! – segurou o queixo dela forçando-a a olhar pelo vidro.

O que viu foi Casey dando uma cotovelada no cara que a segurava e indo em direção a menina, mas o primeiro cara que havia batido na menina, deu-lhe um tapa na cara fazendo-a cair no chão. Casey colocou a mão na boca, e quando olhou os dedos, viu que escorria sangue deles. Lágrimas escorriam de seus olhos.

Cara 2 – Você se acha muito esperta, não é? Sua vagabunda. Você vai aprender. – ele deu-lhe mais uns socos no estomago e no rosto.

Casey – Por favor, pare... Por favor... – ela implorava com voz pastosa enquanto o sangue lhe escorria pela boca, e as lágrimas escorriam pelo rosto.

Depois de satisfeito, o segundo cara segurou-a novamente forçando-a a olhar a garota.

Cara 2 – Olhe, olhe para ela. Que rostinho angelical... – disse passando a mão na face já vermelha da garota. – Que menininha mais linda... – desceu a mão passando-a pelo corpo da garota. Casey chorava enquanto gritava para pararem.

Liv não estava mais agüentando ver à cena, virou a cabeça, mas a mão de Andrew a fez virar o rosto novamente.

Andrew – Não Detetive. Eu quero que você veja, assista desfrute desse momento.

Liv – Por quê? – disse com voz de choro.

Andrew – Porque a culpada disso tudo é você. Olhe o que eles irão fazer...

Dentro da sala, o segundo cara levantou e soltou a garota, obrigando-a a levantar.

Casey – O que você vai fazer com ela?

Cara 1 – Cala a boca.

Cara 2 – Vou levá-la para brincar um pouquinho comigo... – disse saindo de perto arrastando a menina. Casey, percebendo o que iria acontecer, soltou-se das mãos do primeiro cara e saiu tropeçando até uma porta no fundo da sala.

Casey – Não! Por favor, deixem-na ir! Eu suplico! – ela chorava e gritava, e chegando na porta, esta fechou-se na sua cara. Ela começou a dar socos na porta, ao ouvir a menina gritando.

Garota – Não tio! Por favor! Eu não quero...NAO!!!!

Casey – Por-por favor, parem... – ela começou a escorregar encostada na porta até cair no chão. – Não façam isso, eu imploro! Ela é só uma garotinha...não...não... – ela chorava e chorava e chorava.

Liv – NÃO! ISSO NÃO! – ela gritava enquanto as lágrimas escorriam pelo seu rosto vermelho.

Andrew – Continuem a gritar, esses sons são músicas para os meus ouvidos!

Liv – Filho da mãe, desgraçado! Solte-a! Agora! – Liv tentou empurrá-lo novamente, para conseguir soltar-se, mas...

Andrew – Nem vem detetive Benson. Eu a conheço muito bem. Sei os seus golpes e sei dos seus truques. Estou preparado. Mas, agora deixe essa mulher chorona se desmantelar ali no chão, e venha presenciar uma outra cena deste pequeno teatrinho.

Ele deslocou-se até o outro lado do galpão, e chegou perto do vidro onde Elliot estava.

Liv – Ell... – ele estava sentado no chão ao lado de Kathy.

Ell – Liv! Eles o levaram! Eles o levaram! – disse já de pé, indo até o vidro. Dava para perceber o desespero na sua voz. – Eles levaram Eli!

Liv – Não!

Ell – Desgraçado, se não disse onde meu filho está eu, eu... – Elliot disse batendo as mãos no vidro.

Andrew – Você o que hein? Você se acha o tal, não é? Mas quem diria, você preso ai, a sua amiguinha presa na outra sala, seu filho sozinho, e eu com a sua queridinha aqui...

Após dizer essas palavras ele encostou o rosto no pescoço de Liv, sentindo seu cheiro.

Ell – Tire as mãos dela! Agora!

Andrew – Eu não estou preocupado com ela agora, eu quero fazer você sofrer.

Ell – Por quê?

Andrew – Por quê? Ela ainda não te contou?

Ell – Liv? Sobre o que?

Andrew – Há, então, terei o prazer de te explicar...

Kathy – Ell... – ela continuava no chão, estava quase desmaiando. Elliot correu até ela e a segurou.

Ell – Calma, está tudo bem.

Liv – Por favor, a Kathy não tem nada haver com isso! O negócio era comigo, com ele e com a Casey! Deixe-a ir! Eu imploro!

Andrew – Hum, eu não sei... Ta. Paulo tire essa loira daí agora, e leve-a para um hospital. – e após dizer isso, uma porta abriu-se dentro da sala, e um homem alto entrou, levando Kathy para fora da sala. Fechou-se a porta. Agora, só restava Elliot e Olívia. – Para que ficarmos separados por um vidro se pode conversar abertamente?

Andrew destrancou a porta e Elliot saiu pronto para pular no pescoço dele, mas Andrew foi mais rápido e segurou Liv.

 

“Eles te encontrarão, apenas acredite.
Você não é uma pessoa, é uma doença.”

 

Andrew – Tente qualquer coisa, e ela morre. Aqui. Na sua frente.

Ell – Não! – ele parou onde estava. Não sabia o porquê que aquela cena já lhe era familiar, mas desta vez com papéis trocados. Isso, caso do Guitano.

Andrew – Então. Como você pode ver esta belezinha aqui, já namorou comigo. Tem tantas coisas sobre ela que você não sabe... Se acha o dono dela, mas não é! Se acha que sabe tudo sobre ela, mas não sabe absolutamente nada!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Memories" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.